quarta-feira, 5 de março de 2014

Disney cancela verba para escoteiros depois de grupo vetar líderes gays



 
Publicado pelo G1
 
Empresa vai interromper doação a programa de voluntários da organização. Nos EUA, jovens gays podem ser escoteiros, mas sem liderar equipes.
 
A organização Escoteiros nos Estados Unidos lamentou nesta segunda-feira (3) que a companhia Walt Disney tenha cancelado a ajuda econômica por causa da proibição de que haja líderes homossexuais no coletivo juvenil. Em comunicado enviado à Agência EFE, o porta-voz dos Escoteiros nos Estados Unidos, Deron Smith, disse que estão "decepcionados" com a decisão da Disney.
 
A regra interna de Escoteiros proíbe que adolescentes abertamente homossexuais possam ser líderes de grupo, mas permite que possam participar do grupo, norma que foi aprovada ano passado por seu Conselho Nacional. "Achamos que cada criança merece a oportunidade de ser parte da experiência do escotismo e estamos decepcionados com esta decisão (da Disney)", disse Smith.
 
O porta-voz dos Escoteiros explicou que embora a Disney não dê ajudas diretas ao Conselho Nacional nem às organizações locais, realiza doações através de um programa de voluntariado para os empregados da companhia.
 
Em resposta à legislação interna dos Escoteiros, algumas empresas como Intel, UPS, Caterpillar e a Major League Soccer (MLS) retiraram nos últimos meses o apoio à organização juvenil, decisão à qual agora se somou a Disney.
 
 
Embora a empresa de entretenimento não tenha se pronunciado publicamente sobre este assunto, a decisão foi revelada pelos Escoteiros da Flórida em carta dirigida às famílias que fazem parte da organização.
 
Na carta, o presidente do Conselho Escoteiro da Flórida informava do final do programa com a Disney, mas expressava confiança de que a empresa reconsideraria a decisão.
 
Nos Estados Unidos há aproximadamente 110 mil patrulhas de escoteiros com 2,6 milhões de crianças e adolescentes e um milhão de adultos, a maioria "guias" das patrulhas.
 
A política de aceitar homossexuais entre suas fileiras, que entrou em vigor em janeiro, fez os Escoteiros perderem o apoio de várias igrejas evangélicas.
 

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