sábado, 22 de setembro de 2012

Justiça autoriza primeiro casamento homoafetivo do Espírito Santo

 
Publicado pelo G1
Por Juirana Nobres
 
O primeiro casamento civil do Espírito Santo foi autorizado pelo Tribunal de Justiça do estado nessa quinta-feira (20). As capixabas Ediana Calixto, de 23 anos, e Kamila Roccon, de 20 anos, que moram em Colatina, na região Centro-Oeste, já podem marcar a data do casamento. O matrimônio havia sido aprovado no dia 3 de agosto, mas foi suspenso por que o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) recorreu da decisão ao entender que o registro da união não competia a Vara da Fazenda Pública, mas, sim, a Vara da Família.
 
Ediana informou ao G1, em entrevista por telefone, que ainda não tem data definida para o casamento, mas quer se casar com Kamila ainda em 2012. “Estamos muito felizes com a decisão. Enfim, vamos ficar mais juntas do que nunca. A primeira coisa que fiz, ao saber, foi ligar para minha avó, que comemorou muito pela minha felicidade”, disse aos risos.
 
Por não ser uma união entre um homem e uma mulher, a jovem disse que ela e a companheira enfrentam muitos preconceitos, principalmente da própria família. Durante o tempo em que o casamento ficou suspenso pela Justiça, as namoradas fingiram estar separadas. “Era muita cobrança, principalmente para Kamila. Os pais dela não querem que fiquemos juntas. Quando o casamento foi barrado pela Justiça, eles disseram para ela esquecer a história, esquecer da gente. Durante umas três semanas, fingimos que estávamos brigadas, que tínhamos terminado tudo. Certa vez, a gente estava no quarto e a tia dela chegou do nada, eu precisei pular a janela e me esconder”, contou Ediana.
 
União
 
Ediana e Kamila estão juntas desde maio de 2011. Elas se conheceram na cidade de Baixo Guandu, na região Centro-Oeste do estado. “Conheci Kamila em um restaurante. Ela ficou me olhando muito e achei diferente. Começamos a nos falar pela internet e o namoro foi a consequência. Ela me faz muito feliz e queremos ficar juntas para sempre”, contou Ediana.
 
Kamila Roccon trabalha em um frigorífico em Colatina, já Ediana está desempregada. Anteriormente, o casamento estava marcado para o dia 16 de agosto e as duas já haviam feito o 'chá de panela', ganhado roupas e dia de salão, mas tudo foi cancelado às vésperas da data marcada. “Mesmo sem condições, vamos realizar nossa união sim. Precisamos pensar com calma como será, já que estou desempregada. O mais importante é que a Justiça nos liberou”, disse Ediana.
 
Decisão
 
O juiz Salomão Akhnaton Zoroastro Spencer Elesbon, da 1ª Vara da Família de Colatina, foi quem autorizou o casamento entre as jovens. A celebração da cerimônia civil e expedição da certidão de casamento homoafetivo serão feitas pelo Cartório de Registro Civil de Colatina, ainda sem data definida. “Os enlaces familiares de qualquer espécie, desde que pautados na afetividade, estabilidade e ostensividade, estão sob as regras do Direito de Família. Sendo assim, onde houver afeto entre duas pessoas, respeito, solidariedade, comunhão de vida, ética familiar, ostensividade e intenção de constituir família, haverá uma união familiar tutelada pelo direito”, defendeu Salomão Akhnaton.
 
Diferença entre união estável e casamento civil
 
Há pouco mais de um ano, no dia 10 de setembro de 2011, aconteceu a primeira união homoafetiva no Espírito Santo e envolveu um policial militar. De acordo com o TJ-ES, no caso das meninas, se trata de um casamento civil diferente da união estável.
 
De acordo com a juíza Janete Pantaleão, a união estável acontece independente dos sexos, mas para garantir benefícios como plano de saúde e registro de filhos é necessário recorrer à Justiça. “Já o casamento civil é um documento oficial que garante todos os direitos perante a sociedade”, explicou Pantaleão.
 

Casamento homo é rejeitado pelo legislativo da Austrália


 
Publicado pelo ParouTudo
Por Welton Trindade
 
O Senado australiano rejeitou, na quinta-feira (20), por 41 votos a 26, lei que regulamenta o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No dia anterior, os deputados também haviam reprovado a medida, por 98 votos contra 42.
 
A estratégia oferecida por alguns parlamentares agora é lutar pela união civil, que parece ter mais aceitação dos políticos, apesar de ainda não acabar com a desigualdade de direitos: apenas heterossexuais continuariam a poder se casar.
 
A senadora e lésbica assumida Penny Wong disse não concordar com esse caminho. “O resultado é desapontador. De toda forma, encorajo todos os defensores do casamento igualitário a continuarem a lutar.”

Após comentário polêmico, Paris Hilton pede desculpas aos gays


 
Publicado no Ego
 
Após fazer comentários polêmicos sobre os gays, Paris Hilton publicou um pedido oficial de desculpas no site da organização GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation).
 
No comunicado oficial, Paris afirmou que "os gays são as pessoas mais fortes e inspiradoras que conheço".
 
Leia a íntegra do comunicado:
 
"Estou muito triste por ter magoado meus amigos gays e suas famílias com os comentários desta manhã. Eu estava em uma conversa particular com um amigo, que é gay, e nossa conversa não era sobre toda comunidade homossexual. Isso é a última coisa que eu faria e eu não posso expressar como eu gostaria de nunca ter dito essas palavras. Os gays são as pessoas mais fortes e inspiradoras que conheço. Repito, estou arrependida do fundo do meu coração e me sinto horrível. Espero que todos possam aceitar as minhas desculpas. Eu não sou assim e aquelas declarações no táxi não expressam o que eu penso de forma nenhuma", disse a patricinha no comunicado publicado no site.
 
Relembre o caso
 
Paris Hilton teve uma conversa com um amigo gravada por um taxista de Nova York. No aúdio, ela faz um comentário homofóbico. "Ewww... Homens gays são as pessoas mais nojentas do mundo. A maioria, provavelmente, tem AIDS. Eu ficaria muito assustada se fosse um rapaz gay", disse Paris Hilton.

Reynaldo Gianecchini diz à revista: "Sou sensível. Não me sinto gay por causa disso"


 
 
Publicado pelo Vírgula
 
Com o cabelo todo enroladinho, Reynaldo Gianecchini é a capa da edição de setembro da revista “GQ” Brasil. O ator, que estará no remake de Guerra dos Sexos, próxima novela das 19h na Rede Globo, cedeu uma entrevista especial à publicação e comentou sobre os boatos de que ele é gay.
 
"Acho muito babaca as pessoas tentarem te colocar em determinadas gavetas, ainda mais nesse departamento que é tão maluco, né? Eu não sei como surge essa história, mas também tem coisa que eu estou cagando para o que vão pensar", disse.
 
Giane disse ainda que pelo fato de ter sido criado com muitas mulheres ao lado, tornou-se um homem mais sensível: "Eu sou uma pessoa sensível e acho legal ser assim. Não me sinto gay por causa disso. Ao contrário, me sinto muito homem - um homem sensível. Legal isso”.
 
O galã comentou ainda sobre o fato de que as pessoas procuram classificar os outros. "Eu acho que o ser humano é muito louco. Dizer que você tem de ser aquele cara que não bebe, que não sei o quê... Ok, mas você é um sujeito que não bebe que eventualmente pode beber, sabe assim? O ser humano não é uma coisa só".
 
Gianecchini descobriu que tinha câncer linfático, do qual está curado, em 2011, mas segundo ele a doença despertou nele um novo sentimento. “Tive de tomar uma decisão em relação ao câncer: escolhi ser macho. A doença me trouxe isso de colocar o pau na mesa, de ser mais senhor da minha vida, de ter as rédeas comigo”, afirmou.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Musa gay e homofóbica? Paris Hilton ataca homossexuais: 'são nojentos'




Publicado pelo Jornal do Brasil
Por Heloísa Tolipan e Pedro Willmersdorf
 
Paris Hilton saía de um desfile da New York Fashion Week, no dia 7 de setembro, na companhia de um de seus amigos gays, que, dentro do táxi, tentava marcar um encontro através do Grindr - app para iPhone que, digamos, ajuda homens gays a encontrarem novos affairs. Ao saber do que se tratava o aplicativo, Paris disparou: "Eca! Homens gays são as pessoas mais excitadas do mundo! Eles são nojentos... E, cara, a maioria deles deve ter AIDS. Se eu fosse um cara gay, teria muito medo... Você pode, tipo, morrer de AIDS".
 
O taxista da loura, espertinho e discreto que só, gravou o áudio da conversa com seu celular e o espalhou pela internet, forçando a assessoria de imprensa da socialite a disparar um comunicado para tentar, sem muito sucesso, reverter a situação.
 
"Os comentários de Paris Hilton tinham a intenção de salientar que é perigoso para qualquer pessoa ter relações sexuais sem proteção, o que pode levar à uma doença fatal", informa o comunicado. "Não foi a intenção dela fazer nenhum comentário depreciativo sobre todos os gays. Paris é uma grande entusiasta da comunidade gay e nunca faria qualquer declaração negativa propositalmente sobre a orientação sexual de qualquer um", explica. Mas quem aí conseguiu acreditar?
 

Campinas: Transexual não pagará pela cirurgia de troca de sexo


 
Publicado na página Consultor Jurídico
 
A 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas determinou que o atendimento cirúrgio e psicossocial para mudança de sexo de uma transexual seja feito pelo Sistema Único de Saúde.
 
Ela procurou a rede pública de saúde de Campinas para fazer uma cirurgia de mudança de sexo, mas, apesar de o procedimento ser feito pelo SUS, foi informada de que não havia vagas disponíveis. A Defensoria Pública entrou, então, com a ação, para obrigar o Estado a inseri-la em um programa médico de preparação e realização cirúrgica de redesignação sexual.
 
O defensor público José Moacyr Doretto Nascimento, que atua no caso, ressalta que a cirurgia não pode ser vista como uma simples opção. “O transtorno gravita em torno da identificação da pessoa com seu gênero, não com sua opção sexual. Um homossexual, na maioria das vezes, identifica-se perfeitamente com seu gênero fisiológico. Dessa forma, não se deve limitar a questão do transexualismo a um mero capricho orientado por opção sexual”.
 
Ainda cabe recurso pelo Estado. Com informações da Assessoria de Imprensa da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Bissexual assumida, Luhanna Melloni será capa da Sexy


 
Publicado pelo iBahia
 
Bissexual assumida, a ex-apresentadora Luhanna Melloni vai estampar a revista Sexy que chega às bancas no dia 27 de outubro. O ensaio foi feito pelo fotógrafo Pedro Henrique Felix, no restaurante Velhão, em São Paulo. Para quem não sabe, a loira comandava o programa Papo Calcinha (Multishow) e ficou famosa por falar sobre sexo sem nenhum tabu.

Relembre polêmicas envolvendo homofobia no esporte mundial


 
Publicado pelo Terra
 
Yunel Escobar, jogador de beisebol do Toronto Blue Jays, causou polêmica nos Estados Unidos ao pintar uma frase homofóbica no rosto: "tu ere maricon". Mesmo com três jogos de suspensão, Escobar pagará cerca de US$ 83 mil a um projeto que trabalha para garantir tratamento justo a atletas, independentemente de sua orientação sexual. O jogador se desculpou, mas entrou para uma lista pouco glamourosa de esportistas que se envolveram em casos de homofobia. Relembre:
 

A terceira rodada do Campeonato Alemão foi marcada por uma campanha social, na qual os times substituíram seus patrocínios pelos dizeres "Geh' Deinen Weg" ("Siga o seu caminho", em alemão). Apesar dos dirigentes focarem o discurso na integração cultural, a campanha surgiu após polêmica entrevista anônima de um jogador da competição, assumindo a sua homossexualidade.
 
 
O americano David Testo (à frente) defendeu importantes times da Major League Soccer, o campeonato americano de futebol. Em outubro de 2011, ao ser dispensado do Montreal Impact, concedeu entrevista a uma rádio do Canadá e admitiu ser homossexual. Aos 31 anos, está sem clube, e dedica boa parte de seu tempo a uma campanha que combate a homofobia no esporte.
 
 
O atacante francês Djibril Cissé (de costas na foto), atualmente no Queens Park Rangers, afirmou em determinada ocasião que não se sentia à vontade para cumprimentar outros jogadores com beijos no rosto. Segundo ele, tais manifestações assustam os jogadores na Inglaterra por conta do comportamento agressivo de torcedores homofóbicos.
 

Em abril de 2006, a agência de notícias Pink News, considerada a maior da Europa dedicada ao público gay, afirmou que Luiz Felipe Scolari teria dito que sacaria um jogador de seu time se descobrisse que era homossexual. Na época, Felipão estava cotado para ser o técnico da seleção inglesa, o que acabou não se concretizando.
 
Em outubro de 2006, Rio Ferdinand (à direita) se envolveu em uma situação complicada ao conceder entrevista a uma rádio inglesa, justamente após seu companheiro Paul Scholes (à esquerda) ser acusado de homofobia. Perguntado se escolheria sair com Alan Smith (então companheiro no Manchester) ou Scholes, Ferdinand se esquivou. O radialista insinuou que a escolha seria por Scholes, e irritou o zagueiro. "Você é um maricas", rebateu, desculpando-se em seguida.
 
 
Filho do ex-jogador sueco Glenn Hysen (à direita na foto), Anton Hysen seguiu os passos do pai no gramado e atua hoje em um time de divisões inferiores da Suécia, além de trabalhar na construção civil. Após assumir sua homossexualidade em entrevista à imprensa em 2011, fato inédito no país até então, Anton Hysen passou a dedicar parte de seu tempo também a um debate televisivo sobre opções sexuais.
 

É creditada ao ex-treinador inglês Alan Smith uma das primeiras posições críticas à homofobia no futebol da Inglaterra. "Tive jogadores ao longo dos anos que eram solteiros e que liam livros, por isso outros jogadores diziam que eles eram gays. Acho que ser assumidamente gay no futebol deve ser muito difícil. Você pode ficar bêbado e agredir sua mulher, e isso se tornaria aceitável, mas se alguém disse 'sou gay', seria considerado horrível. E isso é ridículo", declarou.
 
 
Um dos primeiros homossexuais do tênis foi o alemão Gottfried Von Cramm, campeão de Roland Garros em 1934 e 1936. Conhecido como "Barão do Tênis", Von Cramm jamais assumiu ser homossexual, mas chegou a ser preso em março de 1938 por desempenhar "práticas homossexuais". O governo de Adolf Hitler acusou o ídolo alemão de ter se relacionado com o ator inglês Galician Jewish. Após oito meses preso, foi solto por bom comportamento.
 
 
Casado e com filhos, Graeme Le Saux era constantemente questionado por torcedores e jogadores rivais por seus hábitos extracampo. Em 27 de fevereiro de 1999, em um duelo Chelsea x Liverpool, Le Saux estava incumbido de uma cobrança de falta, mas o atacante Robbie Fowler (Liverpool) começou a provocar o adversário e a incitar a torcida com gestos caricatos, que não foram vistos pela arbitragem. Irritado, Le Saux se recusou a cobrar a falta, e foi advertido com um cartão amarelo.
 

Em meio à campanha do Goiás na Copa Sul-Americana de 2009, o técnico Hélio dos Anjos se incomodou com uma suposta crise de ciúmes no elenco pela chegada do meia-atacante Fernandão. "Homem com ciúme é viado. Não trabalho com homossexual, trabalho com homem", irritou-se o treinador.
 
 
Justin Fashanu se tornou o caso mais conhecido de homossexualidade no futebol mundial, assumindo sua opção sexual no início da década de 90. Revelado pelo Norwich City, passou por clubes como Nottingham Forest, Manchester City, West Ham e Newcastle, aposentando-se em 1997. Acusado de abuso sexual nos EUA em 1998, cometeu suicídio ao voltar para a Inglaterra, tornando-se ícone mundial da causa.
 
 
O sueco Fredrik Ljungberg, ex-Arsenal, West Ham e futebol dos Estados Unidos, era constantemente provocado por rivais por seu comportamento extracampo, especialmente pelo gosto musical e por suas roupas. "Não me importo, e me orgulho disso. Amo moda, e acho que os gays têm um estilo incrível. Para mim, é um elogio", rebateu Ljungberg ao jornal The New York Times em 2010.
 

Homossexual assumida, a sul-africana Eudy Simelane era jogadora de futebol em seu país, chegando inclusive à seleção local. Quando começava a dividir as funções de atleta com as de treinadora e de árbitra, foi brutalmente violentada e assassinada em 2008, aos 31 anos. Ainda hoje, a mãe de Eudy, Mally Simelane (à frente), busca justiça por sua filha, considerada uma mártir do movimento LGBT na África.
 
 
Maior vencedora de torneios de Grand Slam da história do tênis, a australiana Margaret Court se converteu ao cristianismo evangélico em 1972 e hoje atua como pastora em uma instituição fundada por ela em 1990, na cidade de Perth. Em 2012, Court se posicionou contra o direito à união civil de casais homossexuais, a qual ela classificou como "antinatural e não saudável".
 
 
Em julho de 2012, durante a Olimpíada de Londres, a goleira Mayssa, da Seleção Brasileira feminina de handebol, assumiu ser bissexual. Convocada na vaga da favorita Babi, Mayssa evitou polemizar sobre o assunto na competição e ajudou o Brasil a chegar nas quartas de final, mostrando bom desempenho.
 
 
Em confronto diante do Sada/Cruzeiro pela Superliga masculina de vôlei 2010/2011, o meio de rede Michael, do Vôlei Futuro, foi ofendido por uma multidão presente ao Ginásio do Mineirinho, que o chamava repetidamente de "bicha". Diante do mal-estar causado pelos torcedores, os próprios jogadores do Cruzeiro manifestaram apoio ao jogador e protestaram contra o preconceito.
 
 
Em 2006, após um jogo do Levski Sofia pela Copa da Uefa, o árbitro Mike Riley registrou cânticos racistas na torcida do time búlgaro. Irritado, o presidente do Levski, Todor Batkov, protestou contra Riley e chamou o juiz de "bicha inglesa".
 
 
Durante o período em que atuaram juntos pelo Barcelona, em 2009, Gerard Piqué (no chão) e Zlatan Ibrahimovic foram fotografados de mãos dadas no estacionamento do clube catalão, o que gerou suspeitas e provocações. O zagueiro rapidamente engatou um romance com a cantora Shakira, enquanto o sueco mudou de clube - no entanto, em 2011, foi mais uma vez fotografado em gestos de carinho polêmicos com Antonio Cassano em treino do Milan.
 

A tenista americana Renee Richards se tornou nome comentado na década de 70, mesmo sem conquistar títulos de expressão. A jogadora ficou famosa por ser a única transexual da história do tênis. Nascida Richard Raskind em 1934, Renee assumiu o novo nome em 1975, após uma operação de mudança de sexo na Europa. Ícone na luta pelos direitos dos transexuais, conseguiu na justiça o direito de disputar o Aberto dos Estados Unidos de 1976.
 
 
Mesmo durante o tempo em que foi noivo de Letícia Carlos, o volante Richarlyson sempre foi perseguido por torcedores. Em 2007, quando jogava no São Paulo, chegou a registrar queixa-crime contra José Cyrillo Jr., diretor administrativo do Palmeiras da ocasião. Motivo: Cyrillo insinuou não ter contratado o rival por ser gay. Pior: o juiz responsável pelo caso, Manoel Maximiano Junqueira Filho, arquivou o protesto por alegar que o futebol é um "jogo viril, varonil, não homossexual".
 
 
Olivier Rouyer (à direita) jogou em diversos clubes da França entre 1973 e 1990, chegando à seleção francesa entre 1976 e 1981. Após encerrar a carreira nos gramados, admitiu ser homossexual. Na década de 90, chegou a trabalhar como treinador, destacando-se no Nancy entre 1991 e 1994. Atualmente, está afastado.
 
 
Jogando pelo Portsmouth, Sol Campbell jamais manifestou qualquer preferência homossexual, mas virou centro de polêmica na Inglaterra em um jogo contra o Tottenham em 2009 - sem motivo aparente, a torcida londrina começou a cantar, questionando sua opção sexual. O próprio irmão de Sol, provocado por um colega de escola, se envolveu em uma briga e acabou preso por defender o zagueiro.
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Primeiro travesti eleito no país é tema de documentário



Publicado no G1
 
Kátia Tapety foi a vereadora mais votada de Colônia (PI) por três vezes. Quando criança, os pais a impediram de sair de casa e frequentar escola.
 
Não deixa de ser curioso o fato de que o primeiro travesti eleito para um cargo político no Brasil nasceu, foi criado e fez carreira em Colônia, cidadezinha com cerca de oito mil habitantes no sertão piauiense. Kátia Tapety, que nasceu José Nogueira Tapety Sobrinho, é a protagonista do documentário “Kátia”, que foi exibido nessa quarta-feira (19) na mostra competitiva do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
 
Integrante de uma tradicional família de políticos do Piauí, Kátia foi proibida de sair de casa durante a infância e parte da adolescência. Ela foi a única de nove filhos que não recebeu educação formal e apanhava até quando ia com a mãe para a igreja. Para a diretora Karla Holanda, esse período de reclusão foi fundamental na formação de Kátia.
 
“Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o respeito, a dignidade que ela conquistou, especialmente vindo de um lugar inesperado, o sertão do Piauí. O mérito todo está na Kátia, no jeito que ela se faz respeitar. Acho que ela conseguiu criar estratégias para sobreviver”, opina Karla.
 
Com a morte do pai, Kátia se libertou. Ela casou e adotou três filhos, um dos quais morreu há cerca de quatro anos. Em 1992, se candidatou pela primeira vez ao cargo de vereadora. Não só ganhou, como foi a mais bem votada de Colônia do Piauí – feito que repetiu nas eleições de 1996 e de 2000.
 
Piauiense radicada no Rio de Janeiro, a diretora conheceu Kátia em 2008, por meio de notícias em jornais e na internet, e diz que logo se interessou pela personagem. De acordo com Karla, o objetivo do filme nunca foi fazer uma biografia de Kátia, mas sim mostrar a força da mulher que antes era homem.
 
“No início, o que me chamou a atenção foi isso dela ser a primeira travesti eleita para um cargo político, mas isso logo ficou em segundo plano. E percebi que me chamava muito a atenção a forma como ela se fez respeitar (...) Ela tem uma riqueza muito grande e lida com o mundo de uma forma muito dela, muito prática, sem rodeios.”
 
A diretora afirma que, apesar do estigma de ser a primeira travesti com carreira política do país, Kátia nunca ficou reconhecida por defender apenas projetos voltados para o público LGBT.
 
Atualmente, Kátia está separada do companheiro com quem viveu por quase 20 anos. Ela, que também já foi vice-prefeita de Colônia do Piauí, não concorre a nenhum cargo nas eleições deste ano, mas acompanhou a sessão dessa quarta no Festival de Brasília.
 
“A política para a Kátia não precisa nem de cargo, ela faz política o tempo inteiro. Uma política mais assistencialista, porque as necessidades [ da população de Colônia do Piauí] são tão elementares que podem ser resolvidas com um tipo de ajuda mais simples, como levar uma pessoa ao médico, agendar uma consulta, ajudar um casal a tirar a certidão de nascimento do filho ou questões de transporte, que é muito ruim, falho e caro para população que vive da agricultura no sertão.”

Senador australiano renuncia após associar casamento gay à zoofilia


 
Publicado pelo Ig - Último Segundo
Com informações da AFP e EFE
 
Um senador australiano renunciou nessa quarta-feira a um cargo parlamentar depois de denunciar o casamento homossexual como uma "caixa de Pandora", que poderia abrir portas para a legalização da poligamia e da zoofilia. Cory Bernardi deixou se ser o secretário parlamentar do líder dos liberais e da oposição conservadora, Tony Abbott, mas continua na Casa.
 
"Se estamos dispostos a redefinir o casamento de tal maneira que permita a união sem consideração de sexo de duas pessoas que se amam, qual será a próxima etapa?", questionou o senador Cory Bernardi, na terça-feira, durante um debate em uma sessão parlamentar sobre o tema.
 
"A próxima etapa, francamente, é que três ou quatro pessoas que se amem sejam autorizadas a contrair uma união permanente, com o consentimento da sociedade", disse. "Há inclusive pessoas aterrorizantes que consideram aceitável manter relações sexuais com animais. Será uma próxima etapa?", completou.
 
Abbott já aceitou a renúncia de Bernardi. "Há opiniões que não compartilho e que muitas pessoas consideram repugnantes", declarou.
 
Em um site, Bernardi defende a família como "o componente mais importante" da sociedade australiana e "os valores judaico-cristãos como marcos fundadores da nação".
 
A Câmara dos Representantes e o Senado estão analisando quatro projetos de lei para autorizar o casamento homossexual. Nesta quarta-feira a Câmara dos Representantes da Austrália se opôs de forma arrasadora à aprovação (98 votos a 42) de um destes projetos, apresentado pelo trabalhista Stephen Jones.
 
A Austrália não reconhece o casamento homossexual, embora alguns Estados e territórios do país admitam uniões civis de pessoas do mesmo sexo.
 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Rio Grande do Sul já emitiu 119 carteiras de identidade para travestis e transexuais


 
 
Publicado pela Rede Brasil Atual
 
O uso do nome social é determinante para travestis e transexuais. Sem isso, são discriminados em todos os ambientes e circunstâncias, desde a hora da chamada na sala de aula até ocasiões públicas, como em consultórios médicos, lojas, entre outros momentos em que são tratadas pelo nome de registro, com o qual não se identificam. Raras iniciativas têm reduzido esse constrangimento.
 
O estado de São Paulo, por exemplo, por meio do Decreto 55.588, de 2010, prevê o tratamento de travestis e transexuais pelo nome por eles escolhido para usar socialmente de acordo com sua identidade de gênero. Mas a medida restringe-se à administração pública estadual direta e indireta. No entanto, vem do governo do Rio Grande do Sul algo que pode indicar a redução da marginalização desse grupo: a Carteira de Nome Social (CNS), que começou a ser emitida em 16 de agosto passado, por meio da qual travestis e transexuais poderão ser identificados nos serviços públicos do estado gaúcho. Com sorte, a sociedade em geral vai entender e aceitar também.
 
A carteira, elaborada pela Secretaria de Segurança Pública em parceria com a Secretaria de Justiça e dos Direitos Humanos, dentro do programa RS sem Homofobia, é emitida pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) com o mesmo método da Carteira de Identidade. Até hoje (18), foram emitidas 119 carteiras. No Departamento de Identificação, em Porto Alegre, houve 100 solicitações. No Posto de Identificação de Caxias do Sul, houve cinco. No de Pelotas, duas. Em Santo Ângelo, uma, e no Presídio Central, 11.
 
A criação da carteira social estava prevista no Decreto 48.118/2011, assinado pelo governador Tarso Genro (PT). Em 17 de maio passado, Dia Estadual de Enfrentamento à Homofobia, o governador entregou simbolicamente a primeira CNS à travesti Simone Rodrigues. Na data também foi criado o Comitê Gestor dos Direitos Humanos, para cuidar, entre outros, dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT).
 
O secretário da Segurança Pública do estado, Airton Michels, explicou que a carteira social remete ao RG, portanto, a pessoa pode usá-la porque vai ser imediatamente identificada, já que possui a mesma numeração. Ele explica que o uso da CNS não exclui a necessidade de portar o RG, mas é uma garantia de respeito ao nome social.
 
"É claro que a carteira tem seus limites. Em um cartório, por exemplo, a pessoa pode até se identificar com a carteira social e ser tratada pelo nome social, mas o contrato, por exemplo, tem de ser feito com o nome de registro. A mudança pode valer para o tratamento desse grupo na escola, na delegacia, até numa loja ou em qualquer estabelecimento privado, embora não tenhamos como forçá-los a aceitar", esclareceu Michels. Mas, para ele, com um mínimo de sensibilidade o atendente vai confrontar a carteira social com o RG e vai tratar a pessoa por seu nome social.
 
"O decreto prevê aceitação na Administração Pública e no Poder Executivo, mas estamos negociando com o Poder Judiciário, e a discussão está evoluindo. Porém, o Judiciário está muito sensível a essa questão", disse o secretário. Ele afirmou que os policiais já começam a ser preparados para aprender a lidar com a questão e a respeitar a validade do documento. "Este ano vamos capacitar alguns policiais em algumas delegacias. Os novos policiais militares já recebem informações nesse sentido, mas isso carece de mais capacitação", admitiu. O estado tem 6 mil policiais civis e 24 mil policiais militares.
 
"Não é de um dia pro outro, mas à medida que a mídia divulgue e que fique claro que a Secretaria de Segurança Pública adota esse sistema, as coisas vão mudar", disse Michels, acrescentando que este é apenas o início para que o preconceito e a intolerância sejam extirpados do estado gaúcho.
 
A advogada Maria Berenice Dias, especialista em direito homoafetivo, destacou a importância da iniciativa. "A ideia é levar a aceitação a todas as autoridades públicas", disse. A ex-desembargadora lembrou que travestis e transexuais de outros estados também podem usufruir desse benefício. É preciso solicitar Carteira de Identidade no mesmo pedido da CNS.
 
"Esse é um grupo marginalizado, sofre desde cedo com a expulsão de casa, a perda de convívio familiar, sofre humilhações na escola e dificuldades no mercado de trabalho", disse Berenice. Ela defende a existência de uma lei federal que combata a homofobia e garanta direitos, como o uso do nome social.
 
Como pedir
 
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, desde segunda-feira (17), os Postos de Identificação Regionais de Santana do Livramento, Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria, Santo Ângelo, Novo Hamburgo, Osório e Rio Grande passaram a receber encaminhamentos para a Carteira de Nome Social. A emissão do documento destinado a travestis e transexuais começou em Porto Alegre no dia 16 agosto.
 
Para solicitar a CNS são necessários certidão original, conforme o estado civil, ou a Carteira de Identidade, em bom estado de conservação e expedida no Rio Grande do Sul. A primeira via será gratuita e a segunda via custará R$ 45,50, mesmo preço da Carteira de Identidade. A CNS terá prenome, foto, assinatura e número do RG.

Drag queen processa cidade porque ficou presa em cadeia feminina


 
Publicado no TV Canal 13
 
Uma drag queen entrou com uma ação contra a cidade de Nashville, no estado do Tennessee (EUA), e a empresa que opera uma das suas prisões, porque ficou presa por três anos em uma cadeia feminina, segundo a emissora de TV "WSMV".
 
Karla Brenner disse que sua vida na cadeia virou um inferno depois que as outras prisioneiras descobriram que ela tinha anatomia masculina.
 
"Uso cabelo comprido, maquiagem - Eu sou um artista, uma drag queen. Isso significa basicamente que sou um homem que gosta de se vestir como mulher. Mas não sou uma mulher e não tenho nenhuma intenção de ser", disse.
 
A drag queen passou três anos presa após ser condenada por roubar uma bolsa.
 

"Demonização eleitoral dos gays", por Gilberto Dimenstein


 
 
Publicado pela Folha
Por Gilberto Dimenstein
 
A nota da Igreja Católica contra Celso Russomanno é baseada num artigo leviano do bispo licenciado da Igreja Universal e coordenador de sua campanha, acusando os padres de estimular a distribuição do chamado "kit-gay". Essa é uma obsessão religiosa de evangélicos, católicos, islâmicos e judeus --e fonte de perversidades.
 
Está aí um bom momento para debater essa questão, já que, por conta das eleições municipais, entrou na agenda --e da pior forma possível. Os homossexuais são vítimas cotidianas de diferentes tipos de violência, a começar nas escolas, onde se formam ou se reforçam os preconceitos. O que devem fazer os governantes? Ficar de braços cruzados em nome dos princípios religiosos?
 
O sensato --mais do que sensato, a obrigação-- dos governantes é tentar ajudar os estudantes a saber conviver e respeitar a diversidade. Ou devemos levar para dentro das escolas cartilhas religiosas que estimulem a segregação?
 
O chamado "kit gay" foi preparado por educadores e especialistas para evitar a violência que acompanha a demonização das minorias. Mas como evangélicos fazem parte da base do governo, Dilma Rousseff ajudou a enterrar essa material. Como se sabe, o PRB apoia seu governo.
 
Mas como religião vira cada vez mais assunto eleitoral, com a conivência dos candidatos e dos partidos, somos obrigados a ver olhares medievais orientando políticas públicas.
 
O pior é que os gays, já massacrados normalmente, não sabem nem reagir e apanham calados. Mas eles ajudam a projetar o melhor de São Paulo: ser uma cidade da diversidade.

Contradição: "Nada é pior que crescer com dois pais", diz ator gay Rupert Everett


 
Publicado pelo ParouTudo
Por Welton Trindade
 
O surto psicológico ou a homofobia são bem democráticos. Afetam até os homossexuais! O ator gay assumido Rupert Everett se saiu com essa frase: “Nada é pior do que ser criado por dois pais”. Isso mesmo, um gay famoso falando uma asneira dessa.
 
A declaração, dada à revista do jornal Sunday Times, foi logo rebatida por gente com dois neurônios: não há uma pesquisas sérias que demonstrem o que Everett afirma com tanta convicção e que causa tamanho desserviço à causa!
 
Tem gente precisando de atenção e… Enfim!
 

Revoltado com discurso de Garotinho contra gays, coordenador abandona campanha no Rio


 
Publicado pelo Mix Brasil
 
Vídeo com discurso anti-gay de Garotinho provoca demissão de coordenador da campanha do DEM no Rio
 
No programa de TV do DEM carioca, que tem Rodrigo Maia como candidato à Prefeitura, exibido na sexta-feira da semana passada, o ex-governador Garotinho atacava o atual prefeito Eduardo Paes (PMDB) por ele ter desenvolvido políticas públicas LGBT em seu governo e pedia para que eleitores não votassem nele, que é atual líder das pesquisas.
 
O vídeo fez com que o coordenador da campanha de Rodrigo Maia, Marcelo Garcia, deixasse o cargo. “O prefeito (Eduardo Paes) vai na passeata gay, apoia a formação da família gay, vende o Rio como a capital mundial do turismo gay. E depois vai para a igreja evangélicas e diz: ‘Glória a Deus! Aleluia!’? Isso é hipocrisia. A quem o Eduardo Paes quer enganar?” atacou Garotinho no vídeo.
 
Em sua carta de demissão, Marcelo fala diretamente a Garotinho. "O senhor tenta usar a insegurança diária da comunidade gay num oportunismo político com o prefeito Eduardo Paes. Na prefeitura Cesar Maia apoiávamos a Parada Gay. Inclusive eu ia dar o beijo de abertura. Na prefeitura Cesar Maia iniciamos o projeto mais importante no país de proteção a travestis. Na prefeitura Cesar Maia garantimos muitos direitos de gays e lésbicas. Tenho um enorme orgulho de tudo que fiz no governo. Eu fico triste em ver um homem como o senhor usar a comunidade gay para confrontar uma campanha eleitoral de adversários".
 
"Na última sexta feira, ficou claro que nós dois sempre seremos de lados opostos nesta vida. Eu acredito na igualdade e no direito universal das pessoas serem respeitadas. O senhor não acredita numa vida de igualdade. O senhor deixa claro que tem outra posição sobre gays, lésbicas, travestis e transexuais", disse ele, na carta.

Aumenta número de gays na política, mas diminui o de heteros aliados


 
Visto no Globo
 
Ao mesmo tempo em que a comunidade LGBT comemora o crescimento no número de candidatos homossexuais nas eleições deste ano - de oito em 1996 para 155 em 2012, aumento de 1.900% -, um outro fator preocupa gays, lésbicas e transgêneros: o número de aliados (como chamam candidatos heteros simpáticos à causa) diminui a cada pleito.
 
Em 2008, mais de 200 candidatos heterossexuais assinaram o termo de compromisso da associação nacional LGBT, com diretrizes sobre os direitos da categoria. Nesse ano, apenas 43 se declararam dispostos a respeitar esses direitos.
 
- Enquanto os gays fazem com que a política saia do armário, os aliados estão cada vez mais enrustidos. É aquela coisa: 'você finge que não sabe e eu finjo que não sou´, alerta o presidente da associação, Toni Reis, para quem o fundamentalismo religioso tem ajudado a diminuir a defesa da causa por parte dos candidatos heteros.
 
Ainda que a comunidade festeje a evolução dos quadros de candidatos assumidos, o número ainda é ínfimo: em todo o país. o TSE registrou 83.707 pedidos de candidaturas. Os candidatos homossexuais representam uma parcela de 0,18% do total.
 
Atualmente, há uma candidatura (gay) ao cargo de prefeito de João Pessoa e 154 candidaturas a vereador em 24 dos 26 estados. Não há representantes apenas no Acre e Mato Grosso. No total, são 85 candidaturas de gays, 25 de lésbicas, 24 de transexuais, 16 de travestis, quatro de bissexuais e uma de drag queen.

Prefeitura de SP capacita bares e restaurantes para receber LGBT


 
 
Publicado pelo Mix Brasil
 
A Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo participou na última quinta-feira, 13 de setembro, do III Encontro de Ações Afirmativas para uma Cidade Sustentável e Humanizada, no Sindicato das Nutricionista no centro da capital paulista, com o intuito de orientar estabelecimentos de alimentos e bebidas sobre as especificidades e direitos da população LGBT.
 
Segundo os organizadores, pela primeira vez a CADS reuniu proprietários de bares e restaurantes para capacitá-los a receber o público LGBT diariamente e em eventos de grande porte, como a Copa do Mundo em 2014. No evento, os comerciantes foram informados sobre boas práticas de respeito à diversidade sexual, como o uso do nome social para travestis e transgêneros, disposto no Decreto Municipal 51.180/2010, e as punições aos atos discriminatórios em razão da orientação sexual, aplicados segundo a Lei Estadual 10.948/2001.
 
"Apesar do projeto de lei de criminalização da homofobia ainda não ter sido aprovado em esfera federal, há legislações e mecanismos para garantir o respeito a esse segmento", destacou Ana Cristina Mendes, do Núcleo de Serviço Social do Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia.
 
A coordenadoria distribuiu ainda uma cartilha com dicas de relacionamento e respeito à comunidade gay.

Preconceito: Arcebispo diz que casamento gay abre portas para incesto e poligamia


 
 
Publicado pelo Terra
 
O casamento entre pessoas do mesmo sexo pode levar a "uma ruptura social" que abre portas para a poligamia e o incesto, afirmou nesta sexta-feira o arcebispo de Lyon na França, Philippe Barbarin, em um debate sobre a legalização das uniões entre pessoas do mesmo sexo.
 
Depois de se reunir com o ministro do Interior francês, Manuel Valls, o clérigo afirmou em entrevista à rádio RCF que, uma vez adotado o casamento homossexual, "as consequências podem ser incontáveis".
 
"Depois vão querer formar casais de três ou quatro pessoas. Depois, um dia, a proibição do incesto vai cair", afirmou Barbarin.
 
O arcebispo definiu o casamento como "uma fortaleza" para proteger "o elemento mais frágil da sociedade, ou seja, a mulher que dá à luz uma criança, e permite todas as condições para que isso ocorra da melhor maneira possível".
 
Barbarin, que no passado afirmou que o legislativo não pode substituir "Deus Pai", disse hoje que "para os cristãos, a Bíblia, que diz em sua primeira página que o casamento une um homem a uma mulher, tem mais força e verdade para atravessar as culturas e os séculos do que as decisões circunstanciais e passageiras de um Parlamento".
 
O governo francês deve apresentar o projeto de lei que autoriza as uniões homossexuais no dia 28 de outubro, embora ainda não tenha definido todos os detalhes.
 
Concretamente, ainda não se sabe se a lei vai autorizar o direito dos casais de lésbicas a terem o reconhecimento do direito de maternidade das crianças geradas por inseminação artificial.
 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ministério da Malásia publica lista de ‘sintomas’ da homossexualidade



Publicado no G1

O Ministério da Educação da Malásia está recomendando uma lista de características que acredita poder ajudar os pais a identificar a homossexualidade em seus filhos.

De acordo com o “Global Post”, a lista foi distribuída aos participantes de um seminário sob o tema “Como os pais devem abordar a questão dos LGBTs”, e publicada nesta quinta-feira (13) pelo diário chinês “Sin Chew Daily”.
 
“Jovens são facilmente influenciados por sites e blogs ligados aos grupos LGBT. Isto pode facilmente se espalhar entre os amigos. Estamos preocupados que isto aconteça durante o período escolar”, discursou o ministro da Educação, Mohd Puad Zarkashi, para cerca de 1,5 mil professores e pais no evento.
 
Entre os “sintomas” listados, estão “ter um corpo musculoso e gostar de exibí-lo usando camisetas com gola V e sem mangas”, para os meninos, e “gostar de sair, fazer refeições e dormir na companhia de outras mulheres” para as meninas (veja a lista completa abaixo).
 
O “guia” afirma ainda que “uma vez que a criança apresente tais sintomas, [os pais] devem dar atenção imediata”.

A Malásia, um país predominantemente muçulmano conservador, mantém leis que criminalizam a homossexualidade e permitem ao Estado punir gays com até 20 anos de prisão.
 
Este ano, o governo disse que personagens gays podem ser representados em filmes e na televisão, desde que, ao final da história, o personagem se torne heterossexual ou demonstre arrependimento por seus modos homossexuais.
 
Caraterísticas
 
Veja a seguir a lista de “sintomas” atribuídos pelo ministério malasiano à homossexualidade em meninos e meninas.
 
"Sintomas" de gays:
  • Ter um corpo musculoso e gostar de exibí-lo usando camisas com gola V e sem mangas; Preferir roupas justas e de clores claras;
  • Sentir atração por homens; e
  • Gostar de usar bolsas grandes, parecidas com as usadas por mulheres, ao sair.

"Sintomas" de lésbicas:
  • Atração por mulheres;
  • Se distanciar de outras mulheres que não sejam suas companhias femininas;
  • Gostar de sair, fazer refeições e dormir na companhia de mulheres; e
  • Não ter afeto por homens."

Gays iraquianos viram alvos de milícias e soldados no Iraque pós-Saddam



 
Publicado pelo G1
 
Autoridades do Iraque têm feito uma "caça às bruxas" contra os homossexuais, com perseguição sistemática e mortal a homens e mulheres, revela uma reportagem investigativa da BBC.
 
Ativistas dizem que centenas de homossexuais foram mortos nos últimos anos, enquanto o governo, que conta com apoio ocidental, tem ignorado o assunto. Para as Nações Unidas, a negligência quanto à violência torna o Estado iraquiano um dos responsáveis pelos crimes.
 
A investigação da BBC mostra que no Iraque pós-Saddam Hussein ser homossexual - ou mesmo parecer homossexual - pode significar uma sentença de morte no país.
 
Em alguns casos, homossexuais foram mortos pelos próprios familiares, nas chamadas 'mortes pela honra', ou pela ação de milícias. Mas a perseguição também parece ocorrer sob os mandos de forças de segurança oficiais - ainda que o governo se recuse a admiti-lo.
 
Dezessete homossexuais entrevistados pela reportagem se disseram perseguidos individualmente, e todos dizem ter amigos ou parceiros mortos.
 
Ainda que o governo diga que desarticulou milícias que fazem esse tipo de perseguição, um ex-policial, que conversou com a BBC em condição de anonimato, disse ter abandonado a corporação depois de ter recebido ordens diretas para prender dois homossexuais. Um deles foi morto na cidade onde era "procurado".
 
"Durante a ocupação americana, estávamos muito ocupados. Agora, com tempo livre, a polícia passou a perseguir gays", disse o ex-policial.
 
Abrigo
 
 
Com isso, a comunidade gay do Iraque fica cada vez mais escondida e assustada. Uma vez que um homossexual entra na 'lista de procurados', ele ou ela não tem para onde escapar.
 
Muitos relatam buscas oficiais em suas casas, além de casos de estupro. Outros temem ser identificados nas dezenas de postos de checagem que têm como objetivo garantir a segurança de Bagdá. "Não tenho liberdade. Não posso viver a minha vida", disse um deles à BBC.
 
Há apenas um abrigo para homossexuais em Bagdá, com capacidade para três pessoas. Outros abrigos foram alvos de ofensivas e fechados pelo governo. Segundo um relatório de 2009 da ONG Human Rights Watch, é possível que centenas de homossexuais homens tenham sido mortos desde a invasão americana, em 2003.
 
Mas o Ministério de Direitos Humanos do Iraque afirma não poder ajudar os homossexuais, porque o grupo não é considerado uma minoria sob os olhos do governo. Alega, porém, que denúncias de morte foram encaminhadas ao Ministério do Interior.
 
O premiê iraquiano, Nuri al-Maliki, que tem comando direto sobre o Ministério do Interior, não respondeu aos pedidos de entrevista. Seu porta-voz, no entanto, disse à BBC que não existe nenhuma perseguição sistemática a homossexuais e que estes devem 'viver suas vidas normalmente'.
 
Conservadorismo
 
Ao mesmo tempo, no distrito de Cidade Sadr, em Bagdá, um clérigo islâmico disse à BBC que o "terceiro sexo" - como o homossexualismo é chamado - é "totalmente rejeitado pelo islã". Ainda assim, a cultura religiosa e conservadora do Iraque não explica por si só a perseguição aos gays, dizem analistas.
 
No Líbano, por exemplo, o grupo radical Hezbollah é razoavelmente tolerante ao homossexualismo. No Irã, onde a prática homossexual é ilegal e comumente punida, a cena "underground" gay também é tolerada. Até na ultraconservadora Arábia Saudita a perseguição não parece chegar nos níveis do Iraque.
 
Durante o governo de Saddam (1979-2003), homossexuais desfrutaram de algum grau de liberdade e segurança e, após a invasão americana, grupos liberais esperavam que essa liberdade aumentasse.
 
Mas forças conservadoras islâmicas que ganharam o poder se mostraram resistentes a aceitar valores supostamente ocidentais, incluindo o homossexualismo.

Entrevista de jogador homossexual comove Alemanha, e clubes entram sem patrocínio por campanha social


 
Publicado pelo ESPN
 
Independentemente do que ocorra em seus nove jogos, a terceira rodada do Campeonato Alemão 2012/2013 ficará marcada na história do futebol do país por um motivo além do esporte. A Bundesliga organizou uma campanha a favor da livre opção sexual, sendo que as 18 equipes participantes da competição não entrarão em campo com os seus respectivos principais patrocínios na camisa. No lugar deles, ficará um logo com o nome da iniciativa: “Geh Deinen Weg” (Siga em seu próprio caminho, em alemão).
 
A campanha se deu depois de uma entrevista concedida por um jogador do Campeonato Alemão à revista Fluter. Homossexual, o atleta não revelou sua identidade por temer possíveis represálias. “O preço que pago por viver meu sonho como um jogador da Bundesliga é alto. Eu tenho que ser um ator todo dia e entrar em autonegação”, declarou.
 
Em razão do episódio, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, declarou seu apoio aos jogadores homossexuais. “Você não precisa ter medo. Eu sou da opinião que todo mundo que tem uma força e coragem (de assumir) deveria saber que nós vivemos em um estado no qual ele essencialmente não tem que temer. Essa é minha declaração política”.
 
Vale lembrar que o ministro das Relações Exteriores da Alemanha e um dos, Guido Westerwelle, é homossexual assumido. O político é um dos principais do governo de Merkel, que apadrinhou a iniciativa “Geh Deinen Weg”.
 
Quem também seguiu a mesma linha foi o presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness. “Esporte, particularmente o futebol, pode ser o motor da integração. Mais cedo ou mais tarde algum jogador será obrigado a assumirem a homossexualidade. Eu não posso imaginar que um jogador homossexual teria problemas com os nossos torcedores. O Bayern está pronto. A sociedade como um todo está mais avançada nesta questão”, disse.
 
A campanha foi iniciada na sexta-feira na partida de abertura da terceira rodada do Campeonato Alemão entre Augsburg e Wolfsburg, que entraram com o logo da campanha. A medida se repetirá nas demais partidas de sábado e domingo. Merkel, inclusive, estará presente no Signal Iduna Park, estádio do Borussia Dortmund, para acompanhar a partida do time aurinegro contra o Bayer Leverkusen.
 

Técnico do Bayern diz que teme por atletas que assumirem homossexualidade


 
Publicado pelo Terra
 
O técnico do Bayern de Munique, Jupp Heynckes declarou na sexta-feira que o fato de jogadores "saírem do armário" para revelar sua homossexualidade era um "assunto muito delicado, que tem que ser levado a sério", mostrando mais cautela do que a chanceler alemã Angela Merkel na véspera.
 
"Se eles querem sair do armário, será respeitado, mas estou com receio de que a sociedade, o esporte e uma pequena parte dos torcedores não tolerem isso ainda", afirmou o treinador. "Se um jogador quiser se abrir comigo sobre esse assunto, tratarei isso de forma muito discreta, sou muito tolerante", completou Heynckes, na véspera da partida entre o Bayern e o Mainz pelo Campeonato Alemão.
 
Na quinta-feira, a chanceler Angela Merkel chegou a incentivar os jogadores homossexuais a revelarem sem medo e publicamente sua opção sexual, durante um evento sobre integração realizado em Berlim.
 
"Acredito que aqueles que têm força e coragem (...) de assumir sua homossexualidade precisam saber que vivem num país em que não têm nada a temer", disse Merkel.
 
De acordo com o presidente do Bayern, Uli Hoeness, presente no mesmo evento, trata-se apenas de uma questão de tempo antes que um primeiro jogador fale abertamente sobre o assunto. O dirigente alertou sobre a necessidade de "proteger ao máximo" todos os jogadores que revelarem sua homossexualidade.
 
Este debate ganhou mais força recentemente na Alemanha depois de um jogador homossexual de um time da primeira divisão ter concedido entrevista a uma revista alemão sob a condição de manter o anonimato.