Publicado pelo Poucos Minutos
O fundador e CEO do Grindr, o app de rede social gay que chegou na cena em 2009 e agora afirma ter mais de 7 milhões de usuários em 192 países, acredita que tem uma “oportunidade de fazer a diferença”. Homens gays do mundo todo podem estar usando o Grindr para localizar rapidamente os potenciais parceiros para uma transa a seu redor, mas Joel Simkhai acredita que, se ele puder inspirar esses homens a refletir sobre a homofobia e ligar para seus representantes no poder público entre uma conferida e outra, isso já é um grande avanço.
Em entrevista para a rádio SiriusXM, Simkhai contou sobre alguns dos esforços do Grindr nesse sentido. rebateu algumas críticas, e promoveu o Grindr4Equality, uma ação que ele lançou em 2011 para conscientizar e organizar seus usuários por meio do app. “O Grindr existe para ajudar você a encontrar pessoas. Nós não estamos nessa para mudar o mundo. Mas se no processo de ajudar você a encontrar alguém a gente conseguir fazer alguma diferença no mundo, eu fico muito feliz.”
Em regiões em que não há bares gays ou mesmo uma cidade num raio de muitos quilômetros, o Grindr se tornou um instrumento vital para homens que querem se encontrar. Simkhai aponta que isso acontece não só nos EUA, mas em muitas outras partes do mundo em que seus usuários estão conversando e trocando fotos.
Essa habilidade de conectar homens gays faz do Grindr uma ferramenta de mobilização muit poderosa, talvez da mesma maneira em que bares gays historicamente serviram de pontos de encontro de onde partiam ações políticas, apesar de sua função primária era encontrar pessoas para relacionamentos ou encontros casuais. Sendo assim, o Grindr não passou despercebido por governos antigay.
E para quem reclama que o Grindr é superficial e reduz os gays aos atributos físicos, ele responde com um sorriso.
“Fantástico! Amo/sou. Totalmente. Cuide da aparência mesmo. Eu me orgulho muito do fato de que o Grindr nos força a nos aprimorarmos. A escovar os dentes. Pentear o cabelo. Comer direito. Ir malhar. Se tornar alguém saudável. Cortar o cigarro. Cortar o que faz mal e manter a melhor aparência possível. Nós somos homens. Nós somos visuais. Nós enxergamos antes de ouvir, antes de pensar, antes de fazer qualquer outra coisa. Nós somos assim. Eu não mudei isso. A evolução nos ensinou a ser assim. Com certeza eu vou mais para a academia por causa do Grindr. Eu estou competindo com o cara no quadradinho ao lado naquela tela.”
E sim, Simkhai, que afirma ter criado o Grindr porque queria arranjar uma solução para seus problemas e encontrar outros caras mais facilmente, está sempre no Grindr.
“O tempo todo”, ele responde. “Eu sou o usuário número um. Eu montei esse app para mim mesmo. Então eu o uso o tempo todo.”
Com tradução do site Huffington Post.
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