quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Casamentos igualitários: para a lei, já não há mais diferença (Será?)


 
Publicado pelo ClicaBrasília
Por Soraya Sobreira
Dica de Augusto Martins
 
Aos poucos, os casais homoafetivos estão consolidando seu espaço e vencendo preconceitos. Depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que era aceitável a união estável de pessoas do mesmo sexo, o Juizado da Vara de Registros Públicos do DF repassou a decisão de que, não só a união estável estava permitida, mas também o casamento. Depois disso, a Associação dos Notários e Registradores do Distrito Federal (Anoreg) estima que já tenham sido realizados mais de dez casamentos homoafetivos no DF, desde maio deste ano.
 
Um deles é o do bancário Gláuber Souza Oliveira, 31 anos, e o estudante Nildo José da Silva Gondim, 34 anos. Com apoio dos familiares e amigos, ele oficializam o relacionamento que já dura dois anos. O casal definiu a cerimônia como o momento mais feliz da vida deles. Principalmente porque puderam trocar as assinaturas, passando a chamar Gláuber Gondim Oliveira e Nildo José Oliveira Gondim. “Isto é uma conquista. Quem diria que poderia acontecer um dia. Estamos aproveitando enquanto a decisão está favorável”, festeja Glauber, lembrando que usufruirá, inclusive, do direito da licença no trabalho para casamento. Os dois já vivem juntos há um ano. “Temos uma rotina de casados, o que muda é que agora estamos garantidos na lei”, comemora Nildo.
 
Amor à primeira vista
 
O casal relembra o momento em que se encontraram pela primeira vez. “Foi um pouco inusitado e, ao mesmo tempo, intenso, parecia amor à primeira vista”, relembra Gláuber. Os passeios prediletos são os que permitem o contato com a natureza. “Remar e passear no Parque da Cidade fazem parte da nossa história”, conta. Os dois acreditam estar contribuindo para um momento político único. “Acredito que este não seja um momento de ressaltar diferenças, mas de garantir direitos de igualdade”, avalia Nildo.
 
Uniões ainda são raras
 
O segundo casamento homoafetivo realizado no País aconteceu no DF. A união ocorreu antes mesmo da decisão do Juizado da Vara de Registros. O primeiro havia sido realizado em São Paulo, dois meses depois da decisão do STF, em maio do ano passado. “Tecnicamente, não há como negar a união homoafetiva. Depois dessa decisão, todos os cartórios do País passaram a ser obrigados a simplesmente cumprir a lei”, afirma o presidente da Associação dos Notários e Registradores (Anoreg), Allan Nunes. Ele completa cobrando que o Código Civil passe por uma alteração para acabar com as dúvidas até mesmo da população. “Dúvida de interpretação faz com que os cidadãos recorram ao Judiciário para terem o direito assegurado, e isso, pode demorar até mais de ano”, informa Nunes.
 
A explicação para a ausência de estatística com relação à quantidade exata de casamentos de casais do mesmo sexo é dada pelo fato de não haver diferença no momento do registro. “Tratamos como uma cerimônia igual às demais”, explica o representante dos cartórios. O número de uniões ainda é considerado baixo. “Fomos um dos primeiros do País a decidir pelo casamento”, completa.
 
No Gama, por exemplo, foram quatro registros, enquanto, no Núcleo Bandeirante ocorreram três. Todos os direitos garantidos um casal hetero também são repassados aos homossexuais, como a escolha do regime de bem e o compartilhamento do sobrenome. “Não há diferença dos outros casamentos”, diz Emival Araújo, do Cartório do Núcleo Bandeirante.
 
Saiba mais
 
O segundo casamento homoafetivo realizado no País aconteceu no DF. A união ocorreu antes mesmo da decisão do Juizado da Vara de Registros. O primeiro havia sido realizado em São Paulo, dois meses depois da decisão do STF, em maio do ano passado. “Tecnicamente, não há como negar a união homoafetiva. Depois dessa decisão, todos os cartórios do País passaram a ser obrigados a simplesmente cumprir a lei”, afirma o presidente da Associação dos Notários e Registradores (Anoreg), Allan Nunes. Ele completa cobrando que o Código Civil passe por uma alteração para acabar com as dúvidas até mesmo da população. “Dúvida de interpretação faz com que os cidadãos recorram ao Judiciário para terem o direito assegurado, e isso, pode demorar até mais de ano”, informa Nunes.
 
A explicação para a ausência de estatística com relação à quantidade exata de casamentos de casais do mesmo sexo é dada pelo fato de não haver diferença no momento do registro. “Tratamos como uma cerimônia igual às demais”, explica o representante dos cartórios. O número de uniões ainda é considerado baixo. “Fomos um dos primeiros do País a decidir pelo casamento”, completa.
 
No Gama, por exemplo, foram quatro registros, enquanto, no Núcleo Bandeirante ocorreram três. Todos os direitos garantidos um casal hetero também são repassados aos homossexuais, como a escolha do regime de bem e o compartilhamento do sobrenome. “Não há diferença dos outros casamentos”, diz Emival Araújo, do Cartório do Núcleo Bandeirante.

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