Visto no Terra
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (ABGLT) lançou uma campanha para incentivar os estudantes
vítimas de homofobia nas escolas a denunciar as agressões. "Se você é um
estudante LGBT e foi vítima de bullying homofóbico ou qualquer outro
tipo de agressão física ou simbólica na escola, denuncie", diz o cartaz
da campanha.
A entidade recomenda os estudantes que registrem um boletim de
ocôrrência em caso de agressão, liguem gratuitamente para o Disque 100, e
ainda enviem a denúncia para presidencia@abglt.org.br, para que possa
acompanhar os casos. Segundo a ABGLT, a campanha é motivada pelo aumento
do número de casos de alunos vítimas de homofobia no ambiente escolar.
No começo da semana, a entidade divulgou o caso de um estudante de 15
anos que sofreu agressões em uma escola de Santo Ângelo, no interior do
Rio Grande do Sul. Após a agressão, o menino encaminhou um e-mail
relatando o drama da homofobia para a ABGLT. O relato ganhou repercussão
na internet e o caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia da cidade.
A ABGLT cobra do governo federal o lançamento de um kit de combate a
homofobia nas escolas, que havia sido vetado pela presidente Dilma
Rousseff no ano passado, após pressão da bancada religiosa no Congresso
Nacional. O então ministro da Educação, Fernando Haddad, havia prometido
que o material seria refeito, mas na semana passada o atual ministro,
Aloizio Mercadante, disse que o kit não resolve o problema da homofobia.
Em nota, a entidade disse que "lamenta profundamente as equivocadas
declarações do ministro e manifesta sua indignação com mais esta atitude
de homofobia institucional do governo Dilma Rousseff, cuja
credibilidade para as políticas públicas de proteção da população LGBT
parece estar a ponto de se esgotar por completo".
Segundo a ABGLT, a crítica à posição do governo federal sobre o assunto
vai nortear a 3ª Marcha Nacional Contra a Homofobia, que acontece no dia
16 de maio, em Brasília (DF). "Vamos cobrar a conta de centenas de
mortes e outras formas de violências praticadas contra milhões de
brasileiras e brasileiros, em decorrência de sua orientação sexual e
identidade de gênero", informou a entidade em comunicado divulgado após
as declarações de Mercadante.
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