sábado, 16 de fevereiro de 2013

EUA: Senado do Illinois aprova casamento gay


 
Publicado pelo Público
 
Os senadores do Illinois aprovaram na quinta-feira à noite um projecto de lei que institui o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
 
Trata-se do 10.º estado americano a fazê-lo, mas é o primeiro do Midwest. O Senado tem maioria democrata, mas o decreto tem a aprovação do presidente do partido na região, Pat Brady, que em Janeiro dissera que “dar aos casais gay e lésbicos a liberdade de casar só honra os melhores princípios conservadores – os que dizem que a lei deve tratar todos os cidadãos de forma igual”.
 
Na votação, 34 senadores votaram a favor e 21 contra e o projecto de lei segue agora para a câmara dos representantes do congresso estadual, de maioria democrata (é o estado do Presidente Barack Obama, que chegou ao Congresso de Washington eleito pelo Illinois; foi o primeiro chefe de Estado a defender o casamento gay e a usar esta palavra num discurso de tomada de posse). Se for aprovado, torna-se lei. O governador do Illinois, Pat Quinn, diz que assinará a legislação mal ela chegue à sua secretária.
 
A senadora democrata Heather Steans, proponente da legislação, disse que esta votação “entrará na História”. “Temos a oportunidade de tornar todas as famílias do Illinois iguais”. Há dois anos, este estado já tinha aprovado a união de facto para casais do mesmo sexo, condição que não dá os mesmos direitos e obrigações que um casamento.
 
Bernard Cherkasov, da organização Equality Illinois, disse estar confiante sobre a aprovação da lei até porque, explicou, as comunidades religiosas estão a favor dela e da mudança da alínea constitucional estadual que define casamento como união entre duas pessoas de sexos distintos para união entre duas pessoas com direitos iguais.
 

Jogador americano Robbie Rogers assume ser gay e decide deixar o futebol



Publicado pela Folha
 
O meia americano Robbie Rogers, 25, que recentemente jogou pelo Leeds United e no Stevenage, da Inglaterra, além de somar 18 partidas pela seleção dos EUA, escreveu em seu site -- sob o título "O Próximo Capítulo" -- que é homossexual e que vai deixar os campos de futebol.
 
"Segredos podem causar tanto dano interno. Pessoas gostam de pregar sobre a honestidade, como se a honestidade fosse tão clara e simples. Tente explicar para seus parentes depois de 25 anos que você é gay", escreveu o jogador, nesta sexta-feira.
 
"Nos últimos 25 anos, eu tenho medo. Medo de mostrar quem eu realmente era. Medo de que julgamentos e rejeições me privariam de sonhos e aspirações. Medo de que os meus entes queridos ficariam distantes de mim se soubessem o meu segredo. Medo de que o meu segredo ficasse no caminho dos meus sonhos. O sonho de ir a uma Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, sonhos de fazer minha família orgulhosa. O que seria da minha vida sem esses sonhos?", escreveu.
 
Rogers fez seu nome na MLS (liga de futebol dos Estados Unodos) com Columbus Crew e fez parte da equipe dos EUA nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e, por pouco, não foi convocado para a Copa do Mundo de 2010.
 
"Nunca vou esquecer os amigos que fiz um longo caminho e os amigos que me apoiaram, uma vez que sabiam do meu segredo", disse. "Agora é a minha hora de me afastar. Está na hora me afastar do futebol", completou.
 
 
As declarações reveladoras do jogador foram recebidas com solidariedade e mensagens de apoio por diversos líderes do futebol dos EUA via mídias sociais.
 
"100% amor e apoio para um dos meus melhores amigos Robbie Rogers. Você fará falta em campo. Talento incrível, pessoa incrível", disse o meia Sacha Kljestan, companheiro de equipe dos EUA que joga na Bélgica pelo Anderlecht.
 
O executivo-chefe da Associação de Futebolistas Profissionais de Inglaterra, Gordon Taylor, disse à Sky Sports News do Reino Unido que o futebol só começam a vencer a batalha contra o preconceito se os jogadores gays "idealmente falarem sobre o assunto durante a sua carreira, mesmo que seja para o fim de sua carreira".
 
O ex-goleiro da equipe dos EUA, Kasey Keller, que também jogou no futebol inglês, disse que espera ver Rogers de volta no jogo.
 
"A bravura de Robbie Rogers é louvável, espero que ele perceba que ele não precisa se aposentar. Ele será mais acolhido do que imagina", escreveu Keller no Twitter.
 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Petição quer cassação do registro de psicólogo do pastor Silas Malafaia. Se concorda, assine!




Publicado no Avaaz
Dica de Luiz Pareto
 
Tendo em vista que a Psicologia, enquanto ciência da saúde, deve preservar e compreender a identidade dos sujeitos e promover a cultura de paz e de respeito aos direitos humanos, diversos militantes das minorias sexuais acreditam que o Sr. Silas Lima Malafaia (CRP/RJ 24.678), por ter apresentado repetidamente comportamentos homofóbicos e que patologizam a homossexualidade, desrespeitando o método científico e a ética profissional, deve ser submetido a inquérito administrativo que impeça sua atuação como psicólogo. Uma petição foi elaborada para solicitar à senhora Presidente do CRP/RJ a abertura de inquérito que investigue os comportamentos descritos pelo pastor e que verifiquem sua incompatibilidade com a resolução CFP 001/99, que resultaria na cassação do registro profissional do sr. Silas.
 
Leia a petição e, caso concorde, assine! CLIQUE AQUI!!!
 
 

STJ garante a lésbicas a adoção unilateral de filha gerada por inseminação




Publicado pelo Terra
 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão que garantiu, dentro de uma união estável homoafetiva, a adoção unilateral de filha concebida por inseminação artificial, para que ambas as companheiras passem a compartilhar a condição de mãe da adotanda. Em seu voto, a relatora, ministra Nancy Andrighi, disse ser importante levar em conta que, conforme consta do processo, a inseminação artificial (por doador desconhecido) foi fruto de planejamento das duas companheiras, que já viviam em união estável.
 
A ministra ressaltou que a situação em julgamento começa a fazer parte do cotidiano das relações homoafetivas e merece, dessa forma, uma apreciação criteriosa. “Se não equalizada convenientemente, pode gerar (em caso de óbito do genitor biológico) impasses legais, notadamente no que toca à guarda dos menores, ou ainda discussões de cunho patrimonial, com graves consequências para a prole”, afirmou.
 
Segundo a relatora, não surpreende – nem pode ser tomada como entrave técnico ao pedido de adoção – a circunstância de a união estável envolver uma relação homoafetiva, porque esta, como já consolidado na jurisprudência brasileira, não se distingue, em termos legais, da união estável heteroafetiva.
 
Para ela, o argumento do Ministério Público (MP) de São Paulo– de que o pedido de adoção seria juridicamente impossível, por envolver relação homossexual – impediria não só a adoção unilateral, como no caso em julgamento, mas qualquer adoção conjunta por pares homossexuais.
 
A mulher que pretendia adotar a filha gerada pela companheira havia obtido sentença favorável já em primeira instância. O Ministério Público recorreu, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a sentença por considerar que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente e da Constituição Federal, a adoção é vantajosa para a criança e permite “o exercício digno dos direitos e deveres decorrentes da instituição familiar”. O MP recorreu então ao STJ, que negou novamente o pedido para reformar esse entendimento.
 
Duas mães
 
A ministra Nancy também questionou o argumento do MP a respeito do “constrangimento” que seria enfrentado pela adotanda em razão de apresentar, em seus documentos, “a inusitada condição de filha de duas mulheres”. Na opinião da relatora, certos elementos da situação podem mesmo gerar desconforto para a adotanda, “que passará a registrar duas mães, sendo essa distinção reproduzida perenemente, toda vez que for gerar documentação nova”. Porém, “essa diferença persistiria mesmo se não houvesse a adoção, pois haveria maternidade singular no registro de nascimento, que igualmente poderia dar ensejo a tratamento diferenciado”.
 
“Essa circunstância não se mostra suficiente para obstar o pedido de adoção, por ser perfeitamente suplantada, em muito, pelos benefícios outorgados pela adoção”, concluiu. A ministra lembrou que ainda hoje há casos de discriminação contra filhos de mães solteiras, e que até recentemente os filhos de pais separados enfrentavam problema semelhante.
 

Casamento gay passa a valer de vez em São Paulo a partir de segunda-feira



Publicado pelo Mix Brasil
 
Na próxima segunda-feira, dia 18 de fevereiro, o casamento gay passa a valer de vez no Estado de São Paulo, a partir de uma decisão do Tribunal de Justiça de 18 de dezembro que obriga os cartórios a reconhecer e documentar casamentos de homossexuais do mesmo jeito que aceitam e documentam os de heterossexuais. Na prática, a Justiça de São Paulo fez equivaler os casamentos héteros e homossexuais.
 
Segundo a decisão da Justiça paulista, os cartórios teriam sessenta dias para se adequar ao casamento entre homossexuais. A reportagem do site Mix Brasil foi a um cartório de São Paulo no meio de janeiro e ele já estava realizando casamentos entre gays. Outros leitores relataram que procuraram cartórios que os pediram para que voltassem a partir do dia 18 de fevereiro.
 
Portanto, a partir de segunda-feira, o casamento gay passa a valer em definitivo para os paulistas. Como é tradição em todos os países e cidades quando aprovam o casamento gay, uma multidão de fotógrafos e jornalistas deve seguir para um cartório para registrar o primeiro casal a utilizar a medida. A imagem é replicada no mundo todo.
 
O Mix Brasil deseja fazer o mesmo. Querem saber de um casal que planejou se casar nesta segunda-feira e que gostaria de ter este belo acontecimento registrado. A ONG All Out e a Campanha pelo Casamento Civil Igualitário também querem registrar este momento.
 
Se você pretende se casar nesta segunda-feira em São Paulo ou conhece algum casal que vai fazê-lo, mande um email para: edicaomixbrasil@uol.com.br  ou para All Out - info@allout.org

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Bento XVI anuncia renúncia e abre expectativa: será que o novo Papa será menos intolerante?



Por Homorrealidade

O Papa Bento XVI anunciou na manhã desta segunda-feira (11) que vai renunciar a seu pontificado em 28 de fevereiro. O principal representante da Igreja Católica alegou que, aos 85 anos de idade, não tem mais forças para seguir no cargo. O Vaticano afirmou que o papado, exercido pelo teólogo alemão desde 2005, vai ficar vago até que o sucessor seja escolhido, o que se espera que ocorra "o mais rápido possível" e até a Páscoa, segundo o porta-voz Federico Lombardi. Para o movimento LGBT a notícia abre uma boa expectativa, já que o novo papa pode ser alguém mais jovem e talvez com a mente menos contrária à igualdade de direitos para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
 
O atual discurso da Igreja Católica, que tem mais de 1,3 bilhão de seguidores no mundo, prega que as tendências homossexuais não são propriamente um pecado, mas que os atos homossexuais são, e que as crianças devem crescer em uma família tradicional, com um pai e uma mãe.
 
Intensificando esse olhar preconceituoso, Bento XVI já chegou a afirmar que o “homossexualismo”, termo pejorativo associado a uma doença, é “essencialmente ruim”. Logo no início de seu papado, em 2005, ele anunciou que as portas dos seminários estariam fechadas para os que “praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais ou apóiam a chamada cultura gay”. Em plena celebração da Jornada Mundial da Paz, o pontífice ordenou que paróquias de todo o mundo lessem uma mensagem homofóbica. Foram as declarações mais fortes já proferidas por um pontífice contra a homossexualidade. Até mesmo em datas de discurso pacífico como ano novo e o natal, ele reafirmou que o casamento homossexual é uma das ameaças à família tradicional, pondo em xeque "o próprio futuro da humanidade". Segundo Bento, a educação das crianças precisa de "ambientes" adequados, e "o lugar de honra cabe à família, baseada no casamento de um homem com uma mulher".
 
Para muitos militantes LGBT, desde que a luta pelos direitos das minorias sexuais foram iniciadas, a igreja católica nunca teve um papa tão intolerante à causa quanto Bento XVI. Vale lembrar que o mesmo papa também insiste em ser contrário ao divórcio, ao uso do preservativo e da pílula anticoncepcional, contrapondo-se à opinião e à prática pessoal da maioria dos católicos que ainda conferem poder à igreja.
 
Com a renúncia de Bento XVI, o movimento LGBT fica na expectativa do anúncio de um novo papa menos rígido, que possa fazer interpretações da Bíblia mais humanitárias e generosas, além de compreender o amor de Jesus Cristo como algo verdadeiramente sem fronteiras ou regras tão conservadoras.
 
Mesmo para quem não é católico, essa decisão faz diferença, pois a igreja ainda exerce muito poder nas decisões políticas de diversos países do mundo, sendo historicamente uma das principais motivadoras do preconceito contra LGBTs.
 
O nome do novo papa deve ser confirmado até o final de março.