domingo, 14 de outubro de 2012

Ex-executivo é líder da luta contra o casamento gay nos EUA


 
Publicado pelo iG - Último Segundo
Por Erik Eckholm
A luta contra o casamento homossexual na Califórnia foi, em grande parte, planejada por um homem: Frank Schubert, um ex-executivo de relações públicas corporativas, administrou a campanha de US$ 40 milhões para aprovar a Proposição 8, na Califórnia, em 2008.
 
A partir de então, ele montou campanhas bem sucedidas contra o casamento homossexual no Maine e na Carolina do Norte. Agora, com iniciativas para a legalização do casamento homossexual sendo votadas em Maryland, Minnesota, Washington e Maine, Schubert se tornou o estrategista-chefe da oposição.
 
Líderes de grupos a favor dos direitos dos homossexuais desprezam Schubert, que tem se dedicado ao tema nos últimos anos, alegando que ele utiliza argumentos enganosos.
 
Eles também aprenderam a temê-lo por suas mensagens que são menos abertamente duras do que as manifestadas por muitos outros adversários dos direitos dos homossexuais: uma estratégia destinada a tranquilizar os eleitores moderados que podem influenciar na decisão desta eleição dizendo-lhes que ir contra o casamento homossexual não os torna carrascos.
 
Citando pesquisas que mostram a crescente aceitação do público e armados com mais de US$ 25 milhões, os líderes dos direitos dos homossexuais esperam vencer sua primeira votação a favor do casamento gay no dia 6 de novembro. Mas eles estão se preparando para uma quantidade de anúncios de televisão concebidos por Schubert nos quatro Estados em questão.
 
"Todo mundo tem o direito de amar a quem quiser", disse um anúncio atualmente sendo veiculado em Minnesota, "mas ninguém tem o direito de redefinir o conceito de casamento".
 
Falar para os eleitores que eles não são pessoas ruins se decidirem votar contra o casamento homossexual é "diabolicamente inteligente e criativo", disse Fred Sainz, vice-presidente de comunicações do Human Rights Campaign, um grupo de defesa nacional para os direitos dos homossexuais. "Ele simplesmente está embelezando o conceito de descriminação".
 
Schubert, que tem uma irmã homossexual que cria dois filhos com uma parceira disse: "É doloroso saber que muitas pessoas pensam que eu não gosto dos homossexuais e que lhes desejo o pior."
 
Nos seis Estados que o permitem, e no Distrito de Columbia, o casamento homossexual foi mandatado pelos tribunais ou aprovado pelo Legislativo. Mas toda vez que o assunto vai à votação popular, os eleitores decidem contra o casamento homossexual.
 
Trinta Estados têm emendas constitucionais que definem o casamento como apenas entre um homem e uma mulher, e outros 11 têm leis que restringem o casamento homossexual.
 
"Se o outro lado vencer desta vez, estou certo de que irá abrir uma frente totalmente nova", disse Schubert, prevendo que os grupos, na Califórnia, Oregon e em outros lugares seriam encorajados a levarem adiante referendos públicos.
 

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