quinta-feira, 22 de março de 2012

ABGLT faz campanha para incentivar alunos a denunciar homofobia


Visto no Terra
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) lançou uma campanha para incentivar os estudantes vítimas de homofobia nas escolas a denunciar as agressões. "Se você é um estudante LGBT e foi vítima de bullying homofóbico ou qualquer outro tipo de agressão física ou simbólica na escola, denuncie", diz o cartaz da campanha.
A entidade recomenda os estudantes que registrem um boletim de ocôrrência em caso de agressão, liguem gratuitamente para o Disque 100, e ainda enviem a denúncia para presidencia@abglt.org.br, para que possa acompanhar os casos. Segundo a ABGLT, a campanha é motivada pelo aumento do número de casos de alunos vítimas de homofobia no ambiente escolar.
No começo da semana, a entidade divulgou o caso de um estudante de 15 anos que sofreu agressões em uma escola de Santo Ângelo, no interior do Rio Grande do Sul. Após a agressão, o menino encaminhou um e-mail relatando o drama da homofobia para a ABGLT. O relato ganhou repercussão na internet e o caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia da cidade.
A ABGLT cobra do governo federal o lançamento de um kit de combate a homofobia nas escolas, que havia sido vetado pela presidente Dilma Rousseff no ano passado, após pressão da bancada religiosa no Congresso Nacional. O então ministro da Educação, Fernando Haddad, havia prometido que o material seria refeito, mas na semana passada o atual ministro, Aloizio Mercadante, disse que o kit não resolve o problema da homofobia.
Em nota, a entidade disse que "lamenta profundamente as equivocadas declarações do ministro e manifesta sua indignação com mais esta atitude de homofobia institucional do governo Dilma Rousseff, cuja credibilidade para as políticas públicas de proteção da população LGBT parece estar a ponto de se esgotar por completo".
Segundo a ABGLT, a crítica à posição do governo federal sobre o assunto vai nortear a 3ª Marcha Nacional Contra a Homofobia, que acontece no dia 16 de maio, em Brasília (DF). "Vamos cobrar a conta de centenas de mortes e outras formas de violências praticadas contra milhões de brasileiras e brasileiros, em decorrência de sua orientação sexual e identidade de gênero", informou a entidade em comunicado divulgado após as declarações de Mercadante.

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