sábado, 22 de junho de 2013

Grupo religioso desiste da "cura gay'' e pede desculpas


 
Publicado pelo Jornal Agora
 
O Exodus International, grupo cristão norte-americano que tinha como objetivo oferecer uma "cura" para a homossexualidade anunciou hoje que encerrará as atividades.
 
Em um comunicado divulgado no site do grupo, o Conselho de Administração da organização anunciou sua decisão, depois de quase 40 anos de atividades.
 
"Uma nova geração de cristãos busca por mudanças --e eles querem ser ouvidos", disse Tony Moore, membro da organização.
 
O grupo divulgou um comunicado pedindo desculpas à comunidade gay por anos de julgamento indevido.
 
Segundo o comunicado, a instituição estava presa em uma visão de mundo "que não estava honrando o ser humano nem a Bíblia".
 
 
No ano passado, o presidente da instituição, Alan Chambers (foto acima), decidiu parar de endossar a prática da "terapia reparativa" (nome oficial da "cura gay") para os homossexuais.
 
Chambers não é o único membro do Exodus que demonstra arrependimento com seu passado.
 
Em abril, John Paulk, ex-presidente da instituição e coautor de um livro sobre como dois gays teriam sido "curados" pelo amor de Deus, disse que não mais acreditava nessa possibilidade.
 
Durante dez anos, Paulk foi um porta-voz e defensor do que é conhecido como o movimento "ex-gay".
 
Ele foi casado com uma "ex-lésbica" durante cerca de 20 anos e tinha com ela três filhos.
 
Parte dos integrantes do Exodus International pretende agora lançar um novo grupo, que promete ser mais acolhedor para pessoas de todas as orientações sexuais.
 
No Brasil, o debate sobre a "cura gay" vem causando bastante polêmica no Congresso Nacional, especialmente após a aprovação de um projeto pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Depútados a última terça-feira.
 
O projeto vem sendo um dos alvos da onda de manifestações de rua que ocorrem pelo Brasil desde a semana passada.
 
Por Folhapress

Após veto de promotor, casal gay ganha direito a casamento em SC


 
Publicado pelo G1
 
O agente de viagens Leandro Aparecido Gomes (foto) e o companheiro ganharam na Justiça o direito de se casarem em Florianópolis. Eles derrubaram o veto do promotor Henrique Limongi, que, há cerca de 10 dias, cancelou o casamento. Duas semanas antes da festa, o casal recebeu uma ligação do cartório dizendo que o Ministério Púlico não tinha autorizado a união.
 
Segundo o promotor, na habilitação de casamento, a autoridade escreveu que só prestigia união estável ou entidade familiar, se esta for composta por um homem e mulher. Apesar de argumentar que seguiu a lei em vigor, a autoridade foi contra uma resolução do Conselho Nacional de Justiça que autoriza os cartórios e o Ministério Público a aceitarem o casamento homoafetivo. Depois de três anos morando na mesma casa, a união será realizada no próximo sábado (22).
 
O vice-presidente da comissão da diversidade sexual da OAB/SC, Daniel Rocha, explicou que a OAB enviou um ofício para a Corregedoria do Ministério Público pedindo que seja avaliada a decisão do promotor, que foi contra a autorização da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) de Santa Catarina, que. A CGJ, a partir de 29 de abril deste ano, autorizou a formalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo.
 
Com a decisão, casais homoafetivos podem registrar a união em cartórios de registro civil. De acordo com a entidade, o registro poderá ser realizado sem a observância da limitação de gênero que impõe a legislação, mas ambos precisam residir no estado.
 
 

Assassinato do jovem Alexandre Ivo, vítima de homofobia, completa três anos ainda impune!


 
Por Homorrealidade
 
Foi no dia 21 de junho de 2010 que o jovem Alexandre Ivo, com apenas 14 anos, perdeu a vida na cidade de São Gonçalo (RJ) depois de  horas de tortura e espancamentos motivados por homofobia. Mesmo com a repercussão nacional do caso, mesmo com as provas e depoimento dos amigos, mesmo com a luta liderada pela família, o crime ainda continua impune três anos depois. Os acusados pelo assassinato – Eric Boa Hora de Bruim (então brigadista, 24 anos), Allan Siqueira de Freitas (então eletricista, 24 anos) e André Luiz Marcoge da Cruz Souza (então açougueiro, 25 anos) – ainda não tiveram seus julgamentos concluídos pela “justiça” brasileira. Segue a foto desses três... acusados!
 
 
Num momento de tantos protestos nacionais, sem dúvida a criminalização da homofobia segue como uma reivindicação de muitos brasileiros, especialmente aqueles que já sofreram os males do preconceito na pele ou no coração.


Apoiamos e seguimos a luta da família, dos amigos e dos integrantes do Movimento Alexandre (V)Ivo! E tomamos a liberdade de reproduzir a mensagem publicada hoje (21) pela mãe do jovem Alexandre na página dedicada ao filho:
 
 
“Existe cura para a falta de amor? para a falta de escrúpulo político? Existe cura para tanta saudade e indignação que restam para os familiares de jovens e adultos assassinados e violentados por homofobia?
 
Hoje acordei com um sentimento de ESPERANÇA, primeiramente, por assistir a minha filha, Paula Ivo, tão politizada e indo para as ruas por um país melhor, assim como eu um dia fui uma cara pintada nos movimentos da minha época de estudante...
 
E hoje, às vésperas de exumar os restos mortais de meu filho ALEXANDRE IVO (faz 3 anos de seu assassinato), penso e repenso, como ainda há lugar nesse mundo para indivíduos que querem curar o que não é considerado doença há mais de 20 anos ... e não tem como curar uma dor de violência HOMOFÓBICA, que corrói dia-a-dia, que fica como uma ferida aberta e aberta na alma ... pois isso sim não tem cura, não tem remédio, pois o remédio já não está aqui comigo há exatos três anos e isso dói, dói demais e enfim a nossa luta continua por JUSTIÇA, eu preciso de JUSTIÇA, AS FAMÍLIAS VÍTIMAS DE HOMOFOBIA PRECISAM DE JUSTIÇA.”
 
ANGELICA IVO
Mãe de Alexandre Ivo
 
 
O Homorrealidade, que surgiu logo após esse crime terrível, se solidariza mais uma vez com a família de Alexandre e reforça sua luta por justiça. Pelo fim da homofobia, pela liberdade e pela igualdade de direitos.
 
 
 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Famosos reforçam convocação para passeata no Rio contra projeto da "cura gay"



Publicado pelo EGO
 
Depois de participarem do protesto contra o aumento das tarifas nos transportes públicos nas ruas do Rio de Janeiro, alguns artistas brasileiros como Bruno Gagliasso e Leandra Leal decidiram convocar seus fãs para uma nova passeata. Nesta quarta, 19, eles publicaram no Instagram suas imagens com um cartaz que convida seus seguidores para participarem de uma "ala LGBT" na manifestação prevista para acontecer nesta quinta quinta, 20.
 
 
 
 
 
O objetivo do grupo é protestar - entre outras questões - contra a aprovação do projeto de lei que determina o fim da proibição de tratamentos para reversão da homossexualidade - que vem sendo chamado popularmente de "cura gay".
 
 
 

Em resposta a protestos, deputados avaliam travar PEC 37 e 'cura gay

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Publicado pelo Estadão
 
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), antecipou a volta a Brasília devido ao crescimento das manifestações nas ruas. Novo protesto está convocado para esta quinta-feira, 20, na capital federal às 17 horas. O voo que traz os políticos tem chegada prevista para São Paulo às 16 horas. Na sequência, Alves embarca para Brasília. O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o acompanha na antecipação do retorno. Outros parlamentares que estão na missão oficial também tentam antecipar seus voos de volta, previstos para sexta, 21.
 
A assessoria dos parlamentares já procura formas de dar resposta à população que protesta na rua. Os deputados vão discutir projetos que poderiam ser de agrado dos manifestantes e pretendem travar propostas polêmicas por algum tempo, como a PEC 37, que limita o poder de investigação criminal do Ministério Público, e o da "cura gay", como ficou conhecido o projeto que permite a psicólogos "tratar" a homossexualidade .
 
A situação dos protestos é monitorada pelos parlamentares desde o início da semana. A antecipação da volta foi decidida depois de as manifestações ganharem força nos últimos dias. A agenda oficial previa a volta para sexta-feira, mas alguns pretendiam esticar o fim de semana sem retornar a Brasília.
 
Além de Alves e Chinaglia, estão na Rússia os líderes do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), do DEM, Ronaldo Caiado (GO), e do PPS, Rubens Bueno (PR), além dos deputados Bruno Araújo (PSDB-PE), Fábio Ramalho (PV-MG) e Felipe Maia (DEM-RN).
 
 

Neurocientista afirma que fundamentalismo religioso poderia ser tratado como doença mental


 
Visto no GNoticias
 
Uma pesquisadora da Universidade de Oxford, e autora especializada em neurociência sugeriu recentemente que um dia o fundamentalismo religioso pode ser tratado como uma doença mental curável. Kathleen Taylor, que se descreve como uma “escritora de ciência filiada ao Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética”, fez a sugestão durante uma apresentação sobre a pesquisa do cérebro no Festival literário no País de Gales na última semana.
 
Em resposta a uma pergunta sobre o futuro da neurociência, a pesquisadora afirmou que “uma das surpresas pode ser a de ver pessoas com certas crenças como pessoas que podem ser tratadas [clinicamente]“.
 
- Alguém que tem, por exemplo, torna-se radical a uma ideologia de culto – nós podemos parar de ver isso como uma escolha pessoal resultado de puro livre-arbítrio e começar a tratá-lo como algum tipo de distúrbio mental – afirmou a cientista, segundo o Huffington Post.
 
- Em muitos aspectos, poderia ser uma coisa muito positiva, porque não há dúvida de crenças em nossa sociedade que fazem muitos danos – completou.
 
Ela afirmou ainda que não estava apenas se referindo aos candidatos óbvios, como o islamismo radical”, mas também exemplificou tais crenças como a ideia de que bater em crianças é aceitável.
 
Esse não é um tema novo na carreira acadêmica de Taylor, que em 2006 escreveu um livro sobre o controle da mente chamado de “Brainwashing: The Science of Thought Control” (Lavagem cerebral: A Ciência de controle do pensamento, em tradução livre), que explorou a suposta ciência por trás das táticas persuasivas de cultos e grupos como a al Qaeda.
 

Apoio a casamento gay é alto em países desenvolvidos, diz pesquisa


 
Publicado pelo Terra
 
A maioria dos adultos nos países desenvolvidos é favorável ao casamento homossexual ou a algum tipo de reconhecimento legal das uniões homoafetivas, e também ao direito de que esses casais adotem filhos, revelou uma pesquisa internacional divulgada nesta terça-feira.
 
A pedido da Reuters, o instituto Ipsos ouviu 12.484 adultos em 16 países, e concluiu que 52 por cento deles apoiam a igualdade total no direito ao casamento, enquanto 21 por cento apoiam o reconhecimento das uniões homossexuais, mas sem estender isso ao casamento pleno.
 
Apenas 14 por cento dos entrevistados se declararam contrários a qualquer tipo de reconhecimento, e 13 por cento disseram não ter posição definida.
 
O que vemos é que em todos os 16 países pesquisados há uma maioria a favor de permitir que casais do mesmo sexo tenham algum tipo de reconhecimento legal”, disse Nicolas Boyon, vice-presidente do Ipsos. Em 9 dos 16 países, vemos uma maioria absoluta em favor da plena igualdade para o casamento.
 
Quase 60 por cento da amostra total acha que os casais gays devem ter o mesmo direito que os heterossexuais para adotar filhos, e 64 por cento acham que homossexuais têm plenas condições de criarem filhos de forma bem sucedida.
 
Vemos maiorias em 12 dos 16 países apoiando a paternidade gay, disse Boyon.
 
Em Suécia, Noruega, Espanha, Bélgica, Canadá e França, onde o casamento gay já é legalizado, a maioria apoia direitos iguais, o que acontece também na Alemanha, Grã-Bretanha e Austrália.
 
Nos Estados Unidos, onde o reconhecimento jurídico para os casais homossexuais varia de Estado para Estado, 42 por cento apoiam o casamento gay, e 23 por cento defendem o reconhecimento jurídico.
 
A maior oposição ao reconhecimento jurídico das uniões acontece em Hungria, Coreia do Sul, Polônia e Japão, onde 37 por cento das pessoas disseram não ter opinião formada.
 
O que há em comum entre Hungria, Coreia do sul e Polônia é que eles são disparadamente os países que têm o menor percentual de pessoas que declaram ter um parente, colega ou amigo que seja gay, lésbica, bissexual ou transgênero”, disse Boyon.
 
Cerca de um terço dos entrevistados declarou que sua atitude com relação ao casamento homossexual mudou nos últimos cinco anos. O apoio às uniões homossexuais é maior entre pessoas que declaram ter um parente, amigo ou colega LGBT.