quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Rio: Polícia procura agressores que tentaram matar travesti jogando-a na linha do trem



Publicado pelo G1
 
A travesti Melissa (Thiago Freitas), conhecida também por Mel e eleita princesa gay do carnaval de 2013, foi espancada e jogada de uma passarela sobre a linha do trem em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio, na madrugada da última quinta-feira (31). Segundo policiais da 34º DP (Bangu), ela foi vítima da agressão após sair da quadra da escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel por volta das 2h.
 
Em depoimento, Melissa contou que estava em um conhecido ponto de prostituição de travestis entre as estações Guilherme da Silveira e Padre Miguel, quando dois homens pararam em um carro e vieram até o meio da passarela, que fica entre as ruas Ubatuba e Coronel Tamarindo.
 

Eles propuseram um programa sexual com a travesti, que caminhou em direção aos homens. No meio do caminho, a vítima desconfiou da aparência deles e negou o programa. Logo depois, os homens iniciaram as agressões que culminaram no empurrão na linha do trem. Ainda segundo a polícia, há fortes indícios de que o crime de tentativa de homicídio tenha sido motivado por homofobia, e está em busca dos suspeitos. Os retratos falados indicaram que os agressores têm pele branca e altura na faixa de 1,85 m.

Um taxista que passava pelo local acionou os bombeiros e Melissa foi levada para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. Ela teve os pés e a bacia fraturados e precisa de cirurgia. De acordo com amigos, deve ser transferida para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), onde deve ser submetida a uma cirurgia.
 
Bárbara Sheldon, amiga da vítima e Rainha Gay 2013, não acredita que o crime tenha sido premeditado e disse que Melissa seria uma das musas da Mocidade Independente de Padre Miguel e desfilaria também na escola de samba Unidos de Padre Miguel. Bárbara disse que esse tipo de crime foi uma surpresa. “O Rio de Janeiro é uma cidade muito tranqüila em relação a isso. Ficamos chocados com esse ato homofóbico.”
 

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