Publicado pelo UOL
A parada gay neste domingo (2), em São Paulo, mostra a força de um evento que atrai paulistanos, visitantes de outros Estados e turistas internacionais, e, segundo a Secretaria de Turismo, é o segundo evento mais lucrativo para a cidade, perdendo apenas para a Fórmula 1.
Por conta disso, cada vez mais São Paulo se prepara para receber bem esse público, que tem sempre muita disposição para gastar o chamado "pink money" (ou o "pink real"). Só nos Estados Unidos, esse é um mercado estimado em US$ 835 bilhões, segundo a Abrat GLS (Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes).
Marta Dalla Chiesa, presidente da Abrat GLS, diz que a a associação está fazendo uma parceria com a empresa norte-americana especializada no mercado LGBT Community Marketing Inc. para quantificar, pela primeira vez, o mercado GLS no Brasil.
Chiesa afirma que os DINKs (Double Income No Kids – dupla renda sem filhos, numa tradução livre), como são chamados os casais gays nos Estados Unidos, têm mesmo mais renda do que a média da população. "Normalmente esses casais não têm filhos, e por isso têm mais disponibilidade de investir em educação e lazer".
Segundo a executiva, estudos mostram que gays e lésbicas consomem mais bens de luxo, design e moda, além de viajar quatro vezes mais que a média e gastar 30% mais que o turista tradicional.
Esses dados têm sido comprovados também no Brasil. A pesquisa feita pelo Observatório do Turismo na Parada LGTB de 2012 mostra que cerca de metade das pessoas que compareceram ao evento eram visitantes de fora da cidade.
Essas pessoas ficaram em média 3,6 dias na cidade e gastaram, individualmente, R$ 1.272,45 no período. Os gastos com as saídas noturnas, como ida a bares, boates ou festas ficaram em R$ 226,80 por visitante.
Criador de fundo internacional aposta na força do "pink real"
Paul Thompson, fundador da LGBT Capital (com sedes em Londres e Hong Kong), especializada em consultoria de investimentos para o mercado gay, diz que o Brasil tem muito potencial na área.
Para ele, o país é um mercado em franco desenvolvimento com potencial de R$ 300 bilhões. "Acredito no poder do 'pink real'".
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