sábado, 5 de outubro de 2013

Gays de ‘Amor à Vida’ rendem prêmio a Walcyr Carrasco


 
Publicado pela Folha
 
Félix (Mateus Solano) e o casal gay Eron (Marcello Antony) e Niko (Thiago Fragoso) não renderam só polêmicas para o autor Walcyr Carrasco.
 
O criador de “Amor à Vida”, da Globo, receberá no dia 15 o Prêmio Rio Sem Preconceito, entregue pela prefeitura do Rio de Janeiro àqueles que contribuiram com ações para acabar com o preconceito e a favor da diversidade.
 
Oferecido pela Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, a iniciativa chega a sua segunda edição. O troféu será entregue a figuras importantes na luta pela diversidade, pluralidade e contra qualquer tipo de discriminação.

Adotar filhos de forma legal é mais difícil para homossexuais


 
Publicado pelo O Tempo
 
Gays esbarram em conservadorismo de juristas e preconceito, tanto social como na própria família
 
Tarefa conhecida como trabalhosa e burocrática, adotar uma criança no Brasil é ainda mais difícil quando a vontade parte de casais homossexuais. Do ponto de vista jurídico, não há nenhum entrave para o processo , mas gays ainda esbarram na visão conservadora de alguns juristas e no preconceito social, a começar na própria família, conforme relatos de quem vivencia a situação na prática.
 
Dos 200 habilitados para a adoção na Vara Cível da Infância e da Juventude de Belo Horizonte desde 2010, oito são famílias formadas por homossexuais – 4% do total, sendo cinco casais femininos e três homens solteiros –, das quais duas ainda não conseguiram guarda provisória ou adoção definitiva. “Percebemos mais casais homoafetivos na fila de adoção. Antes, eles só procuravam (adotar) individualmente, o parceiro não se habilitava”, observa o juiz da vara, Marcos Flávio Lucas Padula.
 
Já a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) informa que, muitas vezes, a própria Justiça dificulta a inserção do nome das duas pessoas na certidão do filho. “A criança adotada já começa a vida nova com menos direitos. Se uma das partes morrer, ela pode ficar sem a herança”, comenta o presidente da entidade, Carlos Magno Fonseca.
 
É o caso de duas moradoras de Belo Horizonte, a pedagoga Soraya Menezes e a psicóloga Suely Martins, que há cinco anos adotaram uma menina. Apenas o nome de Suely consta na certidão de nascimento da criança, embora as duas tenham decidido pela adoção e formem uma família. “Estamos com processo na Justiça para alterar a certidão e incluir a dupla maternidade”, diz Soraya.
 
Polêmica. Favorável ao reconhecimento da dupla maternidade ou paternidade, o juiz Marcos Flávio Lucas Padula reconhece que há setores mais conservadores no Judiciário. “É consenso que nenhum fator intrínseco da homoafetividade implique prejuízos para as crianças. Mas é claro que existem posições contrárias, que divergem sobre possíveis problemas e constrangimentos que a criança possa sofrer”, pondera.
 
O presidente da ABGLT diz que muitas vezes essa visão repercute em outras etapas da adoção, como na fase de entrevistas com assistentes sociais. “Ainda há muita dificuldade de aceitação em vários setores da sociedade”.
 
Exemplo disso é a discriminação enfrentada em casa, no trabalho e na escola. “Há o preconceito ‘invisível’, quando a pessoa fala ‘nossa, mas ela é tão educada’, como se tivesse de ser mal-educada por ser criada por duas mulheres”, relata Soraya.
 
O psicanalista Paulo Roberto Ceccarelli diz que é comum as pessoas centrarem os possíveis problemas da criança na opção sexual de quem cuida delas. “Tenho pacientes com dificuldade de aceitar a adoção pela exposição social. Eles escondem que são gays, e a família finge que não vê”, conclui.
 

Fotógrafa viaja para a Rússia e clica casais lésbicos que vivem sob o comando de Putin


 
Publicado pelo MixBrasil
 
O drama político e social da comunidade LGBT russa é acompanhado pela imprensa internacional quase que todos os dias. Principalmente depois que o presidente do país, Vladimir Putin, aprovou em julho de 2013 uma lei que proíbe qualquer tipo de propaganda com homossexuais, além de proibir o movimento gay de protestar por seus direitos em público na terra da vodca.
 
Quem quis saber, de forma mais íntima, como vivem as lésbicas russas, foi a fotógrafa britânica Anastasia Ivanova, que embalou seu câmera e viajou para a Rússia e clicou casais lésbicos que vivem sob o conservadorismo de seu presidente. O ensaio fotográfico, batizado de “From Russia with Love”, está publicado na versão online da revista inglesa “Muff Magazine”.
 
Em sete fotografias, ela explora não só a intimidade visual dos casais como também bate papo com as meninas para saber seus pontos de vista sobre a vida que levam no país.
 
“Quando nos apaixonamos, estávamos ambas com uma idade ‘respeitável’. Cada uma de nós pensou que uma bela história, tão romântica, nunca iria acontecer com a gente, mas depois que participamos de uma reunião entre gays e lésbicas, em Moscou, em 2008, e troca de cartas todos os dias, percebemos que não poderíamos estar separadas”, diz o casal Olgerta, de 54 anos, e Lisa, de 48 anos.
 
Confira as fotos:
 







 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Banco do Brasil apresenta campanha pela diversidade



Publicado pelo Dezanove

Pela segunda vez, o Banco do Brasil lança uma campanha direcionada para o público LGBT. Com uma simples mensagem, o banco reforça a sua disponibilidade para atender aos pedidos de diversos casais: "Antes de subir ao altar, conheça o BB Consórcio de Serviços. A ajudinha que você precisa para deixar o nervosismo fora da lista de convidados."

Na rede social Facebook, as reações são, na sua esmagadora maioria, a de dar os Parabéns pela campanha mencionando termos como "inclusão", "respeito", "orgulho" e "diversidade".
 
A primeira campanha inclusiva do gênero ocorreu em Março deste ano, voltada ao financiamento da casa própria.
 

 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Vereador de Florianópolis defende seu projeto: " não tem nada a ver com 'cura gay'"


 
Publicado pelo Terra
 
O vereador de Florianópolis Deglaber Goulart (PMDB), autor de um polêmico projeto que prevê tratamento para ajudar homossexuais a "saírem do armário", afirmou na quarta-feira que a proposta não teria "nada a ver" com a ideia de "cura gay" apresentada pelo deputado federal João Campos (PSDB-GO). Segundo Goulart, o projeto surgiu depois que uma família o procurou na Câmara local. "Um jovem de 16 anos está sofrendo de depressão porque a família não aceita sua condição", disse. "Fui procurado pela mãe dele, me pedindo ajuda para lidar com a situação."
 
De acordo com o vereador, o objetivo da proposta é auxiliar as pessoas a lidarem com a orientação sexual de seus familiares. Ele afirma que não pretende "curar homossexuais", e sim permitir o apoio às pessoas que enfrentam essa situação.
 
"Não tem nada a ver com cura gay. Não quero curar ninguém, pois isso não é doença", disse o vereador. "O que eu quero é oferecer tratamento psicológico para que as pessoas trabalhem sua orientação sexual e a família enfrente essa questão com o devido acompanhamento."
 
Deglaber citou a novela Amor à Vida, da TV Globo, onde o personagem Félix, vivido pelo ator Mateus Solano, sofre com a não aceitação de sua homossexualidade por parte do próprio pai. "A gente não está assistindo isso na novela? Um pai que não aceita a orientação do filho? O que eu quero não é curar, é cuidar para que essas pessoas tenham acompanhamento", disse. A sociedade cuida de drogados, depressão pós-parto e alcóolatras. É uma questão de saúde, garantida pela Constituição Federal. Não quero curar, quero o bem-estar da nossa população."
 
Para o vereador, a proposta de cura gay apresentada no Congresso Nacional teria um enfoque "completamente distinto", no entendimento de Deglaber Goulart. Ele afirmou que o deputado acabaria "legislando" apenas para um segmento da sociedade.
 
"Não existe cura gay. Vamos 'curar' como? Com injeções, com supositórios? Meu projeto é completamente diferente", afirmou ele. O projeto apresentado na capital catarinense no dia 23 de setembro deve ser enviado à Comissão de Justiça nos próximos dias.

domingo, 29 de setembro de 2013

Presídios adotam alas LGBT para reduzir casos de violência



Publicado pelo Terra 
Dados da Agência Brasil

As penitenciárias brasileiras estão, cada vez mais, adotando medidas para evitar a violência contra os homossexuais, como a criação das alas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros), que já funcionam em quatro Estados - Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraíba e Mato Grosso. A Bahia pretende implantá-las nos novos presídios, que devem ser construídos em 2014.

Em Minas Gerais, a adoção de um espaço separado para abrigar a população LGBT existe desde 2009 no Presídio de São Joaquim de Bicas e desde 2012 no Presídio de Vespasiano. O trabalho da Coordenadoria Especial de Políticas de Diversidade Sexual de Minas Gerais (Cods) foi fundamental para a aplicação dessa prática.

"A ideia é tirar essas pessoas do convívio dos presos, porque havia denúncias de maus tratos, além da necessidade de oferecer a elas um tratamento apropriado", explicou o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade.

Para a chefe da Cods, Walkíria La Roche, o problema é ainda maior e trata-se de uma questão de saúde. Segundo ela, os homossexuais e travestis abusados sexualmente nas prisões acabam contraindo doenças sexualmente transmissíveis (DST) e, consequentemente, transmitindo a outros homens no ambiente carcerário.

"É muito comum no nosso país que essas pessoas sejam usadas como moeda de troca nos presídios. Não há preocupação com a transmissão de DST. E como os homens, depois, recebem visita íntima, pode causar uma epidemia", explica Walkíria. Além de criar uma ala separada, foi feito um trabalho específico, com o oferecimento de cursos de cabeleireiro, corte e costura e pedreiro.

No Rio Grande do Sul, a política de alas LGBT existe desde abril de 2012 no Presídio Central de Porto Alegre, o maior do Estado. São cerca de 40 presos separados dos demais. "O mesmo tipo de violência que acontece contra essas pessoas nas ruas também é verificado aqui dentro. E essa foi a forma que encontramos para não contribuirmos mais com a violação de direitos humanos contra gays e travestis", explica a assessora de Direitos Humanos da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Maria José Diniz. Segundo ela, houve uma queda significativa dos casos de violência após a adoção da ala LGBT.

A Paraíba conta com alas LGBT em três presídios e, de acordo com o governo do Estado, a ideia é ampliar gradativamente a iniciativa para outras penitenciárias. De acordo com o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Wallber Virgolino, esse tipo de medida assegura o direito do homossexual se expressar sem sofrer represálias ou agressões de qualquer natureza.

Para Toni Reis, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a criação de alas separadas nos presídios não é o ideal, mas pode ser uma medida válida para resolver um problema imediato. "Achamos que as pessoas não deveriam ser segregadas, mas por causa de toda a violência, isso acaba acontecendo para preservá-las".

De acordo com Reis, a ABGLT direciona seu foco para a educação da sociedade contra o preconceito, inclusive junto a agentes de segurança pública. "Promovemos cursos, palestras e depoimentos contra a homofobia. A gente quer que todas as pessoas se integrem, porque se o preconceito na sociedade diminuir, isso vai se refletirá nos presídios".
 

Jean Wyllys é eleito melhor deputado federal de 2013


 
Publicado pelo Parou Tudo
 
Jean Wyllys (PSOL-RJ) tem motivos para comemorar. Um dos maiores defensores dos direitos LGBT foi eleito pela segunda vez o melhor deputado federal pelo site “Congresso em Foco”. A premiação, que existe desde 2006, elege os parlamentares que melhor representam a sociedade, com votação pela internet e somou mais de 254 mil votos este ano.
 
Depois de Wyllys, apareceram os nomes de Romário (sem partido-RJ) e Chico Alencar (PSOL-RJ), em segundo e terceiro lugares, respectivamente. O deputado também faturou o prêmio de “Parlamentar de Futuro”, que distingue aqueles com menos de 45 anos.
 
Na premiação, na noite de quinta-feira, 26, também foi anunciado o nome de Cristovam Buarque (PDT-DF) como o melhor senador do ano pela quinta vez. Ele já havia ganho a votação na internet em 2007, 2009, 2010 e 2011.