terça-feira, 16 de outubro de 2012

TCU cobra do MEC prejuízo de R$ 800 mil com suspensão do kit anti-homofobia


 
Publicado pelo Última Instância
 
O TCU (Tribunal de Contas da União) cobrou explicações do MEC (Ministério da Educação) sobre um suposto prejuízo de R$ 800 mil com a suspensão da distribuição do "kit anti-homofobia", lançado durante a gestão do então ministro Fernando Haddad e vetado pela presidente Dilma. De acordo com o caderno Poder, do jornal Folha de São Paulo.
 
Segundo acórdão do TCU, o valor foi gasto com a produção do material, mas a distribuição foi vetada pela presidente Dilma Rousseff após pressões de evangélicos, que o apelidaram de "kit gay".
 
O kit continha três vídeos e um guia para professores interessados em abordar o tema com alunos do ensino médio --a partir de 14 anos.
 
O MEC chegou a afirmar que o material estava guardado e poderia ser usado pelo ministério, mas a explicação não convenceu o tribunal.
 
No acórdão, o tribunal requer ao MEC que explique as razões técnicas para a o arquivamento do material e informe qual foi a autoridade superior do governo responsável por autorizar o kit.
 
Segundo o ministro José Jorge, apesar de a ação do ministério ter sido paralisada, o MEC não consegue comprovar qual será a destinação dos kits. José Jorge diz que "não é razoável a alegação de que o material se encontra pendente da análise de sua adequação e utilização".
 
Caso o tribunal entenda que houve prejuízo, deve ser aberta tomada de contas especial para cobrar a reparação dos danos causados.
 
"[O TCU] está pedindo esclarecimentos sobre como o material foi utilizado. O Ministério vai dar esses esclarecimentos", afirmou o ex-ministro da educação e candidato a prefeitura de São Paulo Fernando Haddad.
 
Para o petista, a questão não deve ser utilizada pelos oponentes na disputa eleitoral.
 
"A cidade de São Paulo não vai aceitar que o ódio seja fomentado na nossa cidade. Seja contra quem for. A cidade de São Paulo não aceita a violência, seja contra o negro, a mulher ou a comunidade LGBT", conclui.

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