sábado, 21 de julho de 2012

Thiago Martins: "seria bacana se Leandro e Roni se envolvessem" em "Avenida Brasil"


Publicado na UOL
Dica de Augusto Martins
Thiago Martins chegou no Mirante do Leblon, ponto turístico localizado na zona sul do Rio, pilotando sua moto. Logo após tirar o capacete o ator, de 23 anos, foi abordado por um grupo de fãs. Durante todo o tempo em que ele esteve com a reportagem do UOL na tarde desta terça (17), a cena se repetiu. Meninas e meninos pediam para tirar foto com o Leandro, o jogador de futebol que interpreta em "Avenida Brasil".
Na trama da Rede Globo, Leandro atualmente vive um triângulo amoroso envolvendo o amigo Roni (Daniel Rocha) e a periguete Suelen (Isis Valverde). "O Leandro é louco pela Suelen e eu torço para que eles fiquem juntos, mas seria muito bacana se ele e o Roni se envolvessem, em uma novela do João [Emanuel Carneiro] tudo pode acontecer", torceu Thiago. (...)
Leia parte da entrevista:
UOL: Em “Insensato Coração” você interpretou o Vinícius, um homofóbico, agora você interpreta um cara que é o objeto de desejo do suposto amigo gay...Como foi isso?
THIAGO: Estou achando isso ótimo. O Leandro é louco pela Suelen e eu torço para que eles fiquem juntos, mas seria muito bacana se ele e o Roni se envolvessem. Em uma novela do João [Emanuel Carneiro] tudo pode acontecer.
Seria uma boa maneira de se perdoar pelas vilanias do Vinícius?
Olha, eu já me perdoei pelo o que o Vinícius fazia.[Risos] “Insensato Coração” foi um presente enviado por Deus pelas mãos do Gilberto [Braga] e do Denis [Carvalho]. Por causa da novela muitas questões importantes relacionadas a homofobia foram debatidas, essa foi a maior recompensa de ter feito o personagem.
Você ainda recebe muita repercussão do público gay?
Tenho amigos gays e eles me ajudaram muito na época me informando sobre questões dos diretos dos gays, depois fui chamado para participar de passeatas gays. Eu quero muito interpretar um gay no cinema.
Você acha que se caso o Roni (Daniel Rocha) saia mesmo do armário, o Leandro vai continuar amigo dele?
Acho que o Leandro vai estranhar um pouco, deve ficar com um pé atrás. O Leandro é um cara mais matuto, mas acho que o sentimento de amizade vai falar mais alto.
Veja entrevista completa na UOL: CLIQUE AQUI!

Nasce a 'Queer Ink', primeira editora de temática homossexual da Índia



Publicado pelo Terra
Os homossexuais da Índia estão assistindo à queda de mais uma barreira rumo a sua total aceitação, com a criação da primeira editora indiana focada na literatura gay, a Queer Ink, que lançará seu primeiro título no final deste mês.
Por trás do fenômeno Queer Ink está a pioneira Shobhna S. Kumar que, com 45 anos, é uma das ativistas indianas mais destacadas na luta pelos direitos da comunidade LGTB (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros).
A Queer Ink surgiu como uma livraria virtual voltada ao público gay do gigante asiático e, após dois anos em funcionamento e um catálogo de mais de 500 livros - 90 deles escritos por autores indianos -, sua criadora se lançou no mercado editorial.
"Publicar (literatura LGBT) é uma necessidade, pois sabe-se muito pouco sobre a Índia gay", explicou à Agência Efe Shobhna, de Mumbai, onde há dez anos se radicou, depois que decidiu abandonar Fiji, sua terra natal, para voltar ao país de seus antepassados. "Nosso objetivo é dar maior visibilidade à comunidade gay e mostrar portanto, apesar do que alguns pensam, que os homossexuais são uma peça importante da Índia", ressaltou a ativista.
Na Índia os travestis ("hijra") existem há séculos, inclusive nas zonas rurais, e popularmente acredita-se que possuam poderes mágicos - o que não evita que os homossexuais sejam atacados com frequência em uma sociedade eminentemente conservadora. O primeiro livro publicado pelo editorial Queer Ink será Out! ("Fora!"), uma compilação de 30 relatos sobre "a nova Índia gay" nascida com a descriminalização dos atos homossexuais pelos tribunais do país em julho de 2009.
Essa descriminalização levou os escritores gays a ganhar confiança e liberdade ao publicar seus pontos de vista, declarou à agência indiana Ians Anita Roy, da editora feminista Zubaan.
Para Divya Dubey, diretora da editora Gyaana que falou à Efe, a mudança fez com que publicar livros de temática homossexual se tornasse uma opção normal: ela mesma, por exemplo, decidiu publicar o livro Pink Sheep ("Ovelha Rosa") , de Mahesh Natarajan.
"Para ser sincera, nunca o vi como um livro gay. O que torna essa obra especial é sua capacidade de transformar em algo comum o estilo de vida gay. Não se trata do ''outro'', mas de gente como todos", explicou Divya.
Pink Sheep integra o catálogo da livraria virtual da Queer Ink, como vários títulos do "poeta gay da Índia", como é chamado Hoshang Merchant, ou de Raj Rao, que em 2003 publicou o primeiro romance indiano de cunho homossexual.
Também se destacam antologias como Close, Too Close ("Perto, Perto Demais"), na qual 15 escritores e artistas plásticos indianos "exploram livremente as ilimitadas possibilidades de gênero e sexualidade ao nosso redor".
Entre os nomes da obra coletiva está o desenhista Anirban Ghosh com sua Arca de Noé gay, uma pintura que reúne de homens musculosos e fetichistas até um artista idoso de barba longa branca e lésbicas maduras de classe alta.
"Trata-se de uma obra em preto e branco que chamei A Arca Erótica, em que se encontram vários membros da comunidade homossexual e tenta ser o mais inclusiva possível", contou Ghosh à Efe.
Segundo a editora Shobhna, a Queer Ink recebeu "um grande número de manuscritos e muitos escritores procuraram a editora, interessados em publicar", demonstrando que o nicho editorial indiano gay deve continuar crescendo.

"A culpa não é sua", por Guy Franco


Publicado na Alfa
Dica de Augusto Martins
Artigo de Guy Franco
Eu deveria falar de casamento igualitário ou de adoção por casais homossexuais, mas tenho preguiça. Enquanto fazem marcha pela aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia, estou pensando em comprar meias. Acabei de me dar conta de que preciso de meias. Antes de querer mudar a realidade, da qual entendo pouco, preciso dar um pulo no shopping. Não é só porque sou gay que devo lutar pela causa ou sequer me preocupar com ela. Os bullyings que sofri na infância por ser um pouco diferente foram resolvidos e revidados lá atrás, de modo que não cresci com essa vontade toda de mudar o mundo. Apoio a causa, claro, mas tenho mais com o que me preocupar. Ao defender o direito de tomar minhas urgências pessoais como prioridade, em vez de sair à rua para protestar exibindo meu abdome trabalhado, apareceu quem me acusasse na internet de ser um infiltrado na comunidade LGBT. Fui comparado por um ativista a um cara que matou um homossexual e um modelo, na Rua Oscar Freire, em São Paulo, no ano passado. Agora é assim: qualquer ideia sua que vá contra o pensamento de quem está na luta pelo fim da homofobia, e logo aparece alguém para acusá-lo de homofóbico; senão, de fascista. Fascismo, aliás, de acordo com a novíssima definição, é tudo aquilo que vai contra a opinião de alguém.
Essa mania de querer separar o mundo em dois, com simpáticos à causa gay de um lado e homofóbicos de outro, é de uma baixeza sem tamanho. Quem não está preocupado com uma causa não é contra a causa, só tem mais o que fazer. Se quiserem enfiar na sua cabeça que parte da culpa pelos crimes de ódio no Brasil é dos que se omitem, pode revidar dando petelecos no lóbulo deles. Um para cada crime sem envolvimento seu.
Há por aí uma gente de bem, transbordando de boas intenções, que põe a sexualidade antes dela mesma. Acreditam que dessa maneira estão contribuindo para o fim do preconceito. Falam do orgulho gay. Mas eu não gostaria de ser lembrado somente por minha sexualidade. Não sei você, mas tenho mais a oferecer. Penso quão deprimente seria, por exemplo, se tivesse uma avó falecida cuja única qualidade, ou ao menos a mais destacada, fosse sua heterossexualidade. Grande dona Ilda e sua heterossexualidade sapeca!
Acredito que homossexuais têm pelo menos dois momentos importantes na vida: sair do armário e desvencilhar-se da imagem de que são apenas gays. A preferência sexual pouco importa, fica em segundo plano. Fazer da homossexualidade algo extraordinário é pedir para ser tratado como ser de outro mundo. E não é exatamente contra isso que a militância luta? Antes de me lembrar que Oscar Wilde era homossexual, penso nele como autor. Também Proust. Ou Gore Vidal. Se saltitavam, não sei; o respeito que têm não veio daí. Torço para Laerte ter a mesma sorte e ser lembrado como cartunista.
O problema é exagerar, enxergar incitações à violência onde não existem; comprar picolés para tentar encontrar o palito premiado com homofobia, xenofobia ou racismo. Já me chamaram de tudo quanto é nome apenas por não concordar com algumas das maneiras como conduzem essa busca pela justiça, como se na causa LGBT não houvesse falhas. Espero que aprovem todas as reivindicações do movimento para que possamos mudar de assunto e falar de algo mais interessante. E se não aprovarem o casamento gay, tem sempre um jeito de trapacear o Estado. Por esse lado, é até bom que não saiam institucionalizando qualquer reivindicação. Quando o Estado concorda com um pensamento seu, fica sempre aquela sensação desagradável de que você não está no caminho certo. Ser gay está perdendo a graça um pouco por causa disso, querem oficializar tudo. Estou pensando em adotar uma minoria mais subversiva. Será que é muito tarde para eu virar boliviano?
NOVE MANEIRAS SIMPLES E INOFENSIVAS PARA VOCÊ EVITAR MAL-ENTENDIDOS 
1. Não use o termo homossexualismo perto de um gay. O correto, vão lhe dizer, inflando o peito, é homossexualidade. Lesbianismo, até onde sei, pode. Lésbicas não têm essas frescuras.
2. Gays costumam ter fixação por barracos, principalmente envolvendo subcelebridades. Descubra algo a respeito de um barraco atual e você terá material suficiente para bater papo com um homossexual. Tombos de gente famosa também rendem.
3. Música pop é o futebol dos gays. Veja se o cara torce para o time Gaga, Britney ou Madonna antes de sair falando mal de alguma delas.
4. Pode ajudar: curtir a página de Almodóvar no Facebook; compartilhar qualquer texto falando mal do Bolsonaro ou do Silas Malafaia; saber, de cabeça, o nome das principais subcelebridades; ter maldade na hora de criticar a roupa dos outros.
5. Gays não são de outro mundo. Aja de modo natural. Eles têm imunidade contra a maioria dos palavrões, que surtem o efeito contrário justamente por eles gostarem da coisa. Use isso a seu favor.
6. Atualize-se, as expressões LGBT mudam a cada segundo. Em vez de dizer que apoia o casamento gay, diga que apoia o casamento igualitário.
7. Citar Foucault, por algum motivo, pega bem. Não importa o assunto, procure encaixar uma citação de Foucault. Logo virá um olhar de aprovação.
8. Todo mundo pertence a uma minoria, até você. Descubra a sua e conte, em solidariedade, como foi passar por situações difíceis. 
9. Nunca fale mal de Glee.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pela primeira vez, Pentágono permite que militares desfilem uniformizados em parada gay


Publicado no iG/ Último Segundo
Com informações da AP
O Pentágono anunciou na quinta-feira (19) que permitirá que seus membros marchem uniformizados na parada gay, pela primeira vez na história americana.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos emitiu uma diretiva militar para dizer que estava fazendo uma exceção à sua política, que costuma vetar que militares marchem de uniforme em desfiles públicos.
A exceção foi feita para a Parada do Orgulho Gay de San Diego, que ocorrerá no sábado (21).
O Departamento de Defesa disse ainda que estava abrindo uma exceção porque organizadores do evento de San Diego convidaram membros do serviço militar dos EUA para particpar de uniforme, e a história estava atraindo atenção de todo o país.
A permissão, enfatizou o Pentágono, é apenas para a Parada deste ano de San Diego e não se estenderá depois disso.
Os organizadores da Parada do Orgulho Gay de San Diego deram boas-vindas à novidade.
“A Parada de San Diego está honrada em ter o privilégio de celebrar nosso país e nossos membros do serviço militar com dignidade e respeito”, disse o diretor executivo do evento Dwayne Crenshaw. “A luta pela igualdade não terminou e não é fácil, mas a permissão é um salto gigante na direção certa.”

Escoteiros americanos reforçam norma que proíbe homossexuais


Publicado no Público
Indicação de Augusto Martins
Após dois anos de deliberação, a organização Boy Scouts of America anunciou que não vai alterar a sua política de exclusão de homossexuais das suas fileiras.
Esta norma está em vigor desde 2000, altura em que a organização conseguiu que o Supremo Tribunal lhes desse autorização para banirem os membros homossexuais cuja conduta violasse os valores do grupo.
Após vários anos de pressões, um grupo de onze pessoas - um painel alegadamente representativo composto por voluntários e líderes com diferentes perspectivas e opiniões sobre o assunto - decidiu voltar a estudar o assunto, mas acabou por concluir que as coisas estão bem como estão. A decisão foi unânime, refere a Associated Press (AP).
“O comité chegou à conclusão que esta é a melhor política para os Boy Scouts”, anunciou Deron Smith, o porta-voz nacional da organização, citado pela Fox.
A política actual permite às famílias falarem sobre a sexualidade em privado e por isso não será levada a cabo mais nenhuma acção, adiantou a organização. Ao anunciar a sua decisão, os Boy Scouts of America frisaram que os pais e encarregados de educação pesaram muito nesta decisão. 
“A maioria dos pais dos jovens que nós servimos são a favor da discussão do tema da orientação sexual dentro do seio da própria família, com conselheiros espirituais, no tempo e no local certos”, disse Bob Mazzuca, director dos Boy Scouts, citado pela AP. “Compreendemos perfeitamente que nenhuma política conseguirá acomodar os diversos pontos de vista existentes entre os nossos membros e no seio da sociedade”, acrescentou, porém, Mazzuca.
A decisão foi anunciada esta terça-feira à tarde, despertando imediatamente um coro de críticas junto das associações americanas de defensa dos direitos dos homossexuais.
O presidente do grupo Human Right’s Campaign, Chad Griffin, apelidou esta decisão de “oportunidade perdida de proporções colossais”. “Com o país a andar para a frente em termos de inclusão, os líderes dos Boy Scouts of America enviaram aos jovens a mensagem de que apenas alguns deles são valorizados. Escolheram pregar a divisão e a intolerância”, cita a AP.
Por seu lado, Darlene Nipper, vice-directora executiva da organização National Gay and Lesbian Task Force, disse que os escuteiros “viraram as costas à oportunidade de mostrarem justeza, de exercerem uma apreciação saudável e de servirem como modelo de valorização dos outros”.
Diversos membros no seio da organização também já criticaram esta não alteração da norma. Dois dos mais bem sucedidos membros da organização - James Turley, director-executivo da empresa Ernst and Young, e Randall Stephenson, chefe da empresa de telecomunicações norte-americana AT&T - afirmaram publicamente ser apoiantes de uma mudança e de uma abertura dos Boy Scouts of America aos membros homossexuais, cita a AP.
Jennifer Tyrrell, uma lésbica que foi afastada do seu cargo como chefe escuteira em Abril último por causa desta norma, também já reagiu a esta decisão: “Um comité secreto de onze pessoas não pode ignorar as centenas de milhares de pessoas em todo o país que exigem o fim da proibição”, cita a AP. 
Os Boy Scouts of America, uma organização fundada em 1910, tinha no final de 2011 mais de um milhão de membros adultos.
UPDATE - PETIÇÃO CONTRA A MEDIDA!
Publicado no Fora do Armário
Foi elaborada uma petição (está em inglês) que pretende dizer aos mentores dessa perseguição gratuita que os Escoteiros não podem violar os Direitos Humanos, entre os quais o de não ser discriminado. 
Assine agora mesmo e contribua para acabar com esse preconceito ridículo: ASSINE AQUI.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Igreja Episcopal aprova bênção para casais gays


Publicado no Estadão
A Convenção Geral da Igreja Episcopal dos Estados Unidos decidiu no último dia 10 que vai abençoar casais do mesmo sexo, mais um passo decisivo na aceitação da homossexualidade em uma denominação que há nove anos elegeu o primeiro bispo abertamente gay.
Cerca de 80% dos presentes na convenção votaram pela autorização de um rito para uniões homossexuais, pelos próximos três anos. Nos últimos anos, outras igrejas protestantes vêm derrubando barreiras para ordenação de gays e permitindo que congregações individuais celebrem uniões de gays e lésbicas. Entretanto, apenas um grande grupo protestante americano, a Igreja Unida de Cristo, aprova o casamento homossexual sem ressalvas.
A nova política episcopal prevê que cada bispo vai decidir se permite cerimônias de casais do mesmo sexo em sua diocese. Com sede em Nova York, a Igreja Episcopal é o braço norte-americano da Comunhão Anglicana, que reúne 77 milhões de membros em todo o mundo. Conservadores episcopais criaram uma denominação rival, a Igreja Anglicana na América do Norte.
O rito episcopal para casais gays será chamado de "Testemunho e Bênção de uma Aliança por Toda a Vida". Assim como o casamento tradicional, a cerimônia inclui orações e troca de votos e alianças. As informações são da Associated Press.

Gays nos quadrinhos podem ajudar a combater a homofobia, diz autora na Comic-Con



Publicado no UOL
Dica de Augusto Martins
Por Estefani Medeiros
Em maio deste ano, a Marvel anunciou que realizaria o primeiro casamento gay das HQ's, com o herói Estrela Polar e o namorado Kyle como protagonistas. Menos de um mês depois, a DC Comics tirou o personagem Lanterna Verde do armário. Apesar das notícias serem recentes, a história da cultura LGBT nos quadrinhos já tem 40 anos, comemorados com discussão na Comic-Con, realizada na última sexta (13).
Em conversa com o UOL, a veterana dos quadrinhos gays alternativos, Trina Robins diz que a levar o assunto para o mainstream com histórias de personagens da Marvel e DC, as duas maiores editoras de quadrinhos dos EUA, "pode ajudar a combater a homofobia."
"Eu moro em San Francisco, que é bastante amigável para os gays, mas em grande parte dos estados americanos, as pessoas são muito preconceituosas", explica. "Sempre vão existir pessoas homofóbicas, mas os quadrinhos podem ajudar a entender melhor esse momento."
O momento a que Robins se refere é o apoio do governo americano e do presidente Barack Obama aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. "É claro que os lançamentos nessa época são uma boa hora para ganhar dinheiro, mas também é sobre mostrar a diversidade desses heróis, tornar o universo mais rico", completa.
Para James Robinson, autor do quadrinho "Earth 2", em que Allan Scott revela sua sexualidade, disse que ainda precisa "tomar muito cuidado quando escreve esse tipo de história". "Acho que nos últimos dez anos melhorou muito, mas infelizmente a América ainda tem dificuldades para aceitar os gays, por isso ainda tenho medo de criar vilões, acho que as pessoas agora precisam de bons exemplos."
Para Nicola Scott, que ilustrou a história do Lanterna Verde em parceria com Robinson, a história também tenta acabar com o perfil de um estereótipo gay. "O estilo tem que seguir a personalidade do personagem, não sua sexualidade. Um personagem pode ser gay e não ser feminino, ou vice-versa, eles não precisam parecer um casal, o beijo tem que ser algo natural."
Alyson Bechdel, autora de histórias de personagens lésbicas como "Dykes to Watch Out For", concorda que introduzir o assunto mostrando histórias com personagens bonzinhos é uma boa solução. "O que importa é que está acontecendo uma mudança orgânica, um envolvimento que pode ajudar a movimentar a sociedade."

"A força do casamento gay", por Walcyr Carrasco*


Publicado na Época
Dica de Augusto Martins
Há algum tempo, tive uma cozinheira que, ao ser entrevistada, declarou morar com uma amiga. Morro de curiosidade, mas tento me manter discreto a respeito da vida sexual alheia. Dei um nó na língua para não perguntar o que tinha vontade de saber:
– Amiga, é? Que tipo de amiga? Hummmm...
Como tantas palavras hoje em dia, amizade adquiriu um significado elástico. Pode ser simplesmente um relacionamento de afeto. Mas também um caso fogoso, com direito a gritos, arranhões e reconciliações dramáticas. No caso da minha cozinheira, a verdade explodiu meses depois, quando veio a separação. Ela mesma contou, em lágrimas, que eram companheiras havia quase 20 anos. A situação tornara-se crítica porque a outra não trabalhava havia muito tempo. Venderam o pequeno apartamento que tinham no centro de São Paulo. A cozinheira instalou-se em meu endereço. A ex mudou-se para uma pequena cidade do interior, na casa da mãe. Levou quase todo o dinheiro de ambas. Comprou uma casinha, em seu nome. Alguns meses depois, voltaram a se ver e a passar fins de semana juntas. Insisti várias vezes com minha funcionária:
– Você tem de garantir seu direito a esse imóvel. Pense bem. No futuro, é bom que tenha um lugar para morar. Se sua ex morrer, a herança vai para a mãe dela!
Minha cozinheira me olhava com expressão desconsolada, de quem acreditava que, por ser homossexual, não tinha direitos. Uma tristeza.
– Você é uma cidadã, tem de usar a lei a seu favor.
Abanava a cabeça, desconsolada.
Deixou o emprego sem resolver a situação. Muitas vezes pensei na injustiça desse caso e de outros semelhantes. Minha ex-cozinheira poderá passar a velhice sem um teto.
Por isso, envio meus aplausos ao lançamento de uma publicação dirigida à união gay, Momento Inesquecível. É um avanço. O Brasil já admite a União Estável, que, de acordo com a decisão judicial, pode ser transformada em casamento. Depende do juiz. Alguns processos foram vitoriosos. Outros não. A revista, anual, abrange todas as etapas da União Gay. Entre os artigos, o advogado Ricardo Brajtman, do Rio de Janeiro, explica didaticamente como realizar a união e depois vê-la reconhecida como matrimônio. Outros indicam locais para celebrar a festa, como escolher bufês, doces e lembrancinhas. E, como não podia deixar de ser, dão dicas para a lua de mel. Há até uma coluna social fotográfica, que mostra vários casamentos realizados. No do estilista Carlos Tufvesson com o arquiteto André Piva, a mãe do primeiro, Glorinha Pires Rebelo, celebrou, ela própria, a união: “Com as bênçãos de Deus e a autoridade de mãe, eu vos declaro casados em nome do amor”.
Até os bolos são anunciados com miniaturas de dois rapazes ou duas noivinhas em cima. Também há referências a religiões que, ao contrário da Igreja Católica, abençoam uniões do mesmo sexo. A famosa monja Coen, budista, por exemplo, casou duas mulheres.
É um passo para a aceitação. Por mais que a família se dê bem e assuma o companheiro de um de seus membros, na hora da herança, a grana fala mais alto (se até irmãos de sangue brigam por causa das panelas da mamãe, imagine uma situação confusa do ponto de vista da lei). Lembro um caso, há muitos anos, em São Paulo, onde um costureiro com aids foi cuidado por seu companheiro, um rapaz, até o momento final. No velório, o jovem chorava, e a família do outro tentava consolar. De madrugada, o rapaz voltou ao apartamento para trocar de roupa. As fechaduras haviam sido trocadas pelos irmãos do falecido! Só após um longo processo, onde provou ter contribuído para a formação do patrimônio, o rapaz pode voltar a ter casa e conseguiu reaver parte de seus bens.
Sempre acreditei que quando duas pessoas se amam, hétero ou homossexuais, o casamento é um detalhe dispensável. Talvez eu tenha sido rígido demais. As pessoas precisam de símbolos para viver. Quando uma união entre dois homens ou duas mulheres é revestida por todo o aparato de um casamento tradicional, incluindo bolo com noivinhos, a ideia parece ser melhor absorvida. A discussão se é certo ou errado fica ultrapassada quando o fato já é isso, um fato.
Momento Inesquecível mostra que, embora do ponto de vista judicial o país ainda patine, a União Estável veio para ficar, e o casamento gay, mais dia menos dia, virá também. Mais que isso: se tornará tão comum quanto qualquer outro. Ainda bem. Mesmo porque não resisto a uma festa e espero ser convidado para muitas.
* WALCYR CARRASCO é jornalista, autor de livros, peças teatrais e novelas de televisão

Programa “Na Moral” discute homossexualidade e trará beijo gay nesta quinta!


Publicado no iG/ Na TV
Por Fernando Oliveira
O assunto ainda pode ser tabu nas novelas da emissora, mas tudo indica que o tão falado beijo gay será levado ao ar no “Na Moral” desta quinta (19). O programa comandado por Pedro Bial será voltado para a discussão dos direitos dos homossexuais. O apresentador acompanhou a cerimônia de união civil entre Simone e Aline, que já viviam juntas há 17 anos.
Durante a gravação houve beijo entre as duas na frente de toda a plateia. O casamento foi oficializado por uma desembargadora. Esta será a segunda vez que a Globo mostrará um beijo gay entre pessoas da vida real em sua programação. Em junho do ano passado, o “Jornal Nacional” mostrou o mesmo entre dois rapazes.
O “Na Moral” contará ainda com a participação de Gloria Pires e Carlos Tufvesson. A atriz, que viverá a arquiteta homossexual Lota de Macedo Soares no cinema, garantiu que aceitaria se um de seus filhos se assumisse gay. Já o estilista, que mora junto com o companheiro há 16 anos, teve o pedido para converter a união estável em casamento civil negado por um juiz do Rio de Janeiro. O magistrado também estará no programa, mas em vídeo.
Uma coisa a coluna pode adiantar: como sempre, Bial não se furtará a dar opinião. “Hoje em dia, os homossexuais são os únicos que insistem em lutar pela instituição do casamento. E mesmo assim, ainda teimam em negar esse direito a eles”, afirmou.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Após oito décadas, chinesa assume transexualidade





Publicado no Estadão


Qian Jinfan nasceu homem, na China, mas só depois dos 80 anos de idade é que resolveu viver como mulher e assumir sua nova identidade: Yi Ling.

Em entrevista à BBC, Yi Ling deu relatos sobre as oito décadas em que viveu como homem e passou pela história turbulenta do país.

"Eu sabia desde muito jovem. Mesmo aos três anos eu sentia que eu deveria ter nascido mulher", disse Yi Ling.

A decisão para assumir o sexo feminino foi tomada há três anos e agora Yi Ling é chamada de a transexual mais velha da China.

Ling chegou a tomar hormônios, no passado, para aumentar os seios. Mas agora ela parou de tomá-los e desistiu da operação de troca de sexo.

Ela mostrou fotos antigas, de quando era o jovem Qian Jinfan, um funcionário público.

Ainda vivendo como homem, aos 54 anos, decidiu se casar com uma mulher mais jovem e teve um filho.

Qian Jinfan exerceu a função de funcionário público nos anos 60 e 70, durante a Revolução Cultural, uma época de repressão no país. E, como muitos, foi preso e investigado pelas autoridades.

No entanto, Yi Ling conta que, apesar de ser impossível mudar de gênero naquela época, ela guarda boas lembranças.

Durante a Revolução Cultural homens e mulheres se vestiam com roupas iguais e ela se sentia mais próxima do que queria ser. Sem que os colegas soubessem, ela usava um sutiã debaixo das roupas.

A homossexualidade só foi descriminalizada na China em 1997 e o país agora permite que transexuais oficialmente troquem de sexo

A decisão de Yi Ling de mudar de gênero gerou manchetes e a maior parte da cobertura foi positiva.

Os ex-chefes foram compreensivos e ela recebe a aposentadoria e outros benefícios normalmente.

Jennifez Lopez produzirá série sobre casal de lésbicas


Publicado na Veja
A atriz e cantora Jennifer López prepara uma série sobre um casal de lésbicas para o canal 'ABC Family', segundo publicou a imprensa americana.
O projeto, ainda sem título oficial, abordará o dia a dia do casal, que já tem filhos, e tem a vida revirada com a chegada de um adolescente rebelde ao lar.
Uma das mães, segundo sustenta o blog 'Deadline', é uma policial, enquanto a outra, é professora de um colégio privado. O casal terá um filho biológico e gêmeos adotados, um menino e uma menina.
Segundo a publicação, J.Lo, que será produtora executiva da série, planeja fazer uma participação especial como atriz convidada. Peter Paige e Brad Bredeweg, criadores e roteiristas da série, acompanharão a por star como produtores executivos.
Além disso, Jennifer López não abandonou a carreira de cantora. A artista lançará no próximo dia 24 seu primeiro disco de grandes sucessos, entitulado 'Dance Again... the Hits'.
O álbum, que trará seus temas mais populares desde 1989 até a atualidade, inclui canções recentes como 'Dance Again', interpretada junto a Pit bull, e 'Goin'In', junto a Flo Rida.
A artista de origem porto-riquenha vendeu mais de 70 milhões de discos no mundo todo.
Além de sua carreira musical e cinematográfica, López também esteve na televisão como jurada do 'American Idol' e buscando artistas latinos em 'Q'Viva! The Chosen'.
Desde o dia 14, a artista viaja pela América do Norte com Enrique Iglesias.

EUA aprovam primeira pílula de prevenção do vírus da Aids


Publicado no UOL Saúde
Dica de Augusto Martins
A Agência Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira (16) a aprovação do Truvada, do laboratório Gilead Sciences, como primeira pílula para ajudar a prevenir o HIV em alguns grupos de risco.
"O Truvada é para utilizar na profilaxia prévia à exposição em combinação com práticas de sexo seguro para prevenir as infecções do HIV adquiridas por via sexual em adultos de alto risco. O Truvada é o primeiro remédio aprovado com esta indicação", afirmou a FDA.
O Truvada é encontrado no mercado americano desde 2004 como tratamento para pessoas infectados com HIV, indicado em combinação com outros remédios antirretrovirais.
Em maio, um painel assessor da FDA pediu para aprovar o Truvada como prevenção para pessoas não infectadas, depois que testes clínicos mostraram que este medicamento pode reduzir o risco de HIV em homens homossexuais de 44 a 73%.
A pílula é considerada por muitos especialistas uma nova e potente ferramenta contra o vírus da Aids, mas alguns provedores de serviço de saúde temem que incentive comportamentos sexuais de risco.
Um estudo sobre o Truvada publicado em 2010, no New England Journal of Medicine, incluiu 2.499 homens que tinham relações sexuais com outros homens, mas que não estavam infectados com o vírus que causa a Aids.
Os participantes foram selecionados aleatoriamente para tomar uma dose diária de Truvada - uma combinação de 200 miligramas de emtricitabina e 300 mg de tenofovir disoproxil fumarato - ou um placebo.
Quem tomou o medicamento regularmente teve quase 73% a menos de infecções.
Segundo os especialistas, os resultados são a primeira demonstração de que um remédio já aprovado por via oral pode diminuir a probabilidade de infecções de HIV.

Anderson Cooper pretende se casar com o namorado


Publicado no Estadão
Anderson Cooper não só se assumiu gay como já está planejando se casar com o namorado até o fim deste ano, segundo a National Enquirer. O escritor e apresentador da CNN namora Ben Maisani  há três anos.
Cooper queria falar abertamente sobre sua homossexualidade quando o casamento entre pessoas foi legalizado em Nova York, no ano passado, revelou uma fonte à publicação. Mas ele decidiu, como se sabe, revelar sua orientação sexual há poucos dias.
O namorado do apresentador é francês, tem 39 anos, seis a menos que Cooper, e já vive na townhouse (pequeno edifício de três a quatro níveis, bem comum em NY) do apresentador. A dupla tem amigos bem célebres em Manhattan. Além de Fergie, o casal Sarah Jessica Parker e Matthew Broderick.
A mãe do apresentador, a socialite Gloria Vanderbilt, 88, já avisou que quer que a dupla adote uma criança. Recentemente, o apresentador não comentou o assunto ainda, mas disse que decidiu se assumir porque não queria dar a impressão de vergonha de sua sexualidade, como também não queria passar um mau exemplo. 

Globo proíbe funcionários de falarem sobre relação entre Zeca Camargo e Raí


Publicado na Entre Nós
A direção da TV Globo enviou email para a cúpula de todas as suas organizações, incluindo rádios e jornais, afirmando que está proibida qualquer citação, nota ou reportagem em que haja associação dos nomes do jornalista e âncora do “Fantástico” e o ex-jogador Raí.
Há algum tempo rola um boato sobre um suposto namoro entre os dois. Raí recentemente se separou da esposa e, dizem que foi para viver com o Zeca. Se for verdade, os dois deveriam assumir o relacionamento e acabar com esse mistério todo. Seria um belo casal.
*Com informações do jornalista Leo Dias, de O Dia.

Elton John lança livro e conta como paternidade mudou sua vida


Publicado no Estadão
Ele já vendeu mais de 250 milhões de discos no mundo todo e detém, até hoje, a marca do single mais vendido da história da música. Também já ganhou seis Grammys, quatro Brits e um Oscar.
Sentando na biblioteca de sua suntuosa casa em Windsor, no sudoeste de Londres, "sir" Elton John está cercado de prêmios que marcaram uma carreira brilhante - de apenas um lado da mesa, há nada mais, nada menos do que 16 estatuetas Ivor Novello, a premiação de maior prestígio concedida anualmente a compositores e letristas britânicos.
Elton John também é um dos poucos cantores a fazer parte da realeza da música, um pequeno e seleto grupo formado por músicos britânicos como Paul McCartney e os Rollings Stones e que conseguem até hoje lotar um estádio inteiro.
O cantor diz estar surpreso com a longevidade de sua carreira. "Se você olhar para qualquer um cuja carreira durou 40 anos, trata-se de uma proeza", afirma o astro, em entrevista à BBC.
"As vendas de discos podem aumentar, diminuir, diminuir, aumentar... mas o que mantém qualquer astro da música por cima é a sua habilidade de entreter e de se comunicar com a plateia", acrescenta.
Mas, aos 66 anos, Elton John está começando a sentir o peso da paternidade.
"Enquanto eu estiver me sentindo bem, continuarei a trabalhar", diz o cantor. "Quando Zachary (filho do artista) for para a escola, tudo será diferente. Quero levá-lo à escola e buscá-lo depois, como todo pai faz. Não quero perder essa parte importante da infância dele."
Zachary nasceu de uma barriga de aluguel no Natal de 2010. A chegada do bebê foi um momento marcante na vida e na carreira turbulenta de um dos maiores astros da música.
Felicidade
O cantor conta que sempre achou que era muito velho, egoísta e "cheio de manias" para ter um filho.
"Isso só prova que nem sempre estamos certos o tempo inteiro", diz Elton John. "Eu nunca havia amado um ser humano tanto quanto amo Zachary, nunca."
O amor do astro da música pelo filho é tão grande que ele até pensa em ter uma segunda criança. "Quando chegar a hora, com certeza o farei. Mas hoje estou no nível máximo da minha felicidade."
Trata-se de uma grande mudança para alguém que já chegou a armar uma confusão sem precedentes em um hotel por não gostar das cortinas dos quartos. Mas a paternidade definitivamente fez com que o astro da música pop refletisse sobre sua vida e seus hábitos de uma maneira diferente. Em seu primeiro livro autobiográfico, Love is the Cure ("O Amor é a Cura", em tradução literal), a Aids e o vírus HIV são dois assuntos recorrentes.
"As pessoas ainda se sentem envergonhadas e temerosas em admitir que são soropositivas", afirma.
"É o estigma de ser gay, porque trata-se de uma doença sexualmente transmissível, na maioria dos casos, ou transmitida pelo uso de drogas intravenosas", acrescenta. "E estigmas não fáceis de ser combatidos. Acho que é tão difícil hoje quanto era há 30 anos."
Como o título de seu livro sugere, Elton John diz acreditar que o amor é a cura. Ele reconhece, no entanto, que as pessoas podem considerá-lo ingênuo por isso - afinal, a Aids ainda é uma doença sem cura e não desaparece apenas com pensamentos positivos.
Mas, no livro, o cantor diz que o objetivo é incentivar que as pessoas "demonstrem mais compaixão com o outro, tenham um pensamento mais cristão e não sejam tão rancorosas".
E, na opinião dele, quanto mais compressão e menos medo sobre a doença as pessoas tiverem, o preconceito tende a diminuir e eventualmente desaparecer.
Livre dos vícios
Elton John também admite que a apatia é hoje um problema no combate à Aids. Durante a década de 80, quando o medo atingiu seu auge e toda uma geração de homossexuais morreu vítima da doença, a estrela da música pop permaneceu em silêncio, sem ação.
"Eu era um drogado, um usuário pesado de cocaína, álcool e maconha. Sabia que as pessoas estavam morrendo de Aids porque muitas delas eram minhas amigas. E simplesmente não fiz nada. Ficava com medo de discutir o problema porque estava com muita droga na cabeça", justifica-se.
Ele acrescenta que ainda se sente culpado pela inércia do passado. Mas afirma que, tão logo conseguiu se livrar dos vícios, disse a si mesmo que compensaria de alguma forma o tempo perdido.
Uma de suas primeiras decisões foi abrir a Elton John Aids Foundation (EJAF) em 1992, uma fundação voltada para a pesquisa de novas drogas de combate à doença e assistência aos portadores do vírus HIV, atualmente com sede em Nova York, nos Estados Unidos.
O cantor afirma que sua maior conquista foi ter ficado "limpo". Sem isso, ele avalia que não teria conseguido levantar mais de 175 milhões de libras (cerca de R$ 555 milhões) para a pesquisa sobre HIV/Aids - ou permanecer ao lado de seu atual marido, David Furnish.
O casal formalizou sua relação em 2005, no primeiro dia em que a lei sobre a união homoafetiva foi aprovada na Grã-Bretanha, em 21 de dezembro daquele ano.
Apesar de hoje estar "legalmente" ligado ao homem que diz amar, o cantor afirma que não vê a necessidade de se casar. "Não preciso que a Igreja ratifique o meu relacionamento. Estamos felizes desse jeito".
"Se o casamento acontecer, então ótimo, não vou dizer não. É um passo para a igualdade, e há obviamente um debate entre os dois lados. Mas isso certamente não vai arruinar a civilização humana", acrescenta.
E, com a franqueza de sempre, Elton John conclui: "O casamento heterossexual fez mais para arruinar a ideia do casamento do que qualquer outra coisa". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

terça-feira, 17 de julho de 2012

'Falta coragem para enfrentar a ditadura gay'


Autor da proposta de criação do Dia do Orgulho Heterossexual, o vereador evangélico Carlos Apolinário garante que não tem nada contra os homossexuais, só combate o que classifica como privilégios da opção sexual: 'Eles querem ser uma categoria especial de pessoas'


Ele figura na lista dos dez brasileiros mais homofóbicos, já propôs a criação do Dia do Orgulho Heteressexual, mas o vereador paulistano Carlos Apolinário, do PMDB, garante que não tem nenhum preconceito contra gays. “O que eu não aceito é alguém querer se esconder atrás de sua opção sexual”, afirma.
Evangélico, Apolinário é um dos apoiadores da Marcha para Jesus, que acontece neste sábado na cidade e é o evento que mais rivaliza com a Parada Gay. Ele recebeu o site de VEJA para explicar, afinal, qual é a sua posição em relação aos homossexuais: “Eu combato os privilégios. O dia em que os gays lutarem por leis que valham tanto para eles quanto para os heterossexuais, eles terão muito mais sucesso.”
Confira os principais trechos da entrevista:
O senhor é homofóbico? De maneira nenhuma. Pode procurar, você não vai encontrar uma única declaração minha em que eu desrespeite a figura humana do gay.
Então por que o senhor está na lista dos dez mais homofóbicos do Brasil? Porque eu combato os excessos deles. Não acho que eu tenha o direito de ir à piscina coletiva do meu prédio, ou a um restaurante, e ficar dando beijos exagerados ou acariciando a minha mulher em público. Se um heterossexual agir dessa maneira, vão chamar a polícia e ele pode ser enquadrado por atentado violento ao pudor. Mas se chamarem a atenção de duas pessoas do mesmo sexo que estejam se beijando excessivamente dentro de um restaurante, por exemplo, eles acusam quem os repreendeu de homofobia.
Os gays não podem demonstrar afeto? Podem, mas dentro do razoável. Se eles chegam de mãos dadas num restaurante, por exemplo, é razoável. O que eu combato é o excesso, que muitas vezes eles adotam não por amor, mas para chocar, confrontar a sociedade, para dizer: ‘vocês têm que nos engolir’. Como diz o Agnaldo Silva, autor de novelas da Globo, o gay no Brasil é folgado. Não é o Apolinário quem está dizendo, é o autor da novela Fina Estampa. E eu concordo com ele, apesar de acreditar que nem todos sejam assim.
Por que o senhor propôs a criação do Dia do Orgulho Heterossexual? Meu objetivo era o de levantar o debate em relação aos privilégios dos gays.
Privilégios? Em geral os gays reclamam de que são perseguidos... Pois eu digo que hoje eles são cada vez mais protegidos. A OAB está fazendo um verdadeiro tratado a favor dos gays, a ONU está preocupada com eles, o mundo está preocupado com os gays.  Parece que vamos ter dois mundos: um antes e outro depois dos gays.
E os casos de violência contra homossexuais? Essa é uma mentira das maiores que tem. Aqui em São Paulo, por exemplo, o único lugar onde tem havido esse problema é na Avenida Paulista, de vez em quando. Mas eu não tenho tomado conhecimento de outros casos em São Paulo ou no Brasil. O que acontece é o seguinte: se você bate o carro e o cidadão do outro automóvel é heterossexual, o máximo que vai acontecer é uma ocorrência da batida; mas se o motorista do outro carro é gay e acontece uma briga, uma discussão, vai sair no jornal “motorista bate em casal de gays”. A briga não aconteceu em função da opção sexual, mas eles transformam nisso.
Os gays se dizem discriminados... Pelo contrário. Eu não conheço um único restaurante em São Paulo que proíba a entrada de gay. Não conheço nenhuma igreja católica, evangélica ou espírita que proíba a entrada de gay. Eu, que sou evangélico, já sofri muito preconceito. Quando era criança, na escola, zombavam de mim. Eu levava a Bíblia escondida dentro da blusa, quando ia para a igreja, para não ser gozado. Eu sei o que é o preconceito. Hoje, vale a pena dizer que é gay. Virou um escudo. Estamos na seguinte situação: se um gay furar a fila no supermercado, é melhor deixar ele lá. Porque se você for brigar, vão dizer que você é homofóbico.
O que o senhor acha da proposta de emenda constitucional do deputado Jean Wyllys, que permite o casamento gay? Se eu estivesse no Congresso, votaria contra. Só que eu vivo em um país democrático. Mesmo que eu seja contrário, se o Congresso aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, vou respeitar a lei. O que não significa que vou passar a ser favorável a isso. São coisas diferentes. Continuarei acreditando que o casamento deve acontecer entre um homem e uma mulher. Mas mesmo sendo contrário, eu respeito, se essa for a vontade da sociedade. E isso nós não sabemos, porque o casamento foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal e não pelo Congresso Nacional.
O STF não tem poder para decidir a questão? Na minha opinião, não. Essa matéria deveria ser discutida por deputados e senadores e, uma vez aprovada, teria de ser sancionada pela presidente da República. São etapas necessárias para que a sociedade amadureça a ideia. Ao decidir daquela forma, o Supremo legislou no lugar do Congresso e isso é errado.
Por que o STF assumiu o papel do Congresso Nacional nessa questão? Porque o STF está sendo acionado pelos gays para se pronunciar. Eles têm pressa, querem acelerar esse processo. A maioria do Congresso Nacional, hoje, não quer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, nem aceita a adoção de crianças por casais de homossexuais. Só que os gays querem enfiar isso tudo goela abaixo do Congresso e da sociedade. Os gays precisam aprender a conviver com quem não concorda com eles. Eles têm de se acostumar ao fato de existirem pessoas que continuarão contrárias ao casamento gay, mesmo que ele seja aprovado. É um direito individual, e a democracia me dá o direito de me expressar. Mas eles não aceitam isso. Eles querem a lei da mordaça, querem ser uma categoria especial de pessoas. E é contra isso que eu luto. Se ninguém falar nada, vai chegar o tempo em que os jornais não poderão mais fazer reportagens sobre os gays porque a lei vai proibir. Eles querem calar a sociedade e ninguém tem coragem de enfrentá-los.

A união estável homossexual e a constituição de família


Publicado no Juristas
Por Rogério Silva Fonseca
No último dia 24 de maio foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, o Projeto de Lei (PL) 612/2011, da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que define como entidade familiar “a união estável entre duas pessoas, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”.
O projeto terá ainda um longo caminho, seguindo agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e, caso também seja lá aprovado, seguirá para análise da Câmara dos Deputados.
Assim, a aprovação do último dia 24 não é definitiva, mas com certeza tem grande significado e importância. É mais um passo no sentido de corrigir a inaceitável intolerância em relação às orientações sexuais, que infelizmente ainda teimam em existir em nossa sociedade.
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, ratificando o que nossos tribunais já vinham fazendo reiteradamente. Porém, em razão da falta de lei que regule o tema, ainda são muitos, e continuarão sendo, os problemas encontrados pelos casais.
O atual texto do Código Civil brasileiro prevê expressamente apenas a união estável “entre o homem e a mulher”. E a alteração prevista no projeto de lei aprovado pelo Senado, altera o texto para “entre duas pessoas”.
De todo modo é importante ressaltar que a aprovação do projeto de lei, embora seja um importante passo no sentido de pacificar inúmeras discussões sobre o direito de herança, de alimentos, de ser dependente em planos de saúde e de previdência, e regime de bens, entre outros tantos, não colocará fim à discussão sobre o tema.
A questão somente será resolvida definitivamente com aprovação de emenda constitucional que venha alterar o artigo 226 da Constituição Federal, em especial seu §3º, onde também é previsto que somente “é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar”. O atual dispositivo constitucional vem sendo usado como fundamento de muitos magistrados e oficiais de cartório de registro civil para continuar negando a possibilidade da união estável de pessoas do mesmo sexo e sua conversão em casamento.
A união estável entre pessoas do mesmo sexo é uma realidade que não pode ser simplesmente negada e desconsiderada, seja pela ignorância, pela intolerância, pelo preconceito, e muito menos por imposição de lei. E o Direito é uma ciência humana, e deve caminhar com as mudanças da sociedade, que nos dias de hoje não tolera mais a discriminação da orientação sexual.

Primeira candidata gay ao Senado dos EUA é esperança democrata


Publicado no Terra
Por Mariana Bittencourt
Uma mulher de 50 anos pode se tornar a primeira pessoa abertamente gay a se eleger para o Senado dos Estados Unidos. A democrata Tammy Baldwin já faz parte da Câmara dos Representantes pelo Estado de Wisconsin desde 1999, mas quer a vaga que Herb Kohl, do mesmo partido, deixará ao se aposentar. Baldwin é a única democrata concorrendo ao lugar de Kohl, que ela disputará com o republicano vencedor das primárias de 14 de agosto. A candidata, que é advogada de formação, geralmente fala pouco sobre sua orientação sexual - ela prefere assuntos como a reforma de saúde nos EUA, a utilização de fontes renováveis de energia e os direitos das mulheres. Nos últimos meses, Baldwin tem enfrentado mais críticas republicanas por suas propostas "liberais" de reformas do que por ser homossexual.
Tammy Baldwin nasceu em Madison, capital do Estado de Wisconsin, e foi criada pelos avós - a mãe dela, Pamela Baldwin, tinha 19 anos quando deu à luz. Aos 9 anos, ela teve uma doença grave - "uma espécie de meningite", disse ao The New York Times - que a fez ficar três meses hospitalizada. Os avós não tinham plano de saúde para a neta e fizeram grandes sacrifícios para pagar o tratamento médico, segundo Baldwin.
A história da infância se tornou o principal argumento da candidata a favor da reforma do sistema de saúde proposta pelo presidente Barack Obama, que obriga todos os americanos a obter um seguro médico até 2014, sob pena de multa, com o objetivo de baixar os preços do atendimento de saúde no país. Atualmente, os planos de saúde dos EUA, que são privados, não aceitam novos associados que já tenham problemas de saúde - o que impediu que os avós de Tammy Baldwin fizessem um seguro para a neta logo que ela adoeceu. "Agora, nenhuma criança poderá ter o atendimento médico negado por causa disso", disse a candidata.
Uma das bandeiras de campanha da democrata é o investimento em tecnologias para a geração de energia não poluente em Wisconsin. Baldwin também fala de uma campanha pelo desenvolvimento da indústria local e criação de empregos chamada "Made in Wisconsin" ("Feito em Wisconsin"). "Para Estados como Wisconsin, que são altamente dependentes de energia do carvão, nós devemos encontrar novas tecnologias para capturar e armazenar carbono que pode prejudicar o meio ambiente e contribuir com o aquecimento global", diz Tammy Baldwin em seu site oficial de deputada.
Apesar do discurso aparentemente ecológico, os fins da candidata são principalmente focados no crescimento econômico. "A energia é o coração da nossa economia. Eu apoio o desenvolvimento de uma estratégia energética abrangente, que irá posicionar a nossa nação para um forte crescimento econômico e de segurança para o século XXI", afirma ela no site. O foco do governo dos EUA deveria ser a reconstrução da economia para beneficiar a classe média, disse Baldwin ao Wisconsin Rapids Daily Tribune.
Outro tema que Tammy Baldwin aborda bastante é a defesa de direitos iguais para homens e mulheres. A candidata faz campanha para que o acesso a métodos contraceptivos seja garantido a todas as mulheres e defende o planejamento familiar "para reduzir a taxa de gravidezes não desejadas e abortos, e para salvar vidas". Baldwin defende o direito da mulher à escolha pelo aborto, afirmando que "os abortos protegidos por decisões deveriam ser raros e seguros, mas essa decisão está entre uma mulher, a família e o médico dela, baseada em sua própria saúde e circunstâncias".
Gay e "comunista"
O republicano Eric Hovde, que concorre nas primárias do partido para se candidatar a senador por Wisconsin, já chamou a rival de "comunista". "Eu discordo fundamentalmente de Tammy em quase tudo. Ela tem um histórico de votação mais liberal do que praticamente qualquer um no Congresso", disse Hovde ao jornal The Hill no mês passado. "A filosofia dela tem raízes no Marxismo, comunismo, socialismo, liberalismo extremo - ela chama de progressismo -, contra a minha, que tem raízes em um conservadorismo de livre mercado", afirmou o republicano.
Eric Hovde, um empresário, disputa com outros três republicanos a vaga de candidato do partido ao Senado: Tommy Thompson, ex-governador de Wisconsin, Mark Neumann, membro da Câmara dos Representantes, e Jeff Fitzgerald, líder da Assembleia do Estado. A pesquisa mais recente sobre as eleições em Wisconsin, feita pela Marquette University Law School, aponta que Tammy Baldwin venceria três dos quatro republicanos - apenas Tommy Thompson apareceu com mais intenções de votos, segundo a AP.
Grupos conservadores já lançam campanhas de ataque às políticas da democrata, mas a homossexualidade de Baldwin não costuma chegar ao discurso oficial dos rivais. Porém, dependendo do vencedor das primárias republicanas, o assunto pode voltar ao debate. Em 1997, Mark Neumann afirmou que "se alguém me diz 'eu sou gay, quero um emprego em seu gabinete', eu diria que isso é inapropriado, e a pessoa não seria contratada porque isso significaria que ela estaria promovendo sua causa". "O estilo de vida gay e lésbico (é) inaceitável, para não deixarmos dúvida sobre isso", disse Neumann há 15 anos. Atualmente, ele evita falar sobre o assunto.
Estado decisivo nas eleições
Wisconsin é considerado um Estado decisivo nas eleições presidenciais americanas por não ser homogêneo em relação aos eleitores - é difícil prever se a maioria votará em democratas ou republicanos. Tammy Baldwin tem grande apoio na região de Madison, mas faz campanha na região rural para tentar os votos dos eleitores considerados "independentes" (que não votam de acordo com o partido). A democrata busca principalmente se apresentar e mostrar suas propostas de valorização da classe média, e geralmente evita entrar em polêmicas sobre sua sexualidade.
Em entrevista ao The New York Times, Baldwin elogiou medidas do presidente Barack Obama em favor dos homossexuais, como a lei que acaba com a restrição a militares abertamente gays, chamada de "Don't Ask, Don't Tell" ("Não pergunte, não diga"). Porém, ela reconheceu que o papel dela é "persuadir pessoas". "Eu não faço ideia do que passa pela cabeça de outra pessoa", disse a candidata.
Tammy Baldwin é a esperança do Partido Democrata de recuperar várias perdas em Wisconsin que começaram em 2010, quando os republicanos tomaram o controle das duas casas dos legisladores, o conservador Scott Walker foi eleito governador do Estado e Ron Johnson, do movimento Tea Party, derrotou Russ Feingold e se tornou senador. Estrategistas de campanha democratas dizem que ela pode ganhar devido ao grande apoio na região de Madison, e que a homossexualidade da candidata não deve influenciar o resultado da eleição. "Qualquer pessoa que não vota nela porque ela é gay não a apoiaria se ela fosse heterossexual", disse Sachin Chheda, estrategista do Partido Democrata em Milwaukee, segundo a AP.

A história de Ahmed: sobrevivendo à perseguição contra LGBT no Iraque


Animação: as aflições de um travesti em “Con Qué La Lavaré”


Sucesso no YouTube, história de casal gay vai virar filme




Publicado na Agência LGBT
Há alguns anos, um relacionamento homessexual se transformou em filme premiado pela crítica de Hollywood: O Segredo de Brokeback Mountain. Agora, a trajetória de outro casal, que começou a fazer sucesso no YouTube, está próximo de chegar às telonas: a emocionante história de Shane Crone e Tom Bridegroom.

O caso dos dois ficou conhecido graças a um vídeo de pouco mais de dez minutos que foi publicado no YouTube. Nele, Crone conta a história do relacionamento com Tom, que acabou falecendo após cair de um telhado em Paris. O “pequeno documentário” mostra momentos felizes do casal e também revela como os dois lutaram contra um enorme preconceito, especialmente da família conservadora de Bridgeroom.

As cenas são um compilado de fotos, algumas com legendas, que revelam detalhes da vida do casal: como um cachorrinho que eles adotaram juntos, a rejeição da família de Tom – que chegou a ser chamado de pecador, internado em um hospital e ameaçado com uma arma – e o apoio dos familiares e amigos de Shane.

O rapaz, emocionado, também aparece chorando e dando declarações durante o vídeo, que revela ainda que ele foi ainda maltratado pela família do ex-companheiro após o seu falecimento. Apesar de ter vivido junto de Tom durante alguns anos – já que a união dos gays não é legal na cidade onde moravam -, ele não pode nem denunciar os pais por impedirem o seu direito, já que para o governo os dois eram apenas “colegas de quarto”.

A gravação foi publicada no último dia 6 de maio. Hoje, pouco mais de dois meses depois, já foi assistida por mais de dois milhões de pessoas. Tanto sucesso chamou a atenção de Linda Bloodworth Thomason, diretora de cinema da Califórnia, onde o casal vivia. Ela se comunicou com Shane e então lançou no Kickstarter um projeto para arrecadar US$ 30 mil (cerca de R$ 60 mil) para a produção de um filme baseado na história dos dois, chamado de “Bridegroom: an american love story”.

Até o momento, faltando ainda mais de uma semana para o fim da arrecadação, o projeto já foi apoiado por cerca de seis mil pessoas e juntou quase dez vezes o valor proposto: US$ 290 mil (R$ 580 mil).

Assista ao vídeo que deu início a essa história abaixo: