sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Vereadores de Campo Grande brigam por causa de gay eleito o mais bonito


 
Publicado pelo Correio do Estado
 
Vereadores de Campo Grande quase saíram no tapa, ontem, na sessão logo depois avaliarem o pedido de moção de congratulação ao promotor de vendas, Carlos Gabriel, 21, o douradense eleito recentemente como o gay mais bonito do Brasil, título conquistado por meio do concurso “Mister Brasil Diversidade”. O debate caiu num bate-boca homofóbico [repulsa ou o preconceito contra a homossexualidade ou o homossexual].
 
Foi a vereadora Luiza Ribeiro, do PPS quem pediu a moção. Normalmente, tal procedimento duraria alguns minutos, apenas. Contudo, o clima esquentou ao ponto de a sessão ser interrompida e encerrada depois de uma sequência de exposições contrárias à solicitação da vereadora.
 
Catorze vereadores votaram sim pela proposta, seis contrários, sendo que cinco deles compõem a bancada evangélica.
 
Paulo Pedra, vereador do PDT, acendeu o debate ao dizer que “toda família evangélica tem um gay, ou vai ter”. Depois, o pedetista se retratou e disse que “toda família brasileira tem um gay”.
 
Elizeu Dionizio, do PT do B, logo reagiu: “a minha família não tem gay e, se Deus quiser, não vai ter”. Pedra considerou a frase um ato homofóbico.
 
O evangélico Alceu Bueno, do PSL, entrou na discussão e baixou ainda mais o nível da briga: “tenho vergonha de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul por exportar gay”. Carlos Gabriel vai representar o Brasil na disputa mundial do Miss Gay.
 
Flávio terminou a sessão e o pedido de Luiza Ribeiro foi aprovado.
 

'Aqui meu filho é aceito', diz mãe de jovem gay batizado em igreja inclusiva no RS


 
Publicado pelo G1
Por Manoel Soares
 
Criada em março de 2012 em Porto Alegre, a Igreja Inclusiva do Brasil aceita durante os cultos pessoas que têm relações homoafetivas. Atualmente, o local conta com 50 membros e permite acesso ilimitado aos gays. Para também fazer parte do grupo, o jovem Naios Lourenço Westphal foi batizado em cerimônia realizada nesta semana no local, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo AQUI).
 
A mãe do jovem, Marisol Westphal, compareceu na sede da Igreja Inclusiva do Brasil junto com o marido e padrasto de Naios para participar do batismo do filho. Os dois são héteros, mas se sentiram à vontade no local. "Eu sou espírita, mas a gente sabe que Deus ama os seus filhos. Não quer que eles sejam maltratados ou excluídos em lugar nenhum. Estou muito feliz, porque aqui meu filho é aceito e respeitado", disse ela.
 
Naios Lourenço Westphal não escondeu a felicidade de poder, enfim, demonstrar todo o amor que tem por Jesus Cristo. "É diferente aqui, porque nas outras igrejas você não pode participar das atividades. Pode até visitar, mas não pode congregar".
 
O pastor Anderson Zambom ressalta que a Igreja Inclusiva do Brasil não é voltada exclusivamente ao público gay, mas tem o intuito de dar uma oportunidade aos homossexuais evangélicos de exercerem a religião sem serem considerados pecadores. "Infelizmente, os homossexuais não são aceitos na igreja. Infelizmente vemos projetos de barrar homossexuais de entrar na igreja. Uma coisa que é um absurdo, porque Jesus jamais barrou ninguém", defendeu o pastor.
 

Uruguai restitui direitos e promove militar cassado durante a ditadura por ser homossexual


 
Publicado pelo Terra
 
Uruguai restituiu os privilégios militares e promoveu a general um oficial expulso do Exército durante a ditadura (1973-1985) por ser homossexual, revelou nesta terça-feira o ministro da Defesa Eleuterio Fernández Huidobro, em um encontro com associações homossexuais. O ministro, ex-guerrilheiro tupamaro companheiro de prisão do presidente José Mujica, disse que o caso aconteceu pouco antes de assumir o cargo de ministro em julho de 2011.
 
Omar Salsamendi, presidente da Associação de Famílias LGBT e Homoparentais do Uruguai, disse que o agora general está vivo, reformado, e está exilado fora do Uruguai desde que sofreu a "baixa desonrosa" da corporação. "O ministro destacou que o militar tinha uma ficha irrepreensível e uma atividade destacável. Além disso, era um militar legalista que lutou contra a guerrilha tupamara que ele mesmo integrou", acrescentou Salsamendi.
 
O ministro apontou que sua decisão serviu para que o militar tivesse seu salário reintegrado, o grau e suas honras, assim como a previdência, que tinha perdido por ter sido expulso da corporação. O ministro disse aos homossexuais que "respeita e avalia" sua luta contra decisões "injustas e discriminatórias" como as que levaram à expulsão do militar agora promovido a general.
 
Para a Associação de Famílias LGBT, esta decisão do ministro permitiu sanar uma "terrível injustiça" já que "os indivíduos se destacam por sua ação, dedicação, entrega e trabalho" não condicionados pela "orientação sexual ou identidade de gênero" da pessoa.
 
Fernández Huidobro se comprometeu a ordenar às Forças Armadas que elaborem um relatório sobre o cumprimento efetivo do decreto assinado em 2009 pelo então presidente Tabaré Vazquez que habilitou o ingresso de homossexuais em suas fileiras.