quinta-feira, 3 de maio de 2012

Glória Pires: filme em que atriz viverá homossexual tem dificuldades de patrocínio


Visto no site da Revista Quem 
Dica do Querido Cleuber Nunes

"O Brasil é um dos países mais moralistas que existem", afirma o diretor Bruno Barreto.

 Glória Pires interpretará Lota de Macedo Soares, arquiteta carioca que idealizou o aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, no filme "Flores Raras". De acordo com a coluna Mônica Bergamo, do jornal "Folha de S. Paulo" desta quarta-feira (2), a produtora LC Barreto diz que não conseguiu patrocínio para o longa porque seu tema central é a relação homossexual entre duas mulheres.


"O Brasil, é um país falsamente, aparentemente liberado. No fundo, é um dos países mais moralistas que existem, é racista. Não conseguimos um tostão de nenhuma empresa. O dinheiro que temos até agora é do Fundo Setorial, do BNDES, de instrumentos estatais, e da Globo Filmes, Telecine e Imagem Filmes", afirmou o diretor Bruno Barreto à publicação.

"Nós, brasileiros, não somos bons em dizer não, é parte da nossa cultura. Então, as pessoas não dizem um não. Por exemplo, a personagem da Lota terá um carro que aparecerá bastante. Várias montadoras foram procuradas para um "product placement" [espécie de merchandising]. Nenhuma topou."

De acordo com a publicação, Glória formará par romântico com uma atriz internacional, que aidna não teve seu nome divulgado.

Juiz extingue ação contra Malafaia por homofobia

O juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível de São Paulo, extinguiu ação do Ministério Público Federal no Estado contra o pastor Silas Malafaia. A Procuradoria pedia que ele se retratasse por um discurso considerado homofóbico.
Os comentários de Malafaia foram feitos em julho de 2011 no programa "Vitória em Cristo", que é exibido na TV Bandeirantes em horário comprado por ele. "Não se poder tolher(proibir) o direito à crítica na medida que esta compõe exatamente o conteúdo da liberdade de manifestação e expressão", diz o juiz na decisão.
"Daí considerarmos que, sob o aspecto "policial' ou de "censura' a questão envolve problemas práticos e jurídicos mas, neste tema, o constituinte brasileiro teve o inegável desejo de sepultar definitivamente a censura."
Segundo Giuzio Neto, "através da pretensão dos autos, na medida em que requer a proibição de comentários contra homossexuais em veiculação de programa, sem dúvida que se busca dar um primeiro passo a um retorno à censura, de triste memória, existente até a promulgação da Constituição de 1988, sob sofismático entendimento de ter sido relegado ao Judiciário o papel antes atribuído à Polícia Federal, de riscar palavras ou de impedir comentários e programas televisivos sobre determinado assunto."
"Diante disto, não pode ser considerado como homofóbico na extensão que se lhe pretende atribuir esta ação, no campo dos discursos de ódio e de incentivo à violência, pois possível extrair do contexto uma condenação dirigida mais à organização do evento - pelo maltrato do emprego de imagens de santos da igreja católica - do que aos homossexuais."
Em meio ao debate sobre a proposta de lei para criminalizar a homofobia, o pastor falava sobre a Marcha para Jesus e a Parada Gay, eventos que aconteceram em junho em São Paulo.
"Os caras na Parada Gay ridicularizaram símbolos da Igreja Católica e ninguém fala nada. É para a Igreja Católica "entrar de pau' em cima desses caras, sabe? "Baixar o porrete' em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha", afirma o pastor no programa.
Para o procurador Jefferson Aparecido Dias, mais do que expressar sua opinião, o pastor fez um discurso de ódio. A ação também foi movida contra a TV Bandeirantes. De acordo com o procurador, a emissora deve impedir que mensagens homofóbicas sejam exibidas em sua programação. 

Eleitorado gay terá candidatos que defendam suas bandeiras

Visto no Vermelho
Com informações do UOL
O público Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (GLBTT) terá representantes na disputa eleitoral de 2012. Na capital da Paraíba, João Pessoa, e em Itu, no interior de São Paulo, já foram lançadas pré-candidaturas de homossexuais ao principal cargo executivo municipal.Em ambos os casos, os candidatos a prefeito prometem, caso eleitos, brigar pelos direitos dessas minorias.
Ponto considerado positivo pelo presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (ABGLT), Tony Ramos, que disse acreditar que é importante ter uma plataforma de governo bem alicerçada.
Para as câmaras, o número de candidatos LGBT é bem maior. Pelo menos 133 pessoas com esse tipo de orientação sexual vão disputar vagas legislativas em todo o país.
O pré-candidato de Itu, Edmilson Martins (PPL – Partido Pátria Livre), considera importante defender a igualdade social em todas as áreas. Ele afirmou que já montou projetos para a criação de departamentos que promovam a inclusão social.
“Sou contra qualquer forma de preconceito, por isso quero trabalhar pela profissionalização e introdução ao mercado de trabalho do público LGBTT”, afirmou.
Ele disse ainda que pretende entrar para a história do país, como o primeiro prefeito gay.
“Quero romper as barreiras e mostrar que a minha opção sexual não interfere na minha posição política e candidatura.”
Edmilson disse que sua candidatura é apoiada pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL), que também é gay.
“Ele ainda vai estudar no partido a forma de formalizar esse apoio”, afirmou Martins.
Renan Palmeira, 25, será candidato na capital paraibana pelo Psol. Jean Wyllys, da mesma legenda, prometeu se engajar na campanha.
Para o presidente da ABGLT, além dos candidatos é importante garantir políticos aliados para brigar pelas causas homossexuais em todo o país.
Já se mostraram favoráveis nomes como Fernando Gabeira (PV), Gilberto Kassab (PSD) e Antônio Imbassahy (PSDB). Tony diz ainda que é importante conhecer os candidatos.
“Não basta ser gay, é preciso ter uma proposta de governo interessante e envolvimento com a política.”

EUA: Perseguido por conservadores anti-gays, porta-voz de Mitt Romney renuncia ao cargo

Visto na Folha
Com informações da Reuters
O porta-voz de Mitt Romney em assuntos de política externa, Richard Grenell, renunciou ao cargo após uma breve passagem pela campanha presidencial do republicano.
O "Washington Post" reportou que Grenell, que é assumidamente gay, havia sido perseguido por conservadores anti-gays na campanha.
O gerente da campanha de Romney, Matt Rhoades, disse em comunicado que Grenell, contratado no mês passado, decidiu sair por motivos pessoais que não foram especificados.
"Nós estamos desapontados que Ric tenha decidido se demitir por suas próprias razões pessoais. Queríamos que ele ficasse, porque ele possuía qualificações superiores para a posição que ele foi contratado para desempenhar", disse Rhoades.
A coluna do "Washington Post" cita uma declaração de Grenell em que afirma que sua habilidade para "falar claramente e com força sobre questões tem sido reduzidas por discussões partidárias sobre questões pessoais, que as vezes acontecem em uma campanha presidencial."
Antes de entrar na campanha de Romney, Grenell foi uma importante -e inflamada- voz no Twitter, postando comentários mordazes. Durante o tempo que participou da campanha, muitas das duas reflexões mais provocativas foram excluídas. Ele havia sido porta-voz da missão norte-americana durante a presidência de George W. Bush.

Rio recebe exposição fotográfica itinerante “Mães pela Igualdade”

Por All Out
Enviado por Mônica Cavalcanti
Nos últimos meses, mães de todo o Brasil vêm unindo forças contra a discriminação, a violência e a homofobia crescentes no país. Um dos resultados desta união é a exposição fotográfica itinerante “Mães pela Igualdade”, que será inaugurada ao público nesta quarta (3 de maio), na Praça XV, a partir de 10:00h. Durante todo o mês as fotos passarão por outras zonas da cidade. 
A exposição retrata a dor e a alegria de 22 mulheres que têm ou tiveram filhos vítimas de preconceito e exclusão. As fotos expressam as histórias de amor e luta dessas mães pela igualdade e respeito. A responsável pela organização do grupo Mães pela Igualdade e pela mostra é All Out - movimento global pela luta de direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais - em parceria com a Ceds (Coordenadoria da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro).
“O Brasil precisa das Mães da Igualdade. Elas nos mostram o poder da compaixão humana. Suas trajetórias de vida nos mostram que o amor incondicional é uma das coisas mais importantes", diz Andre Banks, Diretor Executivo da AllOut. “Estamos orgulhosos de ver essas mulheres no centro de uma das cidades mais importantes do país e no mundo. As Mães da Igualdade são uma inspiração e esperamos espalhar o exemplo do Brasil para todas as regiões do mundo. A igualdade é um valor da família"
A All Out preparou ainda uma "Árvore da Igualdade", uma escultura onde as pessoas poderão colocar as suas mensagens de apoio e respeito a gays, lésbicas, bissexuais e trans no Brasil. Por meio de uma campanha mundial (www.allout.org/pt/maespelaigualdade), a All Out conectará os membros em todo o mundo e também no Brasil por meio do envio destas mensagens, que irão ser postadas nas folhas nesta árvore, fazendo-a florescer recados durante o mês dedicado às mães e ao combate contra a homofobia. Ao término da exposição, a Árvore segue pra Brasília, diretamente para a presidente Dilma Rousseff.
A All Out é uma aliança entre héteros, gays, bissexuais, gays, lésbicas, travestis e transgêneros em todo o mundo. Estamos construindo junto um movimento global para permitir que as pessoas que amamos vivam livremente e que amem a quem desejarem. E Mães pela Igualdade faz parte deste universo. 

Participe clicando em www.allout.org/pt/maespelaigualdade

SERVIÇO

Exposição fotográfica “Mães pela Igualdade”
Local: Itinerante e ao ar livre, conforme abaixo.
Horário: sempre de 10 às 18h
Entrada: gratuita

1ª semana : 03/05 ao dia 08/05
Praça XV (ao lado do Paço Imperial – Av. 1º de março, Centro)

2ª semana : 09/05 ao 15/05
Praça Antero de Quental, Leblon

3ª semana : 16/05 a 22/05
Praça Saens Peña, Tijuca

4ª semana: 23 a 29/05
Vigário Geral Horário:

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Conservadores aprovam rabinos gays em Israel




Visto no G1

As discussões acaloradas sobre as três principais correntes do judaísmo — reformista, conservadora e ortodoxa — ganharam novas faíscas nesta sexta-feira quando o chamado Movimento Conservador de Israel decidiu aprovar a ordenação de rabinos homossexuais, endossando a posição desse movimento nos Estados Unidos, onde gays e lésbicas já podem participar de estudos visando ao rabinato há alguns anos.

— Vejo isso como um avanço muito importante da lei judaica. Foi a coisa certa a fazer. Somos todos feitos à imagem de Deus e, portanto, somos todos iguais. Para mim, trata-se de valores de muita importância — comemorou o rabino Mauricio Balter, presidente da Assembleia Rabínica do Movimento Conservador.

Ao contrário dos setores reformistas e liberais, nos quais homossexuais já podem ser ordenados rabinos, a decisão foi mais polêmica entre os conservadores — cumpridores da lei judaica, adotando costumes e práticas comuns à ortodoxia.

Na própria sexta-feira, o conceituado seminário rabínico Schechter, em Jerusalém, informou que vai admitir estudantes gays e lésbicas já no próximo ano letivo. Foi lá que ocorreu a votação sobre a ação de rabinos homossexuais, autorizados com uma quase unanimidade: 17 autoridades religiosas votaram a favor, e apenas um rabino se absteve.

A instituição — que tem filiais no exterior — acabou protagonizando nos últimos anos debates e embates sobre o tema. Em 2006, a entidade rachou. Duas escolas rabínicas afiliadas nos EUA aprovaram a ordenação homossexual, na contramão da postura adotada em Jerusalém e Buenos Aires. O debate ganhou contornos tão radicais que duas estudantes, rabinas, decidiram abandonar os estudos de dois anos no Instituto Shechter: uma a favor e outra contra a medida.

— Estou contente que tenha havido uma votação e que tenha terminado assim. Foi uma decisão democrática e correta, como mostra o resultado, ninguém foi contra — resumiu o rabino Balter.

Ortodoxos não permitem mulheres rabinas

O programa rabínico do Instituto Shechter é composto por dois anos equivalentes a um mestrado em estudos judaicos. Ao término do curso, os estudantes são testados por um conselho de rabinos que autoriza a ordenação.

A medida, porém, promete provocar a ira da ortodoxia, que, em Israel, monopoliza os serviços públicos ligados à religião, como casamentos (não existe união civil no país) e funerais. Para esse grupo, aliás, além da rejeição ao homossexualismo, existe ainda a total rejeição de mulheres no papel de líderes religiosas.

Polícia russa prende 17 manifestantes por direitos gays


Visto no G1
(Reportagem de Liza Dobkina)


A polícia russa prendeu pelo menos 17 manifestantes pelos direitos gays durante as celebrações do 1o de maio em São Petersburgo, na terça-feira, disse um grupo de direitos humanos.


As detenções seguem a adoção de uma lei por parte das autoridades da cidade que impõe multas por difundir "propaganda" gay entre os menores, o que diplomatas europeus disseram carecer de clareza e permitir muito espaço para interpretação pela polícia.


Os legisladores russos estão estudando legislação semelhante em todo o país.


Svetlana Barsukova, membro grupo de direitos dos homossexuais "Coming Out", de São Petersburgo, disse que vários grupos de ativistas dos direitos gays haviam sido detidos em diferentes partes da cidade depois de portar bandeiras do arco-íris.


Desfiles do 1o de maio na Rússia são utilizados por vários grupos ativistas como uma plataforma para defender a sua causa. A homossexualidade, punível com penas de prisão na União Soviética, foi descriminalizada na Rússia em 1993, mas grande parte da comunidade homossexual permanece sofrendo pressões antigay.



"O medo do outro pode ser o medo de si próprio" Por Maurício dos Santos


Por *Maurício dos Santos  para a Revista Lado A


Enquanto de um lado a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) aparece com mais naturalidade em vários âmbitos da sociedade, a homofobia dispara como uma das causas de muitos crimes em todo o planeta. Em lugares onde essa violência específica não é punida oficialmente em lei, a homofobia cresce solta. É o caso do Brasil, um país de controversas. Mas a confusão de emoções gerada por essa temática nos faz pensar no porquê de tanto medo, prazer e ódio. 

A homofobia diz respeito a um transtorno que faz o agressor perseguir e maltratar homossexuais. Existem também a lesbofobia e a transfobia, aversão a lésbicas e a transexuais, respectivamente. O agressor tem aversão a essas pessoas. Um ato de violência física na escola pode ser a extensão de uma piada tolerada em casa, ainda na infância, por exemplo. O que precisamos enxergar é que preconceito é sinônimo de violência, baseado na falta de conhecimento e compreensão. 

Todos os envolvidos passam por momentos de tortura, sentem medo e desespero. Mas por que é tão difícil para o homofóbico conviver com os outros? O fenômeno afetivo que rebaixa certos sujeitos é utilizado como arma para classificar pessoas, e, consequentemente, diminuí-las. É um mecanismo de defesa usado para tentar mascarar quaisquer tipos de fraquezas. "O medo frente ao diferente é menos produto daquilo que não conhecemos do que daquilo que não queremos e não podemos reconhecer em nós mesmos por meio dos outros". Freud, o pai da teoria psicanalítica, evoca nessa citação a fuga do ser humano vindo após a sensação de medo. 

Diminuir a outra pessoa é uma ação prazerosa para muitos, prática sadomasoquista. Além da violência clara e exposta ao máximo, pode ser incluída ali uma repressão ao próprio sexo. Quando o homofóbico agride o homossexual ele nega a si mesmo. A forte negação revela um excesso doentio em querer mostrar-se diferente do outro, com uma sexualidade superior. É ressaltada, nessa prática fóbica, a sexualidade sob o falso status de simples escolha de vida e identidade de gênero. 
 
Tenta se passar, por muitos, a ideia de orientação sexual como algo plástico, frágil e indeciso. Todavia, a Psicanálise versa, desde seu início, sobre a diversidade sexual -  normal e comum, que habita todo ser humano. Bissexual, por si só, seria uma condição de todo indivíduo. O princípio do prazer que orienta os lados humanos faz com que os seres humanos não sejam tão diferentes assim. Mudam na personalidade, alimentada pelas diferenças. A riqueza humana esta nas características pessoais de cada um. O self requer isso: diferenças para alcançar o amadurecimento. Crescemos com os diferentes.

Fundamental nos casos de preconceito é estabelecer um pacto de respeito. Para isso, o ego precisa estar forte. O homossexual necessita aceitar a si mesmo, com suas potencialidades e seus limites. O sujeito violento necessita se entender e aprender a conviver, além de encontrar uma outra saída de descarregar essas energias violentas, que não seja prejudicando o outro. Nesta sociedade colorida e plural, precisamos eliminar a auto-punição e o sentimento de culpa, tão disseminados em pensamentos rebaixados.

*O autor é Jornalista e Presidente da Câmara do Livro do Vale do Itajaí / Santa Catarina - Estudante de Psicanálise, pela SPOB (Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil)

Revista 'Out' enumera os gays mais poderosos


Visto no Parou Tudo

O site da prestigiada publicação gay norte-americana “Out” divulgou sua lista anual com os gays mais poderosos dos Estados Unidos. O CEO da Apple, Tim Cook, manteve a posição conquistada ano passado: o 1º lugar.

A apresentadora Ellen DeGeneres aparece em 2º lugar e o criador de “Glee” e “American Horror Story”, Ryan Murphy, está em 4º lugar. Não há muitos nomes conhecidos do grande público, especialmente entre os brasileiros. (Veja a lista completa da “Out” aqui).

O jornalista bonitão Anderson Cooper ficou ranqueado em 6º, na lista que ainda tem os estilistas Marc Jacobs (14º) e Tom Ford (26º), o blogueiro Perez Hilton (39º) e a atriz Jane Lynch (46º).

Sentiu falta de nomes como Adam Lambert, Chris Colfer, Jodie Foster ou Lance Bass? O site da revista pediu para os internautas votarem e também comentarem as ausências sentidas.

1. Tim Cook
CEO, Apple, 51

2. Ellen Degeneres

Spokesperson/Talk-Show Host/Producer, 54


3. Peter Thiel

Venture Capitalist/Hedge Fund Manager, 44


4. Ryan Murphy

Writer/Director/Producer, 46


5. Rachel Maddow

TV Host/Political Commentator, 39


6. Anderson Cooper

Journalist/News Anchor/Talk-Show Host, 44


7. Rich Ross

Former Chairman, The Walt Disney Studios, 49


8. Barry Diller

Chairman, IAC, 70


9. Shepard Smith

News Anchor, 48


10. Andy Cohen

TV Personality/Impresario, 44


11. Neil Patrick Harris

Actor, 38


12. Tammy Baldwin

U.S. Representative, Wisconsin, 50


David Cicilline

U.S. Representative, Rhode Island, 50


Jared Polis

U.S. Representative, Colorado, 36


13. Scott Rudin

Film and Theater Producer, 53


14. Marc Jacobs

Fashion Designer, 49


15. Harvey Levin

TV Producer/TMZ Founder, 61


16. Matt Drudge

Blogger, 45


17. Chris Hughes

Publisher and Editor-in-Chief, The New Republic, 28


18. Anthony Romero

Executive Director, ACLU, 46


19. David Geffen

Media Mogul, 69


20. Chad Griffin

Incoming President, HRC, 38


21. Barney Frank

U.S. Representative, Masschusetts, 72


22. Jann Wenner

Publishing Magnate, 66


23. Tim Gill

Software Pioneer/Philanthropist, 58


24. Christine Quinn

New York City Council Speaker, 45


25. Suze Orman

Financial adviser/Talk-show host, 60


26. Tom Ford

Fashion Designer/Film Director, 50


27. Ken Melhman

Businessman, 45


28. Andrew Sullivan

Journalist/Blogger, 48


29. Annise Parker

Mayor of Houston


30. Bryan Lourd & Kevin Huvane

Managing Partners, CAA, 52 & 53


31. Martha Nelson

Editorial Director, Time Inc., 59


32. Chuck Wolfe

CEO, The Victory Fund, 50


33. Mary Kay Henry

International President, SEIU, 53


34. Joe Solmonese

Political Consultant, 47


35. Jeremy Bernard

White House Social Secretary, 50


36. Nick Denton

CEO, Gawker Media, 45


37. Alan Ball

Screenwriter/Producer/Director, 54


38. Richard Berke

Assistant Managing Editor, The New York Times, 53


39. Perez Hilton

Blogger/TV personality, 34


40. Jess Cagle

Managing Editor, Entertainment Weekly, 46


Ariel Foxman

Managing Editor, InStyle, 38


Adam Moss

Editor-in-chief, New York, 54


41. Jenna Lyons

President and Executive Creative Director, J. Crew, 44


42. Adam Rose

CoPresident, Rose Associates, Inc., 52


43. Greg Berlanti

TV Producer/Writer, 39


44. Bryan Singer

Director/Producer, 46


45. Megan Smith

Google Executive


46. Simon Halls & Stephen Huvane

Founders, Slate PR, 48, 51


47. Jane Lynch

Actress


48. Dan Savage

Editor/Activist/TV Personality, 47


49. Robert Hanson

CEO, American Eagle Outfitters, 49


50. Evan Wolfson

Founder and President, Freedom to Marry, 55


51. Andre Banks

Cofounder, Executive Director, AllOut.org


52. Bryce Bennett

Montana State Representative


53. Widney Brown

Senior Director, Amnesty International


54. Chai Feldblum

Equal Employment Opportunity Commissioner


55. Bruce Harris

New Jersey Supreme Court Nominee


56. Victoria Kolakowski

California Superior Court Judge


57. Steven Kolb

Executive director, CFDA


58. Don Lemon

CNN News Anchor


59. Mark Leno

California State Senator


60. Jonathan Murray

Cofounder/Chairman, Bunim/Murray Productions


61. Beth Robinson

Vermont State Supreme Court Justice


62. Hilary Rosen

CNN Contributor, Democratic Strategist


63. Brad Sears

Executive Director, The Williams Institute


64. Andy Thayer

Cofounder, Gay Liberation Network


65. Michael Weinstein

President, AIDS Healthcare Foundation

"Ficar no armário" afeta mais as lésbicas do que os gays


Um estudo realizado nos EUA revelou que as mulheres que não têm apoio da família quando saem do armário, têm cinco vezes mais probabilidade de sofrer de depressão e até 11 vezes mais propensão a usar drogas. 

Pesquisadores do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Boston realizaram um estudo para determinar as consequências da falta de apoio da família dessas mulheres ao sair do armário.

O estudo contou com participantes homossexuais de até 64 anos. Concluiu-se que, as mulheres sofrem as piores consequências quando não vivem em um ambiente que aceite sua orientação sexual.

"O estresse de não revelar sua sexualidade a seus pais, afeta diferentemente homens e mulheres. Em geral, homens gays e bissexuais podem ser capazes de conduzir suas vidas sexuais com menos estresse.", disse Emily Rothman, responsável pelo estudo.
E pensar que a família é que deveria dar um apoio maior. É lamentável perceber que o preconceito é capaz de anular o amor que essas famílias deveriam ter pelos seus entes, que nesse caso, não são tão queridos assim, aliás, não são nada queridos. No caso dessas famílias, o amor, carinho e respeitos, estão intimamente ligados a heteronormatividade.

Santa Cruz do Sul realiza seu primeiro casamento gay

Visto no Gazeta do Sul
Por Rozana Ellwanger
Ainda criança, Caroline Gonçalvez sonhava com o dia em que celebraria o amor eterno por meio do casamento. Ainda criança, Eliane Lord já sabia que era diferente da maioria das meninas. Enquanto uma esperava o dia em que se vestiria de branco e caminharia em direção ao altar, a outra percebia que não sentia pelos meninos o mesmo que as gurias da sua idade. Em comum, elas tinham apenas uma coisa: o sonho de encontrar o amor verdadeiro.
Seus destinos se cruzaram anos depois. Caroline tinha 18 anos e Eliane 25. Naquela noite as duas tomaram a mesma decisão, que mudaria para sempre o seu futuro: ir a uma festa. Elas poderiam nem ter se cruzado, mas um cupido em forma de amigo interveio. Apresentou as duas, há seis anos, e acabou sendo o responsável por um amor que marcou a história de Santa Cruz do Sul.
O auge do conto de fadas moderno aconteceu no último dia 21 de abril. Por um acaso, um feriado foi a data escolhida para o primeiro casamento religioso gay da cidade. Possivelmente o primeiro do Rio Grande do Sul. Outro acaso fez com que a celebração começasse com uma carreata pela cidade. O desfile era em homenagem a Ogum, mas bem que poderia ser em comemoração a mais um passo pelo fim do preconceito.
Eliane e Caroline não subiram um altar, mas foram casadas na religião em que acreditam. Às 18h30 o casal entrou no templo de umbanda do Pai Beti D’Bará Adague. Como manda a tradição, foram vestidas de noiva. Como permite a legislação, já tinham consigo o contrato de união estável.

Mais um jovem se mata após sofrer bullying homofóbico


Visto no Parou Tudo 

O bullying homofóbico continua fazendo vítimas. Há duas semanas noticiamos a morte de Kenneth Weishuhn, de apenas 14 anos, do Estado de Iowa (veja matéria logo abaixo). Agora, foi a vez de Jack Reese, de 17 anos, de Utah, no Noroeste americano.

Durante um evento para a comunidade em que foi mostrado um filme sobre bullying, seu namorado, Alex Smith, sobre o assunto. Smith lembrou das várias vezes em que Jack foi ameaçado na escola.

A entidade LGBT local OUTreach Ogden quer no próximo dia 1º reunir líderes comunitários, professores, pais, jovens e até membros ativos da Igreja Mórmon para discutir o bullying e o suicídio LGBT na região.

“Os jovens com quem trabalho todos conhecem uma vítima de bullying, a perda de um amigo  por suicídio, ou, na maioria das vezes, ambos. Esses jovens são brilhantes, criativos e amorosos, mas muitas vezes sofrem abusos diariamente das famílias que os rejeitam e o bullying na escola”, disse Marian Edmonds, da OUTreach.

Garoto de 14 anos se suicida após sofrer bullying na escola:


Visto no Parou Tudo

O bullying continua firme nos colégios e fazendo vítimas. Em alguns casos, fatais. Kenneth James Weishuhn, um belo garoto de 14 anos do Estado norte-americano de Iowa, tirou sua vida no sábado 14 após inúmeros episódios de bullying na escola onde estudava.
Kenneth assumiu-se gay há um mês e desde então era maltratado no colégio. Alguns alunos também fizeram uma página de ódio contra gays no Facebook e o adicionaram. O rapaz chegou a receber ameaças de morte pelo telefone de colegas da escola.

Padre irlandês que exibiu, por acidente, pornografia gay a pais deixa paróquia

Visto no Terra
Um padre irlandês envolvido em um escândalo de pornografia gay pediu neste domingo para deixar a paróquia e tirar uma licença sabática do sacerdócio. Segundo relatos, o padre Martin McVeigh fazia uma apresentação de slides para pais de crianças que se preparavam para a primeira comunhão, quando, acidentalmente, teria mostrado fotos de homens nus. De acordo com o líder da Igreja Católica na Irlanda, cardeal Sean Brady, o incidente ocorreu em março, em uma escola primária na vila de Pomeroy, no condado Tyrone, no norte da Irlanda. As informações são da CNN.
Os pais disseram em depoimentos que ficaram "horrorizados" pelo que viram e exigiram que fossem tomadas medidas contra o padre. A igreja relatou o caso à polícia, que afirmou que nenhum crime havia sido cometido. Os relatos levaram a igreja a abrir uma investigação do caso, e o religioso admitiu ter destruído na mesma noite o cartão de memória que continha as "imagens inapropriadas". Em depoimento neste domingo, McVeigh pediu desculpas "pelo dano causado" e "sua falha em conferir a apresentação com antecedência". No entanto, ele insistiu que "não foi responsável pela presença das imagens ofensivas" e pediu, a esse respeito, que o considerassem inocente.
O padre descreveu o último mês como "o mais difícil" de sua vida e afirmou que faria um intervalo na profissão. "A memória deste terrível episódio vai ficar comigo pelo resto da vida", disse ele. O cardeal afirmou ter aceitado o pedido de saída de McVeigh no entendimento de que ele vá retornar à diocese após o sabático. Além disso, Brady afirmou que todos os computadores utilizados por McVeigh na paróquia foram "examinados por uma equipe independente de experts e nenhuma imagem inapropriada foi encontrada".

terça-feira, 1 de maio de 2012

Casal gay é feito refém em motel

Visto no Diário On Line
Com informações do Diário do Pará
Um homem e uma mulher fizeram de refém dois homens na manhã de sábado (28) dentro de um motel no bairro do Jurunas. A ação começou por volta das 5h na Pousada Portal do Prazer, situada na rua Fernando Guilhon com a passagem Bom Jardim. Após duas horas de negociação Wellen Matos, de 20 anos, e Pompilho Junior, de 22 anos, liberaram os reféns e se entregaram para a polícia.
De acordo com informações da Polícia Militar, que chegou primeiro ao local, os acusados chegaram com mais dois homens em um táxi para assaltar. “Eles chegaram e foram rendendo todo mundo, funcionários e clientes. Mas o gerente conseguiu contato e viemos direto para a situação”, comentou o tenente da PM Ênio Felix, que estava no comando das negociações. Policiais da Ronda Tática Metropolitana também ajudaram na ação.
A única exigência feita pelos acusados foi a preservação da integridade física. Segundo as vítimas, que preferiram não ser identificadas, os dois acusados bateram na porta do quarto 213 e afirmaram ser da polícia. Quando abrimos eles já foram nos fazendo de refém. Apontando uma arma para a gente”, explicou uma das vítimas.
Com a dupla foi encontrado um revólver calibre 38. Junior confirmou que além de Wellen havia mais dois homens que conseguiram fugir pelo telhado da pousada. “Eles conseguiram fugir e deixaram a arma para que eu me defendesse. Mas quem ia assaltar era os outros dois. Eu não tinha nada a ver com isso. Estava vindo de uma festa”, contou. Wellen confirmou a versão de seu comparsa e também se isentou de culpa.
Os dois foram encaminhados para a Central de Flagrantes de São Brás onde foram autuados por cárcere privado, porte ilegal de arma e assalto. A dupla deve ficar detida e à disposição da Justiça. A polícia continua nas buscas pelos outros dois envolvidos.

Pesquisadores eliminam vírus HIV em ratos de laboratório




Visto na Revista Lado A

Uma nova informação reabre a esperança de dura mais de 30 anos de se encontrar a cura para a AIDS. Um estudo da UCLA (Universidade da Califórnia) publicado este mês na revista PLoS Pathogens conseguiu por meio do tratamento com células tronco, modificadas geneticamente, eliminar um similar ao vírus HIV em animais infectados. “Ainda estamos em uma fase muito inicial, não queremos alardear uma ideia que, em testes futuros, possa falhar”, afirmou Scott G. Kitchen, autor da pesquisa e professor da Divisão de Oncologia e Hematologia da UCLA.

As células tronco são modificadas com os receptores dos leucócitos que combatem o vírus, com isso, as células tronco ficam programadas para caçar e matar o vírus do HIV. Em seguida, há um aumento do número de leucócitos nos pacientes, aumentando o poder do organismo de combater o HIV. 


A idéia é que o estudo ajude a nortear as novas pesquisas e ao invés de se estudar como combater a reprodução e controle do vírus, haja um caminho para se pensar na eliminação do vírus em organismos infectados. Em 2010, um homossexual alemão portador do vírus HIV afirmou ter sido curado após um transplante de medula óssea para curar a sua leucemia. Depois da cirurgia, ele não apresentou mais carga viral para o HIV.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Esponja racista causa polêmica na Inglaterra



Racismo não é brincadeira. Mas parece que os idealizadores dos "bonecos-esponja" negros e com cabelos black power esqueceram-se disso. Representando a cantora Diana Ross e um dançarino de disco dos anos 70, os bonecos têm sido o centro de uma grande polêmica no Reino Unido. De acordo com o jornal "Daily Mail", com o custo de aproximadamente R$ 12, os bonecos lava-pratos foram confeccionados pela empresa britânica Paladone.
Porém, não têm agradado nada aos ativistas britânicos. "Qual será o próximo passo? Escovas para limpar vasos sanitários? Não é apropriado em pleno século XXI termos imagens como essas. Isso reforça estereótipos negativos", afirmou Weyman Bennet, ativista contra o racismo. Bennet e sua entidade pediram a retirada dos bonecos das lojas. A empresa, por sua vez, defende-se, alegando que não é racismo, dizendo ter também um boneco no estilo punk e outro de uma mulher dos anos 60, ambos brancos.

Ray-Ban coloca casal gay em nova campanha


Visto no Parou Tudo


A famosa marca de óculos Ray-Ban colocou um casal gay entre os anúncios da campanha que marca os 75 anos da empresa. Com o slogan “Never Hide” (Nunca esconda), o anúncio traz dois homens trajando ternos e andando de mãos dadas em uma rua movimentada.

Segundo o material de divulgação da marca, a ideia foi fotografar homens e mulheres “vivendo seu dia-a-dia com autenticidade, com coragem para expressarem sua individualidade, o que é a coisa mais preciosa que temos, porque não tem coisa mais na moda do que ser você mesmo”. 

Maranhão: Padrasto mata jovem de 14 anos por não aceitar orientação sexual da vítima



Por Paulo de Tarso Jr., do Imirante.com para o Gay1


Um crime bárbaro chocou a cidade de Bequimão em São Luiz no Maranhão na noite dessa quarta-feira (25). Um adolescente de 14 anos foi assassinado pelo padrasto, identificado como Manoel Elson Sirqueira do Nascimento, de 25 anos.


De acordo com a polícia existem várias versões para a motivação do crime. No entanto, para a polícia, a versão mais provável seria a orientação sexual da vítima. Manoel Elson não aceitava a condição do garoto, que era gay assumido.

A vítima foi encontrada enterrada em um terreno nas proximidades de onde morava. A polícia acredita, ainda, que o garoto tenha sido enterrado vivo pelo padrasto, que conseguiu fugir.

O crime

O autor do crime aproveitou a saída da mãe da vítima durante a tarde de quarta-feira para cometer o delito. Ao retornar à residência da família, a mulher foi informada pelo próprio padrasto que o garoto de 14 anos havia sido assassinado.

Inconformada, a mulher tentou denunciar o companheiro na delegacia, mas ele a impediu. Ameaçando-a com uma faca, Manoel Elson deixou a mulher em cárcere privado durante toda a noite.

Por volta da meia-noite, a mulher conseguiu fugir da residência e comunicar o ocorrido à polícia. No entanto, Manoel Elson Sirqueira do Nascimento conseguiu fugir.

Desafiando preconceito, cresce número de igrejas inclusivas no Brasil

Visto na BBC Brasil
Por Luís Guilherme Barrucho
Encaradas pelas minorias como um refúgio para a livre prática da fé, as igrejas "inclusivas" - voltadas predominantemente para o público gay - vêm crescendo a um ritmo acelerado no Brasil, à revelia da oposição de alas religiosas mais conservadoras.
Estimativas feitas por especialistas a pedido da BBC Brasil indicam que já existem pelo menos dez diferentes congregações de igrejas "gay-friendly" no Brasil, com mais de 40 missões e delegações espalhadas pelo país.
Concentradas, principalmente, no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, elas somam em torno de 10 mil fiéis, ou 0,005% da população brasileira. A maioria dos membros (70%) é composta por homens, incluindo solteiros e casais, de diferentes níveis sociais.
O número ainda é baixo se comparado à quantidade de católicos e evangélicos, as duas principais religiões do país, que, em 2009, respondiam por 68,43% e 20,23% da população brasileira, respectivamente, segundo um estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
O crescimento das igrejas inclusivas ganhou força com o surgimento de políticas de combate à homofobia, ao passo que o preconceito também diminuiu, alegam especialistas.
Hoje, segundo o IBGE, há 60 mil casais homossexuais no Brasil. Para grupos militantes, o número de gays é estimado entre 6 a 10 milhões de pessoas.
Segundo a pesquisadora Fátima Weiss, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que mapeia o setor desde 2008, havia apenas uma única igreja inclusiva com sede fixa no Brasil dez anos atrás.
"Com um discurso que prega a tolerância, essas igrejas permitem a manifestação da fé na tradição cristã independente da orientação sexual", disse Weiss à BBC Brasil.
O número de frequentadores dessas igrejas - que são abertas a fiéis de qualquer orientação sexual - acompanhou também a emancipação das congregações. Se, há dez anos, os fiéis totalizavam menos de 500 pessoas; hoje, já são quase 10 mil - número que, segundo os fundadores dessas igrejas, deve dobrar nos próximos cinco anos.
Resistência
As igrejas inclusivas ainda enfrentam forte resistência das comunidades católicas e evangélicas. Embora a maior parte delas siga a tradição cristã - pregando, inclusive, o celibato antes do casamento e a monogamia após o matrimônio - ainda não são reconhecidas oficialmente por nenhum desses dois grupos.
Não raro, em igrejas tradicionais, os homossexuais são obrigados a esconder sua opção sexual. Descobertos, acabam sendo expulsos - ou, eventualmente, submetidos a tratamentos de "conversão" para se tornarem heterossexuais.
"Segundo a Bíblia, homossexualidade é pecado. Na igreja evangélica, gay só entra caso queira se converter e, para isso, tem de se tornar heterossexual. É uma regra de Deus", disse à BBC Brasil Silas Malafaia, fundador de uma das principais igrejas evangélicas do Brasil, a Assembleia de Deus - Vitória em Cristo.
"Tenho vários casos de ex-gays na minha igreja. Trata-se de um desvio de comportamento; afinal, gays têm a mesma ordem cromossômica que nós, heterossexuais. Depende deles, portanto, mudar sua opção sexual para serem aceitos na nossa comunidade", acrescenta.
A pernambucana Lanna Holder, de 37 anos, acreditava poder "curar" a atração que sentia por mulheres que, segundo ela, vinha "desde a infância". Usuária de drogas e alcoólatra, Lanna converteu-se a uma igreja evangélica aos 21 anos, passando a fazer pregações no interior do Brasil.
"Enquanto todas as meninas brincavam de boneca, eu soltava pipa e jogava futebol", lembra ela à BBC Brasil. Lanna tornou-se uma das principais pregadoras da igreja Assembleia de Deus, a mais importante do ramo pentecostal no Brasil. Casou-se aos 24 anos e, dois anos depois, teve um filho.
Mas durante uma viagem aos Estados Unidos em 2002, conheceu outra pregadora, Rosania Rocha, brasileira que cantava no coral de uma filial da igreja em Boston. Um ano depois, elas tiveram um caso amoroso às escondidas e acabaram expulsas da comunidade.
De volta ao Brasil em 2007, Lanna teve a ideia de criar uma igreja voltada predominantemente para homossexuais que, como ela, não ganharam acolhida em outra vertente religiosa. Ela montou a "Comunidade Cidade Refúgio", no centro de São Paulo.
De reuniões pequenas, com apenas 15 pessoas, a igreja possui hoje 300 fiéis e planeja abrir uma filial em Londrina, no Paraná, até o fim deste ano.
Origem
O embrião das igrejas inclusivas começou a surgir no Brasil na década de 90, em pequenas reuniões feitas normalmente sob sigilo. Nos Estados Unidos, entretanto, elas já existem há pelo menos quatro décadas, praticando o que chamam de "teologia inclusiva", com um discurso aberto à diversidade.
Um das pioneiras foi a Igreja da Comunidade Metropolitana (ou Metropolitan Church), a primeira a ter sede própria no Brasil, em 2002.