Publicado pela Folha
Por Vitor Angelo
Nesta quarta-feira , 2, comemorou-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, e o que os LGBTs têm com isto? Nada, responderão os mais apressados, mas a ligação é profunda. A questão das minorias é a primeira que liga autistas, os que têm Síndrome de Down, as pessoas especiais, os negros, as mulheres e também os gays. A luta contra o preconceito e o estigma é de mesma matriz.
Senti que a indignação de muitos pais de autistas com a interpretação de Bruna Linzmeyer para a personagem Linda em “Amor à Vida” era muito semelhante ao de militantes gays que condenavam tempos atrás o retrato dos homossexuais na TV. Enfim, a mesma vontade de uma representação com abrangência total, o que muitas vezes é impossível por diversos motivos,e acaba gerando frustração. Este elo une todas as minorias que querem se ver representada nos meios de comunicação de massa audiovisuais: a vontade de uma representação muito realista até para que esta seja um signo do fim do estigma.
O mesmo pode-se falar sobre outra questão aguda aos LGBTs e aos autistas, a educação, a ida à escola. Cada grupo com seu problema específico, mas tanto um como outro sofre bullying ou mesmo muitas vezes é rejeitado pela própria escola. Além de tudo, não temos uma escola preparada para trabalhar com o diferente e as diferenças e isto faz com que diferentes como gays e autistas sejam iguais no tratamento preconceituoso.
Enfim, a luta de uma minoria é a luta de todas as minorias. E hoje, azul é a cor mais quente!
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