sábado, 29 de setembro de 2012

Nike lança modelos de tênis em comemoração ao Orgulho LGBT



A Nike lançou três kits em comemoração ao mês do Orgulho LGBT de três cidades norte-americanas: Nova York, San Francisco e Portland. A empresa de artigos esportivos diz que o lançamento é um forma de celebrar as conquistas dos direitos LGBT destas três cidades.

O kit inclui tênis, boné e camiseta, e custa entre US$ 120 e US$ 140 (entre R$ 250 e R$ 290), dependendo da cidade. Ele está sendo vendido por US$ 120 em Portland desde sexta-feira. A partir do dia 22 de junho, será comercializado em Nova York (US$ 120) e em San Francisco (US$ 140).

Os modelos novaiorquino e californiano reproduzem as cores do arco-íris nas solas dos tênis (fotos). O de Portland é inspirado no tênis clássico de corrida da marca. Segundo a companhia, a camiseta que vem no kit é de algodão e tem o espectro do arco-íris na parte de trás da gola.

Lady Gaga: "O que o Papa pensa sobre o casamento gay não importa ao mundo"


 
Publicado no Jornal do Brasil
 
As discussões sobre os direitos civis dos gays, incluindo o casamento, não estão quentes só aqui no Brasil. Lady Gaga está passeando pela Europa com a sua Born this way ball tour e, como boa militante das causas gays que é, fez questão de responder às últimas declarações do Papa Bento XVI.
 
Em um pronunciamento recente, Bento XVI reforçou a posição da Igreja Católica frente à família e o casamento tradicional e disse que deve ser evitada qualquer interpretação errada sobre a verdadeira natureza da instituição familiar - que começa na união entre um homem e uma mulher.
 
"O que o Papa pensa sobre o casamento gay não importa ao mundo. Importa aos que gostam do Papa e seguem o Papa. Não é um pensamento de todas as pessoas religiosas", acredita Gaga, que defendeu a liberdade de amar. "Acho que o casamento gay não só irá acontecer, como deve acontecer. Nós não seremos seres humanos iguais de fato se não tivermos permissão de amarmos uns aos outros livremente", completou.
 

Mostra celebra a obra de Rosa von Praunheim, cineasta e ativista gay alemão



 
Publicado pelo Estadão
Por Luiz Carlos Merten
 
Rosa Von Praunheim nunca foi mais ativo na Berlinale do que este ano. Da festa de abertura, após a projeção de Adeus à Rainha, de Benoit Jacquot, à de encerramento do Teddy Bear, o Urso de Ouro gay, e sempre vestindo modelitos extravagantes, o lendário experimentador de linguagem e defensor da diversidade sexual celebrou em alto estilo seus 70 anos e 42 de carreira. São dezenas de filmes a partir de Die Bettwurst, de 1970, ano em que também fez sua obra manifesto, Não É o Homossexual Que É Perverso, mas a Situação em Que Vive.
 
Com o título de Imagens Engajadas, Rosa Von Paunheim ganha agora a homenagem do Centro Cultural Banco do Brasil, que anuncia, até 7 de outubro, a revisão completa do autor, incluindo seu documentário longo O Rei dos Comics, que estreou no Panorama da Berlinale, em fevereiro. O 'rei', no caso, é o quadrinista Ralf Konig, que criou as tiras de O Homem Ideal, transpostas para o cinema em 1994. Konig ousou fazer, quando isso ainda não era moda, uma investigação sobre os casamentos gays e a sua série, ganhando o público hétero, virou um fenômeno mundial. Ao falar sobre ele, e sobre sua luta contra tabus, Von Praunheim não deixa de falar de si próprio.
 
 
Nascido Holger Mischwitzki, em 1942, ele adotou o codinome de Rosa Von Praunheim em homenagem - ou protesto - contra o emblema do triângulo cor-de-rosa que os gays eram obrigados a usar sob o nazismo. Por conta disso tornou-se duplamente incômodo - por remeter constantemente ao passado da Alemanha e por seu pioneirismo na defesa do movimento social pelos direitos civis das pessoas de minoria sexual ou LGBT na Europa. No Dicionário de Cineastas, Rubens Ewald Filho o define como 'John Waters teutônico'. O rótulo é válido somente em parte. Waters é mais escrachado - e virou sinônimo de kitsch -; Von Praunheim sempre foi mais politizado, e com certeza não arrefeceu o ânimo nem deixou de apontar o dedo acusador com o tempo.
 
No Brasil, ele se tornou conhecido e adquiriu reputação de cult na Mostra. Na Alemanha, foi estigmatizado com o rótulo de 'marginal'. Boa parte, senão toda sua obra foi produzida na TV, mas a rede ZDF com frequência cancelou de última hora seus filmes por considerá-los impróprios para a audiência 'straight'. O que o público poderá ver, agora, em bloco, poderá ser um choque. Os Garotos do Bahnhof Zoo é um documentário sobre garotos de programa; Memórias de Nova York retoma a experiência de sobreviver em Nova York e volta sobre os rastros do próprio Rosa, quando viveu nos EUA e se envolveu com a cena underground; Gays Mortos, Lésbicas Vivas contrapõe memórias de militantes homossexuais que morreram nos campos de concentração do nacional-socialismo à força de mulheres que desfraldam a bandeira do amor de Safo; Minhas Mães é um documento particularmente complexo.
 
 
 
Embora nascido em Riga, na Letônia, Rosa foi criado na Alemanha. Em 2000, sua mãe, aos 94 anos, lhe revelou que não era filho biológico. Rosa partiu para Riga, tentando reorganizar no imaginário a existência de duas mães. Vários outros filmes tratam de aids, violência punk, sadomasoquismo. A Viagem de Rosa para o Inferno é uma enquete muito pessoal sobre a 'alma'. Rosa entrevista teólogos e fundamentalistas de várias religiões para tentar entender os conceitos de 'inferno' e 'além', antecipando os castigos que o esperam por ter vivido sempre fora das normas. Mas ele não se intimida - essa é sua vida, e ele a vive com destemor.
 
MOSTRA ROSA VON PRAUNHEIM
CCBB. Rua Álvares Penteado, 112, tel. 3113-3651.
4ª a dom., a partir das 15 h. R$ 4. Até 7/10.

O Guia da Folha publicou a programação: clique aqui!

Novo livro de JK Rowling tem personagem lésbica


 
 
Publicado pelo ParouTudo
Por Welton Trindade
 
A “mãe” de Harry Potter, JK Rowling, abandonou os passes de mágica para mergulhar em vidas mais concretas. No seu novo livro, “The Casual Vacancy”, lançado na quinta-feira 27, há até o caso de uma mãe que fica chocada com o outing da filha lésbica.
 
E tem mais: assuntos como racismo, política e abuso sexual dão os tons nessa criação, que foca os leitores adultos. A imprensa internacional gostou da obra. O livro ainda não tem título em português e deve ser lançado em dezembro no Brasil.
 

A pressão internacional contra a homofobia:


 
Publicado pelo Blogay da Folha
Por Vítor Ângelo
 
Rita Colaço é historiadora, mestre em políticas sociais, e tem se debruçado em diversos artigos para apontar um dos caminhos possíveis para acabar com o total descaso dos vários governos federais, inclusive o atual, em relação aos direitos da população LGBT. Ela escreve nos blogs Boteco Comer Matula e no Memória/História MHB-MLGBT.
 
Assim como a advogada e desembargadora aposentada Maria Berenice Dias tenta através de um Estatuto da Diversidade Sexual via apoio popular constituir alguma lei contra a homofobia, ou Benjamin Bee que com uma comissão suprapartidária faz uma petição pedindo ajuda ao presidente da OAB, Ophir Cavalcante, a denunciar a omissão do governo brasileiro, Colaço acredita que uma pressão internacional conseguirá pelo menos cobrar posições mais efetivas dos nossos governantes sobre as questões dos direitos civis dos homossexuais, bissexuais e transgêneros.
 
O Brasil passou agora em setembro por uma avaliação sobre o cumprimento de leis que protejam os direitos humanos, entre eles, os dos gays. A chamada Revisão Periódica Universal (RPU ou UPR, em inglês) do Conselho de Direitos Humanos da ONU na primeira averiguação, em 2008, o país teve 15 recomendações, agora teve 170 e isto é bem significativo de como estes direitos estão sendo (des)tratados no país. Enfim, o governo brasileiro aceitou 150, dez foram parcialmente aceitas e uma foi rejeitada como o fim da Plícia Militar.
 
O Blogay entrevistou Colaço que falou sobre pressão internacional, o que pode ser eficaz nas denúncias e como fazê-las.
 
Blogay – Muitos acreditam que o governo federal com os acordos com as bancadas fundamentalistas, uma forma de conseguir alguma lei ou que o assunto sobre os LGBTs no Brasil não fique pra debaixo do tapete é tentar a pressão internacional. Você acredita neste caminho, por quê?
 
Rita Colaço - Sim. Sou uma das pessoas que vem defendendo há tempos essa alternativa. Entendo que, diante da conformação que temos tido no Congresso desde a Constituinte [1988], com bancadas teocráticas, obscurantistas, reacionárias, teocráticas, que tem atuado em total desrespeito ao primado do estado secular e, via de consequência, da própria República, da Constituição e da democracia – regime no qual os direitos das minorias devem ser protegidos e respeitados –, torna-se necessário o recurso aos organismos internacionais de proteção aos direitos humanos, como se deu, por exemplo, para a criação da Comissão da Verdade, para a promulgação da Lei Maria da Penha e mesmo para que se realizasse o julgamento do crime praticado contra a Maria da Penha pelo seu marido.
 
Diante dessa conjuntura, somente a intervenção dos organismos internacionais é que garantirá que o Brasil cumpra a sua Constituição e os acordos e tratados internacionais de direitos humanos que assinou e finalmente promulgue a lei punindo todas as formas de discriminação – inclusive aquela em face da identidade de gênero e da orientação sexual.
 
A defesa das minorias é algo previsto na nossa Constituição?
 
Veja: a Constituição, que é de 1988, determina a edição de lei fixando sanções para qualquer prática discriminatória dos direitos e liberdades fundamentais (art. 5º, XLI). Estamos em 2012. Ou seja, há 24 anos o nosso Congresso vem se recusando a tornar efetivo aquilo que a Constituição determina e precisamente em questão central para a vida democrática, que é o respeito à dignidade da pessoa, de qualquer pessoa. Em outras palavras, o nosso Poder Legislativo há 24 anos tem mantido o país em débito constitucional.
 
Não podemos aceitar – e não apenas os LGBTs, mas todos os cidadãos comprometidos com a democracia – que em nosso país as convicções religiosas de parcela da sociedade, independentemente se majoritária, sejam impostas à totalidade da população. Nosso país é diverso étnica, cultural e religiosamente. E assim deve continuar.
 
Defender a edição de lei punindo ações discriminatórias também em face da orientação sexual e ou da identidade de gênero – assim como a todas as demais formas de discriminação –, é defender o chamado mínimo legal, isto é, a garantia de uma vida livre de humilhação e violência. Ninguém tem o direito de pretender manter um indivíduo ou conjunto de indivíduos à margem da proteção de sua dignidade pessoal.
 
O que está sendo feito de importante neste sentido, de pressionar os órgãos internacionais?
 
Penso que o mais importante é a tomada de consciência da própria comunidade LGBT, a sua percepção de que são eles, cada um deles, os verdadeiros ativistas, os verdadeiros agentes de transformação de sua vida e história. Somente após essa conscientização é que se começou a oferecer denúncias aos organismos internacionais e a exigir isonomia na punição à discriminação.
 
Não pode haver hierarquia entre as motivadoras da discriminação. Todas elas devem ser combatidas e penalizadas por igual. É inadmissível se pretender que os LGBTs aceitem ver a violência fóbica a eles cotidianamente desferida receber um tratamento legal diferente das outras manifestações de preconceito – como a religiosa e a étnica, por exemplo.
 
A Conectas Direitos Humanos, a Justiça Global, a SPW (Observatório de Sexualidade e Política), a ABIA, a Plataforma Dhesca Brasil, o grupo Católicas pelo Direito de Decidir (CDD BR) e diversos militantes independentes tem efetuado denúncias tanto na OEA quanto na ONU e cobrado posição coerente do governo brasileiro.
 
Temos agora o PT no poder federal com seus acordos com bancadas reacionárias e ao mesmo tempo muitos militantes gays estão envolvidos com oestepartido. Isto prejudica no que fazer a tal pressão internacional?
 
O atrelamento do movimento LGBT ao Partido dos Trabalhadores, como a qualquer partido, produziria a perda da autonomia do movimento. Contra isso parte majoritária dos militantes da primeira geração do movimento homossexual sempre se bateu. Era uma das suas características mais fortes. A defesa da autonomia e da independência era algo tão visceral que levou a alguns equívocos, como por exemplo, a recusa de determinados ativistas em participar de manifestações de outros movimentos sociais.
 
Lamentavelmente os ativistas LGBT do PT, que se hegemonizaram na condução do movimento através do modelo ONGs de prestação de serviços assistenciais, não mantiveram a necessária separação entre os interesses do partido e os do movimento. Deixaram-se pautar pelos interesses do partido, com suas coalisões entre os setores mais reacionários e obscurantistas e pelos interesses de sobrevivência suas ONGs, em razão do financiamento governamental aos seus projetos sociais. No conflito de interesses entre o governo de coalisão com o que há de mais reacionário e fundamentalista, a viabilidade de suas ONGs s e o movimento LGBT, permaneceram e permanecem à reboque daquele.
 
Há quem diga que o governo Lula fez muito mal aos movimentos sociais, precisamente pela desmobilização e, em alguns casos, cooptação que produziu. Com o movimento LGBT foi exatamente isso o que ocorreu. Desde 2001, que é a data do projeto de lei que se transformou no PLC 122/06, os números da violência fóbica contra LGBTs só tem aumentado. E ao longo de todo esse tempo não se viu ações firmes, vigorosas por parte dos ativistas hegemônicos. Sem independência e autonomia, dominados pelo conflito de interesses, ficaram paralizados defendendo o discurso oficial do governo.
 
Teve algum caso que a causa partidária foi maior que a militância LGBT?
 
Um exemplo eloquente nesse sentido é o caso Renildo José dos Santos, o vereador assumidamente gay de Coqueiro Seco, Alagoas, barbaramente assassinado em 1993. Até hoje, passados 19 anos, os réus, condenados, não foram recolhidos ao cárcere. Todos permanecem em liberdade, impetrando recurso após recurso, tentando visivelmente obter a prescrição punitiva (prescrição no direito do Estado em executar a pena fixada). O mandante do crime, agora com a sua avançada idade, provavelmente jamais cumprirá a pena.
 
Ao longo de todos esses dezenove anos jamais qualquer ativista hegemônico colocou os seus conhecimentos, tempo e recursos para denunciar essa infâmia perante as organizações internacionais de direitos humanos. – Por que? Por que, se participaram da elaboração do projeto de resolução da ONU pró-dignidade LGBT, apresentado pelo governo brasileiro em 2004 – retirado depois, em razão da intransigência e retaliação dos países árabes? Porque apresentar tal proposta de resolução colocava o Brasil em posição de vanguarda no âmbito internacional, atendia aos desejos de preeminência internacional do país governado pelo PT. Denunciar os “malfeitos” nacionais, ao contrário, revelava ao mundo a verdadeira face da impunidade e violência existente no país. Daí porque durante muitos e muitos anos o Grupo Gay da Bahia e sua tenaz e sistemática mensuração possível da homofobia nacional, desde 1981, era repudiada e desqualificada, com acusações de que disseminava uma péssima imagem do país. Para certos militantes, o problema não é a ilegalidade, a impunidade; o problema é que isso seja divulgado internacionalmente.
 
Como podemos ajudar a pressionar os órgãos internacionais e quais que valem a pena serem acionados?
 
Penso que todas as pessoas que entendem a democracia como um valor podem e devem ajudar. E em todos os espaços possíveis.
 
O país apresentou o seu posicionamento sobre as recomendações recebidas por ocasião da Revisão Periódica Universal (RPU) do Conselho de Direitos Humanos da ONU – se aceita (e quais aceita) ou rejeita (e quais rejeita).
 
Precisávamos garantir que o governo se posicione acatando as propostas da Finlândia (que recomenda a garantia efetiva da isonomia sociojurídica entre as conjugalidades homo e heterossexuais e o efetivo combate à violência homo, lés e transfóbica, inclusive com a edição de lei específica).
 
Precisávamos tambem garantir que o governo rejeite as recomendações do Vaticano e da Namíbia, pois violam o princípio da apartação entre religião e estado e instituem uma discriminação em função do tipo de família, o que é expressamente proibido pela Constituição.
 
Infelizmente, o Brasil já apresentou a sua posição sobre a RPU-ONU. E, mais uma vez, mostrou-se incapaz de posições firmes. Por um lado, agrada ao Vaticano e à Namíbia com as suas recomendações sobre família “natural” e ensino religioso; por outro, sai pela tangente no que diz respeito à recomendação da Finlândia, sobre o reconhecimento do casamento igualitário.
 
Fora isso, na página da OEA existem informações sobre como efetuar as denúncias. Há tambem grupos auxiliando esses encaminhamentos.
 
É o caso das lésbicas, cujas violações específicas devem ser encaminhadas sob a forma de breve relato para cesarmacego@ig.com.br. Também é o caso do Grupo de Trabalho da Unidade para os Direitos das Lésbicas, Gays, Pessoas Trans, Bissexuais e Intersex (Unidade) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA, cujo email é cidh_lgtbi@oas.org.
 
Outra forma importante de exercício do civismo, isto é, do compromisso com a democracia, com a Constituição e com a construção de um país mais justo é não eleger religiosos que buscam se utilizar do cargo (parlamentar ou executivo) para impingir a sua convicção religiosa privada a toda a população. Nosso país é uma república democrática constitucional, não religiosa.
 
O voto é fruto de longas décadas de muita luta. Muita gente sofreu, foi perseguida, presa, espancada, morta apenas porque reivindicava a prerrogativa de votar como um direito de todos.
 
Hoje votam as mulheres, os pobres, os jovens de dezesseis e dezessete anos, os analfabetos. É uma grande conquista dos movimentos sociais. É preciso que tenhamos consciência desse significado e dessa história. O voto é um direito, uma arma que dispomos para fazer com que nossa voz tenha representação. O parlamentar e os chefes dos executivos (municipal, estadual e federal) são nada mais do que representantes da população. Detem um mandato, falam e agem em nosso nome, não em nome próprio. O seu poder vem do povo e não ao contrário.
 
É um momento de muita seriedade, muita responsabilidade, as eleições. Essas pessoas, eleitas, realizarão ações que atingirão a nossa vida, os nossos direitos, o nosso patrimônio, a nossa liberdade. É necessário muita atenção, cautela. Há que se pesquisar sobre os reais interesses e compromissos dos candidatos. Um aspecto bastante importante é o volume de recursos empregado na campanha. Campanhas muito caras desconfie. Os grupos financiadores estão realizam um investimento e irão cobrar o retorno, depois. E nós estamos cansados de saber as formas pelas quais esse investimento vem sendo pago às custas dos tributos que nós pagamos e que não revertem em benefício da população. Nós, todos nós, temos alguma responsabilidade diante desse estado de coisas. A nossa omissão fortalece esses esquemas espúrios.
 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Eliana elimina quadros gays do seu programa porque agora é mãe de família



Os quadros "Fadinhas Safadinhas" e "Bate-Cabelo" renderam bons resultados para o programa da "Eliana", no SBT, chegando a dar picos no Ibope. O primeiro trazia o trio de drags Dimmy Kieer, Silvetty Montilla e Amanda Di Polly dando dicas e fazendo transformações nos participantes. Teve um homem descuidado com o visual que ficou bonitão e um gay que virou drag. 
O segundo, como o próprio nome diz, era um concurso para ver quem melhor batia o cabelo, com drags e jurados famosos. Participaram do quadro o estilista Ronaldo Ésper e a cantora Lorena Simpson. Agora, de acordo com a colunista, e sempre ácida, Fabíola Reipeirt, do portal R7, 
Eliana mandou suspender os quadros. A mensagem que a apresentadora passou nos bastidores do programa é que agora ela é uma mãe de família e não quer mais associar a sua imagem às atrações. As participantes foram informadas da nova situação e ficaram chateadas por saírem do programa. Dicesar, que faz a Dimmy, tem contrato com o SBT e está na geladeira da emissora, segundo a colunista. Fabíola ainda brinca com uma fase da vida de Eliana. "A apresentadora deve ter se esquecido da época das boates paulistanas e dos gogo-boys...". Gente, ela era fervida assim?! 
O SBT esclareceu que o quadro das Fadinhas saiu do ar porque estava previsto apenas para uma temporada, que o programa mudou de direção e que Dicesar não está na geladeira.
Fonte: A Capa

O que o Papa pensa sobre o casamento gay não importa ao mundo', diz Lady Gaga


As discussões sobre os direitos civis dos gays, incluindo o casamento, não estão quentes só aqui no Brasil. Lady Gaga está passeando pela Europa com a sua Born this way ball tour e, como boa militante das causas gays que é, fez questão de responder às últimas declarações do Papa Bento XVI. 
Em um pronunciamento recente, Bento XVI reforçou a posição da Igreja Católica frente à família e o casamento tradicional e disse que deve ser evitada qualquer interpretação errada sobre a verdadeira natureza da instituição familiar - que começa na união entre um homem e uma mulher. 
"O que o Papa pensa sobre o casamento gay não importa ao mundo", provoca Lady Gaga "O que o Papa pensa sobre o casamento gay não importa ao mundo. Importa aos que gostam do Papa e seguem o Papa. Não é um pensamento de todas as pessoas religiosas", acredita Gaga, que defendeu a liberdade de amar. "Acho que o casamento gay não só irá acontecer, como deve acontecer. Nós não seremos seres humanos iguais de fato se não tivermos permissão de amarmos uns aos outros livremente", completou.

Parada Gay no Pará espera reunir um milhão de pessoas


 
Publicado no G1
 
O evento marcado para o próximo domingo (30) deve percorrer as ruas de Belém ao som de seis trios elétricos para celebrar o orgulho gay, lésbio, bissexual e transsexual (GLBT). De acordo com a organização da 11ª Parada do Orgulho Gay de Belém, cerca de um milhão de pessoas devem participar da programação que este ano ganha um enfoque mais político.
 
"Nesse dia sempre vamos as ruas para celebrar nosso 'orgulho gay', mas desta vez além de nos mostrarmos para a sociedade queremos convocar e alertar nossa comunidade para a importância de, nesse momento estratégico, votar em candidatos que tenham compromisso com a nossa comunidade", explica Eduardo Benigno, coordenador do Grupo de Homossexuais do Pará (GHP) e integrante da comissão organizado da Parada Gay 2012, no Pará.
 
Em 2012, o evento tem como tema "Nesta eleição, educação e cidadania serão as nossas armas contra a homofobia” e A programação está ligada a campanha "Para Sem Homofobia", com o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Estado (Sejudh).
 
A abertura oficial do evento será no próximo sábado (29) na Praça Waldemar Henrique, em Belém, a partir das 18h, com o concurso “Drag da Parada”, que elege a musa da parada deste ano. Em seguida, haverá apresentação da banda Cheiro de Mel.
 
No domingo (30) a concentração começa ao meio-dia, na Doca de Souza Franco, com saída marcada para as 14 horas. No começo da caminhada, a cantora Gigi Furtado vai interpretar os hinos Nacional e do Pará.
 
O evento terá seis trios elétricos, entre eles um com ações de prevenção de DST/ Aids. A expectativa é que entre 800 mil e um milhão de pessoas participem da passeata. A parada segue pela Doca, rua Marechal Hermes e avenida Presidente Vargas, até o Bar do Parque. Durante o trajeto, por volta de 18 horas, na praça Waldemar Henrique, a cantora Viviane Batidão, drag queens e a bateria da escola de samba Rancho Não Posso Me Amofiná fazem uma apresentação ao público.
 
Pesquisa analisa homofobia no Pará
 
Na concentração para o evento, pesquisadores ligados à Universidade Federal do Pará (UFPA), irão coletar informações sobre violência e discriminação vividas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais devido sua orientação sexual ou identidade de gênero.
 
Os resultados da pesquisa e sua análise visam ampliar o conhecimento sobre alguns aspectos das condições de vida da população LGBT no Pará, subsidiando ações e políticas de defesa e de ampliação dos direitos sexuais.
 
“A pesquisa tenta fazer uma radiografia sobre o público que frequenta a parada”, comenta Milton Ribeiro, pesquisador do Grupo Orquídeas, do Nós Mulheres e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFPA (PPGCS/UFPA).
 
De acordo com o pesquisador alguns dos dados das pesquisas realizadas desde 2007 durante o evento apontam que o preconceito está mais próximo do público GLBT. “Ao contrário do que se pensava - que as pessoas sofriam violências a partir de desconhecidos, as pesquisas têm mostrado que não”, afirma. Outra constatação é a grande incidência do público heterossexual no evento.
 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Rio recebe lançamento de livro sobre religião e transexualidade

 
Publicado pelo MixBrasil
 
A Comunidade Betel ICM do Rio de Janeiro vai receber, neste dia 27 de outubro, o lançamento do livro “A Igreja Trans – conhecer para conquistar, conquistar para incluir”, do pastor Alexandre Feitosa. Com entrada gratuita, o lançamento é aberto a todos e todas e começa às 19h.
 
Como já adianta o nome, a obra que está sendo lançada pela Oásis Editora fala sobre a inclusão das pessoas trans dentro da religião, e como isso pode mudar a vida de quem é transgênero. O livro traz orientações pastorais para que essa inclusão seja feita. A ICM Betel Rio fica na Praia de Botafogo, 430 – sobreloja.

Tribunal afirma que "Zorra Total" não discrimina transgêneros


 
Publicado pelo Migalhas
 
O TRF da 1ª região entendeu que os quadros do humorístico Zorra Total não discriminam por orientação sexual. Por unanimidade, a 6ª turma negou provimento a recurso formulado pelo MPF, que alegava que transexuais e travestis seriam apresentados de forma esdrúxula, desrespeitosa e marginal no programa.
 
O órgão recorria de sentença proferida pela 13ª vara da Seção Judiciária do DF, que afirmou que as cenas veiculadas não ofenderam a liberdade de orientação sexual, trazendo, na condição de programa de humor, "entretenimento alegre aos telespectadores mediante representação cômica/divertida da realidade".
 
O MPF pedia ainda que fosse estabelecido imediato monitoramento de demais programas que possam ser ofensivos a direitos das minorias mencionadas. O órgão aponta que determinadas cenas trazem "flagrante ofensa ao princípio da dignidade da pessoa humana".
 
De acordo com o relator, o juiz Federal convocado Marcelo Dolzany da Costa, os argumentos trazidos pelo MPF não merecem prosperar. Para ele, "Como bem ressaltado pela sentença e, pelo que consta da instrução processual, não pairam de que o programa "Zorra Total", veiculado pela TV Globo Ltda., reveste-se de conteúdo humorístico, cuja finalidade consiste em apresentar entretenimento a telespectadores mediante representação cômica da realidade".
 
Em seu voto, Costa ressaltou que "a mera conjectura quanto à repercussão eventualmente nociva à imagem dos grupos de minoria, cujos direitos se alegam violados, não se revela suficiente ao amparo da pretensão deduzida, sobretudo quando evidenciado o "animus jocandi" na produção dos quadros satíricos".
 

Magnata chinês oferece 50 milhões de euros para homem que"converter" filha lésbica


 
 
Publicado pelo TVi24
 
Um magnata chinês está a oferecer 50 milhões de euros ao homem que conseguir conquistar a filha lésbica que casou recentemente.
 
Cecil Chao não gosta da orientação sexual da filha e está disposto a pagar bem para que a trintona se torne heterossexual. «Eu não quero saber se o homem é rico ou pobre. O importante é que seja generoso e bondoso», justificou o multimilionário de 76 anos.
 
Gigi, filha de Cecil, namorou com outra mulher durante sete anos e nos primeiros meses de 2012 ter-se-á casado com a parceira em França. O pai recusa a versão do casamento e garante que a filha ainda é solteira.
 
A homossexualidade é discriminada no território chinês e em Hong Kong o casamento entre pessoas do mesmo sexo é proibido.
 

Senado só discutirá projeto de criminalização da homofobia após as eleições


 
 
Publicado peo iG - Poder OnLine
 
Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS) avisa que só escolherá depois das eleições o relator do projeto de criminalização da homofobia.
 
– Antes disso, só aumentaria a polêmica em torno do assunto — disse ao Poder Online.
 
Paim já foi procurado pela feminista Lídice da Mata (PSB-BA) e pelo evangélico Magno Malta (PR-ES), interessados em relatar o projeto. Mas está mais propenso a entregá-lo ao líder do PT, Walter Pinheiro (BA), que pertence à ala progressista da Igreja Batista.
 
– Ele tem demonstrado posições muito ponderadas — afirma o presidente da CDH.
 
Antes ainda, Paulo Paim revela que a comissão especial do novo Código Civil tratará da homofobia:
 
– Tenho informações de que eles pretendem dar uma definição bastante nítida ao tema. Então vou esperar por isso também.
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Modelo transexual Lea T desfila com exclusividade em Milão


 
Publicado pelo Terra
 
Após estampar a capa da Elle e participar do programa da Oprah Winfrey, a modelo transexual brasileira Lea T, que realizou a cirurgia de mudança de sexo no começo do ano, na Tailândia, foi destaque na semana de moda de Milão.
 
Lea desfilou com exclusividade para Phillip Plein, estilista suíço que não faz parte do calendário oficial de Milão, abrindo e fechando a apresentação. As informações são do Daily Mail.
 
Em sua primeira aparição, a modelo desfilou com hot pants e top estampados, maxi acessórios dourados e sapatos altíssimos. Em outra entrada, usou um vestido preto fluido, combinado com colares de pedras e cabelos soltos.
 
Esta foi sua segunda aparição após a cirurgia. A primeira foi no desfile da Blue Man, que aconteceu na Ponte Estaiada, em São Paulo.

Ignorância: A homofobia que elege a família Bolsonaro


 
Publicado pela Época
Por Felipe Patury
 
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pretende duplicar a votação do filho Carlos que tenta se reeleger vereador no Rio de Janeiro com a bandeira antigay. Com quatro mandatos, a cada eleição o parlamentar fluminense aumenta em cerca de 20% a sua votação graças a bandeiras conservadoras. Na última, em 2010, passou de 96 mil para quase 120 mil votos.
 
A militância homofóbica também ajuda a eleger o filho Flávio deputado estadual. Nas eleições deste ano, a família Bolsonaro tem como principal bandeira a não distribuição do "kit gay" nas escolas. Capitão da reserva do Exército, o deputado tem outra bandeira: a defesa da ditadura militar. Mas esta já não dá tanto voto assim.

Rio recebe lançamento de livro sobre saída do armário


 
Publicado pelo MixBrasil
 
A cidade do Rio de Janeiro recebe na noite desta quarta-feira, 26 de setembro, o lançamento do livro “Fora do Armário” (Editora Metanoia), de Occelo Oliver. A obra tem um nome que já diz tudo e fala sobre a dificuldade e as delícias de se assumir homossexual. O lançamento rola a partir das 19h, na Blooks Livraria, que fica no Espaço Itaú de Cinema, na Praia de Botafogo, 316. A entrada é gratuita.

Funcionária de restaurante irá receber R$ 2 mil após ser chamada de "sapatona"


 
Publicado pelo R7
Dica de Augusto Martins
 
Uma ex-funcionária de um restaurante de Lavras, no sul de Minas, deverá receber uma indenização por danos morais no valor de R$ 2 mil após ser discriminada pelo patrão por causa de sua orientação sexual. Segundo a denúncia, a mulher seria constantemente humilhada e constrangida, sendo chamada de "veadinho" e "sapatona" publicamente pelo patrão.
 
As denúncias da mulher, que é homossexual assumida, foram confirmadas por um ex-colega de trabalho e por um cliente do estabelecimento, que disseram ter visto o homem insultando a empregada. Ainda conforme o cliente, o patrão também foi visto comentando sobre a sexualidade da funcionária com um vendedor de doces que tem ponto próximo ao restaurante. Em sua defesa, o homem afirmou que a própria mulher pedia para ser chamada de "João" pelos colegas, o que demonstraria que não houve preconceito ou assédio moral nas palavras ditas por ele. A versão foi confirmada por testemunhas levadas pelo restaurante, que disseram ainda que ela levava um pênis de brinqedo para o trabalho.
 
Após ouvir as versões, o juiz substituto da Vara do Trabalho de Lavras, Mauro Elvas Falcão Carneiro, afirmou que o tratamento dado à trabalhadora era ofensivo e causou dano moral, "mesmo que a própria mulher agisse para reforçar sua condição de homossexual, direito que ela tem".
 
Conforme o Tribunal Regional do Trabalho, as atitudes da mulher foram levadas em consideração apenas no momento de definir a indenização. Segundo o magistrado, apesar da atitude do patrão ser injustificável, as atitudes da funcionária poderiam estimular a ação preconceituosa
 

Ahmadinejad: "Homossexualidade acaba com a procriação"


 
 
Publicado pelo O Globo
 
Em uma hora de entrevista exclusiva para o programa “Piers Morgan Tonight”, que vai ao ar na noite desta segunda-feira, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, falou de política a amor, de Israel a Líbia. Um dos temas mais polêmicos, no entanto, foi sua opinião a respeito da homossexualidade. Quando perguntado se negar os direitos aos gays não seria negar o direito à liberdade em si, o presidente iraniano disparou:
 
- Você realmente acredita que as pessoas possam nascer homossexuais? Você acredita que alguém possa dar à luz através da homossexualidade? A homossexualidade acaba com a procriação. Se você gosta ou acredita em algo feio e se os outros não aceitam o seu comportamento, eles estão negando sua liberdade?
 
Insistente, o apresentador Piers Morgan perguntou o que ele faria então se um de seus três filhos fosse gay. Falando por meio de um tradutor, o presidente de 55 anos disse que o “problema seria resultado da falta de educação apropriada”.
 
- Uma educação apropriada deve ser dada. Se um grupo reconhece um comportamento feio como algo legítimo, você não deve esperar que outros países ou outros grupos lhe deem o mesmo reconhecimento.
 
Na entrevista, o presidente iraniano também falou sobre o filme anti-Islã “Inocência dos muçulmanos”, que vem gerando protestos no mundo árabe.
 
- Fundamentalmente e em primeiro lugar, condenamos qualquer ação que ofenda pensamentos e sentimentos religiosos de qualquer pessoa. Da mesma forma, condenamos qualquer tipo de extremismo. Naturalmente, o que aconteceu foi feio. Ofender ao profeta é muito feio. E isto não tem nada, ou muito pouco, a ver com liberdade ou liberdade de expressão. Esta fraqueza e o abuso de liberdade em muitos lugares é um crime.
 
Quando perguntado por Morgan se ele achava que os manifestantes deveriam parar de ameaçar funcionários dos EUA no exterior, Ahmadinejad afirmou que não pode dizer o que as outras pessoas ou nações deveriam fazer.
 
- Mas nós também acreditamos que isso deva ser resolvido em um ambiente humano, em um ambiente participativo. Não gostaríamos de que alguém perdesse a vida ou fosse morto por qualquer motivo, em qualquer lugar do mundo.
 
Na véspera da abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira, Ahmadinejad disse Israel não tem raízes no Oriente Médio e que vai ser eliminado. Ele também criticou que alguns membros do Conselho de Segurança com direito de veto “escolheram o silêncio em relação às cabeças atômicas de um regime impostor enquanto ao mesmo tempo impedem o progresso científico de outras nações”, em referência ao Irã.
 
Mais cedo, em entrevista a jornalistas em Nova York, Ahmadinejad disse ainda não levar a sério que Israel possa lançar um ataque contra instalações nucleares do país, negou que o governo envie armas à Síria e afirmou que a situação econômica nacional não é tão ruim quanto parece mesmo com as sanções.
 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Presidente de OAB do município de Sousa (PB) é acusado de homofobia durante comício


 
 
Publicado no portal Paraíba
Dica de Augusto Martins
 
O presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Sousa, Cláudio Roberto Diniz está sendo acusado de usar expressões homofóbicas e incitar a violência durante comício de uma coligação na quinta-feira (20) na cidade.
 
No discurso supostamente proferido pelo advogado Cláudio Diniz existem declarações de desrespeito ao homossexual, além de acusações e palavras de baixo calão. “Eu respeito homossexual, só não respeito viado que está querendo botar pressão nos homens de bem de Sousa”, disse o presidente da OAB.
 
Providências
 
Um dos integrantes da seccional da OAB em Sousa, Washington Rocha anunciou nesta sexta-feira (21) que está sendo feita uma representação junto aos Conselhos Estadual e Federal de Direitos Humanos da OAB, e ao Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos, LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis). A representação, segundo ele, tem o objetivo de pedir providências sobre as declarações de Cláudio Diniz.
 
O advogado disse ainda que, integrantes da seccional da OAB de Sousa receberam uma comissão de homossexuais da cidade de Sousa que exigiu providências para o caso. “A exigência da comissão foi o que nos incitou a entrar com a representação”, disse Washington.
 
O outro lado
 
A reportagem do Diário do Sertão tentou várias vezes entrar em contato com o presidente da OAB de Sousa, Cláudio Diniz, entretanto, sem êxito. A equipe se disponibiliza a colher dados da versão do advogado e publicar como foi feito nesta matéria.
 
Veja um trecho do discurso no site Paraíba: clique aqui!
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Belém recebe Mostra de Filmes LGBT



Publicado pelo ParadaLGBTdeBelem
Dica de Raphael Freire

Como parte integrante da programação da 11ª Parada do Orgulho LGBT de Belém (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), O Grupo Homossexual do Pará (GHP) promoverá, nos dias 24, 25 e 26 de setembro, a Mostra de Filmes LGBT 2012. Serão exibidos três filmes que abordam diferentes temáticas, como direitos humanos, questões de gênero, orientação sexual, transexualidade, liberdade sexual e a relação entre homossexualidade e religião. O evento acontece no Teatro Gasômetro com sessões sempre às 18h.
Dentre os filmes selecionados, está o documentário nacional “Dzi Croquettes”, o qual aborda a trajetória de um performático grupo carioca que desafiou a censura do regime militar defendendo a quebra de tabus sociais e sexuais. O drama de uma jovem de 10 anos que nasceu menina, mas se comporta como menino, é o enredo da ficção francesa “Tomboy”, exibido no segundo dia da Mostra. A programação encerra, no dia 26, com a exibição de “Orações para Bobby”, filme baseado na história real de uma mãe que tenta “curar” o filho homossexual com base na fé e em terapias religiosas.
Após a exibição dos filmes será aberto um espaço para debate com a participação de especialistas convidados. De acordo com Beto Paes, o objetivo da Mostra é discutir alguns assuntos presentes no cotidiano dos LGBT’s e esclarecer possíveis dúvidas sobre as temáticas abordadas. “Queremos proporcionar momentos de reflexão sobre a diversidade sexual e estimular uma atitude social nas pessoas presentes para que elas se identifiquem com a causa LGBT e passem a promover transformações em favor do combate a discriminação ao preconceito”, explica o membro do GHP.
Além da exibição dos filmes e realização dos debates, haverá a apresentação de curtas audiovisuais, sorteios de brindes e, no dia 24, a apresentação da Orquestra Cellos da Amazônia. Os ingressos custam R$ 2,00 e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro.
A Mostra de Filmes LGBT 2012 conta com o apoio do Movimento LGBT do Pará e das Secretarias de Cultura (Secult) e de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Serviço:

Mostra de Filmes LGBT 2012
Período: 24 a 26 de setembro, às 18h
Local: Teatro Gasômetro – Parque da Residência (Av. Magalhães Barata, 830)
Ingressos: R$ 2,00, cada sessão.
Filmes: Dzi Croquettes (24), Tomboy (25) e Orações para Bobby (26)
Mais informações: 8141-9047 (Eduardo) ou 8309-5953 (Keila)

Página "Moça, seu namorado é gay" faz sucesso no Facebook


 
Publicado pelo CanalTech
 
Uma página que está se destacando na rede social de Mark Zuckerberg é a Moça, seu namorado é gay . Ela traz uma série de frases que tentam "alertar" as garotas sobre atitudes, digamos, "suspeitas" de seus namorados.
 
De maneira bem humorada, o criador da página narra situações que podem ser um indício de que um rapaz seja gay. Em uma entrevista para O Globo , o estudante de jornalismo Luiz Fernando de Araujo, de 22 anos, diz que tudo não passa de uma brincadeira.
 
O dono da página também afirma que não tem a intenção de ofender nem rotular ninguém, é apenas uma maneira divertida de expressar algumas situações pelas quais já passou. "Quando via um casal, e o homem ficava paquerando algum menino da minha turma de amigos, mesmo com a namorada ao lado, eu falava, brincando: 'moça, seu namorado é gay'. Mas isso só entre o meu pessoal, nunca para a garota. Então achei que a brincadeira daria certo no Facebook também", disse Luiz Fernando de Araujo.
 
Entre as frases de maior sucesso publicadas na página estão:
 
"Moça, seu namorado sabe a cor do seu esmalte"
"Moça, seu namorado escolhe a princesa Peach no Mario Kart"
"Moça, seu namorado escolhe Sindel, Jade, Kitana ou Milena no Mortal Kombat"
 
 

Gay gastou mais de R$ 60 mil tentando 'conversão' à heterossexualidade




Publicado pela BBC Brasil
Por Karen Millington

O americano Peteson Toscano conta ter gasto USS$ 30 mil (cerca de R$ 60.500), recorrido a três tentativas de exercismo e passado por um casamento fracassado até conseguir superar seus dilemas pessoais e aceitar que era gay.
O processo durou 17 anos e Toscano hoje milita contra tratamentos que atendem por com nomes como ''conversão'' ou ''terapia reparadora'', voltados para gays que querem mudar sua orientação sexual.
Tais práticas contam com o apoio de Igrejas fundamentalistas cristãs. E alguns dos que se submeteram a elas asseguram sua eficácia e se definem como ex-gays. Mas Toscano, de 47 anos, afirma que não só estes processos não funcionam como também causam danos psicológicos.
Ele é de uma tradicional família ítalo-americanda do Estado de Nova York. Cristão devoto e evangélico, Toscano teve dificuldades em aceitar o que via como um conflito entre sua orientação sexual e sua fé.
'Desespero terrível'

''Eu estava fazendo algo errado pelo qual eu seria punido na outra vida. E por isso sentia muito medo e um desespero terrível'', afirma, em entrevista à BBC. Como um adolescente que cresceu nos Estados Unidos da década de 80, Toscano viveu em uma época em que o termo ''gay'' era um sinônimo de Aids. Até 1973, psiquiatras americanos classificavam homossexuais como sendo insanos.
''Eu somei dois mais dois e cheguei ao que me parecia ser uma equação lógica, a de dizer 'isto é errado, é ruim, eu preciso consertar isso'. E 17 anos depois eu finalmente acordei e retomei a razão'', afirma.
Os anos de tratamento são uma lembrança dolorosa. Após ter entrado em depressão depois de uma entrevista à rádio pública dos Estados Unidos na qual relatou os processos a que se submeteu, ele agora evita entrar em pormenores.
Experiência traumática
Mas ele relata que um dos incidentes mais sombrios ocorreu durante seu internamento por dois anos no centro Love in Action (Amor em Ação), hoje rebatizado como Restoration Path (Caminho da Restauração), na cidade de Memphis, no Estado americano do Tennessee.
Lá, ele foi instruído a registrar todos os encontros homossexuais que já havia tido. Em seguida, pediram que ele relatasse o mais constrangedor destes encontros para sua família.
Tais terapias não se limitam, no entanto, aos Estados Unidos. Toscano visitou a Inglaterra na década de 90 a fim de se submeter a um exorcismo. Ele já tinha se submetido a dois exorcismos fracassados nos Estados Unidos.
De acordo com Peterson, esse tipo de prática ''é danosa psicologicamente especialmente para os jovens. Se você acredita nisso, você fará qualquer coisa para rasgar a sua alma''.
Nos Estados Unidos, já estão sendo tomadas medidas para proibir parcialmente as terapias de conversões para gays no Estado da Califórnia. E o governador Jerry Brown está avaliando um projeto de lei que torna ilegal a terapia reparadora para crianças. Se aprovada, será a primeira medida nesse sentido tomada no país.
Toscano tem um site e um canal no YouTube e usa sua experiência como ator de teatro realizando apresentações nas quais procura consicentizar pessoas sobre os danos causados aos que se submetem a tratamentos para suprimir ou mudar suas orientações sexuais.

domingo, 23 de setembro de 2012

"Feliciano: pastor e deputado do ódio e da mentira", por Jean Wyllys


 
Artigo publicado pelo site Brasil 247
 
Por Jean Wyllys
 
Mais uma vez, o deputado e pastor Marco Feliciano faz alarde de sua desonestidade intelectual e injuria os homossexuais, alvos permanentes de sua doentia obsessão. Num discurso proferido durante congresso de "Gideões Missionários", Feliciano se referiu à AIDS como "câncer gay" e responsabilizou os homossexuais pela doença, mostrando o nível de ódio que o discurso dos fundamentalistas religiosos vem atingindo e o perigo que eles podem representar para a nossa democracia se os poderes públicos (executivo, legislativo e judiciário) não tomarem as devidas providências.
 
Como um psicótico em surto, com direito a lágrimas em momentos estratégicos e trilha sonora caótica que evoca urgência e dramaticidade (preciso dizer que esse discurso teatral para plateia ingênua constitui em má-fé?), o discurso de Feliciano seria de apavorar qualquer pessoa que não seja de coragem. Com seu proselitismo hipócrita, ele tem, como única missão — em seu discurso assim como na Câmara dos Deputados — atacar as religiões minoritárias e a cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Com um discurso fundamentalista e fascista, que se alimenta (quanta desonestidade!) do analfabetismo e do desamparo dos corações e mentes de pessoas com menos acesso a informações, Marco Feliciano ignora a ciência moderna ao se referir à AIDS, reproduzindo todos os preconceitos e besteiras anticientíficas já usadas no passado, sem se responsabilizar com o retrocesso que isso representa e com os estigmas que isso produz.
 
Falando como "profeta" (quem foi mesmo que lhe deu os poderes da profecia?), o deputado-pastor contribui também para a possível infecção de pessoas menos instruídas que ouvem um absurdo como esse e se acham imunes a uma doença, que já foi cientificamente provada como sendo possível de atingir todas e todos, independente de sua cor, gênero, credo, religião, orientação sexual, nível social ou educação. Ao dizer que é uma doença de homossexuais, ele empurra milhares de pessoas heterossexuais à falta de cuidados e prevenção, cometendo um grave crime contra a saúde pública!
 
Vejam a irresponsabilidade do parlamentar ao suprimir informações, como o fato de que, desde o surgimento da AIDS na década de 80, o perfil dos infectados se modificou drasticamente, há muito tempo deixando de ser uma doença restrita aos LGBTs e passando a atingir cada vez mais jovens, mulheres e idosos heterossexuais. As mulheres respondem por 48% das novas infecções e os jovens com idades variando entre 15 e 24 anos, por 42%. Somente entre 2000 e 2010, o percentual de pessoas com mais de 60 anos infectadas, subiu 150%. Estes são dados oficiais divulgados em levantamento do programa da Organização das Nações Unidas para HIV/Aids (UNAIDS) em julho deste ano.
 
A fala de Feliciano se aproveita do desconhecimento de muitas pessoas sobre esses dados estatísticos. Ele divulga falsidades e mentiras propositadamente, para cumprir seus perversos objetivos políticos: estigmatizar e ofender as pessoas homossexuais, escolhidas como "o inimigo" pela sua prédica de ódio.
 
Por outro lado, todos nós sabemos que o diagnóstico de soropositividade para o HIV representa, socialmente, muito mais do que a ameaça de uma doença crônica — ele afeta drasticamente a identidade da pessoa doente como consequência do estigma que ainda existe em nossa sociedade. Ter a doença significa lidar com questões sociais complexas que podem trazer mais prejuízos que a própria doença. Portanto, um político (e um líder religioso) deve usar sua fala com responsabilidade, visando ajudar a vencer os preconceitos e assim melhorar a informação e o conhecimento da população e, ao mesmo tempo, a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV. Marco Feliciano faz exatamente o contrário.
 
Jean Wyllys é deputado federal pelo PSOL/RJ. Seu perfil no Twitter é @jeanwyllys_real

MEC e Conselho de Psicologia fazem parceria para combater violência nas escolas, como a homofobia


 
Publicado pelo Estadão
Informações da Agência Brasil
 
Para enfrentar a violência nas escolas brasileiras, o Ministério da Educação assinou nesta quinta-feira, 20, uma parceria com o Conselho Federal de Psicologia. A parceria prevê um estudo sobre violência nas escolas, elaboração de materiais didáticos e formação de professores para o combate à violência no ambiente escolar.
 
De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, oito universidades também vão colaborar com o projeto. Entre os temas que serão trabalhados dentro das escolas estão enfrentamento às drogas, gravidez precoce, homofobia, racismo, discriminação, bullying e bullying eletrônico (feito por meio das redes sociais).
 
“Temos estimado em torno de 8 mil jovens, meninos e meninas, que voltam para casa com todo tipo de constrangimento e que muitas vezes são vítimas de bullying na escola. Precisamos tratar esses temas com responsabilidade e cuidado, mas enfrentá-los no sentido de respeito à diversidade, ao outro, a valores como os direitos humanos. Os professores e alunos também precisam aprender a solução dos conflitos por meio de diálogo”, disse o ministro.
 
Segundo Mercadante, o trabalho de campo será feito em todo o País. “Vamos trabalhar em todas as regiões do País, nos vários níveis do processo educacional - com pais, alunos e professores - e elaborar materiais pedagógicos, programas de prevenção e subsídios para aprimorar a prática pedagógica e criar uma escola mais atrativa, feliz, respeitosa e pacífica.”
 
O projeto, de acordo com o ministro, terá início em breve. “Em duas semanas estaremos iniciando o processo de trabalho, mas eu diria que o desenvolvimento pleno desse trabalho é para 2013.”
 
A expectativa do ministro é que, com esse projeto, os “professores tenham mais subsídios e melhores condições para lidar com esses desafios”. Os novos materiais didáticos, voltados para o combate da violência nas escolas, estará disponível logo após a pesquisa de campo ser finalizada. Também será desenvolvido um trabalho de formação de professores para trabalhar com esses temas nas escolas.
 
Para Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e conselheiro do Conselho Nacional LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), a parceria é positiva.
 
“Vejo com bons olhos a ampliação dessa parceria. É fundamental não só para a questão da homofobia como também para a que envolve drogas, bullying etc. É fundamental que a escola seja um lugar seguro para que as pessoas possam estudar, não sejam discriminadas e não sofram a violência que muitas vezes faz parte do cotidiano escolar”, falou.
 
Segundo Reis, a escola é um dos ambientes mais importante para que esse trabalho seja desenvolvido. “A escola é um momento em que as pessoas convivem e as pessoas têm que aprender a respeitar o outro e esse outro pode ser evangélico, católico, ateu, de uma religião africana, judeu ou indígena, mas as pessoas têm que aprender a respeitar o ser humano como um todo”, disse.
 
Durante a 2.ª Mostra Nacional de Práticas de Psicologia, que ocorre até o dia 22 no Anhembi, em São Paulo, o presidente do conselho, Humberto Verona, anunciou também uma parceria entre o órgão e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para ajudar na criação de comitês de combate à homofobia em todos os estados brasileiros.

Avenida Brasil: Roni assume para Leandro que é gay e é expulso do time do Divino


 
Publicano do Ig
Por Fernando Oliveira
 
A reta final de “Avenida Brasil” promete fortes emoções para os fãs de Roniquito (Daniel Rocha). Tudo porque, depois de ser abandonado por Suelen (Isis Valverde) e ficado longe do “amigo” Leandro (Thiago Martins), que foi jogar no Flamengo e mudou de bairro, ele finalmente resolverá sair do armário. Roni vai procurar o colega e assumirá para ele que é gay.
 
Acontece que a conversa não ocorrerá de maneira privada, já que um outro jogador do Divino ouvirá tudo e contará aos outros companheiros e a Diógenes (Otávio Augusto). Por causa disso, o diretor do clube será obrigado a expulsar o próprio filho do time só porque ele é diferente. Puro preconceito.
 
A volta por cima de Roni deve ocorrer na última semana, quando ele resolverá aceitar sua real vocação. Ele deve se tornar estilista e confeccionar, inclusive, novos uniformes para times de futebol.
 

Projeto que criminaliza homofobia aguarda designação de novo relator


 
Publicado pelo Senado
 
O projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC 122/06), cujo relatório estava sendo elaborado pela senadora Marta Suplicy (PT-SP), aguarda desde o dia 18 designação de um novo relator na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
 
No dia 13 deste mês, Marta Suplicy assumiu o Ministério da Cultura em substituição à cantora e compositora Ana de Holanda. O primeiro suplente de Marta é o vereador paulista Antônio Carlos Rodrigues, do PR, ainda não empossado no cargo.
 
Em declarações feitas à imprensa em maio, Marta Suplicy afirmou que há entre os senadores uma “maioria silenciosa” favorável ao projeto, ou pelo menos neutra, que não se posiciona por receio de desagradar os eleitores. O senador Magno Malta (PR-ES) é um dos maiores opositores da proposta, assim como setores religiosos e conservadores da sociedade.
 
A designação do relator será feita pelo presidente da CDH, Paulo Paim (PT-RS).