Indicado por Augusto Patrini
Está sendo organizado, por meio das redes sociais, um ato de repúdio à eleição do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. O ato consiste em um “beijaço”, que será realizado neste sábado (23), às 17h, na Praça do Ciclista, na região da Avenida Paulista. A manifestação, chamada de “O amor contra o ódio: Feliciano NÃO!”, já conta com 600 presenças confirmadas na sua página do Facebook.
“Este é mais um dos atos de repúdio contra a indicação e nomeação do deputado Marco Feliciano (que é um inimigo declarado das minorias) para presidir a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias. Parece piada, mas não é, este senhor, que atualmente preside a C.D.H.M., há muito tempo vem demonstrando seu ódio às minorias com suas declarações desumanas”, diz a descrição do evento no Facebook.
Também na descrição do evento na rede social, os organizadores apresentam-se como um “um coletivo de liberdade e diversidade”, lembrando que todos são bem vindos ao ato. “Que venham héteros, gays, lésbicas, trans, afrodescendentes, portadores de deficiência, seguidores de religiões menos favorecidas, feministas… Que venham TODOS aqueles prezam por um Brasil melhor, mais democrático, e livre para todos nós seres Humanos”, convidam.
Um dos organizadores, o historiador Augusto Menna Barreto, afirmou que, mesmo que o deputado Marco Feliciano renuncie ao cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos, o ato será mantido. “Deve acontecer mesmo assim. Há, entre outros, muitos que compactuam com esse pensamento na Comissão de Direitos Humanos, entre eles evangélicos”, disse, em entrevista ao jornal O Globo.
Desde que foi eleito para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, o Marco Feliciano enfrenta resistência por parte de movimentos sociais de defesa dos direitos das minorias e de colegas parlamentares ligados a estas questões. Nas últimas duas semanas, protestos foram realizados em todo o país pedindo a renúncia do deputado e pastor da presidência da CDHM. O deputado é acusado de ser racista e homofóbico devido a suas frases polêmicas publicadas em redes sociais. Feliciano já afirmou, por exemplo, que o continente africano é “amaldiçoado por Boé” e que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime e à rejeição”.
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