quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Briga com baleados em Parada Gay foi após esbarrão, diz primo de vítima


 
Publicado pelo G1
Por Isabela Marinho
 
Cinco pessoas ficaram feridas em tiroteio; Hudson Luiz continua internado. Parada Gay ocorreu no domingo (6) na Praia de Icaraí, em Niterói.
 
A briga que provocou um tiroteio durante a Parada Gay em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, neste domingo (6), aconteceu depois que uma das vítimas esbarrou em um homem ainda não identificado. Cinco pessoas ficaram feridas, entre elas quatro menores de idade e Husdon Luiz, de 22 anos, que permanece internado no Hospital Estadual Azevedo Lima, após ter um dos pulmões perfurado.
 
Carlos Roberto Carvalho Júnior é primo de Hudson e também participou da Parada Gay. Ele contou ao G1 nesta segunda-feira (7) que estava no terceiro trio elétrico e que seu primo e mais quatro amigos andavam pela Avenida Jornalista Alberto Francisco, onde ocorria o evento, quando Hudson esbarrou em um homem, derramando sua bebida. Este homem, não identificado, jogou o copo em Hudson, que discutiu com o rapaz e foi agredido por ele. Neste momento, segundo Carlos Roberto, outro homem que acompanhava o agressor efetuou os disparos.
 
Carlos Roberto disse ainda que a polícia não prestou socorro inicialmente e que tentou agredir os rapazes. "Só quando eles viram que os meninos estavam sangrando é que colocaram os garotos no carro. Eu ainda pedi ajuda a um outro carro que passava pela Avenida Roberto Silveira para trazer o outro menor pro hospital", contou.
 
Vítimas foram levadas para o Hospital Azevedo Lima
 
Inicialmente foi informado que quatro pessoas haviam sido baleadas durante a Parada Gay. Posteriormente, o G1 foi informado que cinco pessoas foram atingidas. De acordo com informações da 78ª DP (Fonseca), eles foram baleados após terem se envolvido em uma briga. Todos foram conduzidos para o Hospital Azevedo Lima e três já prestaram depoimento após serem liberados, além de um policial militar que estava no local.
 
Segundo o delegado titular da 77ª DP (Icaraí), Mario Luiz da Silva, o depoimento de Hudson pode ser decisivo para o retrato falado. Um dos menores contou que um grupo gritava "Bonde do Estadão", em referência ao Morro do Estado. Em outro depoimento, um outro menor diz que viu Hudson "tomando satisfação" com um rapaz momentos antes do tiroteio.
 
Brigas são raras, diz delegado
 
O delegado disse que crimes como furtos e roubos já aconteceram em outras edições da Parada Gay, mas que brigas e confusões não costumam fazer parte deste tipo de evento.
 
"É uma novidade isso acontecer. Nunca houve problema aqui [em Niterói]. Nunca este tipo de evento registrou qualquer problema. Acredito que tenha sido uma situação pontual, muito específica. Sou titular da 77ª DP desde 2009 e nesses cinco anos nunca vi isso. Vamos ter que fazer uma avaliação muito específica disso porque é um fato novo. Nunca a gente se opôs a este tipo de evento porque nunca teve problema", disse Mario Luiz da Silva.
 
 

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