Publicado pelo O Globo
Com 23 votos a favor e 8 contrários, o Senado uruguaio aprovou na tarde desta terça-feira a Lei de Matrimônio Igualitário, que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O projeto voltará agora para a Câmara baixa, por onde já passou, para que as modificações no texto sejam analisadas.
Na Câmara, os deputados deverão se manifestar contra ou a favor das alterações. Só então o projeto de lei deverá seguir para o Executivo para ser promulgado - o que não deve acontecer antes de dois ou três meses, de acordo com estimativas da imprensa uruguaia.
Para a aprovação, a esquerda já tinha votos suficientes. Mesmo assim, vários integrantes dos partidos Colorado e Nacional votaram a favor, apesar da oposição da Igreja Católica, que durante a Semana Santa pediu durante as missas que os senadores votassem com as suas consciências.
O debate começou às 9h30m e só terminou no final da tarde. A Frente Ampla votou pela aprovação do projeto, enquanto os partidos Nacional e Colorado liberaram seus integrantes para votarem como achassem melhor.
O senador Rafael Michelini, da Frente Ampla, classificou a aprovação como “uma modificação profunda para a sociedade”.
- É claro que não posso comparar com a abolição da escravatura, porque foram lutas que levaram centenas de anos. Mas para uma pessoa que adquire direitos, de certa forma não é uma libertação? - perguntou Michelini, indagando até que ponto o Estado pode se meter na vida privada do cidadão. - Não deveria haver proibição de raça, idade ou sexo.
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