quinta-feira, 22 de março de 2012

‘Sou formiga diante de elefante’, diz pai de jovem morto há 11 anos na BA


Carlos Terra, pai de Lucas, passou a cursar Direito para reivindicar por filho.
'A luta é para que o crime não prescreva e os assassinos sejam presos', diz.

Egi Santana e Brenda Coelho Do G1 BA
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‘Sou formiga diante de elefante’, diz pai de jovem morto há 11 anos na BA (Foto: Reprodução/ TVBA)Pai de adolescente protesta em frente a fórum de Salvador: ‘Sei que sou uma formiga, mas não desistirei’, diz  (Foto: Reprodução/ TVBA)
Acampado pelo terceiro dia em frente ao Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, Carlos Terra desabafa: “Eu sou uma formiga diante de um elefante”. É com essa frase que o pai do jovem Lucas Terra, morto há 11 anos, descreve sua sensação após apenas um dos três suspeitos pelo crime ter sido julgado e condenado perante a Justiça. Segundo a Promotoria de Justiça, em março de 2001 o adolescente foi abusado sexualmente, colocado em uma caixa de madeira e queimado vivo em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama, na capital baiana.
‘Sou formiga diante de elefante’, diz pai de jovem morto há 11 anos na BA (Foto: Reprodução/ TVBA)Carlos Terra expõe cartazes com imagens do filho
(Foto: Reprodução/ TVBA)
Os  réus são um ex-bispo e um ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. O principal é o ex-pastor Silvio Roberto Galiza, que já foi condenado a 18 anos de prisão e hoje responde em regime semiaberto. Ele acusou o ex-bispo e o ex-pastor de participação no assassinato, mas os dois ainda não foram julgados. “Eles estão livres por aí, como se nada tivesse acontecido”, lamenta Carlos Terra.
Segundo Carlos Terra, o processo está “parado na prateleira da 2ª Vara Crime do Estado, provavelmente aguardando ser prescrito, ou seja, arquivado”. O pai do jovem, que faz o sétimo semestre do curso de Direito, diz que começou a faculdade para entender das leis e lutar pelos direitos do filho. "Estamos lidando com quem tem dinheiro para protelar isso até que seja prescrito, estamos lidando com quem tem poder", diz.
lucas terra (Foto: Reprodução/TV Bahia)Lucas Terra foi morto em 2001
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Promotor de Justiça responsável pelo caso, David Gallo explica que o crime prescreve quando completa 20 anos sem julgamento final. "Pode parecer muito tempo, mas considerando que 11 anos já se passaram, o crime pode vir a prescrever, sim", explica.
A promotoria acredita que os acusados irão a júri popular. “Não tenho a mínima dúvida que os dois serão submetidos a julgamento popular”, afirma o promotor.
Tribunal de Justiça

Em nota da assessoria de imprensa, o Tribunal de Justiça afirma que “todos os tramites relacionados ao caso ‘Lucas Terra’ estão correndo dentro da normalidade”. Em outro trecho, o documento da assessoria diz que o Tribunal acredita que os servidores da Justiça responsáveis pela apuração do caso estão “trabalhando com empenho para que a justiça seja efetivada”.
Júri Popular
Para Carlos Terra, somente a decisão do povo, por meio de um júri popular, será capaz de fazer justiça. “Eu quero que a Justiça dê ao povo o direito de julgar os responsáveis por violentar sexualmente e queimar o meu filho vivo. Um menino puro, indefeso, que pecou pela obediência, por nunca acreditar que dois membros de uma Igreja iriam lhe fazer algum mal”.
Ele garante que irá permanecer acampado em frente ao Fórum até a Justiça desarquivar o processo e votar pela formação do júri. "Eu não estou pedindo um favor, nenhum esforço de ninguém. Estou clamando por Justiça, isso é direito de todo cidadão. O processo deve seguir, e o povo deve poder estudar o caso e decidir, se eles merecem ou não responder por aquilo que estão sendo acusados. Sei que sou uma formiga no meio de elefantes, mas não desistirei; e a formiga há de vencer essa batalha", completa.

"Pré-candidato republicano que é contra casamento gay tem comício interrompido por um beijo entre dois homens"

Rick Santorum, pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, fazia seu discurso há 15 minutos em um comício para uma audiência de mais de duas mil pessoas, na Christian Liberty Academy (Academia da Liberdade Cristã), em Arlington Heights, no estado de Illinois, neste final de semana, quando uns gritos vindos da plateia chamaram a atenção de todos. Eram Timothy Tross e Ben Clifford que, logo depois dos berros, começaram a se beijar e foram expulsos da sala pelos seguranças.

O pré-candidato republicano é contra o casamento gay e o ato foi organizado pelo ativista dos direitos LGBT Matt Muchowski, criador do grupo no Facebook “Alunos da Carmel Catholic contra Rick Santorum.”

“Nós sentimos que é importante combater o ódio anti-gay de Santorum para dar um exemplo para os alunos”, disse o Muchowski. Ele revela que Santorum foi ex-aluno da Carmel Catholic.

Tanto Tross como Clifford se recusaram a falar sobre o beijo. “Eu não acho que a mensagem deve ser sobre a minha sexualidade”, disse Tross. “O ato foi sobre a mensagem que Santorum está dizendo sobre a sexualidade das pessoas e é isso que importa.”

As informações são do jornal “Daily Mail”.

Veja o vídeo e o beijo aos 3min38s
 
 

ABGLT faz campanha para incentivar alunos a denunciar homofobia


Visto no Terra
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) lançou uma campanha para incentivar os estudantes vítimas de homofobia nas escolas a denunciar as agressões. "Se você é um estudante LGBT e foi vítima de bullying homofóbico ou qualquer outro tipo de agressão física ou simbólica na escola, denuncie", diz o cartaz da campanha.
A entidade recomenda os estudantes que registrem um boletim de ocôrrência em caso de agressão, liguem gratuitamente para o Disque 100, e ainda enviem a denúncia para presidencia@abglt.org.br, para que possa acompanhar os casos. Segundo a ABGLT, a campanha é motivada pelo aumento do número de casos de alunos vítimas de homofobia no ambiente escolar.
No começo da semana, a entidade divulgou o caso de um estudante de 15 anos que sofreu agressões em uma escola de Santo Ângelo, no interior do Rio Grande do Sul. Após a agressão, o menino encaminhou um e-mail relatando o drama da homofobia para a ABGLT. O relato ganhou repercussão na internet e o caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia da cidade.
A ABGLT cobra do governo federal o lançamento de um kit de combate a homofobia nas escolas, que havia sido vetado pela presidente Dilma Rousseff no ano passado, após pressão da bancada religiosa no Congresso Nacional. O então ministro da Educação, Fernando Haddad, havia prometido que o material seria refeito, mas na semana passada o atual ministro, Aloizio Mercadante, disse que o kit não resolve o problema da homofobia.
Em nota, a entidade disse que "lamenta profundamente as equivocadas declarações do ministro e manifesta sua indignação com mais esta atitude de homofobia institucional do governo Dilma Rousseff, cuja credibilidade para as políticas públicas de proteção da população LGBT parece estar a ponto de se esgotar por completo".
Segundo a ABGLT, a crítica à posição do governo federal sobre o assunto vai nortear a 3ª Marcha Nacional Contra a Homofobia, que acontece no dia 16 de maio, em Brasília (DF). "Vamos cobrar a conta de centenas de mortes e outras formas de violências praticadas contra milhões de brasileiras e brasileiros, em decorrência de sua orientação sexual e identidade de gênero", informou a entidade em comunicado divulgado após as declarações de Mercadante.

respondam essa seus religiosos fanaticos kk