terça-feira, 19 de março de 2013

Um terço dos russos acredita que homossexuais precisam de ajuda psicológica


 
Publicado pela Veja
 
Apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo diminuiu de maneira drástica nos últimos três anos, de 14% da população para 5%
 
Quase um terço dos russos (27%) acredita que os homossexuais precisam de ajuda psicológica, enquanto 5% acham que as minorias sexuais deveriam ser liquidadas, segundo uma pesquisa do Centro Levada publicada neste domingo.
 
O apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo diminuiu de maneira drástica nos últimos três anos, de 14% da população para 5%. Ao mesmo tempo, 85% dos russos são categoricamente contra o casamento homossexual, segundo o estudo sociológico citado neste domingo pela agência Interfax.
 
Mais de 20% das pessoas consideram que as minorias sexuais devem ser submetidas a tratamentos médicos forçados, enquanto 16% são a favor de seu total isolamento do restante da sociedade. Cerca de 60% dos russos disseram que sentiriam uma grande decepção se descobrissem que seus filhos ou netos "são vítimas da propaganda homossexual".
 
A pesquisa indica que a grande maioria dos russos (89%) garante que entre seus amigos, familiares e conhecidos não há homossexuais. Por outro lado, pouco mais de 20% da população russa tolera bem as minorias sexuais e propõe "deixá-los em paz".
 
Em janeiro deste ano, a Câmara dos Deputados da Rússia proibiu a propaganda homossexual entre os menores de idade, uma lei que as minorias sexuais consideram uma flagrante violação de sua liberdade de expressão. A lei, que foi aprovada em primeira leitura com 388 votos a favor, enquanto apenas um deputado votou contra e outro se absteve, propõe multas a quem promover comportamentos homossexuais.
 
A Associação Internacional de Gays e Lésbicas concedeu em 2012 à Rússia e à Moldávia a duvidosa 'honra' de serem os países da Europa onde menos são respeitados seus direitos. A última tentativa de se realizar uma passeata do orgulho gay na capital russa, em maio de 2011, terminou em choques violentos entre ativistas homossexuais e ultranacionalistas.
 
O artigo 121 do código penal da União Soviética, que previa penas de prisão às práticas homossexuais, não foi abolido na Rússia pós-soviética até 1993, ano em que a homossexualidade também deixou de ser considerada uma doença mental.
 
(Com Agência EFE)

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