sábado, 16 de junho de 2012

Exército de Israel é acusado de forjar foto de soldados como se fossem um casal gay

Visto no MeiaNorte
Para celebrar o Dia do Orgulho Gay, 28 de junho, o Exército israelense divulgou uma foto de dois soldados de mãos dadas no Facebook. A imagem virou viral e foi curtida por mais de mil pessoas, mas um jornal local acusa as Forças Armadas de forjar a fotografia. Os dois homens na foto não seriam um casal, e apenas um deles seria homossexual.
Segundo o “Times of Israel”, os dois soldados não são um casal gay e serviriam dentro do departamento de comunicações do Exército israelense. As Forças Armadas se negaram a responder as acusações de encenação, dizendo que elas eram irrelevante.
“A foto reflete uma mente aberta das Forças de Defesa de Israel (FDI) em relação às orientações sexuais dos soldados. Nós respeitados a privacidade dos soldados na foto, e não vamos comentar sua identidade”, disse a instituição em comunicado nessa quarta-feira.
A imagem dos dois soldados supostamente gay foi divulgada na terça-feira na página oficial do Exército no Facebook. Até agora mais de 10 mil pessoas curtiram a imagem e quase 1.500 comentaram. Na legenda é possível ler: “É o mês do orgulho. Você sabia que a FDI trata seus soldados todos igualmente? Vamos ver quantas pessoas compartilham essa foto.”
Israel foi um dos primeiros países a permitirem que homossexuais assumidos servissem ao Exército, em 1993. As Forças Armadas também reconhecem casais do mesmo sexo, incluindo viúvas e viúvos, na hora de conceder benefícios a familiares de militares.
Há anos, o Ministério do Exterior israelense usa sua política em relação aos homossexuais no Exército como propaganda da tolerância dentro do país. Mas, agora, ativistas acusam o governo de usar os avanços em relação aos soldados gays para ofuscar os problemas de direitos humanos enfrentados pelos palestinos no país.

Rio de Janeiro se consolida como destino gay



Visto no Mundo do Marketing
Por Leticia Muniz
O Rio de Janeiro é hoje um dos principais destinos no mundo para o público LGBT. Segundo dados da Embratur, no ano de 2010, 890 mil pessoas participaram da Parada Gay realizada na cidade, número que representa 20% do total de visitantes ao Rio. De acordo com a Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes (Abrat-GLS), o perfil movimenta R$ 150 bilhões por ano no Brasil.
O estudo aponta ainda que os LGBT gastam três vezes mais e permanecem 2,5 vezes mais tempo no Rio que os heterossexuais. Cada vez mais a cidade aposta em iniciativas para atender a demanda gerada por esse público. Uma pesquisa feita em parceria entre a Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM-RJ) e a Secretaria da Diversidade Sexual do Rio durante a última Parada Gay, em 2011, mostrou que 2% dos turistas que estiveram no evento eram estrangeiros, 19% brasileiros e 79% da própria cidade. Destes, 46% chegaram de avião e 40% permaneceram hospedados em hotéis.
A análise comprova a preferência pelo Rio de Janeiro como destino para o turista LGBT. Dos entrevistados, 96% afirmaram que pretendem retornar à cidade. O gasto médio por pessoa durante o período de permanência é de R$ 577,00. Os dados foram apresentados ontem, dia 12, durante o III Fórum ABA Marketing In Rio Internacional.
Potencial de consumo
O público LGBT tem um potencial de consumo maior, por apresentar um estilo de vida diferente do heterossexual. “Na verdade, o que existe é uma forma diferente de utilização da renda. Como a maior parte deles não possui filhos, com a sobra da renda média mensal, gastam mais com viagens, roupas e lazer”, explica Carlos Tufvesson, estilista e ex-coordenador Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Para incentivar e fomentar o turismo, a cidade investe em iniciativas para atender este visitante e uma das principais foi a própria criação da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, no ano passado, que promove cursos de capacitação sobre a Lei de Direitos Civis e Humanos para donos e funcionários de estabelecimentos comerciais, entre outras ações.
“O mercado vem mudando timidamente para atender o LGBT. O curso ensina a tratar bem as pessoas, indiferente da sua orientação sexual, e isso acaba repercutindo para todos. Apesar de o Rio ser o principal destino para o turista LGBT, a cidade ainda é carente de locais específicos”, completou Tufvesson ao Portal.
Identificação
Uma das principais ofertas reprimidas é a de pontos de lazer voltados a este público, já que o Rio de Janeiro é considerado um dos principais destinos “gay friendly” em todo o mundo, ficando hoje equiparado a cidades como Tel Aviv, Paris e Londres. “Quando falo em criar locais específicos para o LGBT, não me refiro a hotéis ou restaurantes, porque isso está mais ligado ao gosto pessoal do que à orientação sexual de cada um. Mas me refiro a detalhes, a uma balada, por exemplo, voltada para as tribos urbanas. O Rio não dispõe disso hoje e quem fizer, com certeza, terá sucesso”, diz Tufvesson.
Outra pesquisa, a Out of Now Global, realizada em 2010, traçou o perfil dos consumidores LGBT brasileiros, que já representam 10% da população. De acordo com os dados, 32% estão na faixa entre 18 e 24 anos, enquanto 35% estão entre 25 e 34 anos de idade. Este público representa nove milhões de consumidores em potencial e, destes, 80% realizaram compras online nos três meses que antecederam o levantamento, 50% jantam fora do domicílio mais de uma vez na semana e 50% estiveram hospedados em hotéis quatro estrelas nos 12 meses anteriores, números similares aos dos Estados Unidos e Reino Unido.
“Trata-se de um público que se identifica com a atmosfera do Rio de Janeiro. O que trabalhamos é a experiência de ser carioca. O mercado ainda não percebeu que a palavra hoje é identificação. Para as pessoas que têm uma vida agitada, a humanização não tem preço. Ficar sob o sol, na praia de Ipanema, de Havaianas e tomando água de coco é único”, explica o estilista.

Pesquisa Italiana diz que "gene gay" masculino torna mulheres mais férteis


A teoria da base genética da homossexualidade masculina ganha agora um novo fôlego. Uma equipe de investigadores italianos descobriu que as mães portadoras do chamado "gene gay masculino" têm maior probabilidade de ter filhos homossexuais e filhas com uma elevada fecundidade.
A equipa de investigadores liderada por Andrea Camperio Ciani, da Universidade de Pádova, em Itália, descobriu que as mães e as tias de homens homossexuais tendem a ter mais filhos do que as mães de filhos heterossexuais.
Segundo a teoria da base genética da homossexualidade, não se sabe, ao certo, quais são os "genes gay", mas já se sabe que pelo menos um deles está no cromossoma X, o da mãe, concluiu a equipa de Camperio Ciani.
Assim, uma mãe que tenha o chamado "gene gay masculino" terá mais probabilidade de ter filhos homossexuais e filhas com uma elevada fecundidade. Ou seja, as mães que passarem este gene a uma filha, não terão uma filha lésbica, mas uma filha com alta possibilidade de vir a ter muitos filhos.
Ao contrário do que indicavam estudos anteriores sobre esta matéria, o gene da homossexualidade masculina não torna as mulheres mais atraídas por homens, antes mais atraentes para o sexo oposto.
Segundo o jornal "Huffington Post", este novo estudo revela ainda que as mães e tias de filhos homossexuais têm até vantagens sobre as mães de filhos heterossexuais.
São, divulga a equipa de investigadores italianos, mais férteis, menos expostas a problemas de saúde ginecológicos, mais extrovertidas e divertidas, mais felizes e mais relaxadas.
"Por outras palavras, são perfeitas para os homens", disse Camperio Ciani ao "Huffington Post".

"Homofobia: 3 mil mortos, sob silêncio ou pregação de igrejas" Por Bob Fernandes



Por Bob Fernandes, em Terra Magazine

Dica de Augusto Martins 

Toda manifestação, desde sempre, tem uma guerra de números. É óbvio que não cabem 4 milhões de pessoas na Avenida Paulista, até porque isso significaria um terço da população da cidade de São Paulo. Segundo engenheiros, não cabem nem mesmo 400 mil pessoas nos 2.7 km da avenida. Seria preciso esvaziar e encher a Paulista umas dez vezes para se chegar aos 4 milhões anunciados pelos organizadores da Parada Gay do domingo (10). 

Já é muita gente os 270 mil estimados pelo Datafolha. E esses não são nem os números nem os fatos que importam e pedem reflexão. O que importa, o que tem que ser dito, é que o Brasil é o país que mais mata homossexuais e transexuais no mundo. 

Com o desinteresse ante o tema, as estatísticas são coletadas não por governos, mas pelo Grupo Gay da Bahia, o GGB.

Só nessa primeira metade de 2012, cento e quarenta e oito homossexuais e transexuais foram assassinados no Brasil. Mortos por diferença de opção sexual, nada mais do que isso.

No ano passado, por conta de amarem a quem querem, 266 seres humanos foram mortos no Brasil. Em 2010, os assassinados por homofobia foram 260.

Nos últimos exatos 20 anos o Brasil assistiu, quase em silêncio, a 3.072 homossexuais e transexuais serem assassinados, informa o GGB. Isso sem contar a subnotificação; aquelas mortes que não são comunicadas ou não têm expostos os motivos. Isso tem um nome: barbárie. 

O segundo colocado nesse ranking grotesco é o México, com 35 mortos a cada ano. Os Estados Unidos, com 25 assassinatos anuais, é o terceiro na tabela.

No Brasil, salta aos olhos uma contradição: o país tem a cada ano uma média de 150 paradas gay espalhadas pelos seus 5 mil 600 e tantos municípios; o país que se orgulha da sua fama de alegre e libertário, que gosta de cultuar a fama de povo feliz, deveria se envergonhar diante destes números e dessa história de tempos medievais. 

Há mais de dez leis sobre a cidadania homossexual no Congresso, mas é fortíssima a pressão contrária; em especial da CNBB e da chamada bancada evangélica. Esses milhares de mortos parecem não importar nem comover quem diz pregar em nome da vida e do divino. 

É assim, tem sido assim em meio à hipocrisia e ao silêncio, quando não também em meio à pregação homofófica. 

Menos, claro, silêncio e pregação, se e quando um bárbaro desses mata alguém que é nosso irmão, que é nossa filha ou filho, é nosso pai ou nossa mãe. Milhares de mortos porque amavam a quem queriam amar, direito elementar de qualquer humano.

Somente nos últimos três anos e meio, 872 mortos vítimas da homofobia no Brasil. O que será que o deputado Jair Bolsonaro, por exemplo, pensa sobre esses mortos quando vai dormir? 

Aliás, por que será que é tão intensa, tão fervorosa, a pregação homofóbica dos Bolsonaros da vida?