sábado, 28 de julho de 2012

Ex-seminarista gay e pastora hétero abrem igreja em Bauru


Publicado na Folha
Na adolescência, o encarregado de loja Aloisio Pereira da Silva Júnior, 28, procurou a Igreja Católica porque acreditava que poderia "curar" sua homossexualidade.
Chegou a ser seminarista, mas, 15 anos depois, resolveu procurar outra forma de expressar sua religiosidade após seu namoro com um homem não ser bem aceito.
No domingo passado, o agora reverendo Júnior inaugurou a primeira igreja gay de Bauru (a 329 km de São Paulo), a Igreja Inclusiva Monte da Adoração. O culto inicial reuniu cerca de 50 pessoas em um salão alugado no tradicional bairro Jardim Bela Vista.
A Monte da Adoração é pentecostal e, além de Júnior, é conduzida por uma pastora heterossexual, Cristina Gonçalves, 54, dissidente de uma igreja evangélica.
O empresário Fulvio Signorini, 35, esteve presente no primeiro culto. Evangélico e gay, diz que procurou várias igrejas em que sua orientação sexual não provocasse constrangimento, sem sucesso.
Segundo Júnior, 30% dos 50 fiéis são homossexuais. Eles já se encontravam em casas antes. "Nosso objetivo maior é o evangelismo", diz.
A Monte da Adoração está finalizando seu estatuto. Depois disso, será registrada em cartório. A cidade tem cerca de 700 igrejas evangélicas.
O novo templo não foi bem recebido pelo Conselho de Pastores Evangélicos de Bauru. O presidente, Ubiratan Cássio Sanches, diz que não é possível "deixar de pregar contra a mentira, a corrupção, a homossexualidade e a pedofilia".
O bispo local, Dom Caetano Ferrari, faz ressalvas. "Não vejo necessidade de abrir uma igreja inclusiva para os homossexuais, porque esses fiéis não estão excluídos da igreja".
Nos EUA, as igrejas inclusivas existem há 40 anos. No Brasil, desde a década de 1990.

Escócia deve aprovar casamento entre pessoas do mesmo sexo




Publicado na Agência LGBT 
O governo da Escócia anunciou que vai  permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Com a medida, a Escócia é a primeira região do Reino Unido a aprovar uma legislação para este tipo de casamento. 
A vice-primeira-ministra escocesa, Nicola Strugeon, afirmou que esta legislação é a correta para um governo que está comprometido em fazer da Escócia um país justo e igualitário.
No entanto, a legislação foi duramente criticada por algumas organizações religiosas.
O governo afirmou que estas organizações terão o direito de escolher entre realizar uma cerimônia de casamento entre pessoas do mesmo sexo ou não.

Primeiro-ministro britânico David Cameron apoia casamento gay, inclusive no religioso




Publicado no A Capa
O primeiro-ministro britânico David Cameron, do Partido Conservador, teria dado "fortes sinais" de que, pessoalmente, apoia a liberação dos casamentos de mesmo sexo às religiões que quiserem realizá-los na Inglaterra e no País de Gales.
A informação vem do grupo Out4Marriage, que se reuniu ontem com o primeiro-ministro em um evento na Downing Street, em Londres, rua onde se localiza o escritório do político. Membros da organização que discutiram ontem com Cameron a proposta do casamento igualitário informaram que ele está convencido de que as religiões que não queiram realizar casamentos gays devem ter protegido seu direito de não os realizarem, embora tenha demonstrado ansiedade para um debate na Igreja Anglicana, por saber que há clérigos que ficariam felizes de casar gays.
Ainda segundo os membros da Out4Marriage, o líder do governo teria deixado a nítida impressão de que ficaria satisfeito em apoiar outras religiões e instituições que quiserem celebrar essas uniões. Cameron disse, porém, que um debate sobre o assunto ainda precisa acontecer. A recepção do primeiro-ministro na Downing Street, por sinal, foi marcada pela presença de um grande número de clérigos anglicanos.

Evangélicos se unem contra ex-relatora de lei anti-homofobia


Publicado no ParouTudo
Dica de Augusto Martins
Por Welton Trindade
Guerra eleitoral em Porto Velho entre defensores de direitos humanos e os evangélicos homofóbicos. Pastores da capital de Rondônia têm incentivado os seus rebanhos a não votar na candidata à prefeitura Fátima Cleide (PT).
Usam contra Fátima os fatos de ela ter sido relatora no Senado do PLC 122/06, projeto de lei que criminaliza a homofobia, e de defender direitos iguais para LGBT.
O site Rodonotícias conversou com o pastor Maurício Brito, da cidade. Veja o nível da argumentação do religioso: “a luta [de Fátima] continua em defesa da PL 122/2006, como também a apologia ao movimento gay é incessante. A bandeira mais levantada por ela parece ser a luta pelos ‘direitos’ dos que são viciados em homossexualismo.”
Que LGBT e pessoas do bem se unam, por outro lado, contra tanta deturpação e falta de respeito a uma luta democrática, que é o trabalho pela igualdade de direitos! Mostremos que votamos conscientemente!

Pesquisa: gays viajam mais e têm mais gadgets


Publicado na Band
Dica de Augusto Martins

Uma pesquisa realizada com internautas e divulgada na terça-feira (24) pelo Instituto QualiBest revelou que os homossexuais têm hábitos de vida que incluem maior interesse por viagens. Entre eles, 49% declararam ter viajado a passeio pelo Brasil três ou mais vezes, nos últimos dois anos, e 27% disseram ter ido ao exterior com a mesma frequência. Com relação aos heterossexuais, essas taxas caem para 44% e 22%, respectivamente.
Quanto aos hábitos de consumo, o estudo do QualiBest revela que uma grande parcela dos homossexuais (62%) não possui automóvel, percentual que cai para 55% entre os heterossexuais.
Mas uma grande curiosidade é que, apesar da maioria não possuir carro, os homossexuais compram mais aparelhos GPS (32%) – equipamento que tem presença entre apenas 29% dos respondentes heterossexuais.
Quando o assunto envolve produtos e serviços de tecnologia, os homossexuais saem à frente. Com relação ao acesso à internet, 60% deles têm conexão wireless e 31% possuem modem de banda larga 3G – percentuais que ficam em 57% e 27%, respectivamente, entre os heterossexuais.
Os smartphones também têm mais presença na vida dos homossexuais, alcançando 47% dos entrevistados. Questionados sobre este item, apenas 40% dos heterossexuais dizem ter aparelhos inteligentes. Em casa, mais homossexuais (52%) têm TVs de LCD ou Plasma, taxas que caem para 49% entre os demais participantes da pesquisa.
Quanto aos equipamentos de informática, os gays também têm mais tablets (15%), notebooks (69%) e webcams (76%). Entre os demais internautas, tais produtos estão presentes no dia a dia de 11% (tablets), 64% (notebooks) e 72% (webcams) dos entrevistados.
O amplo interesse pelo consumo tecnológico e por viagens pode ser o responsável pelos homossexuais recorrerem mais aos serviços de crédito. Enquanto 30% deste público possui empréstimos, apenas 27% dos heterossexuais diz utilizar recursos deste tipo.
O levantamento
O Instituto QualiBest realizou a pesquisa com 17.876 internautas, entre homens e mulheres com mais de 16 anos, pertencentes às classes A, B e C. Dentre estes, o estudo apurou um total de 649 homossexuais – o que representa 3,63% dos internautas da amostra –, com maior presença de pessoas entre 20 e 44 anos, majoritariamente da classe B.
Questionados sobre o estado civil, apenas 12% dos homossexuais se declaram “casados”, contra 33% dos heterossexuais. Mas uma grande diferença, segundo o estudo, está entre os homens e as mulheres homossexuais, pois 20% dos “casados” são do sexo feminino, diante de apenas 7% dos entrevistados do sexo masculino.
A religião é outro ponto que apontou muita diferença na pesquisa, pois apenas 55% dos homossexuais em geral disseram ter religião, contra 70% de heterossexuais de ambos os sexos.

Com 110 candidatos, 2012 terá a campanha 'mais gay' da história


Publicado na Folha
De acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) 110 candidatos ligados ao movimento LGBT - como gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis - disputarão as eleições municipais em outubro deste ano, o maior número de candidatos gays já registrados no Brasil.
Segundo o presidente da ABGLT, Toni Reis, o número representa um avanço histórico para a categoria, e demonstra não só a diminuição do preconceito por parte da sociedade, como também o fortalecimento da categoria. "Claro que ainda sofremos discriminação, mas isso demonstra o crescimento do nosso movimento em todas as cidades do Brasil", afirmou.
Satisfeito com os números, Toni acredita ainda que a quantidade de candidatos do movimento pode aumentar. "Ainda vamos descobrir novos candidatos, que às vezes não têm relação com nenhuma associação, ou está em uma cidade muito afastada, mas que é assumidamente gay", afirma o presidente da associação. Segundo Toni, com os novos candidatos, a lista pode chegar a 150 nomes. "E queremos eleger pelo menos 10%", diz. Caso a meta seja cumprida, o número de candidatos gays eleitos passará de oito, como em 2008, para 15, um aumento de 53,3%.
Em 2008, levantamento feito pela ABGLT listou 112 candidatos ligados ao movimento, mas a maior parte desses era de postulantes "aliados". Segundo Toni, o levantamento dos aliados, candidatos que se comprometem a apoiar o movimento, ainda não foi feito, mas deve crescer, a exemplo do número de candidatos gays.
Candidato único
Dos 110 candidatos, apenas um disputará a eleição majoritária. Renan Palmeira (Psol) tentará se eleger prefeito de João Pessoa e para isso pretende superar o preconceito.
"Há uma parte da sociedade mais conservadora, raivosa, que produz um movimento contrário à minha campanha, mas já consegui quebrar a barreira da estereotipização, de ser uma candidatura marcada por apenas uma bandeira, e mostrei que temos diversas outras lutas", disse.
Apesar do ânimo de Renan com sua candidatura, Toni afirma que ainda vê distante a possibilidade de um prefeito homossexual ser eleito. "Acho que vai demorar ainda uns 50 anos para vermos isso. Tenho muitos amigos que são políticos, mas que não saem do armário com medo, porque sabem o que isso pode representar."
Porém, para o candidato do Psol, mesmo se não vencer a eleição, sua candidatura traz um significado especial. "O valor pedagógico, de trazer uma candidatura com esse tema para a eleição, de dar visibilidade a isso, representa muito", declarou.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Escola teria tentado impedir estudante transgênero de fazer prova


Publicado no Terra
Uma jovem transgênero britânica afirma que teve que mostrar uma cópia da lei contra discriminação sexual para poder fazer o exame GCSE (uma espécie de "Enem" britânico). Ashlyn Parram, 16 anos, usava roupas femininas - como saia e meia-calça - e estava sendo impedida de fazer a prova pelos professores, que a mandavam ir para casa. As informações são do site do jornal inglês The Sun.
Segundo a adolescente, ela foi com uma cópia da lei à sala do diretor da academia Giles, em Boston (Lincolnshire), e só então foi permitida a fazer a prova - mas, mesmo assim, longe dos outros estudantes, no fundo de um ginásio da escola.
"A maneira que Ashlyn tem sido tratado pela escola é apenas terrível. Se Ashlyn fosse negra ou deficiente haveria tumulto. Ela é uma adolescente vulnerável, que precisa do apoio de seus professores, não a sua oposição. A maneira como eles trataram ela é nojenta", diz a mãe, Miranda, que afirma que a filha é uma "garota que nasceu no corpo de garoto".
Um porta-voz do colégio comentou as acusações da jovem: "A academia Giles tem nota 'Outstanding ' no Ofsted (a nota mais alta na inspeção de escolas do governo britânico) por cuidar do ambiente com fortes políticas de igualdade. O corpo administrativo da academia rejeita todas as alegações."

Polícia investiga homofobia em ataque a mulher nos EUA



Publicado no Terra
A polícia de Lincoln (Nebraska, EUA) disse na segunda-feira que cogita a hipótese de homofobia na agressão a uma mulher de 33 anos que foi amarrada na sua casa por três mascarados e teve palavras gravadas no seu corpo.
Cerca de 500 pessoas fizeram uma vigília em solidariedade à vítima no domingo na Assembleia Legislativa do Estado.
A mulher disse à polícia que três homens mascarados invadiram sua casa em Lincoln, na manhã de domingo, a amarraram e marcaram as palavras com uma faca no seu corpo. A polícia não revelou o teor das palavras, mas a imprensa local disse que eram insultos homofóbicos.
Pichações contra homossexuais foram deixadas na fachada da casa, segundo a polícia, e os agressores também provocaram um incêndio na cozinha. O fogo não se propagou, e os prejuízos se limitaram a cerca de 200 dólares. A polícia local disse que está investigando o caso, mas que não divulgaria mais detalhes.

Pai faz ameaças a filha lésbica e caso vai parar em delegacia na Paraíba


Publicado na Folha da Parnaíba
Um caso de relacionamento amoroso lésbico vem causando problemas em família no Sítio Cajazeirinhas, município de Condado-PB. O pai de uma menor de 16 de anos, não aceitou o relacionamento homossexual da filha, e teria feito ameaças de morte a ela e a sua companheira. O caso foi parar na 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil, com sede em Patos.
A companheira da menor, a vendedora Maria de Conceição Dantas, 23 anos, revelou que as duas estão vivendo um romance há cinco meses, e por conta disso, estão sendo ameaçadas de morte pelo pai da menor por não aceitar o que a filha seja lésbica.
Maria aparecida disse a reportagem que o pai da garota disse que não aceita prostituta e lésbica na família e se uma das duas pisasse os pés em sua casa ou prosseguisse com o caso de amor, ele mataria as duas.
Temendo que as ameaças se concretizem, Conceição foi prestar queixa na delegacia através do delegado Cristiano Jacques que colheu os depoimentos das duas jovens. O delegado revelou que este caso por ser tratado como crime de homofobia.
Maria disse também que pretende assumir a menor, e levá-la para sua residência, localizada no município de Cajazeirinhas. Conceição, no entanto, disse que nada vai acabar o seu romance. "Estou com tudo pronto para viver feliz com ela" falou Maria.

Evangélicos americanos são acusados de promover homofobia na África


Publicada na Folha
Por David Smith, do "Guardian"
Tradução de Clara Allain
Grupos evangélicos cristãos nos EUA estão tentando realizar uma colonização cultural da África, abrindo representações em vários países para promover ataques ao homossexualismo e ao aborto, segundo investigação realizada por um instituto de estudos liberal.
O instituto Political Research Associates (PRA), de Boston, diz que organizações religiosas americanas vêm ampliando suas operações em todo o continente, fazendo lobby em favor de políticas e leis conservadoras e alimentando a homofobia.
Os grupos em questão incluem o Centro Americano para a Lei e a Justiça (American Centre for Law and Justice - ACLJ), fundado pelo televangelista Pat Robertson, que implantou bases no Quênia e no Zimbábue.
De acordo com o relatório do PRA, a direita religiosa americana afirma, concretamente, que os ativistas dos direitos humanos são neocolonialistas cujo objetivo seria destruir a África. Grupos citados no relatório rejeitaram terminantemente as acusações.
Intitulado "Colonizando Valores Africanos: Como a Direita Cristã Americana Está Transformando a Política Sexual na África", o estudo analisou dados de sete países africanos e pagou pesquisadores para trabalhar por vários meses no Quênia, Malauí, Zâmbia e Zimbábue.
O PRA identificou três organizações que acredita que estão atuando agressivamente na África: o ACLJ, de Robertson, o grupo católico Human Life International e o grupo Family Watch International, liderado pela ativista mórmon Sharon Slater.
Cada uma delas identifica suas agendas como sendo autenticamente africanas, num esforço para retratar a defesa dos direitos humanos como um novo colonialismo cuja finalidade seria destruir tradições e valores culturais, diz o relatório.
Nos últimos cinco anos as organizações teriam aberto ou ampliado representações na África dedicadas à promoção de sua visão de mundo cristã e de direita. Uma rede frouxa de cristãos carismáticos de direita conhecida como o movimento de transformação se une a eles para alimentar as chamas das guerras culturais em torno do homossexualismo e do aborto, defendendo líderes políticas e ativistas africanos destacados.
O padre anglicano zambiano Kapya Kaoma, autor do relatório, disse que grupos cristãos de direita incentivam a percepção de que as relações entre pessoas do mesmo sexo são antiafricanas e impostas pelo Ocidente, uma visão que na realidade é baseada na Bíblia que chegou com o colonialismo, e não na cultura africana tradicional.
Ele deu o exemplo de uma jovem lésbica no Zimbábue que foi levada a várias igrejas para que o demônio fosse expulso de seu corpo, mas, mais tarde, louvada quando sua avó falou que na realidade ela estava possuída pelo espírito de seu tio morto, que nunca se casara.
Kaoma disse que a homossexualidade não é algo estrangeiro, mas é descrita como tal pela direita cristã.
A pesquisa constatou que alguns países são mais abertos à direita cristã americana que outros, em parte em função do apoio de autoridades governamentais.
Os próprios presidentes de Zâmbia, Zimbábue e Uganda acusaram partidos oposicionistas de promover a homossexualidade, para reduzir a influência dos partidos e agradar aos poderosos setores religiosos conservadores africanos.
O ACLJ foi convidado pelo presidente zimbabuano, por exemplo, Robert Mugabe, a abrir representações para treinar advogados para trabalharem sobre uma Constituição que refletisse os valores cristãos.
Um esforço semelhante estaria sendo feito para influenciar a redação das Constituições do Quênia e de Zâmbia, com a inclusão de frases como "a vida começa na concepção".
O relatório acusa Slater, da Family Watch International, de usar de um discurso alarmista, dizendo que a estratégia de controle populacional da ONU vai destruir a família africana.
Slater teria afirmado que os homossexuais são significativamente mais promíscuos que os heterossexuais e que têm maior probabilidade de praticar a pedofilia.
Kaoma disse: "Slater afirma que a ONU foi dominada por homossexuais. Ela inventa bobagens e as apresenta aos africanos como fatos. Ela argumenta que termos como direitos de gênero e identidade de gênero são termos em código que indicam homossexualismo."
Kaoma acha que os grupos americanos estão em fase de recuo nos Estados Unidos e, por essa razão, estariam buscando ganhos rápidos na África.
"Eles parecem saber que estão perdendo a batalha nos Estados Unidos, de modo que o melhor que podem fazer é ser vistos como a estando ganhando em outra parte do mundo. Isso lhes confere uma razão para estarem fazendo levantamento de fundos nos EUA. A África é um joguete na batalha que estão travando nos Estados Unidos."
O relatório foi saudado por ativistas dos direitos dos gays. Frank Mugisha, diretor executivo do grupo Minorias Sexuais, de Uganda, comentou: "Estou grato pela documentação mostrada neste relato, confirmando que é a homofobia que é exportada pelo Ocidente, e não o homossexualismo."
"Espero que este relatório funcione como alarme de despertar para as comunidades de fé em Uganda e no Ocidente perceberem que as guerras culturais americanas impostas a nós pela direita cristã colocam em risco não apenas a cultura africana, mas as próprias vidas de africanos LGBTI como eu."
A Human Life International reconheceu que tem várias filiadas na África, algumas das quais recebem dotações, materiais educativos e outros.
Um porta-voz da organização, Stephen Phelan, falou: "Achamos que é importante estarmos na África porque a investida contra os valores africanos naturais pró-vida e pró-família está vindo dos Estados Unidos. Então nos sentimos na obrigação de ajudá-los a entender a ameaça e a reagir a ela com base em seus próprios valores e culturas."
"É por isso que podemos operar com uma parcela minúscula do orçamento com que trabalham os verdadeiros colonialistas: os muito bem financiados controladores demográficos e governos ocidentais.
"Estamos em sintonia com os valores profundos e naturais de nossos irmãos e irmãs na África e os ajudamos a resistir ao avanço de interesses ocidentais muito poderosos que acham que pode haver crianças demais na África."
Phelan fez pouco caso da acusação da PRA de que sua organização estaria praticando um novo tipo de colonialismo.
"Esperamos que seus leitores mais refletivos notem a ironia presente no argumento do PRA. Governos ocidentais poderosos e ONGs muito ricas gastam bilhões por ano para impedir africanos de ter filhos, para mudar as leis africanas de modo a ficarem mais abertas a esse controle populacional, tudo como parte de um esforço para tornar o continente culturalmente mais semelhante ao Ocidente."
"E o PRA, um proponente desse esforço, está acusando um grupinho de organizações cristãs, que juntas gastam uma fração ínfima do orçamento anual do setor de ajuda ao desenvolvimento, de defender os valores africanos naturais pró-vida e pró-família contra o colonialismo. Onde começar?" Slater também criticou o relatório. "Não temos representações na África, como Kaoma alega sem razão", disse ela. "Basta esse erro fundamental para indicar a falta de confiabilidade do relatório inteiro."
Ela acrescentou: "Não somos a direita religiosa cristã que Kaoma insiste em nos mostrar como sendo, apesar do que eu disse a ele e apesar do teor de nossos materiais publicados e de nosso site na internet. A única menção à religião em nosso site ou em qualquer de nossos materiais é nossa preocupação de que seja protegida a liberdade religiosa, independentemente da fé que possa estar sendo alvo de ataques."
"Nossa posição aqui é baseada em dados claros que indicam uma correlação forte entre observação religiosa e famílias estáveis, e não em qualquer crença ou doutrina específica."
Joy Mdivo, diretora executiva do Centro de Lei e Justiça da África Oriental, diz que a divisão americana paga os salários e o espaço comercial, mas que o CLJAO faz seu próprio levantamento de fundos para financiar atividades. "Alguém falou que recebemos dinheiro dos americanos para disseminar a homofobia, e eu respondi que não preciso disseminar a homofobia. Basta caminhar na rua, abraçar outro homem e parecer romântico. Não preciso dizer a ninguém o que fazer. Essa é a realidade de quem somos, apenas isso."

Vítima conhece seu agressor na maioria dos casos de homofobia, aponta levantamento.


Publicado na Folha
Por Natália Cancian
Homens, gays, negros, entre 15 e 29 anos, agredidos dentro de casa por familiares e vizinhos. Esse é o perfil da maioria das vítimas de homofobia no país.
Por dia são feitas 19 denúncias de violência motivadas por homofobia, segundo relatório da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência. É primeira vez que o governo divulga dados oficiais sobre o tema.
O estudo usou dados coletados em 2011 pelo Disque 100, que recebe e verifica relatos de violações dos direitos humanos, somados a registros da ouvidoria do SUS, da Secretaria de Políticas para Mulheres e do Conselho Nacional de Combate à Discriminação.
Ao todo, foram registradas 6.809 denúncias. Em 62% dos casos o suspeito era conhecido da vítima -familiares e vizinhos respondiam por mais da metade das agressões.
Os registros de violência supostamente cometida por desconhecidos foi de cerca de um terço do total. Em 9% dos casos, o suspeito não teve a identidade informada. Grande parte das agressões ocorreu na casa da vítima (42%). A rua foi palco de 31% dos casos informados.
O estudo ainda traça um perfil dos suspeitos: 40% é homem, heterossexual e tem de 15 a 29 anos.
Isso mostra que os jovens são as maiores vítimas e também os maiores agressores", diz Gustavo Bernardes, coordenador de direitos LGBT da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
Ele crê que o número de agressões seja maior porque nem todos denunciam. A denúncia predominante foi de violência psicológica (42,5%), como humilhações e ameaças, seguida de discriminação (22%) e de violência física (16%). A maioria aponta mais de um agressor.
Para a presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB, Maria Berenice Dias, a ausência de uma lei que criminalize a homofobia faz a maioria das denúncias ficar impune. "Acaba condenando à invisibilidade todas essas agressões", afirma.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Piauí é campeão em denúncias de homofobia



Publicado no Portal O Dia
Indicação de Augusto Martins
A Secretaria Especial de Direitos Humanos divulgou na útlima semana o Relatório sobre Violência Homofóbica no ano de 2011. No total, foram registradas 6.809 denúncias de violações de Direitos Humanos de caráter homofóbico em todo o País. De acordo com o relatório, proporcionalmente, o Piauí é estado com maior taxa de denúncias de violação de direitos contra LGBT. São 9,23 violações denunciadas ao poder público para cada 100 mil habitantes - número muito acima da média nacional, que é de 3,46 denúncias efetuadas a cada 100 mil habitantes. 
É a primeira vez que o Governo Federal lança dados oficiais sistematizados sobre homofobia no Brasil. As violações aos direitos da população LGBT vão desde a negação de oportunidades de emprego e educação e discriminações até estupros, agressões sexuais, tortura e homicídios. 
O Distrito Federal é a 2ª unidade da Federação com a maior média de denúncias: 8,75 para cada 100 mil habitantes. Os estados do Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Paraná, Pará, Alagoas, Rio Grande do Sul e Espírito Santo também têm taxas de denúncia superior à do Brasil em geral, mas estas oscilam entre 3,7 e 5,6 denúncias para cada grupo de 100 mil habitantes. 
No quadro comparativo do número de homicídios, os Estados de Alagoas, Roraima e Paraiba estão na dianteira, com taxas superiores a 0,50 de homicídios registrados para grupos de cada 100 mil habitantes. Nesse quesito, o Piauí é o 10º no ranking, com 0,19 assassinatos para cada 100 mil habitantes, número um pouco acima da média nacional, que é de 0,14. 
Em números absolutos, foram registradas 285 denúncias de violência contra LGBT no Piauí, 212 destas em Teresina. Parnaíba é o 2º municipio com maior número de registro: 16. Regeneração vem logo em seguida, com 14 denúncias. A violência psicológica é a mais comum, com 114 registro. 
Somente pelo que foi noticiado pela mídia, foram registrados 6 assassinatos de LGBT no Piauí em 2011: 5 deles em municipios do interior do Estado e 1 em Teresina. 
Esses números coincidem com os dados de homicídio divulgados no 1º semestre de 2012 pelo Grupo Gay da Bahia. 
Marinalva Santana analisa os dados com preocupação. Segundo a militante do Matizes, nos últimos anos as ações afirmativas em favor da população LGBT tem sofrido sucessivos ataques por parte do atual governo. "O desmantalamento das políticas outrora existentes tem contribuido sobremaneira para o aumento da violência homofóbica em nosso Estado. No 1º semestre de 2012, por exemplo, o número de homicídios de motivação homofóbica já supera os registrados em 2011", avalia a militante.  

Morre Sally Ride, astronauta, lésbica e primeira mulher americana a viajar pelo espaço




Publicado no Fora do Armário
Por Sérgio Viula
Nesta segunda, dia 23, a astronauta Sally Ride faleceu depois de uma batalha contra um câncer no pâncreas que durou 17 meses e trouxe à luz um fato pouco conhecido sobre a primeira mulher americana a viajar no espaço: seu relacionamento de longa duração com outra mulher, Tam O'Shaughnessy.
Tam é citada como parceira de Sally Ride numa declaração oficial no Sally Ride Science e também identificada no site oficial de Sally Ride Science em uma breve biografia.
O relacionamento entre Ride e O'Shaughnessy é descrito numa entrevista com o casal, found on the Sally Ride Science site.
Sally Ride já havia sido casada (1982) com o colega astronauta Steven Hawley, mas aquela união acabou em divórcio em 1987, relata o ABC News.
Numa entrevista com Buzzfeed, Bear Ride, irmã de Sally, referiu-se a O'Shaughnessy as "como um membro da família”. Segundo ela, "As pessoas não sabiam que ela tinha câncer pancreático, e vai ser um grande choque. Por 17 meses, ninguém soube – e todos sabem agora. Seu fundo memorial será aplicado no combate ao câncer pancreático.”
Bear Ride descreve a irmã como uma pessoa muito fechada. Ela ressalta que “a comunidade que luta contra o câncer pancreático ficará entusiasmada ao saber que agora existe essa defensora que eles não conheciam. E espero que a comunidade LGBT sinta o mesmo. Espero que isso facilite o crescimento das crianças gays ao saberem que outro de seus heróis era exatamente como elas."
UPDATE - Publicado no O Dia
Com informações da EFE

História de Sucesso!
A astronauta Sally Ride morreu aos 61 anos em sua casa em La Jolla (Califórnia, EUA.), quase três décadas após sua primeira viagem espacial e depois de anos dedicados à pesquisa e à divulgação científica. Sua primeira missão no espaço durou 147 horas, serviu para realizar uma dezena de trabalhos em satélites e outros aparatos, e entraria para a história por ser a primeira viagem para fora do planeta de uma mulher dos Estados Unidos.
A agência espacial Nasa ressaltou nesta segunda em comunicado que Ride "rompeu a barreira do gênero há 29 anos, quando chegou ao espaço a bordo da nave espacial Challenger para se transformar na primeira mulher americana no espaço". "A nação perdeu uma de seus melhores líderes, professores e exploradores", lamentou o administrador da Nasa, Charles Bolden. "Sally foi uma heroína nacional e um modelo a seguir", afirmou em comunicado o presidente dos EUA, Barack Obama, que lembrou que a astronauta "inspirou uma geração de jovens meninas para a alcançar as estrelas, e mais tarde lutou incansavelmente para ajudá-las". A primeira viagem aconteceu em 18 de junho de 1983, quando Sally integrou a tripulação da nave Challenger, com a qual também completaria sua segunda missão no espaço, em 1984.
A façanha de Ride aconteceu duas décadas depois que a russa Valentina Vladimirovna Tereshkova se tornou a primeira mulher a viajar ao espaço, quando a União Soviética e os Estados Unidos travavam uma dura luta nos avanços aeronáuticos. A companhia Sally Ride Science, especializada na divulgação da aeronáutica, destacou em comunicado que a astronauta, já aposentada, se esforçou durante décadas para "inspirar jovens, especialmente as mulheres, para que mantivessem seu interesse pela ciência, o transformassem em conhecimento científico e explorassem carreiras ligadas à ciência e à engenharia".
Ride deixou a agência espacial em 1987, mas continuou conectada ao espaço no o mundo acadêmico e na pesquisa e, mais tarde, em 2001, fundando sua própria empresa para divulgar a ciência, a tecnologia, a matemática e a engenharia entre os jovens, especialmente entre as meninas.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Militares gays uniformizados desfilaram em parada gay em San Diego


Publicado na Folha
Pela primeira vez, membros das Forças Armadas dos Estados Unidos puderam marchar com seus uniformes durante a parada gay de San Diego, realizada neste sábado.
Dezenas de soldados e marinheiros marcharam ao lado de um caminhã militar decorado com uma faixa que dizia "Liberdade para servir" e uma bandeira com as cores do arco-íris. Militares vestidos em roupas civis também participaram da parada ao lado de seus colegas uniformizados.
Pessoas que assistiam à parada levaram cartazes com os dizeres "Obrigado pelo serviço". Uma mulher segurava um cartaz que dizia "Meu filho gay é um oficial da Marinha".
Em um comunicado enviado a todos os setores das Forças Armadas este ano, o Departamento de Defesa dos EUA informou que permitiria a marcha em San Diego, mesmo que sua política costume proibir a participação de militares uniformizados em paradas.
O Departamento de Defesa disse na última quinta-feira que tomou essa decisão porque os organizadores da marcha em San Diego estavam encorajando os militares a comparecer em seus uniformes e a parada estava ganhando atenção nacional.




Triste: relatório registrou mais de 6 mil ataques de homofobia no Brasil em 2011


Publicado no R7
Mais de 6 mil denuncias de homofobia foram registradas no ano passado em todo o Pais. Segundo o “Relatório Sobre Violência Homofóbica no Brasil: o ano de 2011”, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, mais da metade deles aconteceram em ambientes domésticos. Piauí e Distrito Federal foram os campeões no registro de denúncias contra homossexuais.
Segundo o levantamento, 42% dos casos foram registrados no ambiente doméstico - a maior parte (21%) na casa da própria vítima.
Jovens, negros e pardos são as principais vítimas da homofobia. A explicação, diz o documento, pode estar no fato de que eles se recusam a ficar limitados ao que o estudo chama de “gueto LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros): eles não aceitam frequentar apenas lugares voltados a esse público. E acabam se tornando alvos deste tipo de agressão.
Durante o ano passado, o governo federal registrou 6.809 denúncias de agressões contra homossexuais. O estudo calcula o número de denúncias por 100 mil habitantes. E elencou os Estados de maneira proporcional, com o número de denúncias em comparação com o número de habitantes de cada Estado.
Assim, o Piauí, primeiro estado da lista, registrou 288 casos, uma taxa de 9,23 denúncias a cada 100 mil habitantes. Brasília ficou em segundo lugar, com 225 denúncias de agressão, ou 8,75 queixas a cada 100 mil habitantes.
O jeito da agressão
O estudo revela os tipos mais comuns de agressão denunciados no ano passado. A violência psicológica é a mais comum, seguidas pela discriminação e violência física. Mas a relação inclui ainda violência sexual, abuso financeiro e até tortura.
Em casa, a agressão física fica em segundo lugar; na rua, ela está em terceiro, com a discriminação sendo a mais comum depois da violência psicológica.
O relatório informa ainda que a homofobia no Brasil é estrutural; ela trata como anormal aquele que não é heterossexual. A sociedade brasileira, registra do documento, é “extremamente sexista, machista e misógina (ódio ao que é ligado ao universo da mulher)”.
A região Norte-Nordeste conta com mais estados nas posições mais altas da lista de queixas de violência contra homossexuais. O Ceará , proporcionalmente à sua população, é o terceiro, com 476 casos; no Maranhão, o número chegou a 358; na Paraíba, foram 164 denúncias; o Pará registrou 302 e a Bahia, 468.
Por sua população maior – cerca de 41 milhões de habitantes – São Paulo é o vigésimo Estado em registros de agressões a homossexuais, com 1.110 casos. O Rio de Janeiro está quatro posições acima, com 518 casos.
Os únicos Estados a não terem registrado denúncias de homofobia foram Roraima e Amapá. Mas o documento lembra que isso não quer dizer que gays, travestis e transexuais não tenham sido vítimas de agressão.
Sugestões
O relatório apresenta algumas ideias para reduzir o número de agressões homofóbicas em todo o País. As sugestões passam por realização de campanhas de combate ao ódio a homossexuais e divulgação dos canais de denúncia, a publicação anual dos dados da homofobia no Brasil, e a criminalização da homofobia “nos mesmos termos em que foi criminalizado o racismo”.
O PLC 122, apresentado pela deputada federal Iara Bernardi (PT-SP) propõe que a homofobia seja considerada crime. O projeto de lei está atualmente na Comissão de Direitos Humanos do Senado, sob relatoria da senadora Marta Suplicy (PT-SP).

Jogador Cassano é multado por declarações homofóbicas


Publicado pela Band
Dica de Augusto Martins

O atacante Cassano sofreu uma multa pelas palavras consideradas homofóbicas que disse em uma entrevista coletiva durante a Eurocopa.
Segundo o Comitê de Controle e Disciplina da Uefa, a declaração do italiano de que não queria ter homossexuais em sua seleção foi considerada ofensiva, e ele recebeu uma multa de 15 mil euros (cerca de R$ 42 mil).
Ele recebeu três dias para apelar da decisão, mas pediu desculpas pela declaração na ocasião. “Lamento sinceramente que meus comentários tenham causado controvérsia e protestos dos grupos gays. Eu não compactuo com a homofobia. Não quis ofender a ninguém, e nem colocar em questão a liberdade sexual de ninguém”, disse.

Canadá: casal gay ganha processo contra hospedaria de proprietários cristãos


Publicado no A Capa
Por João Marinho
Para operar um negócio, é preciso estar em conformidade com a lei, apesar das crenças pessoais dos proprietários. Esse foi o entendimento do Tribunal de Direitos Humanos da província da Colúmbia Britânica, no Canadá. 
Em 2009, o casal gay Shaun Eadie e Brian Thomas (na foto, à esq. e dir., respectivamente) tentou fazer uma reserva em um "bed and breakfast" - tipo de pequeno estabelecimento que oferece pernoite e café da manhã, geralmente atrelado ou funcionando em uma residência particular -, na cidade de Grand Forks, mas foram barrados por serem gays.
Inicialmente, Eadie conseguiu fazer reserva para dois no hoje fechado Riverbend Bed and Breakfast, de propriedade de Susan e Les Molnar, mas Susan ficou preocupada se se tratava de um casal gay. O marido, Les, ligou de volta e, após confirmar que os dois eram gays, cancelou a reserva. Thomas e Eadie, então, processaram os proprietários.
Os Molnar, que são cristãos, argumentaram que estavam protegidos pela liberdade de religião e que a homossexualidade é incompatível com suas crenças. Além disso, dividiam o lucro com a Igreja Menonita e usavam o espaço do bed and breakfast também para encontros de oração, de maneira que simplesmente gostariam de manter o casal gay afastado de sua casa.
O tribunal, no entanto, considerou na sentença emitida nesta terça-feira (17) que o estabelecimento era separado da área onde os Molnar viviam. Além disso, como os dois operavam o bed and breakfast como um negócio, era necessário que cumprissem as leis que proíbem a discriminação com base na orientação sexual. Susan e Les foram condenados a pagar cerca de 4.500 dólares canadenses ao casal gay, que, ainda segundo o tribunal, sofreram "indignidade e humilhação" com o cancelamento da reserva.

Miss Peru pede desculpas a Ricky Martin por ideias homofóbicas


Publicado no ParouTudo
Dica de Augusto Martins
Por Welton Trindade
Veja o nível de ignorância da Miss Peru, Cindy Mejía, em entrevista recente. Perguntada sobre o que faria se tivesse um filho gay, ela deu uma de Claudia Leitte. “Eu não me preocupo com isso porque essas coisas só acontecem quando uma criança cresce sem pai, é molestada, ou vive com a mãe e as irmãs e se torna efeminada”.
Ao saber dessa declaração, o cantor Ricky Martin, gay assumido e que tem dois filhos adotivos, classificou-a como lastimável e fruto da ignorância.
A resposta de Mejía veio logo: “Quero pedir desculpas públicas. Não sou homofóbica e não quero que nenhuma ação violenta aconteça com base no que eu disse.” O cantor disse que não tem de perdoar ninguém, mas que fica feliz com a mudança de postura da bela.

Fora do armário: famosos assumem sexualidade com naturalidade


Publicado no Terra
Dica de Augusto Martins
Com o passar dos anos, é comum que as celebridades, tanto internacionais quanto nacionais, assumam sua sexualidade - ou "saiam do armário", como se diz por aí. Em 1997, Ellen DeGeneres, uma das mais conhecidas apresentadoras dos Estados Unidos, inovou e assumiu na capa da renomada revista Time que era lésbica.
Depois dela, não demorou muito tempo para que outras celebridades não tivessem vergonha de contar para todo mundo o que muitas vezes escondiam, por medo de perder papeis importantes ou por simplesmente não terem coragem mesmo. Apesar dos constantes casos de homofobia pelo mundo, por volta dos anos 2000, as celebridades pararam de querer estar nas capas de revistas ao lado da frase: "eu sou gay" (com exceções como Lance Bass em 2006), e passaram a adotar a naturalidade como bandeira.
Em 2006, o astro de Grey's Anatomy T.R. Knight afirmou a revista People: "prefiro manter minha vida pessoal privada e espero que o fato de eu ser gay não seja a parte mais interessante sobre mim". Em 2011, Jonathan Knight, do New Kids On The Block, afirmou: "tenho vivido minha vida de forma muito aberta e nunca escondi o fato de eu ser gay. Mas, aparentemente, o pré-requisito para ser uma figura pública gay é aparecer na capa de uma revista com a frase: 'eu sou gay'".
Vale lembrar que Jim Parsons, astro de The Big Bang Theory, também optou pela naturalidade e a "revelação" de que o ator era gay só apareceu no 33º parágrafo de uma matéria do New York Times que falava sobre seu retorno à Broadway e não era nem a informação mais importante da frase em que apareceu.
Por isso, o Terra fez uma retrospectiva de como as celebridades internacionais tem mudado a forma de se "assumirem" e vem mudando a forma como o público encara o tema.