sábado, 7 de abril de 2012

O sonho de ter um filho com o mesmo DNA.

Mais uma vez a GayTv traz uma matéria sobre filhos de pais homossexuais.


Gislaine Palmerino e Suzana Adachi estão juntas há quase cinco anos e sonham com um filho. Já tentaram a Inseminação uma vez e perderam a criança.

Agora, mais confiante, as meninas se preparam emocionalmente e financeiramente para mais uma tentativa. Organização e planejamento são elementos que não faltam para essas duas! Já visitaram a maternidade, conversaram com pais que fizeram Reprodução Assistida e encontraram uma escola para o filho que será mais que bem-vindo.

Fertilização In Vitro é popularmente conhecida como bebê de proveta. Significa controlar hormonalmente à ovulação, remover o óvulo do ovário e deixar o esperma fertilizar em um meio fluido. O ovo fertilizado é transferido para o útero da mulher.
 
 A GayTv deseja sorte para as meninas!



Conheça o primeiro hotel gay de Nova York



Escrito por Artur Luiz Andrade para o PANROTAS
Dica de Augusto Martins 


NOVA YORK - A maioria dos hotéis de Nova York se vende como gay-friendly (algo como receptivos ou amigáveis aos gays), já que a comunidade GLS (ou GLBT) é um dos motores da Big Apple e um nicho que muitos destinos desejam atualmente. A cidade ganhou agora seu primeiro “hotel para gays”, ou como está em seu material de divulgação um hotel straight-friendly (ou amigável com os heteros). Feito para gays, recebe também hóspedes com outras preferências sexuais.

Trata-se do The Out NYC, que também segue a linha de resort urbano. Horizontal (são apenas três andares), com muitos espaços abertos (raridade em Nova York) e apenas 105 apartamentos (mantendo um estilo butique), o The Out tem ainda um clube badalado, o XL Nightclub, Cabaret & Lounge, e em breve o restaurante KTCHN, dos mesmos donos do não menos badalado Eatery.

Fica na rua 42, mas salutarmente afastado do burburinho da Times Square. Está entre as avenidas 10 e 11, no extremo oeste de Manhattan, logo depois do Theatre Row, que reúne alguns teatros off-Broadway. Ou seja, dá para caminhar perfeitamente até a Times Square e qualquer teatro da Broadway, mas ao mesmo tempo, fica-se um pouco mais afastado do sobe e desce de turistas. O assessor de comunicação do hotel, Matthew Levison, conta que a região de Hells Kitchen, onde fica o hotel, vem se tornando novo point GLS, seja pela presença de bares para esse público ou porque muitos gays estão se mudando de Chelsea por conta do alto custo da principal área gay de Nova York.


DIFERENCIAIS



Como um resort, o The Out NYC quer que o hóspede desfrute mais das dependências do hotel, daí a presença de um nightclub completo (tem happy hour, espaço para shows, incluindo de drags e dançarinos, e vira uma pista de dança fervida depois da meia-noite, com direito a área vip e banheiro fashion), do restaurante a ser aberto e de espaços ao ar livre (e também alguns climatizados, para o inverno) espalhados pelo prédio. Há até uma área que se destina a casamentos gays (e heteros também).

Em breve serão abertos oito quartos no estilo hostel. Cada um terá quatro camas e um banheiro. E o hóspede paga pela cama, dividindo o quarto com outros três visitantes. A tarifa para essa modalidade é de US$ 99 por cama, enquanto as tarifas promocionais normais começam em US$ 250.

O The Out NYC tem também spa (por enquanto com uma sala de tratamentos), saunas seca e a vapor, fitness center, salas para reuniões, business center e área climatizada com jacuzzi e cabanas. Um concierge dá as dicas sobre os eventos, festas e endereços gays mais badalados da cidade.

O hotel tem David Lopez como gerente geral. Confira mais fotos aqui ou no site do hotel: WWW.theoutnyc.com.

E-mail: info@theoutnyc.com.                      

Transexual afastada do Miss Universo conquista o direito de voltar à competição

Por Élio Farias / Equipe Homorrealidade
A canadense Jenna Talackova, de 23 anos, conseguiu o direito de participar do Miss Universo e poderá ser a primeira transexual declarada a competir no concurso de beleza. Ela chegou a ser considerada desqualificada para a competição quando foi descoberta trans e quando confessou ter mentido seu gênero de nascença ao preencher a ficha do concurso.
O regulamento especificava que as concorrentes deveriam ser nascidas naturalmente mulheres. Mas a modelo, que estava nas finais do Miss Canadá antes de ser afastada, contratou um advogado para apelar contra a decisão. Além disso, reuniu mais de 28 mil assinaturas de pessoas favoráveis à sua participação, numa petição iniciada pela internet.
 "Eu sou uma mulher! Não peço qualquer consideração especial, só quero o direito de competir", argumentou Jenna.
O apelo popular e a repercussão na imprensa deram resultado. A organização do concurso, de propriedade do bilionário Donald Trump, decidiu alterar o regulamento e permitir a participação de transexuais. Com isso, Talackova e qualquer outra transexual podem participar do concurso a partir de agora, contanto que passem primeiramente nas fases nacionais da competição e atendam aos requisitos legais de reconhecimento de gênero. O comunicado foi feito na última segunda (2).
Em entrevista a ABC News, a modelo contou ter iniciado a mudança corporal aos 14 anos, com o uso de hormônios, e que realizou a cirurgia de adequação sexual há quatro anos, quando tinha 19. Registrada originalmente como Walter, foi mais ou menos nessa época que também passou a ser reconhecida como Jenna.

Travesti morto em Goiás pode ter sido vítima de enfermeira que aplicava lubrificante da avião


Visto no R7
A polícia está investigando se o travesti Mateus Vieira, de 21 anos, que morreu em Goiânia, foi mais uma vítima da enfermeira suspeita de aplicar lubrificante de avião nos pacientes.
Ele morreu de parada cardíaca em Goiânia, mas fez a aplicação em Osasco, na Grande São Paulo, onde morava. Vieira fez aplicações com a mesma substância usada pela enfermeira.
Uma das três vítimas da enfermeira no Rio teve alta do hospital da Polícia Militar, no centro do Rio, onde estava internada. As outras duas continuam internadas no hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na zona norte.
Na segunda-feira (9), novas testemunhas serão chamadas para prestar depoimento sobre o caso.
A enfermeira fazia aplicações de silicone industrial nas nádegas das pacientes por R$ 1.800, o trabalho era feito em quatro sessões. De acordo com testemunhas, a propaganda era feita no “boca a boca”.
Na casa da suspeita, a polícia apreendeu frascos de soro, medicamentos, luvas, agulhas, fotos, receitas e diversos cheques. Ela foi presa na última sexta-feira (30), mas foi solta menos de 24 horas depois, após a Justiça acatar o pedido de liberdade.
A enfermeira responde por lesão corporal, exercício ilegal da medicina, falsificação, corrupção e adulteração de produtos destinados a fins medicinais ou terapêuticos.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Holanda - Igrejas assinam documento que condena a homofobia.



Representantes de vinte igrejas da Holanda assinaram um documento que condena a discriminação e violência contra  homossexuais. A cerimônia de assinatura ocorreu na Catedral de Utrecht, no Dia Internacional contra a Homofobia, 17 de maio.

No documento, as igrejas firmaram o seguinte: “Não pensamos todos da mesma maneira sobre homossexualidade, mas estamos unidos na crença de que o ser humano foi criado à imagem de Deus e é precioso a Seus olhos. Por isso todos precisam ser tratados com respeito, de maneira pacífica e amorosa, e a violência contra homossexuais, sob qualquer forma, está fora de questão.”
Wielie Elhorst, da organização Landelijk Koördinatie Punt (LKP), que trata de questões sobre religião e homossexualidade, disse que o endosso do documento pelas igrejas representa um avanço, porque, segundo ele, as religiões têm influência sobre a violência mental e física contra homossexuais.
Elhorst afirmou que o fundamentalismo religioso atinge inclusive sacerdotes. “Na Letônia, por exemplo, um religioso teve que fugir para Londres porque era abertamente homossexual”, disse. “Ele foi ameaçado de tal
forma que a situação para ele no país se tornou insustentável.”

A Holanda está na vanguarda em relação à garantia dos direitos dos homossexuais.

Instagram libera preconceito contra pobres



Visto em MidiaMax 
Dica de Augusto Martins 


A chegada do Instagram ao Android veio acompanhada de uma onda de preconceito em relação a pessoas de baixa renda, associadas negativamente aos usuários do sistema operacional do Google.




Não foram poucos os internautas que disseram, em redes sociais como o Twitter ou em comentários em sites, que o aplicativo estava sendo inundado por pobres, usando a palavra de modo pejorativo. Por também estar em aparelhos que podem ser comprados a preços bem mais baixos, o Android tem uma penetração mais ampla na sociedade brasileira do que o iPhone. Isso tem levado a uma popularização dos smartphones no país e, consequentemente, à inclusão digital de milhões de pessoas. Qual é o problema nisso?


Mas muitos fãs dos smartphones da Apple, que se veem como uma elite descolada e inteligente, resolveram fazer piadas com os donos de celulares com Android. Sua chegada ao Instagram foi chamada negativamente de “orkutização” e pelo menos dois Tumblrs foram criados para criticar os novos usuários do aplicativo: o Android no Instagram e o Stragran pra Androids. Neles, aparecem imagens associadas a frases escritas com erros de ortografia.


O preconceito contra a população de baixa renda, exibido por esses internautas, não é diferente do que existe contra negros, homossexuais ou nordestinos.  É, sim, uma forma de racismo. O anúncio do Instagram para Android foi usado como mais uma maneira de menosprezar quem vive com dificuldade e precisa batalhar para comprar um telefone um pouco mais avançado – ou seja, a maior parte da população brasileira. Seria esse um resultado da avalanche recente de humor “proibidão”, da onda de achar que o que é politicamente incorreto é bacana? Talvez. O certo é que é uma piada sem graça.

Homofobia cresce: Paraná lidera novamente ranking de assassinatos de LGBTs na Região Sul



Visto na Revista Lado A
Dica de Augusto Martins 


Mais uma vez o Brasil está no topo do ranking dos assassinatos de LGBT, e o Paraná também não perdeu sua posição de estado do Sul que mais assassina lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. As informações são do Grupo Gay da Bahia (GGB) e foram divulgadas esta semana. Os dados levados a público pela organização não governamental baiana demonstraram um aumento no número de pessoas LGBTs mortas em 2011. Ao total, foram documentados 266 assassinatos homofóbicos no ano passado, 6 a mais do que em 2010, totalizando um aumento de 118% nos últimos seis anos, visto que em 2007, 122 crimes foram notificados pelo GGB.

O Brasil concentra atualmente 44% de todos os assassinatos de LGBT no mundo. Os EUA, por exemplo, possui 100 milhões a mais de habitantes e registrou apenas 9 assassinatos de travestis em 2011, enquanto aqui o número de pessoas trans brutalmente mortas foi de 98. O Paraná, por sua vez, apresentou o maior número de assassinatos da região Sul, 12 ao total, seguido pelo Rio Grande do Sul com 7, e Santa Catarina com 3.

O Grupo Gay da Bahia, que há mais de 30 anos coleta informações sobre homofobia no Brasil, divulga o relatório. A pesquisa aponta que a cada 33 horas um homossexual brasileiro foi barbaramente assassinado em 2011. De acordo com o Professor Doutor Luiz Mott, responsável pelo levantamento anual,  “a subnotificação destes crimes é notória, indicando que tais números representam apenas a ponta de um iceberg de crueldade e sangue. Como o Governo Federal se recusa a construir um banco de dados sobre crimes de ódio contra homossexuais, baseamos tal relatório em notícias de jornal e internet, que com certeza está longe de cobrir a totalidade desses sinistros”.

O Professor baiano finaliza afirmando que existe uma homofobia institucional, pois o governo brasileiro, mesmo com tantos dados, não garante a segurança das pessoas LGBT, tendo em vista que desde o Plano Nacional de Direitos Humanos 2, de 2002, um banco de dados sobre assassinato desta população estava estabelecido, e até hoje nada saiu do papel. Além da ausência de uma legislação que tipifique a homofobia como crime.

Magno Malta vê tentativa de criação de império homossexual no Brasil




Dica de Augusto Martins 
O senador Magno Malta alertou no dia 03 de abril, para a possibilidade de criação de “um império homossexual no Brasil”. De acordo com ele, o país não é homofóbico e os militantes gays estariam promovendo perseguição contra aqueles que não concordam com eles.
Ao criticar projeto que criminaliza a homofobia (PLC 122/2006), em tramitação no Senado, Malta reclamou que manifestações contrárias à homossexualidade serão punidas com mais rigor que as manifestações contrárias a qualquer outro grupo caso a proposta vire lei.
"Se você não aluga seu imóvel para um homossexual, ou não aceita o ato afetivo de um casal gay, pega sete anos de cadeia. Se demite ou não admite um homossexual na sua empresa, cinco anos de cadeia. Eu posso não alugar minha casa para um negro, eu posso demitir um portador de deficiência, eu posso não admitir gestos afetivos de um casal heterossexual na porta da minha casa e pedir que eles se beijem em outro lugar, longe dos meus filhos. Mas, se eu fizer isso com um casal homossexual, um simples boletim de ocorrência me levará para a cadeia".
Boa parte do pronunciamento de Malta na tribuna foi dedicada ao que chamou de “campanha contra o pastor Silas Malafaia”, um dos líderes da Assembleia de Deus. O religioso está sendo processado por se manifestar contra os organizadores da 15ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo, que levaram figuras de santos católicos em posições sensuais para a Avenida Paulista, em junho de 2011.
Em seu programa de TV, Malafaia teria aconselhado os católicos a “baixar o porrete” e “entrar de pau” nos participantes e organizadores. Para o procurador que atua no processo, ele teria se comportado como “assassino de homossexuais”.
De acordo com Magno Malta, como a acusação, tenta-se calar a posição contrária à homossexualidade adotada pelo pastor. Ele recordou o episódio em que um bispo da Igreja Universal chutou uma santa em um programa de TV, e, reprovando o ato, perguntou onde estão, hoje, os defensores da Igreja Católica que naquela época se voltaram contra os evangélicos.
Em aparte, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que conhece os autos do processo e o contexto da fala de Malafaia. Para ele, o pastor não queria incitar a violência física ao dizer “entrar de pau”, apenas teria usado um termo comumente usado no sentido de criticar com veemência, ou responder com forte crítica.
"Eu li tudo e acho que estão agindo com intolerância contra Malafaia, ele não estava incitando a violência física", disse.

Estudante processa escola por discriminação após usar camiseta dizendo "Jesus não é homofóbico"


Élio Farias/ Equipe Homorrealidade
Homossexual assumido, o estudante Maverick Couch resolveu usar uma camiseta com a frase “Jesus não é homofóbico” na escola de ensino médio de Waynesville, no estado de Ohio. A mensagem por trás da afirmação era óbvia. Ele estava fazendo uma crítica a “cristãos” que discriminam LGBTs com base na duvidosa premissa de que deus condena relacionamentos homossexuais. O problema é que o diretor da escola, Randy Gabhardt, parece ter tomado as dores dos criticados e resolveu inverter tudo. Segundo o estudante, ele foi chamado pela direção e ameaçado de suspensão nas duas vezes que resolveu usar a camiseta.
Sentindo-se discriminado, Maverick procurou o apoio de advogados e resolveu processar o diretor e a escola num tribunal do estado. O episódio ocorreu em abril de 2011, mas só agora a ação pode ser movida. Em entrevista para a WBTV, uma afiliada da FOX,  o aluno comentou seus motivos.
“Acho que a escola deve ser um lugar onde os estudantes possam ficar seguros e à vontade, um lugar onde todos possam aprender e aceitar uns aos outros. Não é certo quando esses direitos são desrespeitados”, afirmou.
O estudante, que já sofreu xingamentos e outras ações típicas de bullying homofóbico na escola, decidiu usar a camiseta para estimular o respeito entre todos os estudantes, gays ou heteros. Escolheu usá-la no “Dia Nacional do Silêncio” por ser a data em que a comunidade LGBT lembra as vítimas de perseguição e bullying homofóbico.
“Espero que a escola me ajude a criar uma ambiente de aceitação para garotos LGBT, não de punição”, desabafou.
Segundo a emissora, o diretor não quis comentar o caso à reportagem porque não tinha sido comunicado oficialmente sobre o processo. Sua única manifestação foi dada à organização Lambda Legal, voltada à defesa de LGBTs americanos, que chegou a mandar uma carta ao diretor logo após o episódio. A entidade afirmava que, conforme a legislação, Maverick tem o direito de usar a camiseta e que não poderia ser ameaçado de suspensão. Em resposta, o diretor afirmou que a camiseta tinha “mensagem de conteúdo sexual, indecente e inapropriado para a escola”.
Segundo o advogado do estudante, Christopher Clark, a escola de Waynesville violou a primeira emenda constitucional, que trata da liberdade de expressão.
“Sugerir que mensagem da camiseta é ofensiva, inapropriada ou sexual é realmente um tipo de humilhação à mensagem que Maverick queria passar no Dia do Silêncio”, argumentou à WBTV.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Cresce número de brasileiros gays no exterior que pedem asilo alegando homofobia


Por Janaina Garcia para o UOL
Dica do Querido Victor Maccari


Os pedidos de asilo político feitos por brasileiros gays que vivem no exterior passaram de três, em todo o ano de 2011, para 25 apenas nos três primeiros meses deste ano. A informação é da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais), que afirma ter remetido os casos à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

De acordo com o presidente da entidade, Toni Reis, os pedidos se referem a tentativas de asilo principalmente em países como Estados Unidos e Canadá, e ganharam força após notícias de violência contra homossexuais  em cidades brasileiras como São Paulo –onde diversos casos foram notícia, ano passado, sobretudo com a avenida Paulista de palco das agressões.

Segundo Reis, apesar de remeter à SDH os casos que chegam, a própria associação ainda não assumiu um posicionamento formal sobre esses pedidos. O motivo, diz ele, é a possibilidade de que parte dos autores desses pedidos se valham de casos recentes de violências contra homossexuais no Brasil como escudo a tentativas de asilo político tentados, mas não obtidos.

“Temos cartas de pessoas dizendo que não dá pra viver no Brasil, e sempre com a alegação de homofobia no nosso país. Antigamente endossávamos esses pedidos com um relatório de assassinatos de homossexuais --foram 3.500 ao longo de 20 anos--, além do fundamentalismo religioso de um Bolsonaro da vida”, disse Reis, referindo-se ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que provocou a ira dos defensores dos direitos LGBT, ano passado, com declarações polêmicas e consideradas ofensivas.

Para o militante, no entanto, o aumento de pedidos de asilo omite a adoção de políticas públicas específicas ao público LGBT, por exemplo, e a conquista de direitos civis, por meio do poder Judiciário, como a união estável garantida ano passado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).



Sabemos que algumas pessoas usam a questão da homofobia para tentar mesmo o asilo político. E não somos um Irã. Mas também é fato que os homofóbicos estão ‘saindo do armário’, o que torna um absurdo a homofobia ainda não ter sido criminalizada”, defende Reis. “Acho que ainda dá para viver aqui; se piorar, aí a gente vai mesmo ter que sair do país”, completou.

Não criminalização da homofobia


Para a presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Maria Berenice Dias, os pedidos de asilo não são uma novidade --mas o aumento deles, sim.

A advogada --uma das pioneiras, no Brasil, em direito homoafetivo-- considera, a exemplo do presidente da ABGLT, que a não criminalização da homofobia é a raiz de iniciativas como essa por parte de brasileiros residentes fora. “A homofobia pais é uma realidade social, e a ausência de uma legislação que a criminalize, por si só, já justifica esses pedidos de asilo”, definiu.

Na opinião da especialista, o avanço das tentativas de asilo não se revela medida extrema, mas, sim, “necessária”. “É medida necessária à medida em que se tem um número muito significativo de violência sem qualquer tipo de repressão. E acho até bom que esses asilos sejam concedidos, pois acabam até expondo o Brasil a um constrangimento --porque o Judiciário avança em termos de reconhecimento de direitos civis, mas na criminalização está difícil de avançar”, constatou a presidente da comissão.

Direitos Humanos


Procurada, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República informou, por meio de nota, que “tem trabalhado para enfrentar a violência homofóbica no Brasil de forma preventiva e repressiva”, seja por meio de campanhas institucionais ou em parcerias com veículos de comunicação, ou por meio de termos de cooperação com as secretarias estaduais de Segurança Pública.

A nota diz ainda que o governo brasileiro “cumpre com as recomendações das Nações Unidas e está realizando o levantamento dos dados de homofobia no Brasil” e ressalta que o cidadão pode denunciar casos pelo telefone 100, 24 horas por dia, anonimamente. Esses dados, continua a SDH, “demonstram que o Brasil desenvolve políticas públicas para que a população LGBT não seja obrigada a sair do país devido a sua orientação sexual”.

Não foram informados, contudo, quais encaminhamentos foram dados a pedidos de asilo que a ONG ABGLT afirma ter repassado à SDH.
O advogado brasileiro André Aggi, 36, está desde novembro do ano passado em Vancouver, Canadá, e aguarda a concessão do asilo para não retornar mais ao país. “Não volto de jeito nenhum. Porque aí no Brasil eu serei pra sempre uma condição. Aqui, sou um ser humano”, desabafou, por telefone, em entrevista ao UOL.

Natural de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais, Aggi é um dos 25 homossexuais brasileiros que tentam este ano conseguir asilo em outros países de acordo com a ONG ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais). Sobre a volta ao país natal, o advogado é taxativo: enquanto a homofobia não for criminalizada nas leis brasileiras, a possibilidade de voltar não passa, nem de longe, por sua cabeça. No Canadá, Aggi --que também é ator-- está casado com um francês.

Abaixo, um relato do brasileiro --que foi informado, pela reportagem, da posição da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República a respeito do combate  à homofobia no país.

“Pedi asilo ao governo canadense em novembro de 2011, em razão da minha orientação sexual, e aguardo a minha audiência. Vim como turista. Se pedisse asilo no Brasil, acredito que nunca conseguiria.
Advoguei quatro anos e meio no Brasil, em Pouso Alegre. Não tinha dinheiro nem para uma consulta oftalmológica; aqui, mesmo ainda pleiteando o asilo, tenho seguro de saúde federal e consegui meu óculos de graça. Isso pra dizer o seguinte: falam que não tem homofobia no Brasil, mas tem, sim, nem que seja velada. E eu sentia isso mesmo para trabalhar.


Nesse tempo em que advoguei, tive 45 casos. Perdi um só: uma queixa-crime relacionada a discriminação por condição sexual.  Até de juiz, advogando, já ouvi piadinha por eu ser gay...

Eu morava no centro de Pouso Alegre e uma vez dois rapazes encapuzados me espancaram quando eu voltava para casa. Um deles colocou uma faca no meu pescoço e, perdão pela expressão, me disse: “Isso é pra você tomar vergonha na cara e deixar de ser viado”. Como esquecer isso?

Agora, quanto à Secretaria [de Direitos Humanos] dizer que combate a homofobia para que os gays, como eu, não sejamos obrigados a sair do país por conta de orientação sexual... sinceramente? Na prática não é absolutamente nada disso. Essa conversinha não convence. Digam isso aos juízes que zombavam de mim veladamente; digam isso aos tantos adolescentes que ainda sofrem bullying na escola todos os dias.


Aqui no Canadá o debate é tão mais avançado que você vê casais homossexuais andando nas ruas de mãos dadas, empurrando carrinho de bebê, com famílias já constituídas, sem ninguém olhando torto para eles. E não é pelo canadense ser ou não melhor que o brasileiro: é que aqui, e nos Estados Unidos, o homofóbico é um criminoso. É lei, não é questão de boa vontade.

E pela proteção que me deram, pela compreensão que tive do oficial de imigração aqui –perguntaram até se eu queria assistência psicológica, para você ter uma ideia --, digo que não volto de jeito nenhum. Porque aí eu serei pra sempre uma condição. Aqui eu sou um ser humano."

    "Ainda dá para viver aqui", diz presidente da ABGLT

O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais, Toni Reis, diz que a associação ainda não tem um posicionamento formal sobre os pedidos de asilo.

O motivo, diz, é a possibilidade de que parte dos autores desses pedidos se valham de casos recentes de violências contra homossexuais no Brasil como escudo a tentativas de asilo político tentados, mas não obtidos.

"Acho que ainda dá para viver aqui; se piorar, aí a gente vai mesmo ter que sair do país".

"Por onde andam os grupos gays?" Por Marcelo Cia



Por Marcelo Cia para o Mix Brasil
Dica de Augusto Martins 

 

O Brasil tem mais Paradas que os Estados Unidos. Há grupos LGBT em todos os estados da federação. Cidades com mais de 200 mil habitantes possuem seus grupos. E eles são de extrema importância. Especialmente àqueles que interferem diretamente na vida da população. E esses são cada vez mais raros. Muitos grupos voltaram suas atenções para questões políticas-partidárias e se esqueceram do dia-a-dia, do auxílio direto. Abaixo copio um e-mail que recebi ontem de um leitor:
"Preciso muito de ajuda. No dia 12/03/12 realizei a união estável homoafetiva. Eu e meu parceiro trabalhamos em uma empresa de telemarkting, recorremos a supervisão, coordenação e direção da empresa pedindo a licença gala. E a empresa nos humilhou na frente de todos dizendo: gays não tem direito a folga na união homoafetiva e não vamos abrir nenhuma exceção porque todos vão querer. E falaram mais: se vocês faltarem irão levar medidas disciplinares. No dia que oficializamos nosso amor trabalhamos e não ganhamos nem um dia de folga. Peço por favor que me ajude pois não sei o que fazer, estamos muitos tristes pois estamos sofrendo pressão psicológica para pedir as contas e a empresa alegou que não tem preconceito pois trabalham muitos gays na empresa. Depois que viram que a operação toda causou tumulto, me chamaram e falaram que iam entrar em contato com o advogado da empresa e que vão dar ver se podem nos dar os dias, porém isso não pode ficar assim se não outros gays também vão sofrer o mesmo preconceito. Me ajude, como devo agir?"
Esse é um caso clássico de uma pessoa que precisa de uma ajuda especilizada e poderia encontrá-la em um grupo gay organizado. Outros tantos precisam de ajuda psicológica, pedagógica, de segurança.... E onde essas pessoas vão? Os grupos se fecharam em si, fecharam suas portas para o público. Não são todos, é claro. Mas me diga aí: você sabe onde fica o grupo gay de sua cidade?

ABSURDO: grupo anti-gay da Libéria distribui "lista negra"


Visto no TVi24
Um grupo homofóbico liberiano distribuiu panfletos no último fim-de-semana com uma lista de pessoas que apoiam os direitos dos homossexuais no país. Um dos membros do grupo disse que o objetivo é "apanhá-las uma por uma" e "puni-las".
De acordo com a agência AP, esta lista foi divulgada em algumas partes da capital do país, Monrovia, e tinha a assinatura do Movimento Contra os Gays na Libéria (MOGAL, na sigla em inglês). 
"Depois de um investigação apurada, estamos convencidos que a lista dos indivíduos abaixo são gays ou apoiantes do grupo que não significa o bem para o nosso país", lê-se nos panfletos. "Por isso, concordámos persegui-los usando todos os meios". 
"Vamos apanhá-los um por um", disse à AP Moses Tapleh, um jovem de 28 anos que disse fazer parte do MOGAL, acusando os homossexuais de quererem prejudicar a Libéria. 
Quando questionado sobre o que será feito às pessoas que constam da lista, Tapleh disse que poderão ser sujeitos a "punições", entre elas "chicoteamento e morte".
A distribuição destes panfletos é apenas mais um episódio de casos da homofobia crescente na Libéria. 
Em fevereiro foram aprovadas duas leis que tornam a homossexualidade punível com cadeia. 
A presidente do país, Ellen Johnson Sirleaf, que foi Nobel da Paz em 2011, fez também declarações preocupantes sobre a matéria, manifestando-se favorável à manutenção das leis que atualmente criminalizam a "sodomia voluntária".

Após morte de jovem gay, Chile aprova lei antidiscriminação

Visto na Folha
Com informações do France Presss
A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta quarta-feira (4) a maioria dos artigos de uma lei que pune a discriminação por orientação sexual ou religiosa. A medida foi aprovada após a morte de Daniel Zamudio, jovem homossexual morto após ataque de um grupo suspeito de ser neonazista.
A lei tramitava no Congresso desde 2005 e foi aprovada oito dias após a morte de Zamudio, 24, que ficou internado três semanas em um hospital de Santiago e causou comoção na população chilena.
O texto assinala que "se entende por discriminação arbitrária toda distinção, exclusão ou restrição sem justificativa razoável efetuada por agentes do Estado ou particulares que cause privação, perturbação ou ameaça ao exercício legítimo dos direitos fundamentais".
A lei cita discriminação por "motivos de raça ou etnia, nacionalidade, situação socioeconômica, idioma, ideologia ou orientação política, religião ou credo, participação em organizações gremiais, sexo, orientação sexual, identidade de gênero, estado civil, idade, filiação, aparência pessoal e doença ou incapacidade".
A Constituição chilena consagra o princípio de igualdade, mas não estabelecia sanções específicas contra atos de discriminação. 
 
Diferença Viva: Quantos homossexuais teram que morrer para que o Brasil tome vergonha e aprove logo a 
PLC 122, para que finalmente a homofobia seja crime, graças a bancada evangelica os homossexuais podem ser mortos sen o menor problema, e agora eles vem criar a cura gay, como se o homossexualismo fosse uma deonça, doentes sao esses religiosos que so ficam dizendo mentira e esse povo burro acreditando cada vez mais.
Parabens Brasil, é assim que vc pra traz. 

"Mais importante que beijo gay é mostrar afeto entre pessoas do mesmo sexo", diz autor da Record


O autor Lauro César Muniz, que já escreveu novelas globais como "Roda de Fogo" e "O Salvador da Pátria", se prepara agora para estrear seu novo folhetim na Record, “Mascaras”.

Em entrevista à Folha.com, o autor falou sobre seu novo trabalho e criticou a maneira como sua ex-emissora, a TV Globo, trata os homossexuais.

“A Globo está contando histórias da carochinha, inclusive com um certo preconceito até, em relação a homossexualismo [sic]. A caricatura do homossexual é sempre uma forma preconceituosa. É um retrocesso ao trabalho feito pela telenovela ao longo do anos, quando a gente mostrou que há uma possibilidade de você emergir os homossexuais como um grupo de pessoas absolutamente normais”, declarou.

Para o autor, é importante tirar os rótulos dos personagens homossexuais. “Temos que aceitar passivamente, tirando aquele rótulo terrível de doentes, de desvio, aquela bobageira toda que as religiões colocaram”.

Em defesa da Record, Muniz afirma que a emissora vai na contramão disso tudo e trata os homossexuais “muito bem”. “Nas novelas, todas em que apareceram, há personagens que são apresentados com dignidade, normalidade”, disse.

Sobre o beijo, o autor afirma que é “uma monumental bobagem” e nem um pouco surpreendente. “Mais importante é demonstrar o afeto entre duas pessoas do mesmo sexo. Isso que conta. O beijo é escândalo pouco. A gente já está cansado de ver esse beijo na parte das fotografias nas páginas dos jornais”.

Questionado a respeito do tabu que se formou em torno do tal beijo entre dois homens, Muniz acredita que é a ultima barreira a ser derrubada. “Mas não vai acrescentar nada. A hora que fizer o beijo gay, como fez o SBT, vai chegar à conclusão que não é nada, se a psicologia dos personagens não estiver aprofundada, tentando entender os reais problemas que esses novos humanos apresentam”, afirmou.

Lauro César Muniz alfinetou “Fina Estampa”, de Aguinaldo Silva, que teve o personagem homossexual e pintoso Crôdoaldo Valério (Marcelo Serrado). “É uma delícia esse personagem, mas é preconceituoso ao meu ver. Ele vira sempre o palhaço, o bobo da corte. Quando tem que fazer rir, o bobo da corte aparece e diverte a burguesia. Acho que é um péssimo exemplo, de comunicação fácil e preconceituosa”.

Ainda sobre a novela global, Muniz falou de seu colega de trabalho, o autor Aguinaldo Silva. “Ele fez excelentes novelas, e essa é a pior. Faz ainda sucesso, porque não tem outra coisa pra ver, então é isso mesmo”, disparou.

A nova novela de Lauro César Muniz, “Máscara" estreia no dia 10 e será ambientada em um transatlântico onde "pessoas viajam com outra identidade".

Fonte: A Capa

Igreja evangélica gay quer romper preconceito





Por Pedro Samora  para o site da Band
Dica de Augusto Martins 

A intolerância com os homossexuais é uma particularidade presente na maior parte das igrejas tradicionais. Apresentando a orientação sexual diferente como “coisa do demônio” ou "doença", as instituições religiosas ajudam a intensificar o já grande preconceito contra os gays.

Foi diante desse cenário, e com o objetivo de incluir o homossexual na religião, que a pastora Llana Holder e a cantora gospel Rosania Rocha, hoje casadas, fundaram a igreja evangélica Comunidade Cidade de Refúgio em junho do ano passado.

A igreja, localizada na Avenida São João, 1600, no centro de São Paulo, já conta com mais de 300 fieis, sendo muitos deles de famílias tradicionais, e já tem células em outras cidades e países.

Confira a entrevista do Portal da Band com a pastora Llana.

Quando surgiu a ideia de criar a Comunidade Cidade de Refúgio?


Eu e a minha esposa, a pastora Rosania, éramos da Assembleia de Deus. Ela, assim como outras igrejas, tem a visão de que a homossexualidade é fruto de opressão demoníaca e defende que isso é um problema que deve ser superado. Quando percebemos não era possível suprimir nossa orientação, percebemos que havia uma enorme quantidade de pessoas na mesma situação. Então, a Comunidade Cidade de Refúgio nasceu com esse objetivo: de resgatar essas pessoas e apresentar a elas um Deus que não as condene pela sua orientação.
Como se deu a escolha de São Paulo como sede?
A ideia inicial era fazer a Cidade de Refugio em Boston, nos EUA, onde nós morávamos. O objetivo era atender a comunidade brasileira que conhecíamos e que estavam fora da igreja. No entanto, tive que voltar para o Brasil por motivos pessoais. Foi aí que surgiu a ideia de fundar a igreja aqui. Ficamos cerca de dois anos procurando um lugar para começar o trabalho, quando enfim conseguimos esse local, na Avenida São Joao. Na época, não conhecíamos São Paulo e não sabíamos que essa Avenida é o centro da comunidade homoafetiva da capital, com muitos bares e boates. Foi uma feliz coincidência.
Quais as diferenças entre a Cidade de Refúgio e outras igrejas evangélicas?
Essa é uma dúvida muito comum entre as pessoas que vêm conhecer a igreja. Elas querem saber como funciona uma “igreja gay”. E a gente deixa bem claro: a Cidade de Refúgio não é uma igreja gay. É uma igreja de Cristo. E, assim como toda igreja deveria ser, ela aceita a todos. Mas aceita seguindo qual ótica? De que a pessoa vem e continua do mesmo jeito? Não, a pessoa tem que vir e se dispor a mudar tudo aquilo na vida dela que vai contra os princípios da palavra de Deus. Pregamos que, da mesma forma que um heterossexual que vive na promiscuidade e na safadeza não vai para o céu, o homossexual que fizer o mesmo também não vai. A mesma bíblia do hetero é a do homo.
Qual foi a reação das igrejas evangélicas tradicionais quando a Comunidade de Refúgio foi fundada?
Quando decidimos criar a Comunidade, já tínhamos noção de que seriamos bombardeadas por outras igrejas. Tanto eu quanto a minha esposa éramos duas pessoas conhecidas dentro da igreja e que resolveram assumir sua sexualidade, indo contra tudo que ela pregava. Então, as igrejas evangélicas fundamentalistas tinham que se levantar contra. Recebemos uma onda de criticas, muitas ligações ofensivas e muitas pessoas vieram reclamar na porta da igreja.
Houve algum tipo de manifestação violenta?
Chegamos a receber diversas ameaças e logo entramos em contato com a polícia. Hoje, conhecemos a polícia e o delegado da região. Em uma ocasião, inclusive, ele chegou a mandar viaturas para a porta da igreja. Existem também comunidades no Orkut que defendem a minha morte, planejam atentados contra a vida da minha esposa, contra a igreja. Mas, graças a Deus, não houve qualquer incidente.
E manifestações de apoio?
Recebemos muito apoio de outras igrejas inclusivas e de pastores que se levantaram para ajudar. Então, teve sim seu lado ruim, mas teve um lado muito melhor.
A igreja recebe muitas pessoas que foram vítimas de violência?
Infelizmente sim. Temos casos de pessoas que foram vítimas de violência doméstica por parte dos pais. Existem fiéis que chegam aqui sem ter aonde ir por que foram expulsos de seus lares. Há também casos de mulheres que foram agredidos pelo cônjuge quando assumiram sua sexualidade. E casos de pessoas que foram expulsas das igrejas pelo pastor por não serem bem-vindas.
O que a Comunidade Refúgio consegue fazer por essas pessoas?
Estamos com um projeto de uma ONG, a Mãos em Ação. Ela vem com o intuito de fazer o que a igreja não pode fazer. Por que como igreja, trabalhamos em nível de espírito. Só que existe a questão do trauma. E desse problema temos que lidar de forma profissional, através de psicólogos e analistas.
O projeto do governo de instalar o “kit gay” nas escolas é muito criticado. A igreja é a favor desse tipo de medida com o objetivo de reduzir a violência?
Os fundamentalistas acreditam que o fato de distribuir um “kit gay” nas escolas vai induzir as crianças a ser gays. Certa vez li uma frase interessante: “Quando eu era pequena meus pais me ensinaram a respeitar os índios, e não virei índio por causa disso”. Então, acho que a adoção da medida seria boa para o país. Hoje, as crianças aprendem desde pequena a criticar o homossexual, a serem homofóbicas, e por isso os gays sofrem tanto na sociedade. É preciso orientá-las.
Além de São Paulo, a comunidade pode ser encontrada em outras cidades?
Sim. Hoje, contamos com uma célula em Teresina, em Curitiba (PR), em Portugal e agora abrimos uma nova igreja em Londrina.
E a unidade que foi aberta em Porto Alegre (RS)?
A igreja que acaba de ser aberta em Porto Alegre não tem nada a ver com a gente. Eles estão usando nosso nome, nossa imagem, o que está trazendo uma proporção muito maior para eles.
Vocês vão tomar alguma atitude em relação à igreja? Há alguma possibilidade de fraternização?
Gravamos um vídeo para esclarecer ao nosso público que não temos nenhuma relação com essa igreja. Quanto à fraternização, infelizmente a incompatibilidade de visão impede isso. A nossa igreja não veio para levantar bandeiras. Já nas entrevistas com os pastores da igreja que foi aberta no RS, um deles aparece segurando uma bíblia e uma bandeira gay. Nunca você vai ver uma foto minha ou da Pastora Rosana segurando uma bandeira gay com o intuito de divulgar a igreja.
Existem planos para novas células pelo país?
Sim, temos o desejo de expandir. Mas uma coisa que uma igreja inclusiva tem que entender é que temos que escolher com cautela onde abriremos novas células. Isso por que o Brasil é o país mais homofóbico que existe no mundo. Não podemos colocar um casal de pastores ou pastoras na mira de uma população assim. Logo, nosso plano de expansão se concentra nas capitais ou cidades grandes onde já há mais aceitação, como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, entre outros.

Leandra Leal e Mariana Ximenes vivem romance lésbico no cinema



Antonia é uma jovem de vinte e poucos anos que vive um namoro estável com o seu parceiro Pedro, mas a paixão entre os dois estremece com a chegada de Luana, por quem Antonia se apaixona e se entrega a um intenso romance.

Daí por diante, sentimentos como sedução, angústias e medo do futuro tomam conta do caso e dão a tônica ao filme “O Uivo da Gaita”, que usa referências de gêneros clássicos para desvendar uma história de amor entre duas mulheres.

O drama lésbico traz as atrizes Leandra Leal e Mariana Ximenes em tórridas cenas de amor. Rodado em apenas sete dias no Rio de Janeiro, o longa-metragem é dirigido pela dupla Bruno Safafi e Ricardo Pretti e é coproduzido pelo Canal Brasil.

A estreia está prevista para o primeiro semestre de 2013 e faz parte do projeto "Operação Sônia Silk", que deve utilizar o mesmo elenco em outros dois longas-metragens.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Chega de mortes!


                                        


Assine a carta dos professores universitários do Brasil amigos de Cleides - e ajude a exigir que o Ministro da Justiça José Cardozo priorize uma resposta federal à crise de violência homofóbica que está afetando a vida de brasileiros e brasileiras – a começar por uma robusta investigação, com a punição do covarde que matou Cleides a sangue frio. A carta será entregue a Ministro - exigindo que ele investigue estes crimes imediatamente.

Em memória de Cleides Antonio Amorim e das vítimas da homofobia - já em 2012: Chegamos ao LIMITE.

LEA A CARTA DOS PROFESSORES EM REPUDIO AOS ASSASSINATOS LGBT NO BRASIL▼

Propaganda gay é uma questão política





Visto em Pravda
Dica de Augusto Martins

Depois da Assembleia de S. Petersburgo ter aceitado a lei que impõe multas por "propaganda gay" a menores, um grupo de legisladores russos decidiu promover essa iniciativa na Duma de Estado, onde há dias foi apresentado um projeto de lei sobre matéria. Os "democratas ocidentais" já chamaram-na de atitude descabida e preconceituosa. Os ativistas gays de S. Petersburgo ameaçam protestar contra lei local, até organizar piquetes perto das estabelecimentos infantis. 

A nível federal o projeto da lei foi introduzido na Duma Estatal (câmara baixa do parlamento russo) pelos deputados da cidade de Novosibirsk, na Sibéria. Se for aprovada, vai impor multas de até 5 000 rublos (cerca de US $ 170) para pessoas físicas e 250 a 500 mil rublos (cerca de 8 a 17.000 dólares) para as empresas que divulgam propaganda gay entre menores de idade.

A iniciativa provocou indignação de militantes dos direitos humanos que defendem os direitos das minorias sexuais. Estes asseguram que a lei visa reprimir a comunidade gay. Segundo o principal defensor dos direitos gays russo, Nikolai Alekseev, a lei, entrada em vigor em S. Petersburgo,  deve ser cancelada, pois, proíbe a promoção da homossexualidade e nada fala de heterossexualidade. De acordo com ativistas gays, esta formulação tem sinais evidentes de discriminação, o que é fácil de provar no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.



A reação da comunidade gay russa não termina aí. Anunciou a sua intenção de serem realizadas em S. Petersburgo "piquetes de natureza educacional". E não mais nem menos, perto de escolas e bibliotecas infantis. Há pouca dúvida que passará a ser realizada, aparentemente, desde jeito os gays decidiram irritar parlamentares "intolerantes".
Claro, que imediatamente, entre outros, o Departamento de Estado americano, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, o governo da Austrália e o Parlamento Europeu demonstraram grande preocupação com a lei. A Corte Europeia lembrou que não deve existir ambiguidade sobre o "direito individual de se identificar como gay, lésbica ou qualquer outra minoria sexual, e de promover seus direitos e liberdades".
Hugh Williamson, diretor do Human Rights Watch para Europa e Ásia Central, disse que "29 de fevereiro foi um dia obscuro para São Petersburgo e para a Rússia".

Mas a maioria dos russos não faz parte das preocupações dos democratas ocidentais. Bloggers e outros usuários da Runet, na sua maioria esmagadora, apoiam a iniciativa, uma vez reconhecendo o direito dos adeptos de homossexualismo de praticá-lo em cama, mas não publicamente. A maioria dos russos, entrevistados por centro de pesquisa Levada Centro em 2010, recusou a considerar a prática homossexual como as relações normais. 74 por cento acreditam que gays e lésbicas são as pessoas moralmente frouxos ou com deficiência mental (em 1998 — 68 por cento). Apenas 10 por cento reconhece a homossexualidade ser igual a tradicional orientação sexual.

A Igreja Ortodoxa Russa também aprova a lei. Hieromonge Dmitry Pershin, popular líder da Igreja Ortodoxa Russa, fez um apelo à Duma para que a norma seja adotada em todo o país. Segundo ele, a lei deve entrar em vigor "sem atrasos" para impedir a "promoção da homossexualidade a menores"."A lei aprovada em São Petersburgo vai ajudar a proteger crianças de informações manipuladas por minorias que querem promover a sodomia", disse Pershin. " A persistência dessas minorias indica que essa lei local é muito necessária e deve ser urgentemente aprovada em âmbito federal".


Quanto a opinião do governo russo, pode-se citar o primeiro-ministro russo Vladimir Putin, que em geral defende tolerância, mas permanece sendo criticado por não ajudar paradas- gays do declínio da população russa. "Minha atitude está relacionada com minhas obrigações de serviço e reside no fato de que um dos maiores problemas na Rússia é o problema demográfico", ironizou Putin. " Mas eu respeito, vou respeitar a liberdade do indivíduo em todas as suas manifestações ", continuou. 

Por sua parte, Maksim Shevchenko, o jornalista russo e ativista político, disse: "A propaganda homossexual no mundo moderno é uma questão política. Toda esta promoção da homossexualidade é uma tentativa de alterar a profundidade da natureza humana e ética humana. Portanto, a luta contra esta propaganda pública não é homofobia e intolerância dos outros, mas a luta contra um ataque político asfixiante, realizando contra nós como pessoas com identidade sexual, étnica, política, religiosa, e seres humanos no sentido clássico da palavra. A luta contra a propaganda homossexual é combater aqueles que dizem que vão espalhar a homossexualidade, que querem que deixemos de ser homens, soldados, de amar mulheres. Nós não nos permitiremos mudar. Vamos resistir. Esta resistência será de natureza política".



Lyuba Lulko
Pravda. Ru

Empresa Aérea LAN lança site e roteiros para turistas gays



"A diversidade está em cada recanto da América do Sul" diz uma das chamadas do novo site da companhia aérea LAN voltado exclusivamente para o público de orientação sexual diferente.

A aposta da empresa para atrair turistas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) é feita com roteiros incluindo Buenos Aires, Santiago, no Chile, e Lima, no Peru.

A companhia também incluiu o Brasil como roteiro da diversidade incluindo as Cataratas do Iguaçu, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em 2009, a LAN tornou-se a primeira companhia da América Latina a desenvolver campanhas especialmente dirigidas para a comunidade de orientação sexual diferente.

Desclassificada do Miss Universo Canadá por ter nascido homem ganha direito de voltar para o concurso após campanha



A modelo Jenna Talackova, desclassificada do Miss Universo Canadá no mês passado por ter nascido homem, ganhou o direito de voltar para o concurso. Mais de 25 mil pessoas participaram de um abaixo-assinado online, pedindo o retorno da jovem de 23 anos.

Nesta segunda-feira, os organizadores do Miss Universo Canadá emitiram um comunicado dizendo que Jenna poderia voltar para o concurso, desde que atendesse aos “requisitos de reconhecimento de gênero”.

“A Organização Miss Universo permitirá que Jenna Talackova participe como concorrente, desde que atenda aos requisitos legais de reconhecimento de gênero no Canadá e as normas estabelecidas em outras competições internacionais”, diz o comunicado.

Fonte: extra.globo
 
 

"Mais importante que beijo gay é mostrar afeto entre pessoas do mesmo sexo", diz autor da Record



O autor Lauro César Muniz, que já escreveu novelas globais como "Roda de Fogo" e "O Salvador da Pátria", se prepara agora para estrear seu novo folhetim na Record, “Mascaras”.

Em entrevista à Folha.com, o autor falou sobre seu novo trabalho e criticou a maneira como sua ex-emissora, a TV Globo, trata os homossexuais.

“A Globo está contando histórias da carochinha, inclusive com um certo preconceito até, em relação a homossexualismo [sic]. A caricatura do homossexual é sempre uma forma preconceituosa. É um retrocesso ao trabalho feito pela telenovela ao longo do anos, quando a gente mostrou que há uma possibilidade de você emergir os homossexuais como um grupo de pessoas absolutamente normais”, declarou.

Para o autor, é importante tirar os rótulos dos personagens homossexuais. “Temos que aceitar passivamente, tirando aquele rótulo terrível de doentes, de desvio, aquela bobageira toda que as religiões colocaram”.

Em defesa da Record, Muniz afirma que a emissora vai na contramão disso tudo e trata os homossexuais “muito bem”. “Nas novelas, todas em que apareceram, há personagens que são apresentados com dignidade, normalidade”, disse.

Sobre o beijo, o autor afirma que é “uma monumental bobagem” e nem um pouco surpreendente. “Mais importante é demonstrar o afeto entre duas pessoas do mesmo sexo. Isso que conta. O beijo é escândalo pouco. A gente já está cansado de ver esse beijo na parte das fotografias nas páginas dos jornais”.

Questionado a respeito do tabu que se formou em torno do tal beijo entre dois homens, Muniz acredita que é a ultima barreira a ser derrubada. “Mas não vai acrescentar nada. A hora que fizer o beijo gay, como fez o SBT, vai chegar à conclusão que não é nada, se a psicologia dos personagens não estiver aprofundada, tentando entender os reais problemas que esses novos humanos apresentam”, afirmou.

Lauro César Muniz alfinetou “Fina Estampa”, de Aguinaldo Silva, que teve o personagem homossexual e pintoso Crôdoaldo Valério (Marcelo Serrado). “É uma delícia esse personagem, mas é preconceituoso ao meu ver. Ele vira sempre o palhaço, o bobo da corte. Quando tem que fazer rir, o bobo da corte aparece e diverte a burguesia. Acho que é um péssimo exemplo, de comunicação fácil e preconceituosa”.

Ainda sobre a novela global, Muniz falou de seu colega de trabalho, o autor Aguinaldo Silva. “Ele fez excelentes novelas, e essa é a pior. Faz ainda sucesso, porque não tem outra coisa pra ver, então é isso mesmo”, disparou.

A nova novela de Lauro César Muniz, “Máscara" estreia no dia 10 e será ambientada em um transatlântico onde "pessoas viajam com outra identidade".

Fonte: A Capa

terça-feira, 3 de abril de 2012

Gays se submetem a provas 'humilhantes' nas Forças Armadas turcas


Visto no Estadão
Com informações de BBC
O serviço militar é obrigatório para os homens na Turquia, e eles são dispensados se forem doentes, portarem deficiências ou se forem homossexuais. Mas provar a orientação sexual pode ser humilhante.
"Me perguntaram quando tive relações sexuais anais, sexo oral e com quais tipos de brinquedos eu brincava quando criança", disse Ahmet, um jovem na casa dos 20 anos de idade.
Ele disse aos comandantes militares, na primeira oportunidade após ser convocado, que era gay. Ele e outros foram então submetidos a testes de sanidade.
"Eles me perguntaram se eu gostava de futebol, usava roupas femininas e perfume. Eu não havia cortado a barba havia uns dias e me disseram que eu não parecia como um gay normal", disse Ahmet.
Pediram que mostrasse uma foto dele vestido de mulher.
"Recusei o pedido e fiz outra oferta. Uma foto minha beijando outro homem", afirmou.
Ahmet espera conseguir com isso o "certificado rosa", que o declarará homossexual e o livrará do serviço militar.
Provas
A presença de gays vem sendo cada vez mais notada nas grandes cidades turcas nos últimos anos. Cafés e clubes com uma clientela abertamente gay existem em Istambul e uma grande parada gay ocorre no verão, a única em um país predominantemente muçulmano.
Mas enquanto não há leis específicas contra homossexuais na Turquia, homens abertamente gays não são aceitos nas Forças Armadas.
Gokhan, que teve que se submeter à "prova" de orientação sexual ao final da década de 1990, disse ter percebido rapidamente que não havia sido feito para o Exército.
"Tinha medo de armas", diz ele. Gokhan fala que tinha medo de ser maltratado e, após uma semana, teve coragem de declarar sua orientação sexual ao comandante.
"Me perguntaram se eu tinha alguma foto. E eu tinha", afirma.
Ele havia se preparado com fotos explícitas de si mesmo fazendo sexo com outro homem, tendo ouvido que seria impossível de outra forma escapar do serviço militar.
"O rosto deve ser visível. E as fotos precisam te mostrar como o parceiro passivo."
As fotos foram o suficiente para convencer os médicos militares e Gokhan recebeu seu "certificado rosa" e a isenção do serviço militar. Mas diz que foi uma experiência terrível.
"E ainda é terrível. Porque alguém tem essas fotografias. Elas podem ser mostradas na minha vila, aos meus pais e parentes", diz ele.
Homens gays dizem que as provas que são pedidas a eles dependem do humor dos médicos militares ou dos comandantes. Por vezes, em vez de fotos, eles são submetidos a "testes de personalidade".
Ética
O Exército turco não respondeu ao pedido de entrevista da BBC, mas um general aposentado, Armagan Kuloglu, aceitou comentar o caso.
Homens abertamente gays no Exército causariam "problemas disciplinares" e seria pouco prático mantê-los, com a necessidade de construção de "instalações separadas, como dormitórios, banheiros e áreas de treinamento".
Ele diz que se um homem gay mantém em sigilo sua orientação sexual, um eco do procedimento há pouco abandonado nos EUA, ele pode servir.
"Mas quando alguém chega dizendo ser gay, o Exercito precisa se certificar de que ele é mesmo o que diz ser e não alguém tentando se livrar do serviço militar", afirma.
Mas a situação causa mal-estar entre os médicos.
"Médicos sofrem grande pressão de seus comandantes militares para diagnosticar homossexualidade e eles obedecem, apesar de não existirem mecanismos para detetar a orientação sexual", diz um psiquiatra que trabalhou no passado em um hospital militar.
"É clinicamente impossível e nada ético", afirma.
O "certificado rosa" de Gokhan afirma que ele tem "desordem psicossexual" e, ao lado, em parênteses, "homossexualidade".
O serviço militar é obrigatório na Turquia para todos os homens com mais de 20 anos de idade, dura 15 meses para quem não é formado e 12 para que é.
Os hospitais militares turcos ainda definem a homossexualidade como uma doença, adotando uma versão de 1968 da Associação Psiquiátrica Americana como guia.
Alguns na Turquia dizem com ressentimento que os gays têm, na realidade, sorte por ter pelo menos uma rota de escape do serviço militar e não correm o risco de serem enviados para lutar contra militantes curdos.
Mas para homens abertamente gays, a vida pode ser difícil.
Mas não é incomum para os empregadores turcos verificarem o histórico militar dos potenciais candidatos e um "certificado rosa" pode significar rejeição.
Um dos empregadores de Gokhan descobriu o documento ao entrar em contato diretamente com o Exército.
Ele passou então a sofrer intimidações. Seus colegas faziam comentários jocosos e outros se recusavam a conversar com ele.
"Mas não tenho vergonha. A vergonha não é minha", diz ele.
Ahmet ainda espera pela resolução de seu caso. O Exército adiou a decisão sobre o certificado rosa por mais um ano.
O jovem diz que é porque ele se recusou a vestir roupas de mulher. E não sabe o que esperar quando aparecer novamente no local.
Ele diz que não poderia simplesmente cumprir suas obrigações militares em sigilo.
"Sou contra todo o sistema. Tenho uma obrigação com a nação e eles devem me dar uma alternativa não militar", afirma ele.