sábado, 8 de setembro de 2012

Servidores travestis e transexuais adquirem direito de usar nome social


 
Publicado no G1
 
Os travestis e transexuais que atuam como servidores do Estado da Bahia poderão utilizar o nome social dentro das repatições públicas em que trabalham. A medida foi oficializada a partir da criação de uma portaria, assinada nesta quinta-feira (6) pelos secretários da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena, e da Administração, Manoel Vitório.
 
Segundo o secretário Almiro Sena, a medida nasceu de uma demanada dos travestis e transexuais que trabalham no estado. "A partir disso, desenvolvemos estudo para viabilizar a implementação da medida", explica. "Entendemos que todo cidadão transexual ou travesti tem o direito de ser tratado oficialmente pelo Estado e verbalmente pelos colegas com o nome social de cada um", afirma.
 
A Secretaria da Administração da Bahia terá 60 dias para criar o campo destinado ao nome social nos cadastros dos funcionários, após publicação da portaria, que deve ocorrer nos próximos dias. A solicitação deverá ser requirida por escrito pelos servidores, nas diretorias das repartições em que trabalham.
 
A primeira transexual a ocupar um cargo no serviço público do Estado tomou posse no mês de março deste ano. Paullete Furacão é coordenadora do núcleo LGBT da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJDH) da Bahia.
 

"A opressão que mata gays aqui e no Irã", por Daniel Lélis


 
 
Por que? Não há como ver a foto acima e não se perguntar o que leva um ser humano, atropelando qualquer resquício de benevolência, tirar a vida de outro ser humano simplesmente pelo fato de esse outro ser homossexual. Supostamente em defesa de valores um tanto ultrapassados, humilha-se, discrimina-se e mata-se. Dizem que fazem isso abençoados por um deus soberano, senhor da razão e da sabedoria. Quantas lágrimas são necessárias para fazer valer uma ideia, não é mesmo? Se deus existe, estou certo de que ele deve ter vergonha de quem, em seu nome, tira o direito do outro de viver. Mas vamos aos fatos. A imagem é só uma das dezenas que circulam na internet mostrando o fim trágico a que estão sujeitos os iranianos homossexuais. Lá, gays são enforcados em público a fim de que sirvam de exemplo. São os bons costumes daquele país, governado por uma teocracia islâmica.
 
Imagino, com tristeza e vergonha, a cena: o rapaz, na flor da sua juventude, descobrindo-se homossexual. Num belo dia, é pego em flagrante beijando outro homem. Algum tempo depois, os dois estão lá, no alto de guindastes, com cordas em seus pescoços. Sem vida, sem dignidade. Longe, quem sabe, talvez uma mãe chore e lamente o destino doloroso do seu filho. Outros gays, vendo aquilo, talvez se desencorajem de serem quem são e optem por esconder no fundo do armário o sonho de serem felizes.
 
É, amigos, mas se vocês pensam que a opressão é um inimigo distante, está enganado. No Brasil, é claro, não vivemos tempos de opressão como aqueles vividos em terras iranianas. Mas aqui, assim como lá, a homofobia continua matando. São tantos casos, de Norte a Sul, de homossexuais enforcados, esfaqueados, degolados ou que se livram da dor da rejeição optando pelo suicídio. Milhares de brasileiros gays perdem a vida por serem gays. Até ontem era manchete em todos os jornais os ataques sofridos por homossexuais em ambientes públicos. Chegamos ao cúmulo de um pai e um filho serem atacados por que demonstraram afeto um pelo outro.
 
Não faz muito tempo soube de uma história absurda. Um jovem, com pouco mais de 15 anos, foi expulso de casa depois de se assumir gay. Em seu corpo, haviam marcas de facão. O pai dele tentou matá-lo quando soube da orientação sexual do filho. Ou seja, não lhe bastou expulsá-lo do lar, era preciso dá-lhe uma surra. Não acho oportuno nesse texto discutir a necessidade de termos uma lei para criminalizar a homofobia em âmbito nacional. Isso é assunto para outra hora. O que quero é deixar claro para quem lê esse texto que não dá para entender como num país como o Brasil, democrático, laico, republicano, o ódio ainda esteja por trás de tantos crimes.
 
É certo que por conveniência ou puro preconceito, seja difícil reconhecer a sanguinolenta marcha do horror em terras brasileiras. Mas o fato é que provavelmente enquanto você ler esse texto, alguém é ferido, seja verbal, moral ou fisicamente. Temos a opção de nos fazer de cegos, fingindo que os tempos cruéis fazem parte do passado, ignorando os guindastes que foram montados em frente a nossa casa. Ou podemos escolher fazer a diferença, reconhecendo o problema e buscando, apoiando, sugerindo soluções para ele. Quem sabe assim, muitas cordas sejam afrouxadas, permitindo que haja vida e vida em abundância.
 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Homens querem ir para motel escondidos, diz modelo transexual


 
Publicado no F5
 
A modelo mineira transexual Carol Marra, 25, posou nua para a "Trip" de setembro e aproveitou para falar de sua sexualidade.
 
"A partir do momento em que os homens sabem que sou transex tudo muda. Mesmo que seja só ali, entre eu e eles, já me tratam como um pedaço de carne, querem ir escondidos pro motel... e isso eu não aceito. Não sou marginal ou um ET. Se não for assim não saio, prefiro ficar sozinha", disse à revista.
 
"Não sou travesti, sou transex. É bem diferente. A travesti aceita seu membro, e o usa na relação. Já a transexual não se conforma com sua genitália, daí a necessidade da cirurgia", diferenciou.
 
"Meus pais percebiam que eu era diferente desde pequena: na rua, perguntavam se eu era menino ou menina. Eu ficava de castigo e nem sabia por quê. Não tinha amigos, tive uma infância e adolescência solitárias. Meus pais imaginavam que eu fosse gay, mas não esperavam que eu fosse transexual."
 
E finalizou que "ninguém precisa gostar de mim, mas respeito é fundamental. Sou um ser humano como outro qualquer, tenho pai e mãe, não sou filha de chocadeira. E não escolhi ser transexual. Eu nasci assim. Posso fazer um homem realizado não somente na cama, mas principalmente fora dela."
 

Comissão internacional condena mortes de transexuais no Brasil


 
Publicado no Terra
 
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou na quarta-feira (5) várias mortes violentas de transexuais que aconteceram no Brasil em agosto e fez um apelo para que o governo aumente as investigações sobre os supostos assassinatos. O Brasil deve "abrir linhas de investigação" que determinem se as mortes foram cometidas pela "identidade de gênero ou orientação sexual", ressaltou em comunicado hoje a CIDH.
 
O órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA) alertou quanto aos possíveis "altos índices de impunidade" se não houver uma resposta federal efetiva para esses casos.
 
"(Os índices de impunidade) propiciam sua repetição crônica, mergulhando as vítimas e seus familiares no desamparo", acrescentou.
 
A CIDH registrou a morte de sete mulheres - registradas como homens ao nascer - de forma violenta em várias localidades do país durante o mês de agosto.
 
O organismo assegurou que a maioria delas foi encontrada com vários tiros no corpo. A comissão acredita que "existem problemas na investigação dos crimes" e defendeu "a adoção de políticas públicas e reformas necessárias para adequar as leis aos instrumentos interamericanos em matéria de direitos humanos".
 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Thammy Gretchen: "acho que eu deveria ter nascido homem



Thammy Gretchen, 30, concedeu longa entrevista à revista Trip e falou abertamente sobre temas polêmicos.

 A filha da "rainha do bumbum" está confirmada no elenco da próxima novela das 21h da TV Globo e contou sobre o novo trabalho de atriz e sua libertação sexual.
"Eu não ia com a minha cara. Olhava uma coisa e me sentia outra. Tanto que eu não conseguia comprar roupa. Minha mãe comprou roupa para mim enquanto eu fui menina. Eu não sabia combinar um brinco com uma pulseira, um sapato com uma saia, sabe?", declarou Thammy.
A garota que tinha tudo para seguir o caminho da mãe famosa abandonou os ensaios sensuais, assumiu a homossexualidade e prepara-se para estrear em Salve Jorge, a próxima novela das 21h da TV Globo.
"Eu tinha 25 anos e fui no ginecologista. Chegou na hora, o médico falou que não dava para fazer o tal exame. E minha mãe, que estava junto, perguntou se eu tinha algum problema. O médico virou pra ela e disse: 'Problema, não. Mas ela ainda é virgem'. Ela não se conformava! 'Pelo menos experimenta pra ver se você gosta!' Acho que foi naquele dia que caiu a ficha dela e que ela entendeu que eu não gostava mesmo de homem", contou Thammy.
A jovem acrescentou: "Se considerar como eu me sinto internamente, acho que eu deveria ter nascido homem. Porque é como se eu não conseguisse pensar como mulher."
A entrevista completa com Thammy Gretchen estará na edição de setembro da revista Trip.

Luana Piovani nega ser homofóbica: 'Dom será um gay incrível, se for'



Luana Piovani se envolveu em um bate-boca com um seguidor de seu Twitter nesta segunda-feira (3). A atriz se desentendeu com um rapaz que disse que ela deveria admitir que não sabe atuar e o chamou de "uma bissona". Na sequência, foi acusada por ele de ser homofóbica, o que negou prontamente.

"Que lindo sua homofobia, cuidado, mundo dá volta e seu filho pode virar uma bissona hein?", respondeu o rapaz. Luana foi rápida. "Mas ele [ Dom] será um gay incrível, se for e não patso como você. O problema não é a opção, é a foto", disse a atriz, que criticou por diversas vezes o visual do rapaz.

Nova biografia de MarilyLivro levanta a hipótese de Marilyn ser lésbica


O livro "Marilyn: The Passion and the Paradox", de Lois Banner, traz revelações sobre a sexualidade da atriz.

"Marilyn: The Passion and the Paradox", de Lois Banner, descreve as dúvidas que a loira tinha sobre sua sexualidade. Um trecho do livro foi publicado no jornal inglês "The Guardian" e reproduzido no site The Huffington Post.

"Ela teve casos com homens muito importantes – o jogador de basebal Joe DiMaggio, o dramaturgo Arthur Miller, o diretor Elia Kazan, o ator Marlon Brando, o cantor Frank Sinatra, os irmãos Kennedy – e ela se casou com DiMaggio e Miller", conta a escritora. "Mesmo assim, ela gostava de mulheres, tinha casos com elas, e tinha medo de que fosse, na verdade, lésbica".

Ela continua: "Como ela podia ser a deusa sexy dos heterossexuais e gostar de mulheres? Como ela podia ter o corpo mais perfeito por fora e, por dentro, ter 'tais imperfeições'? Por que ela não era capaz de gerar uma criança? A Marilyn adulta era assombrada por essas questões", revela Banner.

A biografia da atriz, que morreu em 1962, aos 36 anos, também traz informações mais lisonjeiras sobre ela. A autora conta Marilyn tinha pensamentos feministas e que era mais do que uma "loira burra" ou "objeto sexual", como muitos a rotulavam.

"Ela teve ações que podem ser chamadas de feministas. Sua vida inteira foi um processo de transformação. Ela era um gênio em se recriar e tornou-se uma estrela e uma atriz. Ela fez sua própria produtora, lutou contra os magnatas e falou abertamente que sofreu abuso sexual na infância --um grande e desconhecido ato feminista".

Essa não é a primeira vez que são levantadas hipóteses sobre a sexualidade de Marilyn. Antes da biografia de Banner, já havia rumores de que a estrela de "Quanto Mais Quente Melhor" havia tido encontros sexuais com Joan Crawford, Marlene Dietrich e a preparadora de atores Paula Strasberg.

10 argumentos que gostaríamos que os cristãos entendessem sobre a homossexualidade


 
Publicado no Blogay da Folha
Por Vítor Angelo
 
Volta e meia, usam o nome de Jesus e a Bíblia aqui nos comentários do blog para mostrar o lado mais negro, perverso e intolerante da humanidade. Pessoas que falam em nome de Deus (tamanha prepotência) para justificar atitudes e mentalidades satânicas. O discurso deles é uma repetição do que escutam nos cultos e missas de seus superiores. É uma espiritualidade triste que está muito longe das lições de amor do cristianismo, a crença que julgam seguir.
 
Talvez uma atitude para combater as sandices pregadas e destiladas aqui e em diversos lugares só um outro discurso religioso. O reverendo Jim Rigby é pastor da Igreja Presbiteriana de Santo André em Austin, Texas, e um ativista de longa data dos movimentos sociais e de uma maior justiça econômica. Ele defende os direitos dos negros, gays e de diversas minorias.
 
Abaixo  ele escreveu dez argumentos que gostaria que os cristãos entendessem sobre a homossexualidade:
 
 
 

"Os limites da tolerância", por Rogerio Galindo



Publicado na Gazeta do Povo
Artigo de Rogerio Waldrigues Galindo
Indicado por Augusto Martins

Liberdade de expressão. Direito de opinião. Claro que temos todos de defender. Não quero um mundo em que apenas aqueles que pensem como eu possam escrever ou publicar. Isso seria censura. É preciso haver pluralidade, mesmo porque só assim aprendemos algo, só assim o debate avança. Nem por isso aqueles que participam da arena pública estão autorizados a vê-la como uma espécie de vale-tudo. Muito pelo contrário: para sermos ouvidos, temos de ser civilizados.
 
O artigo de Carlos Ramalhete publicado na quinta-feira (leia aqui) sobre a adoção de uma criança por um casal homossexual, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça, causou fúria em muita gente (claro, houve também os que o defenderam). Há basicamente dois motivos para a ira, que levou inclusive à criação de protestos na internet (dizem que haverá até uma manifestação, ou algo assim, pedindo que Ramalhete deixe de ser publicado).
 
O primeiro motivo é a opinião propriamente dita. Ramalhete é contra a adoção por homossexuais. Num assunto polêmico, as opiniões contrárias às nossas normalmente nos irritam. E muita gente ficaria brava simplesmente por se ver contrariada. Mas até aí Ramalhete não teria nenhum motivo para se desculpar. Tem o direito à sua opinião, ainda que eu, você ou quem mais for não concordemos com ela.
 
O segundo motivo para a revolta, porém, é de outro tipo. E diz respeito ao tom, ao modo de falar. Diz respeito à grosseria. À falta de respeito com os outros. Diz respeito à intolerância e à falta de civilidade que, já em outras ocasiões, marcou os artigos de Ramalhete.
 
Em vezes anteriores, o colunista já havia destratado qualquer um que fuja à sua visão de mundo. Quem defende direitos de homossexuais está “esgarçando a tolerância” do brasileiro – o que justificaria ataques a gays. Feministas são “gambás”. Agora, aumentando a lista de preconceitos, pais adotivos são pais de mentira. E os gays continuam a ser o alvo preferencial de sua campanha.
 
O problema está aqui. Não está em ele ser contra ou a favor de algo. Mas sim em externar algo muito semelhante ao ódio, escrevendo de uma maneira que perpetua o preconceito. Um preconceito que é responsável pela formação de guetos, pela desgraça de muitos e até por assassinatos. O discurso não é perverso por ser conservador. É perverso por ser preconceituoso.
 
Precisamos de mais tolerância neste mundo. É preciso respeitar os diferentes. É preciso, inclusive, respeitar aqueles que defendem pontos de vista contrários aos nossos. Mas o limite da tolerância, como alguém já disse, é a intolerância. Não podemos ser passivos a ponto de colocar em risco as vidas de pessoas e a nossa própria civilização.
 
Rogerio Waldrigues Galindo é reporter e colunista da editoria de Vida Pública, e blogueiro da Gazeta do Povo.

Nova Zelândia aprova em primeira fase o casamento homossexual


 
Publicado no ParouTudo
Dica de Augusto Martins
 
Com 80 votos contra 40, a lei que regulamenta o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi aprovada na Nova Zelândia.
 
Mas não se animem. Antes de entrar em vigor, a lei ainda passará por uma comissão – durante seis meses – no parlamento do país para ser discutida.
 
Segundo o site britânico “Pink News”, muitos deputados prometeram o seu apoio à somente na primeira leitura da lei. O apoio contínuo dependerá do debate na comissão.
 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Uberlândia é a primeira cidade de Minas Gerais em número de candidatos GLBT


 
Publicado no Correio de Uberlândia
Dica de Augusto Martins
 
Uberlândia é a cidade de Minas Gerais com o maior número de candidatos a vereador que declararam pertencer ao grupo de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros (LGBTs). Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que o município tem cinco candidatos que utilizam a causa gay como bandeira nas eleições deste ano. No país, a cidade fica atrás somente de São Paulo, que tem dez candidatos, e de Salvador, com oito integrantes do grupo LGBT que concorrem a uma vaga no Legislativo.
 
Na disputa por uma cadeira na Câmara Municipal de Uberlândia estão os gays Leandro Baronny (PRP) e Marquim do Shama (PC do B), a lésbica Odete Afonso de Castro (PMDB) e as travestis Pamela Volp (PSDB) e professora Sayonara (PSB). Na última eleição, em 2008, somente Odete Afonso havia se candidatado para defender os interesses do movimento LGBT.
 
Em números proporcionais, considerando o dado do Censo 2010 de que Uberlândia tem 70 mil homossexuais e o número de eleitores da cidade, 444.656, o público LGBT votante – estimado 51 mil – poderia eleger três vereadores, caso todos votassem em candidatos LGBT.
 
Para a secretária da Associação Homossexual de Ajuda Mútua (Grupo Shama), Tânia Martins, é importante que a classe tenha consciência do poder de voto. “O aumento no número de candidatos foi expressivo. Os eleitores LGBT precisam se politizar para escolher bons representantes”, afirmou.
 
A união da classe não se aplica na política. Segundo Sayonara Nogueira, os candidatos pertencem a partidos de ideologias distintas, fato que inviabilizou uma aliança entre os cinco para a escolha de um nome que representasse o grupo. “Sou de um partido de esquerda. A Pâmela Volp e o Leandro Baronny, por exemplo, são de direita. Isso motivou a candidatura de cinco pessoas em prol dos interesses de um público comum”, disse a travesti.
 
A maior visibilidade do público LGBT e a necessidade de um representante em processos decisórios são apontadas pelo cientista político João Batista Domingues Filho como alguns dos fatores que explicam o aumento do número de candidatos e um cargo no legislativo. “O público LGBT percebeu que, para ser reconhecido em uma democracia, é preciso ter representação política”, disse.
 
Candidatos falam de suas propostas
 
Nas propostas apresentadas pelos cinco candidatos do grupo LGBT ao cargo de vereador em Uberlândia estão contemplados interesses do público gay e da população em geral.
 
Representante dos professores transexuais de Minas, Sayonara Nogueira afirmou que, além da bandeira GLBT, também vai atuar em prol da rede de educação estadual. “Como profissional da área, conheço as carências do setor”, disse.
 
Precursora do envolvimento GLBT na política, a candidata Odete Afonso, funcionária pública municipal há 29 anos, também concorreu a uma vaga na Câmara em 2000 e em 2008. “Em 2008 fui a única a levantar a bandeira do movimento. Fico feliz por ter plantado uma ideia que está se multiplicando”, afirmou.
 
Estreante no meio político, Leandro Baronny disse que é especulado há quatro eleições, mas somente agora recebeu o convite de um partido menor. “O PRP consegue eleger um vereador com menos votos, cerca de 2,3 mil. Acredito que é mais fácil”, disse.
 
Militante da classe LGBT há 26 anos, a travesti Pamela Volp é candidata a vereadora pela primeira vez. Segundo ela, se houvesse acordo para a escolha de um único candidato, a chance de ter um representante na Câmara Municipal seria maior. “Com um nome o movimento poderia ser mais forte, mas a política também envolve vaidade e ideias divergentes”, afirmou.
 
À frente do Grupo Shama durante vários anos, Marcos André Martins, cujo nome de urna é Marquim do Shama, afirma que somente agora se sente mais maduro para concorrer ao cargo de vereador. “Surgi dentro do movimento LGBT organizado. Pretendo defender causas das pessoas que ficam à margem da sociedade, como negros e portadores de HIV.”
 
Candidaturas em âmbito nacional batem recorde
 
O aumento no número de candidatos a vereador que utilizam a causa LGBT como bandeira também é percebido em âmbito nacional. Segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), neste ano, o total é recorde no Brasil, com 144 concorrentes. Em 2008, a ABGLT registrou 79 candidatos. Para identificar o ideal na campanha, muitos dos LGBTs inseriram o 24 no número da candidatura.
 
Com o objetivo de instruir o grupo e estimular o voto consciente, os homossexuais elaboraram a Cartilha LGBT para as eleições deste ano e a de 2014. Entre as orientações, estão recomendações como “não votar em candidatos de coligações que envolvam partidos que concentram a maioria de deputados homofóbicos”, “desconfiar das legendas com integrantes na Frente Parlamentar Evangélica”, “votar em candidato LGBT ou pró-LGBT”.
 
Principais Propostas
 
Leonardo Baronny (PRP)
Implantar a 1ª Delegacia de Intolerância Homofóbica de Uberlândia
Combater a homofobia
Criar calendário de atividades voltadas ao público LGBT
 
Marquim do Shama (PC do B)
Criar um centro de referência de direitos humanos LGBT
Incluir a Parada Gay no calendário oficial dos eventos de Uberlândia
Criar uma lei municipal que puna cidadãos e empresas por atos discriminatórios por orientação sexual
 
Odete Afonso (PMDB)
Propor legislação que prevê cassação de alvará de estabelecimentos que discriminem público LGBT
Identificação pela identidade de gênero com o nome social
Prevenção da homofobia nas escolas
 
Pâmela Volp (PSDB)
Inclusão social de direitos e garantias específicas do público LGBT
Assistência a grupos em situação de vulnerabilidade
Garantir a utilização do nome social na rede municipal de saúde
 
Professora Sayonara (PSB)
Criação de um centro de referência de diversidade sexual
Política de inclusão das travestis e transexuais nas escolas
Criação de uma carteira de identidade social

Anúncio em jornal gera polêmica ao defender que Pernambuco não quer “homossexualismo”


 
Publicado no Blogay da Folha
Por Vitor Angelo
 
Desde a noite de segunda-feira, 3, as redes sociais estão agitadas com um anúncio publicado no jornal “Folha de Pernambuco” que lista o que o estado nordestino não quer. Entre elas está o “homossexualismo”, palavra pouco usada atualmente por se referir a um período que os gays sofriam tratamentos abusivos por serem considerados doentes por psicólogos e médicos. Hoje, ela é substituída por homossexualidade.
 
O Fórum Pernambucano Permanente Pró Vida (FPPPV) é o responsável pelo anúncio. É um grupo cristão que defende os "bons costumes". Além da homossexualidade, foi listada também a pedofilia, exploração sexual de menores e o turismo sexual, isto é, a mensagem sugere que o amor entre duas pessoas do mesmo sexo é crime para esta entidade.
 
Na manhã desta terça-feira, 4, a palavra Recife permaneceu nos trending topics do Twitter e muito se referia a este assunto. No Facebook, internautas entraram na página da Pró Vida para reclamar da postura da entidade, além de diversos grupos dos direitos humanos e LGBTs colocarem links para denúncia do anúncio na Polícia Federal.
 
Em tempo: Recife tem uma legislação anti-homofobia. A lei Nº 17.025/04 diz: “Art. 2º – Consideram-se atos atentatórios e discriminatórios aos direitos individuais e coletivos dos cidadãos homossexuais, bissexuais ou transgêneros, para os efeitos desta Lei:
 
I – submeter o cidadão homossexual, bissexual ou transgênero a qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica;”

Arnold Schwarzenegger revela que seus pais achavam que ele era gay



Visto no Gay 1


Segundo a revista americana OK!, Arnold Schwarzenegger revelou que seus pais achavam que ele era gay, já que ele tinha em seu quarto posters de homens fisioculturistas que o inspiravam.

O ex-governador da Califórnia recorda:

"Minha mãe dizia 'Há algo errado? Meu filho está errado? Todos seus amigos têm mulheres na parede, e ele só tem homens com pequenas cuecas'", diverte-se o ator, lembrando da época em que se preocupava apenas com seu físico.

Ele comenta que seu esforço e dedicação o ajudaram a merecer o título de Mr. Universo.

Stevie Wonder se desculpa após comentar 'sexualidade' de rapper


 
 
Publicado no G1
Dica de Augusto Martins
 
O músico Steve Wonder divulgou um pedido formal de desculpas após fazer comentários sobre a sexualidade do rapper Frank Ocean, que em julho afirmou que seu primeiro amor foi um homem.
 
Em entrevista publicada nesta quinta-feira (30) pelo jornal britânico "The Guardian", Wonder afirmou: "Honestamente, algumas pessoas que se acham gays estão [na verdade] confusas".
 
Diante da repercussão de suas opiniões, ele enviou neste sábado (dia 1º) novas declarações à revista "The Advocate", que reproduziu o texto em seu site: "Lamento que minhas palavras sobre qualquer pessoa que se sinta confusa sobre seu sentimento tenham sido mal entendidas", escreveu. 
 
Na nota enviada à "Advocate", Stevie Wonder observa que mais do que ninguém ele "tem sido defensor da força do amor, tanto na vida quanto na música". "Certamente, amor é amor, entre um homem e uma mulher, uma mulher e um homem, uma mulher e uma mulher e um homem e um homem", acrescenta. "Não tenho dúvida de que este mundo precisa de mais amor, e não ódio, preconceito, fanatismo, e mais união, paz e compreensão mútua."
 
Ele x ela
 
 
No dia 3 de julho, Frank Ocean colocou no Twitter um link para textos seus no site Tumblr em que descreve a descoberta da sua orientação sexual. O rapper, no entanto, não chegou a se declarar gay.
 
O empresário musical Russell Simmons disse que o texto foi corajoso e marcou um "grande dia" para o hip-hop. Ocean já vinha sendo alvo de rumores sobre a sua sexualidade depois de um crítico chamar a atenção para o uso do termo "ele" em vez de "ela" em versos românticos incluídos no seu álbum "Channel Orange", ainda inédito.
 
"Eu tinha 19 anos. Ele também. Passamos aquele verão e o verão seguinte juntos. Quase todos os dias. E nos dias em que estávamos juntos, o tempo voava", escreveu Ocean. "Até que fosse hora de dormir. Muitas vezes eu dormia com ele", completou.
 
O texto chega a descrever a relação como o "primeiro amor" de Ocean, embora ele tenha dito que teve outras relações com mulheres. O músico descreveu como contou seus sentimentos ao rapaz, mas que só anos depois o colega admitiu nutrir sentimentos semelhantes.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

"Os homossexuais não são mais tão recriminados" diz Daniel Rocha, o Roni de "Avenida Brasil"


 
Visto em A CAPA
 
A gente não vê a hora que o clima esquente entre Roni (Daniel Rocha) e Leandro (Thiago Martins) em Avenida Brasil. Agora que a dupla está morando junto com Suelen (Isis Valverde), Roni tem feito de tudo para agradar o colega.
 
Pelas ruas, Daniel Rocha diz que o povo quer saber sobre a polêmica em torno da sexualidade do personagem. Mas para ele, não há tanta polêmica assim.
 
"Isso é bobagem do ser humano. Os homossexuais têm cada vez mais seu espaço. Não é mais tão recriminado. O futuro do ser humano tem que ser sem preconceito nenhum", disse o ator em entrevista ao site da novela.
 
O futuro de Roni ainda é incerto, mas pelo jeito João Emanuel Carneiro, autor da trama, vai deixar a saída ou não saída do armário do jogador para o final da novela.
 

'Estamos documentando o que sempre existiu', diz tabeliã que uniu três



Visto na Folha 

Só estamos documentando o que sempre existiu. Não estamos inventando nada". É assim que a tabeliã Claudia do Nascimento Domingues descreve o documento lavrado em Tupã, no interior de São Paulo, criando pela primeira vez no Brasil uma união estável "poliafetiva" entre três pessoas.

O trio, formado por um homem e duas mulheres, vive na mesma casa, divide as contas e mantém uma relação de "lealdade e companheirismo" há mais de três anos no Rio de Janeiro.

Amigos em comum com o orientador de doutorado da advogada na USP foram o canal para que os três chegassem até Claudia, que pesquisa o assunto, e formulassem os termos do acordo denominado oficialmente de "escritura pública declaratória de união estável poliafetiva".

"Temos visto, nos últimos anos, uma série de alterações no conceito de família. Na minha visão, essa união poliafetiva não afeta o direito das outras pessoas", disse a tabeliã em entrevista à BBC Brasil.

Segundo a advogada, na prática, o documento deixa claro apenas as vontades das três pessoas, com diversas cláusulas (de pensão, comunhão de bens até planos de saúde e separação), mas caberá a empresas e órgãos públicos aceitarem ou rejeitarem o trio como "unidade familiar", e os tribunais poderão entrar em ação para julgar a validade dos potenciais recursos.

A advogada disse que, apesar das dificuldades e do preconceito que a medida deve encontrar, espera que o caso abra precedentes para várias outros modelos de família, que podem incluir dois homens e uma mulher, três homens, duas mulheres e dois homens. "Há várias possibilidades", disse.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida à BBC Brasil.
BBC Brasil - Como surgiu seu interesse por esse tema?


Claudia do Nascimento Domingues - Minhas pesquisas mostraram a alteração do conceito de família. Para melhor ou para pior, não importa, mas a ideia de família que tínhamos antes não é a única coisa que podemos chamar de família hoje. Em razão do meu trabalho de tabeliã, vejo também o aumento do número de diferentes composições familiares e divórcios.
Você já havia sido procurada por famílias poliafetivas?

Já havia identificado uma incidência desse tipo de família nas minhas pesquisas de doutorado, mas ainda não tinha sido procurada no cartório, até mesmo porque muitas dessas famílias nem sabiam que poderiam tentar buscar seus direitos dessa forma. E foi a partir dos meus estudos que busquei ver como na minha profissão de tabeliã poderia auxiliar essas famílias a escrever juridicamente essa situação que de fato já existia.
Como foi o contato do trio do Rio de Janeiro com você em Tupã?

O contato se deu através do mundo acadêmico. Uma das pessoas tinha amigos em comum com meu orientador de doutorado da USP e me telefonou dizendo que já havia procurado alguns cartórios para preparar este documento e tinha encontrado dificuldades. Mas é importante dizer que não criamos nada novo, eles já viviam assim há mais de três anos, queriam declarar isto e eu me comprometi a redigir uma escritura organizando essas declarações de forma pública.
Se essa família tiver um filho, como funcionaria o registro?

Essas questões terão que ser decididas pela Justiça. Assim também foi com os casais homoafetivos, que tiveram que brigar muito para que dois homens ou duas mulheres conseguissem colocar seus nomes numa certidão de nascimento. Quando procurarem um oficial de registro civil, com o documento trazido pelo médico apenas constando o nome dos pais biológicos, terão o pedido rejeitado. Se eles quiserem, com o auxílio de um advogado, discutir a possibilidade de incluir os três, ou quatro, ou cinco nomes como pais, terão que argumentar que constituem uma família, porque de fato serão pais afetivos da criança, em uma ação judicial. Aí entra o juiz para dizer se reconhece ou não a paternidade e maternidade conjunta. Os filhos foram incluídos no texto não como parte da relação familiar, mas como uma previsão de responsabilidade conjunta.
Caso um recurso de reconhecimento de uma família poliafetiva chegasse ao Supremo, qual seria uma provável decisão?

Na minha experiência, tenho visto que, em casos parecidos, em primeira instância, a solicitação costuma ser negada, e, com recursos subsequentes, chega-se ao Supremo Tribunal Federal, que julgará a ação com um olhar constitucional. Foi o que aconteceu com as famílias homoafetivas. Mas é claro que a corte pode aprovar ou não a ação.
Por que a ideia da família poliafetiva enfrenta preconceito no Brasil?

Na minha opinião, temos aí dois conceitos diferentes: a fidelidade e a lealdade. Acho que os países europeus já compreendem isso melhor do que o Brasil. O conceito que a gente tem na mente brasileira é o da fidelidade, e o conceito que se discute nessas relações múltiplas é o da lealdade. É muito diferente. Você pode ter 30 maridos e ser leal a todos eles, e ter um único e ser desleal. A fidelidade está ligada ao casamento, a um pertencer ao outro. É um modo de ver a vida, claro, mas não é o único. Há múltiplas formas de se relacionar, desde uma paquera, um caso, um namoro até uma união estável deste tipo e um casamento. Países como a Dinamarca, por exemplo, aprovaram a união homossexual 30 anos atrás.
Como funciona este conceito em outros países?

A primeira ideia que vem à cabeça é das famílias patriarcais em alguns países do mundo árabe e da África, com famílias de um homem e muitas mulheres. Os tradicionais haréns, coisas do tipo. Mas há sociedades matriarcais, na região do Himalaia, por exemplo, onde a mulher é que tem diversos maridos, e todos se esforçam para ser o favorito, enquanto na Índia, em muitas famílias, as mulheres brigam para serem a favorita do marido. Não tenho dados oficiais ainda, mas já encontrei a incidência comprovada de famílias poliafetivas em lugares como os Estados Unidos, a França e a Grã-Bretanha, além de outros países europeus. Até o momento, no entanto, não identifiquei registros de escrituras públicas semelhantes à lavrada aqui nem na Europa e nem na América Latina, há apenas contratos privados entre os membros dessas famílias.
Seria mais chocante se a família em questão fosse de três ou cinco homens?

Eu acho que seria igual. As pessoas nem estão pensando nisso. Estão focando no fato do terceiro componente, considerado um absurdo. Não importa quem ele seja. É visto como uma falta de respeito aos valores. Imagina quando se fizer uma escritura pública de cinco pessoas. Na minha opinião os críticos querem sexualizar a questão, focalizando em definir quem faz sexo com quem. Por que não podemos começar a discussão com o fato de que essas pessoas pagam contas? Se fossem cinco homens, por exemplo: todos pagam contas? Dividem o financiamento da casa? Vai dar briga se houver uma separação? Então tem que haver regras. Mas vivemos numa sociedade ainda muito preconceituosa, muito limitada.

70 milhões de pessoas no mundo são assexuadas, diz estudo




Visto no Parou Tudo 

Uma pesquisa conduzida pelo professor canadense Anthony Bogaert apontou que 1% da população – ou 70 milhões de pessoas – são assexuadas.

Bogaert analisou dados de um estudo de 1994 que questionou 18 mil britânicos a respeito de sua sexualidade. Um por cento deles concordou com a afirmação “nunca me senti sexualmente atraído por ninguém”.

Os resultados, agora, aparecem no livro “Entendendo a assexualidade”. O professor da Brock University, do Estado canadense de Ontário, diz que os assexuados estão dentro da “quarta sexualidade” (as outras são a hétero, a homo e a bissexualidade).

Produtora pornô gay Bel Ami compra briga com Vaticano e pode exibir cena com Bento XVI



Visto na Revista Lado A

Além de milhões de seguidores, a única coisa que o Vaticano e a produtora gay Bel Ami possuem em comum é a aversão ao uso da camisinha! Mas os dois titãs devem ter um encontro nada pacífico em breve. O próximo título da Bel Ami, produtora de filmes pornôs românticos com jovens ninfentos do leste europeu, deve se chamar “Escândalo no Vaticano” e traz, segundo rumores, cena em que o próprio papa Bento XVI presta bênção a dois atores que fingem ser padres.

Enfrentando a crise mundial e ainda a pirataria, a produtora vem recebendo reclamações de atrasos em suas produções. O escândalo vem favorecer a produtora de George Duroy, pseudônimo também retirado do livro homônimo por um cineasta eslavo. Mas o novo título já é apontado como muitos como um tiro no pé que pode derrubar o império. Isso porque além de desagradar os fãs contra a abordagem do tema religioso e provocação ao Vaticano, com o uso das imagens reais, o não uso delas poderá desagradar os fãs que já gostaram da idéia. Isso sem falar nos processos e opiniões de fornecedores, contratantes e até de políticos, já que isso poderia provocar uma reação exagerada no já conturbado leste europeu e um verdadeiro incidente diplomático.

O filme em questão já teria três cenas gravas e seria lançado ainda no mês de setembro. Em um fórum provado com associados ao site da produtora, onde o filme será lançado, on line, Duroy teria dito que seus atores estavam no Vaticano checando se lá seria mesmo a cidade do pecado.

Um perfil falso no Facebook divulgou uma foto do ator Trevor Yates vestido de padre e fingido se mudar para o Vaticano. Yates é famoso por seu membro de 23 cm e apatite sexual feroz e aparece de batina e em várias fotos supostamente dentro do Vaticano. Há também, segundo rumores confirmados pela própria Bel Ami, uma cena de atores da produtora jogando futebol na praça São Pedro. O filme teria sido baseado na “história real” publicada em 2010 por um tablóide italiano expondo a vida sexual gay e secreta de moradores religiosos ilustres do país da Santa Sé.

Agora resta saber se as imagens feitas no país católico serão usadas.

Veja o perfil nada religioso do ator no site da produtora (proibido para menores de 18 anos): http://www.belamimodels.com/TrevorYates

"Gazeta do Povo publica texto homofóbico de colunista contra adoção por casais homossexuais" Por Allan Johan





Por Allan Johan para a Revista Lado A

“Nada é mais cruel que crianças em bando, especialmente na escola”, inicia o autor do texto “Perversão da Adoção”, Carlos Ramalhete, fundador de "A Hora de São Jerônimo", um apostolado leigo católico, de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro. O texto foi publicado no site da Gazeta do Povo, principal veículo impresso do Paraná, nesta quinta-feira. Discordo dele. Nada é mais cruel do que os adultos, principalmente quando munidos da ignorância, ou, pior ainda, quando usam seus conhecimentos, para provocar o dolo. Nada é pior do que a maldade com intenção de machucar. Pior ainda é a maldade disfarçada, aquela que quer se convencer ou convencer o outro de que não há maldade em tal ato. E o texto do Sr. Ramalhete é perverso, é doloso, é de uma homofobia disfarçada tremenda. Utiliza do artifício vil e covarde da dissimulação para defender que seres humanos devem ter menos direitos, colocando suas crenças para justificar que o Estado (mais uma vez o texto é propositalmente dissimulado para não aparecer homofóbico ao atacar diretamente um casal homossexual) não deveria reconhecer dois homens como pais de uma criança adotada, de qual a mãe perdeu o poder pátrio.

Ele diz ainda: “O Estado reconhece a família porque é nela que a vida é gerada. Um homem e uma mulher se unem, geram filhos e os criam, e é do interesse de toda a sociedade que isso funcione bem. Quando falta uma família, o Estado pode entregar a criança a outra família, que a adota como nela houvesse nascido. Conventos, comunidades hippies e uniões de pessoas do mesmo sexo, contudo, podem ser modos de convívio agradáveis para quem neles toma parte, mas certamente não são famílias. Isso é abuso, não adoção”.

Já vimos esse filme: alguns acreditam que uma comunidade que tem menos direitos historicamente deve continuar assim. Uma afronta eles terem o mesmo direito do que “nós”. O Estado deveria defender aqueles que são a base desta sociedade e não os equiparar a “nós”. Eles não são como nós... Sim, eles eram judeus, ou negros, ou mulheres, ou ciganos, ou homossexuais, ou asiáticos, ou de outra religião, ou tantos outros. E todos sabemos o que a história conta. E sabemos que todos os inimigos das liberdades individuais evocam o direito de liberdade de expressão, ou religiosa, para justificarem os seus discursos de ódio. Desesperados, chegam a evocar o direito "da maioria", dizendo que democracia é a imposição do desejo da maioria, conceito altamente deturpado.


O Sr. Carlos Ramalhete conhece o tal garoto ao qual ele se refere em seu texto? Eu o conheço. E o Alyson é um menino maravilhoso de 12 anos, alegre e que ganhou na loteria, ao sair de um orfanato - onde sofria diversas violências - para ter a melhor educação possível. Também conheço seus pais e são pessoas fantásticas. Até mandei mensagem aos pais, Toni e David, pois o menino quer ser de religião africana e os pais querem impor a fé católica. Ora, ao final Sr. Ramalhete, os pais assim como você possuem valores cristãos. Pais são perversos, as crianças não!

E eu também sou cristão e acredito que todos os cristãos do mundo deveriam adotar todas as crianças abandonadas em lares, por pais cristãos ou não, e serem responsáveis por elas. E que todos os heterossexuais que geram tantas crianças abandonadas deveriam arcar com estudos e custos destes pequenos até a maioridade, dando as mesmas oportunidades dadas aos outros. Sabe o que é a coisa mais cruel do mundo, Sr. Ramalhete? É a hipocrisia. Então, o senhor desça do seu pedestal, onde se auto colocou, e vá praticar a caridade, uma vida cristã, o exemplo de Jesus, ao invés de apontar o dedo e querer julgar o que Deus acha melhor ou o que é certo ou errado.

Vivemos em uma sociedade laica, onde todos tem os mesmos direitos, ou ao menos caminhamos para isso. E pela paz e direitos de todos, deve ser assim.

Clique aqui e leia o texto enfadonho publicado pela Gazeta do Povo

"Brasil, olha a tua cara" Por Marta Suplicy




Por Marta Suplicy para a Folha 

Ouço, com espanto, Ana Maria Braga falar que "não importa se a pessoa é solteira, católica, evangélica" numa confusão de situações -casos não muito diferentes dos encontrados na primorosa série de reportagens de "O Globo" sobre o último Censo do IBGE (2010).

Para a população brasileira hoje, as informações e os arranjos familiares são tão diversos que, como dizia um amigo meu, "não há o que não haja". Um homem pode estar casado com outro homem, a mulher solteira pode ser casada há anos e o casal recém-casadinho pode ter vários filhos.

As mulheres já assumem a responsabilidade por 38,7% dos lares (há dez anos, a chefia feminina era em 24,9%).

E o interessante é que elas se colocam como chefes de família não só quando não existe um cônjuge, mas quando ele existe e ela ganha mais ou conduz o negócio familiar. Isso é novo e merece mais atenção.

A diversidade é tal que podemos dizer que o Censo 2010 captou uma gigantesca mudança, que é a ponta de um iceberg de novos arranjos familiares ainda não estudados.

O IBGE não mede casados em casas separadas e filhos que moram, em guarda compartilhada, em duas residências. No entanto já sabemos a existência de 60 mil casais gays formados, em sua maioria, por mulheres (53,8%).

Temos também o surpreendente número de netos morando com avós e a família chamada "mosaico" (a do meu, do seu e dos nossos filhos). Assim como amigos que moram juntos sem laços de parentesco (400 mil) e os "Dinks", sigla em inglês referente à dupla renda e nenhum filho, que somam dois milhões de casais.

Menos filhos, mais independência e renda feminina foram fatores decisivos para essas modalidades que prenunciam um século diferente.

O caldo cultural acumulado na segunda metade do século 20, que permitiu a separação sem marginalização social, a pílula anticoncepcional, o divórcio e o maior acesso ao estudo (na TV, a novela "Gabriela", baseada no livro de Jorge Amado, nos lembra direitinho como era a condição da mulher e sua posição na família), foi motor para o que hoje acontece. E ainda não temos a dimensão da influência da globalização e da internet.

Falou-se que a família ia acabar, tal como os conservadores disseram quando a mulher conquistou o direito ao voto. Entretanto a família se adapta. Ela se renova, mas os laços afetivos continuam preponderantes.

Concluindo, a pesquisa indica que a família tradicional já não é mais maioria no Brasil. Ela corresponde a 49,9%. E agora Congresso? Não dá mais para ignorar o mundo dinâmico no qual vivemos nem permitir que setores conservadores inviabilizem a votação de leis que incorporem o que a sociedade já vive plenamente.

"Após ser barrada em banheiro feminino, transexual é agredida em boate de Corumbá" Por Vitor Angelo



Por Vitor Angelo para o BLOGAY (FOLHA)


A transexual Rafaela Morais, 28, foi agredida com uma lata de cerveja jogada em seu rosto, depois de ser impedida de utilizar o banheiro feminino da casa noturna Studium 1.054, em Corumbá, Mato Grosso do Sul, na madrugada de sexta para sábado, 26.

Era a terceira vez que ela ia ao banheiro, mas foi impedida de entrar por uma funcionária da boate que exigiu um documento da transexual que provasse que ela era mulher.

Por ironia do destino, Rafaela estava na casa noturna comemorando a decisão de poder trocar seu nome nos documentos e sua nova certidão de nascimento que alterará seu nome masculino pelo feminino, concedido por um juiz em Brasília.

Ela fez um boletim de ocorrência com o acontecido: por ser vítima de preconceito e não ter sido atendida com os primeiros socorros ainda no local. Conforme notifica sua assessoria ao Blogay, Rafaela ficou indignada.

“Nunca sofri uma humilhação tão grande na minha vida e está sendo cada dia mais difícil superar o que passei. A mulher não viu um homem na frente dela e, sim, uma mulher. Além disso, eu já havia usado o banheiro duas vezes, porque pedir meus documentos depois?”, pergunta a transexual.

O advogado criminalista Jairo Lopes ressalta: “Somente quem teria competência para exigir documentos de alguém seria uma autoridade pública ou estabelecimentos privados na comprovação de uma idade mínima para o ingresso em uma casa noturna, por exemplo.”

Lopes diz que no caso de Rafaela poderá haver acusações de danos morais e diversas possibilidades de crimes.

Com a discussão sobre identidade de gênero sendo travada cada vez mais no país, surgem algumas questões a serem solucionadas e repensadas como qual o lugar dos transgêneros em ambientes que existe a divisão de gênero como banheiros, vestiários, saunas.

Recentemente um evento realizado pelo “revista TPM”, em uma casa em São Paulo, deu uma resposta a esta questão ao colocar ao lado do signo que indicava o banheiro feminino, o retrato da(o) cartunista Laerte. Isto é, o banheiro era de todas que se identificassem com o gênero feminino.