Publicado pelo Terra
O Ministério da Defesa russo recomenda recrutadores do Exército do país a
 examinarem as tatuagens de novos soldados para verificarem "vestígios 
de homossexualidade", segundo documento obtido pelo jornal The Moscow 
Times. 
Além de expor suas tatuagens, os aspirantes ao serviço militar devem 
contar detalhes de experiências sexuais no decorrer da vida, se possuem 
ou não namorada e se consideram fidelidade importante em um 
relacionamento. O questionário tem o intuito de determinar a "saúde 
mental" do entrevistado e também inclui perguntas sobre religião, 
alcoolismo e tendência ao suicídio. 
Igor Kochetkov, representante da comunidade LGBT russa, disse ao jornal 
que tatuagens indicando homosseuxalidade são comuns apenas em prisões do
 país, onde detentos são forçados a se tatuarem para se tornarem 
"homossexuais passivos", que podem ser estuprados por companheiros de 
cela. 
"As imagens mais comuns nesses tipos de tatuagem são uma mulher de 
costas entrelaçada com uma serpente ou dois olhos sobre um pênis 
formando uma face. É uma forma de degradar um detento", explica Damon 
Murray, co-editor de um livro que investiga o sistema criminal russo.  
Um oficial de um batalhão do sul da Rússia, que não se identificou para a
 reportagem, comentou as orientações: "não me sinto apto a ter esse tipo
 de conversa com um novo recruta. Ainda assim, os comandantes seguem as 
instruções. O que eles fazem, examinam as genitais dos soldados e suas 
tatuagens? E como vão perguntar a alguém sobre experiências sexuais?", 
questionou. 
Ainda assim, o oficial vê ao menos uma utilidade para a medida. "Já 
tivemos um homossexual que entrou em nosso batalhão apenas para procurar
 por namorados. Para pessoas assim, não há lugar no Exército", declarou.
 

Nenhum comentário:
Postar um comentário