sábado, 6 de abril de 2013

Revistas Veja e Época dão capa à causa homossexual tendo Daniela Mercury como mote


 
Publicado pelo ParouTudo
 
As duas maiores revistas semanais brasileiras, “Veja” e “Época”, colocaram a outing de Daniela Mercury nas suas capas.
 
A Veja, ao fazer um panorama histórico e científico da questão, considera o casamento homossexual como “questão inadiável no Brasil”.
 
A Época, que na semana passada já havia dado destaque ao tema na sua publicação paulistana, coloriu sua capa de arco-íris e mostra o quanto a homofobia da cantora Joelma e a infelicidade de termos Marco Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos motivaram Daniela e a esposa, a jornalista Malu Verçosa, a se assumirem.
 
Com vendas na casa do 1,5 mihão de exemplares e com impacto em cerca de 4 milhões de leitores, as publicações fizeram capas dignas do momento incrível e crucial que o país e nós LGBT estamos vivendo!
 

Jornalista causa polêmica ao afirmar que evangelho apócrifo sugere homossexualidade de Jesus Cristo


 
Publicado pelo Conex10
 
Um jornalista e âncora de um telejornal da Fox TV causou polêmica ao afirmar que Jesus pode ter sido gay. A teoria do norte-americano Don Imus (foto) se baseia num texto do século III, contido no evangelho apócrifo de Judas Iscariotes. O comentário de Imus ocorreu durante uma entrevista que ele fazia por telefone com a analista política Kirsten Powers, afirmando que haviam “algumam indicações” de que “Jesus poderia ter sido gay”.
 
“Havia centenas de evangelhos escritos, apenas quatro estão na Bíblia. Havia o evangelho de Tomé, Maria teve um evangelho, todos eles tinham um evangelho. Mas Judas – há algumas indicações lá de que Jesus pode ter sido gay”, afirmou o apresentador. A entrevistada se mostrou incomodada com a sugestão polêmica de Imus: “Ah, por favor…”, disse ela, antes de afirmar que considerava “rídícula” a ideia de Imus.
 
Anteriormente o apresentador já se envolveu em polêmicas por fazer piadas de mau gosto sobre questões raciais, e precisou se desculpar publicamente, de acordo com o site The Independent.
 
O padre jesuíta e teólogo James Martin, autor do livro Together on Retreat: Meeting Jesus in Prayer (que pode ser traduzido livremente como “Juntos num retiro: a reunião de oração de Jesus”), comentou as declarações polêmicas de Don Imus e afirmou ter certeza de que o evangelho de Judas não insinua nada sobre a sexualidade de Jesus: “Não há nada no evangelho de Judas, ou qualquer um dos quatro evangelhos aceitos, que mostra de forma alguma que Jesus era gay”, declarou em entrevista ao Huffington Post.
 
“Ele manteve amizade com homens e mulheres. E era carinhoso para com eles, demonstrou afeto e chorou pela morte de Lázaro. Por isso sei que ele era uma pessoa amorosa. Como ser humano, [Jesus] teve a sexualidade humana integral e como qualquer ser humano, tinha seus desejos sexuais, mas ele era solteiro e celibatário. E isso é tudo o que sabemos sobre sua sexualidade”, pontuou o padre, lembrando que o evangelho de Judas foi escrito muito tempo depois do último Evangelho.
 
 

Cerimônia reúne quatro casais de lésbicas em 1º casamento gay do Piauí


 
Publicado pelo G1
 
Quatro casais de lésbicas oficializaram a relação durante o primeiro casamento civil entre homossexuais no Piauí. A cerimônia foi realizada nesta sexta-feira (5) na capela do Tribunal de Justiça pela juíza Zilnéia Barbosa.
 
A pedagoga Rosângela Alencar e a funcionária pública Lourdes Oliveira moram juntas há cinco anos, mas só conseguiram oficializar a união nesta sexta-feira. Lourdes foi casada durante 14 anos e tem três filhos de 19, 16 e 14 anos. Ela contou que após separar do marido resolveu morar com Rosângela.
 
 
O filho mais velho de Lourdes acompanhou a cerimônia. Karl Marx, 19 anos, conseguiu compreender que a mãe não era feliz no casamento, mas confessou que no início foi difícil entender a relação entre duas mulheres.
 
“A gente costuma aceitar e achar bonito quando acontece em outra família, mas quando a situação é dentro da sua casa, não é tão fácil assim. Hoje eu sei que a minha mãe está mais feliz assim. Compreendi que ela queria mudar de vida”, disse Karl.
 
“Hoje é um dia de muita comemoração. Estou muito feliz e sei que aquele receio que tinha da sociedade agora não existe mais. A partir de hoje tudo será diferente”, disse Lourdes.
 
Morando há oito anos juntas, a psicóloga Alessandra Oliveira e Virgínia Lemos, que é professora, também comemoraram a oficialização do relacionamento.Elas não comentaram muito sobre a vida íntima, mas sabem que agora tudo será diferente. O casal agora pensa em aumentar a família.
 
 
 
“Estamos felizes. Sabemos que agora tudo será diferente. Demorou bastante para justiça reconhecer o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.”, disse Virginia.
 
“Era um sonho antigo e que agora se torna realidade”, completou Alessandra Oliveira.
 
Para Marinalva Santana, diretora do Grupo Matizes, que luta pelos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) no estado, a cerimônia de casamento civil homoafetivo é um grande avanço. “É uma solenidade histórica, um divisor de águas para os nossos direitos”, ressalta.
 
O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outubro de 2011. De acordo com Marinalva Santana, depois da regulamentação todos os pedidos que chegam aos cartórios piauienses deixam de depender do entendimento individual de cada juiz e passam a obedecer aos critérios estabelecidos pelo Provimento nº 24/2012.
 
“A partir de agora o véu da censura cai por terra. A união entre homossexuais no Piauí é reconhecida. Estamos cumprindo a lei e nos próximos casamentos comunitários não haverá cerimônias separadas como esta de hoje”, disse a juíza Zilnéia Barbosa.
 
 

Acusado de homofobia e racismo, Feliciano semeia polêmicas no Congresso



Publicado pelo UOL 
Por Eduardo Davis (Agência EFE)
 
A Câmara dos Deputados vive uma espécie de "guerra santa" por causa da eleição como presidente de sua Comissão de Direitos Humanos de Marco Feliciano, um deputado e pastor evangélico que condena a homossexualidade e afirma que os negros foram alvo de uma "maldição" de Noé.
 
Sua designação para presidir a comissão, no dia 7 de março, gerou um vendaval de críticas de órgãos de direitos humanos, que o acusaram de homófobico e racista apoiados em polêmicas declarações públicas feitas pelo deputado nos últimos anos e que o próprio ratificou nos últimos dias.
 
Feliciano, de 40 anos, é pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamiento, vinculada à Assembleia de Deus, uma igreja evangélica que tem no país cerca de 20 milhões de fiéis, entre os quais garante que há "muitos" que "deixaram" de ser homossexuais graças à ajuda espiritual.
 
Suas críticas à homossexualidade lhe levaram a afirmar que "o amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e a rejeição" e a atacar o casamento gay, não oficializado no Brasil, embora existam projetos neste sentido no Congresso.
 
"O problema é que depois do casamento religioso, eles podem querer, como já brigam pela adoção de crianças. E nós sabemos, a própria psicologia diz, que a criança criada por dois homens ou criada por duas mulheres tem uma problemática sem tamanho", declarou Feliciano nesta semana em entrevista à "Folha de S. Paulo".
 
Sobre os negros e africanos, Feliciano (PSC-SP) sustenta que são alvo de uma "maldição" e cita a Bíblia para se justificar.
 
"Citando a Bíblia (...), africanos descendem de Cão (ou Cam), filho de Noé. E, como cristãos, cremos em bênçãos e, portanto, não podemos ignorar as maldições", declarou, em defesa protocoloada no STF após denúncia da Procuradoria Geral da República.
 
Feliciano afirma que isso não representa racismo, mas um apego a suas crenças religiosas e, além disso, diz que "milhares de africanos" se "curaram" dessa "maldição" ao "se entregarem ao caminho de Deus".
 
Entidades de defesa dos homossexuais protestam contra o deputado a cada vez que se reúne a Comissão de Direitos Humanos, que para evitar tumultos decidiu nesta semana que restringirá o acesso a suas reuniões. ............. Diversos movimentos, como o Grupo LGTB Arco Iris do Rio de Janeiro, consideraram essa decisão como uma "afronta" à "mobilização da sociedade civil contra o disparate" de que uma pessoa "homofóbica, racista e machista" dirija essa comissão.
 
O presidente dessa organização, Julio Moreira, lamentou em entrevista à Agência Efe sobre a presença de "deputados fundamentalistas religiosos" no Congresso, sobre o qual disse que deveria ser regido pela pluralidade, e não por "fanatismos".
 
Nas últimas semanas, os protestos contra Feliciano lotaram as redes sociais, nas quais foram convocadas manifestações e vários "beijaços" em lugares públicos.
 
Artistas como Caetano Veloso se somaram às manifestações e até incentivaram a cantora Daniela Mercury a assumir que tem uma relação amorosa com a jornalista Malu Verçosa.
 
"Numa época em que temos um Feliciano desrespeitando os direitos humanos, grito o meu amor aos 7 ventos. Quem sabe haja ainda alguma lucidez no Congresso Brasileiro", escreveu Daniela no Instagram e em nota à imprensa.
 
O PSOL pediu na última quarta-feira o início de um processo disciplinar contra Feliciano na Câmara por quebra de decoro parlamentar, denunciando que ele teria tirado proveito do mandato em benefício próprio e usado cota parlamentar para pagar empresas que lhe prestaram serviços particulares.
 
Além da denúncia apresentada pelo PSOL, deputados do PT, apoiados por colegas de outros partidos, protocolaram um recurso na Mesa Diretora da Câmara que pede a anulação da reunião da Comissão de Direitos Humanos que elegeu Feliciano como seu presidente.
 
O deputado Eleuses Paiva (PSD-SP), que também exige a renúncia de Feliciano, declarou à Agência Efe que "é necessário resolver este clima de 'guerra santa', encontrar uma solução e evitar um desgaste maior" do próprio Congresso.
 
A indignação ultrapassou as fronteiras do país, e o coro crítico ganhou a voz da Anistia Internacional, que rotulou de "inaceitável" a eleição de Feliciano para esse cargo por suas "posições claramente discriminatórias", e exigiu à Câmara que "corrija o erro".
 
No entanto, as pressões até agora não surtiram efeito, e Feliciano insiste que não vai renunciar, pois foi eleito de forma "legítima" pelos outros membros da comissão.
 

Jeremy Irons diz que casamento homossexual pode abrir a porta ao incesto


 
Publicado pelo Público
 
Jeremy Irons diz não ter uma posição definida sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo mas considera que essa união levanta algumas dúvidas. Permitir o casamento homossexual não irá abrir a porta ao incesto? E alterar a legislação para permitir essa união legalmente não irá permitir que os pais se casem com os filhos para evitarem pagar impostos sobre heranças?
 
O entrevistador do Huffington Post Live perguntou ao actor inglês, de 64 anos, o que pensa sobe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na resposta, o vencedor de um Óscar em 1991, pela sua interpretação em Reveses da Fortuna, atirou uma pergunta: “Pode um pai não casar com o filho?”.
 
Perante a resposta inesperada, foi sublinhado a Irons que é proibido o relacionamento entre pessoas com esse grau de parentesco, que isso é incesto. “Entre homens não é incesto. O incesto existe para nos protegermos da endogamia, mas os homens não podem procriar”, defendeu.
 
Irons questionou ainda se os casamentos homossexuais não permitarão aos pais passarem as suas heranças aos filhos sem que sejam taxadas. “Com a lei do casamento homossexual, se não quiser pagar o imposto de sucessão ao deixar a minha herança, poderei casar-me com o meu filho e simplesmente deixá-la a ele”, argumentou.
 
Quanto ao casamento homossexual versus união de facto, o actor disse recear que o significado da palavra matrimónio se altere. “Preocupo-me que isso signifique de alguma maneira que tiremos a base, ou alteremos, o que o casamento significa. Apenas me preocupo com isso”, acrescentou.
 
Durante a entrevista, o actor reafirmou que não tem uma “opinião forte” sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo e desejou a “todos os que vivem com outra pessoa a melhor sorte do mundo, porque é fantástico”. “Viver com outro animal, seja um marido ou um cão, é óptimo. É maravilhoso ter alguém a quem amar. Penso que o sexo não tem importância. O que se lhe chama não tem importância nenhuma”, concluiu.
 
As declarações de Irons, que recentemente esteve em Portugal para promover o filme Comboio Nocturno para Lisboa, surgem numa altura em que se aguarda uma decisão do Supremo Tribunal dos EUA sobre dois casos que contestam a ilegalidade dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. E o número de personalidade e figuras políticas que tem assumido a defesa do casamento homossexual tem vindo a aumentar.
 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Bruno Gagliasso posta beijo gay em protesto à permanência de Feliciano na CDHM



Publicado pela Lado A

Com a frase "Quanto menos vc sabe mais vc julga. #felicianonãomerepresenta” o galã global Bruno Gagliasso postou uma foto antiga em seu Instagram na tarde desta quarta-feira, beijando o também ator e seu amigo Matheus Nachtergaele. A foto teve milhares de curtidas em poucos minutos e foi um protesto contra a permanência do deputado Marco Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

A foto do beijo foi tirada no aniversário da novelista Glória Perez, em 2005. Na época, o ator vivia o personagem Junior, em América, e teve um beijo gay de seu personagem censurado. Foto antiga vale produção? Claro que vale mas tem que beijar de novo! O hashtag #felicianonãomerepresenta foi seguido por fãs e amigos do ator, alguns também arriscaram postar beijos gays.

Há poucos dias, a atriz Fernanda Montenegro também registrou sua foto beijando uma mulher com o mesmo intuito.


Substitutivo de projeto de lei que criminaliza homofobia é apresentado a movimentos sociais na Câmara



Publicado pela Agência Brasil 
Por Yara Aquino

Brasília – O texto inicial de um substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006 que trata da criminalização da homofobia foi apresentado na terça (2) pela Secretaria de Direitos Humanos a integrantes do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais (LGBT). A proposta tem um texto mais enxuto e classifica como crimes de ódio e intolerância os crimes contra esses segmentos.
 
A expectativa é que com o novo texto seja possível acelerar a aprovação da matéria que tramita desde 2006 e, assim, chegar a uma lei que criminalize especificamente os crimes de natureza homofóbica. “Ter uma legislação que trate da homofobia no Brasil é essencial”, disse a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
 
Segundo a ministra, é preciso responder positivamente a todos os cidadãos que, por serem homossexuais, não encontram um amparo legal na lei para protegê-los.“Somente aprovando uma lei clara, que responsabilize os que pratiquem os crimes de ódio e preconceito nos casos de orientação sexual, teremos condições de proteger as pessoas dessa violência”, disse.
 
A proposta de substitutivo será discutida pelos integrantes do Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais que podem propor alterações. Após concluído, o texto do substitutivo pode ser apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que é relator do projeto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.
 
A integrante da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais(ABGLT), Keila Simpson, avalia que o substitutivo poderá permitir que as discussões sobre o texto avancem. “Vamos ler a proposta e trazer contribuições. Se classificar como crimes de ódio e intolerância pode dar mais chances de passar do que se marcar de outra forma, achamos que não traz prejuízos”.
 
 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Casamentos homossexuais quase quadruplicam após nova norma de cartórios paulistas


 
Publicado pela Agência Brasil
Por Daniel Mello
 
Desde o início de março os casamentos entre homossexuais passaram a ter igualdade nos procedimentos em relação aos heterossexuais, após a nova regulamentação adotada pelos cartórios paulistas. Com isso, o numero desses casamentos em março foi quase quatro vezes maior do que a média mensal deste ano.
 
Segundo a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), foram celebrados, no primeiro mês de vigência da norma, 41 casamentos entre homossexuais, enquanto a média era 11 por mês.
 
O crescimento das uniões era previsto pela Arpen. De acordo com a entidade, existe uma demanda reprimida de pessoas que querem se casar, mas acreditavam que a celebração depende de autorização judicial.
 
Antes da regulamentação, o casamento entre pessoas do mesmo sexo só era autorizado em alguns cartórios. Em outros era necessário recorrer à Corregedoria-Geral do Estado. Agora, os 832 cartórios de registro civil do estado de São Paulo celebram os casamentos entre homossexuais normalmente.
 
O primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo em São Paulo foi celebrado em junho de 2011, em Jacareí (SP). Desde 2012, foram celebrados na capital paulista 149 desses casamentos, 86 deles em 2012 e 63 neste ano.
 

Senado uruguaio aprova casamento gay


 
Publicado pelo O Globo
 
Com 23 votos a favor e 8 contrários, o Senado uruguaio aprovou na tarde desta terça-feira a Lei de Matrimônio Igualitário, que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O projeto voltará agora para a Câmara baixa, por onde já passou, para que as modificações no texto sejam analisadas.
 
Na Câmara, os deputados deverão se manifestar contra ou a favor das alterações. Só então o projeto de lei deverá seguir para o Executivo para ser promulgado - o que não deve acontecer antes de dois ou três meses, de acordo com estimativas da imprensa uruguaia.
 
Para a aprovação, a esquerda já tinha votos suficientes. Mesmo assim, vários integrantes dos partidos Colorado e Nacional votaram a favor, apesar da oposição da Igreja Católica, que durante a Semana Santa pediu durante as missas que os senadores votassem com as suas consciências.
 
O debate começou às 9h30m e só terminou no final da tarde. A Frente Ampla votou pela aprovação do projeto, enquanto os partidos Nacional e Colorado liberaram seus integrantes para votarem como achassem melhor.
 
O senador Rafael Michelini, da Frente Ampla, classificou a aprovação como “uma modificação profunda para a sociedade”.
 
- É claro que não posso comparar com a abolição da escravatura, porque foram lutas que levaram centenas de anos. Mas para uma pessoa que adquire direitos, de certa forma não é uma libertação? - perguntou Michelini, indagando até que ponto o Estado pode se meter na vida privada do cidadão. - Não deveria haver proibição de raça, idade ou sexo.
 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Ameaçada de morte, juiza já celebrou 200 uniões gays


 
Publicado pelo iG/ O Dia
Por Fernanda Aranda
 
Ocupando o posto de desembargadora no Rio Grande do Sul e enfrentando pesada resistência no meio jurídico, Maria Berenice Dias reconheceu há 12 anos a primeira união civil gay no Brasil. O gesto pioneiro rendeu aplausos, mas também ameaças de morte. As possíveis represálias não impediram que ela legitimasse com sua assinatura mais 200 relações homoafetivas.
 
Hoje, Maria Berenice, aos 65 anos, não ocupa mais o posto de desembargadora, mas se mantém firme na primeira fila do front de defesa dos direitos da comunidade LGBT, agora como advogada especializada na área. Sua maior briga atual é por uma legislação que condene os crimes de ódio contra os gays, criminalizando a homofobia.
 
Mas ela tem consciência que esse objetivo não será alcançado facilmente. “Não se pode condenar aquilo que não é definido como crime. Existem pessoas que querem continuar com o direito de dizerem o que dizem e saírem impunes”, observa Maria Berenice.
 
Além de advogar na causa LGBT, Maria Berenice também celebra uniões gays como juiz de paz. Aliás, de casamento ela entende por experiência própria. Mãe de três filhos, ela foi casada cinco vezes, sempre com homens, apesar das insinuações de que atuaria em causa própria nos tribunais. “Ninguém acredita que eu não sou lésbica”, brinca ela, se divertindo com as provocações alheias.
 
Maria Berenice falou dos preconceitos que os gays sofrem não só na sociedade, mas dentro de casa. Ela contou ainda que a causa tem atrapalhado sua vida amorosa. Confira.
 
A senhora já comprou algumas brigas com a Justiça. A primeira como mulher. Depois, pela causa gay. Qual foi a mais difícil?
 
Maria Berenice Dias: A causa gay é a mais difícil de avançar. As mulheres são alvo da discriminação. Os homossexuais do ódio. O estado renega, as religiões renegam, a sociedade renega. As pessoas odeiam os homossexuais porque eles constroem as relações baseados no afeto e no prazer. As famílias rejeitam porque o ideal de felicidade, nos filmes e novelas, preconiza que o certo é casar e ter filhos. Quando você foge deste caminho, a mensagem que fica é que é impossível ser feliz. E a fuga não só compromete a felicidade própria como também a felicidade dos pais, porque rompe com o conceito de procriação e fere a vontade de ser perpétuo. Você só existe enquanto é lembrado e se o meu filho não tiver filho ele me condena ao esquecimento, põe fim à linhagem. Uma loucura que ainda resiste no cenário
 
A senhora nasceu mulher, então, podemos dizer que a causa feminina foi “imposta” no nascimento. E a causa gay, como surgiu?
 
Maria Berenice: O fato de eu ter sido alvo de tanta discriminação me fez olhar para eles. Quando comecei no Direito, a lei tratava mal as mulheres. A justiça que eu havia aprendido na faculdade era muito diferente da prática. Peguei casos em que o homem pleiteava não pagar mais pensão alimentícia aos filhos porque a ex-mulher estava tomando pílula anticoncepcional. Eu mesma fui jogada para o movimento de mulheres porque era ridicularizada nos concursos por ser mulher, bonitinha. Até sobre a minha virgindade questionaram no início da minha carreira. Dentre todas as áreas jurídicas, a que mais maltratava o universo feminino era o direito de família. Então, foquei minha atuação aí. Pesquisando o direito de família, em nome das mulheres, fiquei completamente surpresa por não ter encontrado nenhuma decisão neste Brasil dizendo que homossexuais eram famílias e poderiam ter direitos reconhecidos. Entrei para causa gay brigando pelas mulheres.
 
Qual a maior dificuldade da causa gay?
 
Maria Berenice: Dos segmentos defendidos pelos direitos humanos, os homossexuais são os mais excluídos. Os negros são discriminados na rua, na escola, no trabalho. Mas quando chegam em casa têm apoio da mãe. E o gay? A família também, por vezes, é um espaço de rejeição. Por isso, precisamos de uma atenção maior, por uma razão de solidariedade. Apesar dos avanços, as pessoas acreditam que todos que levantam a bandeira gay fazem isso em causa própria
 
Ou seja, as pessoas acham que a senhora é gay
 
Maria Berenice: Só a metade acha. A outra tem certeza (risos). Dizem que eu só posso ser lésbica. Não teria o menor problema se eu fosse. Mas quando dizem que eu sou homossexual é para justificar que eu atuo em causa própria, o que não é verdade. Tem muita gente que considera improvável uma mulher, heterossexual, juíza e desembargadora querer dar voz aos homossexuais. Eu quero
 
Pela causa gay, a senhora diz ter abandonado o cargo de desembargadora. Não é contrassenso jurídico?
 
Maria Berenice: Eu queria julgar as ações e fazer surgir jurisprudência em favor das uniões estáveis entre os homossexuais. Estas uniões sempre existiram mas eram invisíveis no acesso ao direito, à herança, aos bens. A sociedade é normatizada pela justiça então estas famílias eram condenadas à invisibilidade. O problema é que, mesmo sabendo da existência destes núcleos familiares, os processos que pleiteavam uniões eram em número muito pequeno. Quando existiam, as partes eram mal instruídas. Os gays sequer procuravam advogados porque acreditavam que não tinham direitos. Eu percebi que para ajudar na causa, precisaria atuar antes. Então, deixei o cargo de desembargadora e há quatro anos abri o primeiro escritório do Brasil especializado em direito homoafetivo.
 
Mas você não ficou trancada no escritório, não é mesmo?
 
Maria Berenice: Não, eu comecei a criar comissões junto a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para capacitar advogados do País todo. Viajei o Brasil fazendo isso, instruindo os colegas e, ao mesmo tempo, pedia que os profissionais me mandassem ações, que haviam resultado em vitória, em favor das uniões estáveis entre homossexuais.
 
A minha ideia era reunir o máximo de jurisprudência possível para levar um corpo sólido no Supremo Tribunal Federal (STF). O curioso é que quando o Supremo decidiu favoravelmente sobre união deles ( em 2011, o STF decidiu que união homoafetiva seja reconhecida como uma entidade familiar e, portanto, regida pelas mesmas regras que se aplicam à união estável dos casais heterossexuais ) eu já tinha 1046 ações isoladas que eram favoráveis aos gays.
 
Além de orientar os casais homossexuais, a senhora também celebra casamentos como juíza de matrimônio. Por que celebrar?
 
Maria Berenice: Porque o casamento é recheado de simbolismo. No fundo, no fundo, é só um papel, mas os homossexuais não tinham espaço de solenizar essa união. Formalizar é ótimo, mas e a festa? Acho importante e não abro mão quando os noivos desejam. Por vezes, a celebração é no próprio escritório, mas em algumas ocasiões sou convidada para celebrar em clubes, no jardim das casas, onde for. Eu, ainda que seja um espaço sem pompa e circunstância, coloco uma toalha de renda branca na mesa, arranjo de flores, umas velinhas. Não vira um altar, mas fica bonito. Digo para os noivos trazerem testemunhas, amigos. Raros vêm sozinhos, mas só 10% dos casos estão presentes os pais dos dois lados. Coloco uma música, falo do significado da união, tudo que os noivos passaram até chegar lá. E aí os convido para lerem os votos e pergunto se estão certos da decisão para ter o momento do “sim”. Então peço o beijo amoroso, depois da troca de alianças. E sempre tenho champanhe para fazer o brinde. Tiro fotografia, registro tudo. Mando a certidão da união acompanhada do porta-retratos com a foto que tirei deles.
 
Nesta defesa do amor gay, já sofreu ameaças odiosas?
 
Maria Berenice: Recebo ameaças por e-mail sempre, mas por duas vezes já precisei acionar o serviço de inteligência do poder judiciário por precaução. Eram ameaças mais contundentes. No geral, dizem que vão me matar por estar acabando com as famílias.
 
Definir a homofobia em crime é a sua causa agora?
 
Maria Berenice: Sim. O poder judiciário já fez o que podia fazer. Agora é com o legislador. Por isso, eu fiz o estatuto da Diversidade, com a proposta de emenda constitucional. Quero apresentar a lei por iniciativa popular. Mas o legislador é perverso porque não faz a lei e não quer que ninguém faça. Então são exigidas mais 1 milhão e 400 mil assinaturas populares para a emenda ser votada, número que muitos deputados não atingem para serem eleitos. Inspirada na Lei da Ficha Limpa, eu estou colhendo assinaturas por email, em uma petição pública .
 
A senhora já foi cinco vezes casada. É esperança ou desilusão no casamento?
 
Maria Berenice: Eu acredito que é importante ficar junto enquanto a felicidade dura Quando vejo que a coisa está desandando, pulo fora. Acho que por isso que nunca levei um pé na bunda. Quando eu comecei a defender a causa gay, estava casada com o meu quinto marido. E coincidiu de também começar a pensar em disputar uma vaga para ser ministra do Supremo.
 
O casamento já andava um pouco mal e este marido achava que eu ficaria com ele para mostrar para a sociedade que tinha uma estrutura familiar. Assim eu ficava mais credenciada para o STF. Aí o casamento perdeu, né? Separei. Desde então tive alguns namorados, mas nada que durasse.
 
Queria ser como a Susana Vieira (atriz). Acho divino sair com garotões. Mas não consigo, gosto dos mais velhos. E os mais velhos ainda são muito fechados para a causa gay. Está difícil
 
E balada gay, a senhora gosta?
 
Maria Berenice: Adoro, vou com os meus três filhos (todos na faixa dos 30 anos). É mais divertido. Adorei a The Week no Rio de Janeiro e falei para os meus filhos: agora estou com um novo gosto estético: se o homem não for depilado, não quero (gargalhadas)
 
Rick Martin saiu do armário e foi muito importante para a militância. Acha que a classe artística brasileira é muito bundona este movimento?
 
Maria Berenice: O problema não é ser bundão. O problema é saber que vão existir consequências. Dias desses, recebi um email de uma trans que queria muito, muito ser juíza. Ela perguntou: se eu assumir as características femininas, mesmo tendo identidade de homem, será que eu passo no concurso? E com uma dor incrível eu tive que dizer a verdade. Dizer que as chances dela de passar na avaliação diminuiriam. Me violenta dizer isso, mas eu preciso ser leal. Por isso, entendo os artistas que ficam dentro do armário. Com muita dor, eu entendo. No mundo ideal, todo mundo vai sair do armário. Mas ainda não posso exigir esta postura
 

Papa Francisco já defendeu a união civil gay, diz New York Times


 
Publicado pela Época
 
Embora o Papa Francisco tenha se declarado contrário ao casamento gay, afirmando se tratar de um “ataque destrutivo ao plano de Deus”, o jornalão americano The New York Times afirma que o Papa já defendeu a união civil gay e que deve abrir o catolicismo para a questão.
 
A matéria afirma que o Papa, quando cardeal em Buenos Aires, defendeu que a Igreja se posicionasse favoravelmente à união civil entre homossexuais, mas sua proposta foi rejeitada no colegiado. “A Argentina estava à beira de aprovar o casamento gay e a Igreja Católica Romana estava desesperada para impedir que isso acontecesse. Isso levaria dezenas de milhares de seus seguidores em protesto nas ruas de Buenos Aires. Mas, nos bastidores, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, que liderou a acusação pública contra a medida, falou em uma reunião de bispos em 2010, e defendeu uma solução bastante não ortodoxa: a de que a Igreja na Argentina apoiasse a ideia de uniões civis para casais gays”, diz o artigo.
 
Durante o encontro, a maioria dos bispos votou a favor da anulação da proposta e foi a única derrota do mandato de seis anos de Bergoglio como chefe da Conferência dos Bispos da Argentina, o que jogou a Igreja contra a lei do casamento gay.
 
Segundo o biógrafo oficial do papa, Sergio Rubin, Bergoglio veria a união civil como a opção “menos pior”, por considerar o casamento apenas como a união entre homem e mulher.
 
“Ele ouviu meus pontos de vista com uma grande dose de respeito”, disse Marcelo Márquez ao NYT, líder dos direitos dos homossexuais e teólogo argentino que escreveu uma carta ao Cardeal Bergoglio, e, para sua surpresa, recebeu um telefonema dele menos de uma hora depois. “Ele me disse que os homossexuais precisam ter direitos reconhecidos e que apoiava uniões civis, mas não casamentos do mesmo sexo.” O ativista também afirmou que encontrou duas vezes com Francisco para discutir como a teologia católica poderia apoiar os direitos civis de homossexuais.
 
Enquanto isso nos Estados Unidos…
 
É grande o número de americanos que aprovam o casamento gay nos últimos 20 anos. O apoio de artistas e políticos — Lady Gaga, Madonna, o ator e diretor de cinema Clint Eastwood, Barak Obama, Hillary Clinton, antigos funcionários que serviram na administração do presidente George W. Bush, como o ex-subsecretário de Defesa Paul Wolfowitz; o ex-secretário de Segurança Interna Tom Ridge; o ex-secretário de Comércio Carlos Gutiérrez; o ator Justin Long, namorado de Drew Barrymore; o rapper Eminem, entre tantos – fez crescer para 58% a aprovação da população americana ao casamento gay. A pesquisa foi feita pela emissora ABC e pelo jornal Washington Post – em 2004, a porcentagem apontava 32%. No entanto, apenas 10 estados americanos possuem lei de casamento gay. A Suprema Corte vai analisar dois processos que podem culminar com a aprovação nacional do casamento gay ainda este mês.
 
Enquanto isso na Alemanha…
 
Um fato inusitado chamou atenção. A Federação Alemã de Futebol (o que seria a nossa CBF) publicou uma cartilha que incentiva jogadores gays a saírem do armário. O autor da ideia é Gerd Dembowski, sociólogo e consultor da instituição. “O guia será para os jogadores, para dirigentes e técnicos e pretende mostrar como eles podem assumir sua opção sexual e como agir com a pressão da mídia. Mas também serve para ajudar os dirigentes e técnicos sobre como lidar com a situação. Acredito que brevemente muitos jogadores vão se assumir”, disse Dembowski.
 

Centro Universitário de Brasília terá de pagar R$ 300 mil a professora demitida por ser lésbica


 
Publicado pelo ParouTudo
 
Uma professora demitida em 2011 pela UniCEUB – Centro Universitário de Brasília, somente por ser lésbica, ganhou uma indenização de R$ 300 mil em decisão da Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.
 
A universidade foi condenada a pagar o valor referente a duas remunerações mensais da professora desde a sua demissão.
 
Para o relator, desembargador André R.P.V. Damasceno, ficou claro que não existia nada contra o desempenho profissional da mulher e que ficou comprovada a relação de causalidade entre a orientação sexual da autora e o ato demissional e que isso foi discriminação.
 
A professora foi promovida a professora assistente e apenas algumas horas depois foi dispensada. Segundo ela, a ordem da demissão veio por causa de sua orientação sexual e foi determinada pelo secretário-geral do UniCeub a pedido de outra professora.
 
Ainda cabe recurso.
 

domingo, 31 de março de 2013

Joelma compara gays a drogados e diz ser contra casamento homossexual


 
Publicado pela Época
 
Misture uma voz potente a um bate-cabelo inconfundível: isso é Joelma, o furacão louro por trás da banda Calypso, formada há 14 anos com o marido, o guitarrista Chimbinha. Em 2013, os planos estão a toda: eles preparam um CD em espanhol, outro de música gospel, um DVD acústico e o longa ‘Isso é Calypso — o Filme’, com gravações em maio, no Pará e no Rio de Janeiro.
 
De segunda a quarta, ela diz que reserva os dias para malhar e rezar. Há quatro anos, converteu-se à religião evangélica, depois que sofreu uma estafa. “Maltratei meu organismo porque trabalhava todos os dias da semana e tive um piripaque, uma alergia crônica que quase me sufocou. Deus salvou minha vida”.
 
Ela afirma que as roupas e atitudes sexy não destoam da fé. “Uso aquelas roupas curtas e rebolo, mas, quando falo de Deus, todo mundo entende”. Indagada sobre a legião de fãs gays, sai do tom. “Tenho muitos fãs gays, mas a Bíblia diz que o casamento gay não é correto e sou contra”. Acrescenta que, se tivesse um filho nessa situação, “lutaria até a morte para fazer sua conversão”. “Já vi muitos se regenerarem. Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar”.
 
“Não sou uma mulher sexy e morro de rir desse título. Sou um moleque. Não consigo ser daquela maneira fora do palco. Usava bermudão para dormir, mas agora comprei uns pijaminhas”, conta. Casada com Chimbinha há 16 anos, Joelma conta que o a chama não se apagou: “O rala e rola melhorou bastante com o tempo. Quero ter um filho aos 45 anos. É uma promessa de Deus para mim”. Chimbinha também é evangélico? “É, mas não tão maluco quanto eu”.
 
Joelma aprovou a escolha de atriz Deborah Secco para interpretá-la no cinema. “Ela veio aqui em casa e trocamos figurinha. Ela terá que ter uma reserva de energia muito grande porque as coreografias pedem. Mas a Deborah já fez balé e sabe dançar. Quando cantou com Chimbinha, mostrou que é afinada”. Sobre o filme, conta que sua única exigência foi que a produção usasse nos personagens o sotaque do Pará. “Nada na minha vida eu fiz para ganhar dinheiro. Quero que Deborah passe a verdade e nada que vise o lado mais comercial”.

UPDATE - Depois da repercussão:
 
Joelma rebateu as críticas à sua declaração de que "gays seriam como drogados em recuperação" dada à revista "Época". No Twitter do Calypso, a cantora disse que "cada um pode ter sua opinião" e que não comparou homossexuais a drogados.
 
"Eu não comparei gays às drogas, disse que a recuperação é tão difícil quanto, mas Deus faz o impossível. Bjs", escreveu em um post.

Mickey e Minnie apoiam o casamento gay na Disney de Tóquio


 
Publicado pelo Último Segundo
 
O casamento parecia ter saído de um conto de fadas, com vestidos fluídos e um bolo de três camadas em um dos estabelecimentos japoneses mais cobiçados: a Disney de Tóquio. Koyuki Higashi e sua parceira se casaram em 2 de março diante de 30 convidados, mas, ao redor do país, muitos outros comemoraram um dos primeiros casamentos homossexuais realizados no parque temático.
 
Koyuki, uma atriz de teatro e ativista dos direitos dos homossexuais, e sua parceira, Hiroko, que não revelou seu nome completo, publicaram várias mensagens nas redes sociais sobre seus planos de casamento e sua cerimônia.
 
"Minha parceira Hiroko e eu acabamos de nos casar na Disney de Tóquio. O Mickey e a Minnie estão aqui para comemorar com a gente!", escreveu Koyuki, 28 anos, no Twitter. O post foi acompanhado por uma foto das noivas posando com os personagens da Disney ao lado de um bolo enfeitado com flores. Sua publicação foi retransmitida mais de 6 mil vezes, e atraiu mensagens muito positivas.
 
Mas no site Matome Naver, que recolhe e analisa publicações de mídia social, um usuário que se identificou como Nizo Hakoda comentou: "Eu particularmente não me importo com a homossexualidade e com o casamento homossexual, mas ao ficar sabendo do ocorrido me fez pensar por que tiveram que realizar a cerimônia em um lugar lotado como a Disney. Tudo bem para as pessoas que aceitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas há quem não aceita."
 
A Walt Disney há muito tempo tem permitido celebrações homossexuais de forma limitada em suas terras, como em salas de banquete. Mas em 2007, começou a permitir que casais do mesmo sexo pudessem comprar pacotes de casamento, que podem incluir cerimônias elaboradas, com personagens da Disney e exibição públicas em seus parques temáticos e em seus cruzeiros.
 
Apesar da mudança na política, Koyuki descobriu que nunca um casamento homossexual havia sido realizado no local. Ela relatou em seu blog e no Twitter que havia perguntado sobre casamentos homossexuais no Millial Resort, uma empresa da Disney. Mas quando se tornou evidente para os organizadores que sua parceira era do sexo feminino, eles perguntaram se uma delas poderia vestir um smoking - de modo que outros visitantes do parque não se sentissem desconfortáveis.
 
Isso desencadeou uma série de comentários e discussões nas redes sociais. Uma semana depois, os organizadores do Millial Resort, uma subsidiária da empresa que administra a Disney Tokyo, retornou o contato de Koyuki com boas notícias: ambas as noivas eram bem-vindas para usarem vestidos de casamento (ou smoking, se for o caso).
 
"Mickey Mouse apoia o casamento homossexual!", lia-se em algumas manchetes na Internet. O Resort Milial chegou até mesmo a fazer um pedido de desculpas. "Inicialmente, houve um mal entendido por parte de nossa equipe sobre a exigência de vestidos", disse Jun Abe, porta-voz do Milial. "Se lhes causamos tristeza e desconforto, lamentamos".
 
Naturalmente, o casal sentiu que seu casamento não estava completo, pois faltou um elemento: o reconhecimento da lei. O Japão não reconhece casamentos homossexuais, embora haja pouca oposição religiosa do budismo e da religião xintoísta. Textos históricos japoneses fazem referências a homossexuais.
 
Alguns governos locais, incluindo o de Tóquio, até mesmo proíbem a discriminação no trabalho com base na identidade sexual, mas, mesmo assim, na sociedade japonesa relativamente conformista, a maioria dos habitantes homossexuais permanecem no armário.
 
Figuras públicas homossexuais tendem a ficarem limitadas à TV de entretenimento, nos quais os homens homossexuais são populares por seu comportamento “extravagante”. Bares homossexuais prosperam apenas em determinadas áreas nas grandes cidades. De acordo com alunos de direitos humanos, bullying de alunos que são homossexuais é quase inexistente.
 
Koyuki se assumiu homossexual há menos de três anos, depois de uma carreira de curta duração no teatro, embora Hiroko tenha dito que ela não pode usar seu nome completo, porque alguns membros da família não são totalmente confortáveis com a sua sexualidade.
 
Hiroko disse, no entanto, que ela foi encorajada pela reação de amigos, familiares e meios de comunicação social, e que ela esperava que seu casamento tivesse ajudado a criar uma discussão pública.
 
"Isso poderia levar o Japão a questionar por que tantas vezes ignora ou discrimina as minorias", disse Hiroko. "Nós só queremos que as pessoas saibam que os homossexuais existem de verdade, e que gostariam de realizar casamentos como todo mundo."

47% dos internautas aprovam o casamento gay, aponta pesquisa


 
Publicado pelo O Povo Online
 
A pesquisa realizada pelo Ibope/Conectaí tem o objetivo de entender como o brasileiro dialoga com a homossexualidade. Seus resultados podem ser divididos em duas categorias: a primeira é formada pelas respostas dos internautas de uma maneira geral a respeito de questões sobre homoafetividade; e a segunda, pelo que disseram aqueles que se declararam homo ou bissexuais.
 
Apenas 16% dos homens entrevistados assumiram ser gays e 8% das mulheres afirmaram ser lésbicas, ou seja, 24% do total (sem trocadilhos).
 
Quase metade dos internautas (47%) declararam ser a favor do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Questionados sobre a adoção de crianças por casais gays, independente destes casais serem formados por homens ou mulheres, 57% dos entrevistados manifestaram-se favoráveis.
 
Se levadas em consideração as respostas apenas dos entrevistados homossexuais, esse índice chega a 97%. Aliás, 60% dos gays manifestaram o desejo de adotar uma criança.
 
A distribuição da população homossexual pelas regiões brasileiras mostrou-se equilibrada na pesquisa. Sul (10%), Sudeste (13%), Nordeste (13%) e Centro-Oeste (14%) apresentam números similares. Apenas o Norte destoa da média, com apenas 2%. Já na classificação econômica. a classe B é quem concentra mais homo/bissexuais: 14% dos entrevistados. Em seguida vem a classe A, com 11%. Empatadas com 10% cada, as classes C e D.
 
O Catolicismo é a religião predominante entre homossexuais (30%), e 9% deles se declaram evangélicos.