Publicado no Estadão
Por Felipe Tau 
O Club Athletico Paulistano, nos Jardins, zona sul, foi advertido pela 
Secretaria de Estado da Justiça em um processo administrativo aberto por
 discriminação sexual. O clube, um dos mais tradicionais de São Paulo, 
recusou o pedido de um sócio homossexual para que seu parceiro fosse 
reconhecido como dependente. 
A advertência, publicada no dia 28 de junho no Diário Oficial do Estado,
 foi uma decisão em segunda instância tomada pela secretária de Justiça e
 Defesa de Cidadania, Eloísa de Sousa Arruda. A medida revoga a 
absolvição obtida pelo Paulistano em primeira instância. Os nomes dos 
envolvidos não foram informados pela secretaria, uma vez que o processo é
 sigiloso. 
A advertência - prevista na Lei Estadual 10.948, de 2001, que pune a 
discriminação sexual no Estado de São Paulo - é a sanção mais branda 
aplicada, mas pode evoluir para sanções mais pesadas no caso de 
reincidência: multa de R$ 18.440 a R$ 55.320 (multiplicável por dez, 
dependendo do porte de estabelecimento), suspensão da licença estadual 
de funcionamento por 30 dias ou cassação permanente. 
A assessoria de imprensa do Club Athletico Paulistano informou que soube
 da decisão na quinta (5) e ainda não pode se manifestar a respeito. 
Segundo a Secretaria de Justiça, a decisão administrativa foi publicada 
novamente por não ter saído legível na divulgação anterior. 
Título. 
Fundado em dezembro de 1900, o Club Athletico Paulistano já teve um dos 
melhores times de futebol do País, mas disputou o último campeonato 
profissional em 1929. 
De acordo com a assessoria de imprensa, o título para ser sócio do clube
 custa R$ 11 mil, mas vem acompanhado por uma taxa de R$ 360 mil.

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