sexta-feira, 16 de março de 2012

Turista gay brasileiro é um dos que mais gastam, de acordo com pesquisa



A gente adora essas pesquisas que mostram o poder de consumo dos gays. A consultoria Out Now Global, especialista em análises do mercado LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), vire e mexe divulga um bafo desses. A última que eles publicaram foi um ranking bastante curioso com os maiores mercado emissores do turismo LGBT. Estados Unidos e Brasil ocupam lugar de destaque no estudo.

Mas que diabos é esse negócio de “emissores”? Bom, esses números do tabelinha indicam o volume de gastos em turismo, realizado pelo segmento LGBT, mensurados em milhões de dólares. O Brasil aparece como o segundo maior mercado emissivo mundial, com margem de mais de US$ 20 milhões, superando países como França e Alemanha.

Mercado
Emissor
Gasto
em milhões de US$
Estados Unidos
51,2
Brasil
20,4
Japão
18,4
França
11,5
Alemanha
11,4
Reino Unido
9,3
Itália
8,5
México
7,8
Espanha
6,4
Canadá
5,6
Austrália
4,2
Argentina
3,8
Polônia
3,7
Holanda
2,5

Governo da Bahia empossa primeiro transexual na história do Estado


Publicado pelo Terra
Por Lucas Esteves
Pela primeira vez na história do Governo da Bahia, um transexual será nomeado para um cargo público. Nascida como Paulo César dos Santos há 25 anos, Paulett Furacão foi integrada ao quadro de funcionários da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) do Estado na manhã desta quinta-feira (15). A cerimônia contou com forte presença da comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT) baiana, orgulhosa de ter uma representante legítima na administração pública.
Paulett trabalhará na coordenação do Núcleo LGBT do órgão promovendo campanhas e projetos de divulgação e educação, com objetivo de diminuir o preconceito contra a comunidade. Para ela, a nomeação é um orgulho que representa o reconhecimento da militância da causa gay no Estado e a promoção de um legítimo representante para agir internamente no governo.
Assumir a causa LGBT
Neste ano, Laleska D'Capri, nome da fantasia de um ator identificado como Geraldo, foi assassinada em um crime de homofobia. Revoltada, Paulett decidiu mudar de vida e assumiu o ativismo da causa. De lá para cá, criou uma associação com o nome da amiga morta no bairro Nordeste de Amaralina.
Ela resume a nomeação como uma emoção dedicada à memória de Laleska e uma vitória da militância, além da sensibilidade que a secretaria teve ao perceber que os tempos mudam e a diversidade social precisa estar presente no governo. "O secretário Almiro Sena procurava uma pessoa que fosse identificada com o movimento e, depois de muitas análises, indicações, entrevistas e debates, eu fui escolhida. Fico feliz que o governo tenha esta sensibilidade de perceber que é preciso esta representação", explica.
Bandeiras a defender
Paulett Furacão elegeu como sua primeira batalha convencer todas as secretarias da Bahia a adotarem pelo menos um transexual ou travesti em seu quadro de funcionários. Segundo ela, não é necessário ser nenhum cargo de chefia. O que conta é apenas a inserção e a naturalização do diferente no serviço público. A ativista conta que o objetivo maior é promover uma política pública de inserção do gênero no mercado de trabalho.
"Tem que haver mercado de trabalho para estas pessoas. Elas já acreditam que não podem mais trabalhar da maneira 'normal', como a sociedade impõe. Elas serão o que são o dia inteiro e deve haver trabalho para elas. Não é justo que estas pessoas trabalhem só em salões de beleza ou optem pela via da prostituição", defende Paulett.
Paulett é a segunda figura andrógina a conseguir um posto destacado nas esferas de governo da Bahia. Em 2008, a dançarina travesti Leo Kret elegeu-se vereadora em Salvador pelo PR e deverá concorrer à reeleição este ano.

Órgão para combater homofobia é aprovado em Araraquara, SP

Projeto de lei de Assessoria Especial foi votado em sessão desta terça-feira.
Ex-assessor de projetos da Prefeitura será nomeado coordenador do órgão.


Por Manoela Marques

Uma Assessoria Especial de Políticas para a Diversidade Sexual será criada em Araraquara, no interior de São Paulo, após aprovação unânime de projeto de lei em sessão ordinária da Câmara Municipal nesta terça-feira (13).

O ex-assessor de projetos no Orçamento Participativo, Paulo Tetti, será nomeado para coordenar o órgão, vinculado à Secretaria de Governo

A assessoria tem como objetivo desenvolver programas específicos de combate à discriminação e à violência homofóbica, protegendo a garantia dos direitos humanos.

Estiveram presentes na sessão a coordenadora de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, Heloisa Helena Cidrin Gama Alves e a assistente técnica Deborah Malheiros. “Posso estar errada, mas não me lembro de nenhuma cidade no Estado que tenha um órgão semelhante aprovado por projeto de lei no Legislativo. Araraquara está fazendo história”, elogiou a coordenadora.

“Vai chegar o dia em que as cidades não precisem mais de assessorias ou órgãos que defendam a minoria, pois essas minorias serão maioria e a população como um todo aprenderá a se respeitar”, completou Malheiros.

PT postou texto homofóbico e equivocado CONTRA o PLC122 Leia Mais Em: http://www.plc122.com.br/pt-posta-texto-homofobico-equivocado-contra-plc122


Ativistas de Direitos Humanos sofrem no governo Dilma, se for ativista LGBT a dose de angústia é diariamente garantida, só nas últimas semanas assistimos o veto ao vídeo de campanha de prevenção à AIDS voltado a LGBT, O Ministro da Educação que não acredita na educação contra a homofobia e intolerância e resultou no enterro do programa “Escola sem homofobia” e no dia de hoje nos deparamos com um texto ultra-homofóbico, conservador e cheio de equívocos contra o PLC122, se fosse postado em um site dos partidos conservadores, teocratas ou de extrema direita não me surpreenderiam, mas está online em um portal oficial do Partido dos Trabalhadores.
Dá pra piorar? Se o alvo for gays, Amazônia, meio ambiente, direito das mulheres, o PT e o governo mostram que sim!
Enquanto isso as mortes, agressões e o bullying contra LGBTs segue aumentando.
O texto abaixo contesta os absurdos postados no site oficial do PT no Senado:

 João Pereira Coutinho sobre homofobia: mais um que fala do que não sabe

 Quando o assunto é homofobia, PLC 122/2006,  fico embasbacado com a quantidade de especialistas posers no assunto, tais como juristas que nunca pisaram numa faculdade de Direito: é o caso do supremo doxósofo Reinaldo Azevedo, do homofóbico líder do movimento em defesa(?) da família(?) Júlio Severo (em duas oportunidades: aqui e aqui), da “psicóloga cristã” Marisa Lobo e, claro, do pastor Malafaia.
O último a fazer parte desse seleto grupo de palpiteiros de plantão, com um artigo que só faz sentido na cabeça do autor, é João Pereira Coutinho, colunista da Folha de São Paulo. Let’s go!
1. “É perfeitamente legítimo que um heterossexual não goste de homossexuais, como é legítimo o inverso.”
PLC 122/2006 nunca quis acabar com direito de gostar ou não de alguém, como, ainda hoje, a Lei Antirracismo (Lei n 7.716/89) não limpou o “lixo que há na cabeça dos seres humanos”   racistas – para usar das palavras do próprio colunista. O problema é manifestar racismo e discriminar com base nele e, analogamente, seria crime expressar a homofobia ou a prática discriminatória homofóbica.
2. Sobre Oscar Wilde, na hipótese de que as afirmações estejam corretas, nada apaga o fato de que antigamente e ainda hoje a homossexualidade (o ser e suas práticas afetivo-sexuais e não só estas) são criminalizadas.
E não se trata de uma hipocrisia da sociedade para “manter os seus vícios em privado”, é perseguição criminosa e aberta. Citamos como exemplo Uganda, onde um projeto de lei propõe impor a pena de morte aos gays e pena de prisão de até 07 anos a amigos e familiares que não informarem a existência de LGBTs às autoridades. Se uma imagem vale mais que mil palavras, fique registrada esta cena da execução de dois jovens no Irã porque eram… gays:
 3. Não há confusão conceitual no “Projeto Marta” (ao qual já fiz críticas). Há confusão conceitual por parte do autor do artigo.
Resumidamente, homofobia é um receio irracional ou aversão às pessoas do grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), sendo um preconceito análogo ao racismo, à xenofobia, ao antissemitismo, ao sexismo, e se manifesta por meio de discursos de ódio, incitação à discriminação, violência verbal, psicológica, assassinatos (conceito da “Resolução sobre a homofobia na Europa”).
Juridicamente, a homofobia é toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em orientação sexual ou identidade de gênero que tenha por objeto ou resultado anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício em um mesmo plano (em igualdade de condição) de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública.
É com esses conceitos que um juiz irá verificar se, no caso concreto, há ou não homofobia, isto é, se houve uma conduta homofóbica (só se pode criminalizar conduta, manifestação de ideias).
4. Se o colunista saísse um pouco de sua sala confortável e fosse às ruas veria que, apesar de nós, alfabetizados, sabermos que ser LGBT não é doença, não é o que pensa a esmagadora maioria da população brasileira.
E ainda somos obrigados a ouvir isso por parte de “representantes do povo” em pleno Congresso Nacional, isso quando não relacionam levianamente LGBTs à pedofilia (Myrian Rios, Magno Malta, Bolsonaro etc.).
A alegação de que é doença, perversão, opção é irracional e, em muitos casos, estúpida, mas é corrente e usada para convencer as massas – pouco dispostas a qualquer esforço pensante – de que o projeto é errado e para isso contam com a superexposição midiática, sobretudo na  TV.
5. “O problema está em saber distinguir o momento em que uma aversão se converte em crime público. Porque a mera aversão não constitui, por si só, um crime.”
Claro que não! Custava consultar um jurista antes de escrever tamanha sandice?
A liberdade de consciência é ilimitada. Qualquer um pode pensar o que quiser de quem quiser, gostar ou não gostar. O Direito só entra em ação para punir quando as ideias são exteriorizadas ou postas em prática.
6. “Por mais que isso ofenda o espírito civilizado de Marta Suplicy, é perfeitamente legítimo que um heterossexual não goste de homossexuais. Como é perfeitamente legítimo o seu inverso.”
Por analogia, é perfeitamente legítimo que um nazista não goste de negros? Não, pode-se até aceitar que ele pense assim, mas nunca externar ou pôr em prática as ideias, pois isso é crime. Preconceito – ou o malabarismo semântico de “ter aversão” – é, por definição mais usual, uma ideia imoral, antiética, nada legítima.
No “vasto mundo da estupidez humana”, pode-se ser racista, antissemita, anti-nordestinos, contra religiões, mas para tais casos há crime; para a homofobia, preconceito análogo e tão ou mais intenso que aqueles, não.
7. O PLC 122/2006 só pune a “aversão” que se manifesta num preconceito externado ou numa prática discriminatória.
É bem verdade que “crimes não têm sexo, nem cor, nem religião”, mas, tal qual a homofobia, quem os comete só o faz justamente porque sabe ou supõe essa condição/característica de sua vítima. 
8. Sobre Themis e sua clássica venda, o advogado e filósofo Nilo Ferreira Pinto Júnior, em excelente artigo intitulado “A deusa da Justiça[1] desmistifica a incorreta representação da deusa da Justiça como uma mulher vendada.  Nas primeiras representações não havia venda nos olhos,
9. Refazendo o último parágrafo: “Pretender criminalizar o racismo porque não se gosta de ideias racistas é querer limpar o lixo que há na cabeça dos seres humanos. Essa ambição é compreensível em regimes autoritários, que faziam da lavagem cerebral um método de uniformização. Não deveria ser levado a sério por um Estado democrático.”
 Ficou fácil perceber?
A criminalização é apenas um mecanismo. Em que pese a nossa presidenta ter vetado Kit Anti-homofobia para não “fazer propagada de opção sexual” mesmo tendo a UNESCO já reconhecido o problema da homofobia nas escolas, culturalmente, só a educação que combata o  preconceito e discriminação pode transformar o Brasil num país que, de fato, busca promover o “bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação“, como manda nossa Constituição.
O que não deveria ser levado a sério por ninguém é um artigo tão raso e falacioso. Se a FSP quer mostrar a opinião de quem se opõe ao PLC 122/2006, deveria procurar gente mais preparada, se bem que os maiores opositores (quase todos no início desse post) tem argumentos tão resistentes quanto um castelo de areia frente a uma tsunami.
“Aquele que fala daquilo que não conhece prova que conhece, pelo menos, o direito da burrice livre.” (Neimar de Barros)

Chega a 5 número de detidos por agressão a homossexual, diz polícia

Entre os detidos, há uma menor de 17 anos, segundo a polícia. Crime aconteceu no sábado, na Praia da Macumba, no Recreio.


 

Todos os cinco acusados de agredir um homossexual na Praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, no fim de semana, foram detidos. As informações foram confirmadas pela assessoria da Polícia Civil nesta terça-feira (13). Um dos detidos, segundo a polícia, é uma adolescente de 17 anos.
O crime aconteceu na manhã de sábado (10), e o grupo suspeito foi identificado na segunda-feira (12). Contra eles foram foram expedidos mandados de prisão temporária pelo crime de tentativa de homicídio.

Na segunda-feira, a delegada delegada Adriana Belém, da 42ª (Recreio dos Bandeirantes), responsável pelo caso, informou que três suspeitos já tinham sido ouvidos pela polícia.
"Ele contaram que estavam tranquilos na praia, quando um deles foi paquerado pelo homossexual e se sentiu muito ofendido. Mas eles disseram que não agrediram ninguém e que não sabem o motivo pelo qual a vítima está acusando eles", explicou a delegada.
De acordo com Belém, a vítima relatou que foi agredida por ser homossexual. "Ele contou que tinha saido de um pagode na comunidade do Terreirão e foi à praia para ver o pôr do sol, quando foi abordado pelo grupo e agredido por todos eles, inclusive pela mulher. A vítima também acrescentou que a ação foi tão rápida, que perdeu a consciência e desmaiou. A sorte é que um popular anotou parte da placa do carro dos elementos", disse Adriana.