sexta-feira, 22 de março de 2013

Onde está a participação dos que lucram com o Mundo Gay?


 
 
Publicado pelo BadaloVip
 
O principal e mais visível inimigo da assim denominada “minoria gay” é a sua falta de participação e representatividade. Muitas críticas são feitas aos pastores fundamentalistas – mas eles lá estão porque conseguiram se articular e são especialistas em mobilizar as suas bases. Num piscar de olhos conseguem encher ônibus e ônibus com seus fiéis para abafar as reações contrárias ao seu pensamento e lhes conferir legitimidade. Não importa se é a troco de lanche ou o que quer que seja, mas as pessoas vão. Os empresários da noite e dos demais nichos de inserção de serviços para os gays ganham muito dinheiro com seu público consumidor e NADA oferecem em termos de retorno social. NADA. Aqui em Brasília, por exemplo, tivemos duas manifestações pequenas no Congresso, em protesto à ideologia fundamentalista que avança para massacrar os já poucos direitos e espaços alcançados. Onde estavam os donos de casas noturnas, lojas, bares, promotores de festa, etc? Fizeram pelo menos um cartaz e foram para lá ajudar aqueles que são os seus parceiros e consumidores? Pagaram algum trio elétrico? De novo, a resposta é NADA. Creio que isso se estenda linearmente para todo o Brasil.
 
Nessa hora de massacre, não adianta ficar contando apenas com o Jean Wyllys e uma outra meia dúzia de deputados simpatizantes para serem sangrados pelos muitos lobos vorazes. Tampouco adianta ficar somente assinando petição eletrônica ou publicando avisos. Mobilização significa corpo, participação, dinheiro pela causa. Obviamente que queremos boas festas e espaços de diversão, mas seria muito bom se a visão de solidariedade se estendesse para além da farra e ajudasse a proteger os direitos que influenciam a vida diária das pessoas que sustentam toda essa máquina comercial. Os empresários do mundo gay pecam pela omissão em ajudar a construir uma resposta forte para reagir a este fundamentalismo. E talvez, quando abrirem os olhos, vão estar com o aparelho repressor do Estado fechando as suas portas.
 

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