quarta-feira, 10 de julho de 2013

Policial lésbica também decide se casar fardada em MS


 
Publicado pelo Abordagem Policial
 
A recente concessão do direito à união homoafetiva no Brasil garantiu o respeito à individualidade de milhares de pessoas no país que, por intolerâncias legais, proibiam que casais que compartilham uma vida afetiva compartilhassem direitos de herança, divisão de bens etc. Neste contexto, se as polícias militares são instituições de proteção e garantia aos direitos, poucos momentos são tão simbólicos quanto o ato da policial militar da PM do Mato Grosso do Sul que participou de sua cerimônia de casamento homoafetivo fardada, afirmando-se, orgulhosa de sua condição sexual e da organização policial a que serve:
 
Em Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul, a Escola Superior da Defensoria Pública recebeu no último domingo, 8 de julho,o casamento civil coletivo de 11 casais de mulheres – dentre eles um chamou mais a atenção de todos: o de uma soldado da Polícia Militar que obteve autorização para se casar fardada (veja na foto de Cleber Gellio).
 
Segundo o site local Campo Grande News, é a primeira união homoafetiva em grupo no Estado, que como se já não fosse um momento histórico o bastante ainda teve a soldado Silvana Gomes dizendo sim à Veronice Lopes da Silva. A história das duas começa no trabalho, quando se conheceram e tinham outros relacionamentos, há sete anos.
 
Desde então, não se separaram mais. O filho, Jeferson Lopes Moraes, de 19 anos, entrou com a mãe Veronice para oficializar a união. “Eu aprendi com elas a ter mais paciência com as mulheres. Entendo mais e falo sobre tudo com elas, fui criado por elas e nunca pensei em ser gay por conta disso, como dizem”, diz ele.
 
A defensora pública e coordenadora do evento, Dra Neyla Ferreira Mendes, explica que em Mato Grosso do Sul é possível celebrar o casamento homoafetivo desde o dia 2 de abril deste ano. “Já existia uma movimentação social no Estado. Agora, o casamento é um direito e os casais podem optar por ele. A mulher gosta de dar satisfação para a família e um evento como este diminui o preconceito”, explica.
 
Ela diz que a defensoria pensa em unir casais homens também em uma celebração futura, bastando ter candidatos ao casamento.
 
Que sirva de exemplo a outras corporações e policiais homossexuais.
 
PS: Não sei se algum extraterrestre vai achar o fato absurdo. Só é bom lembrar que homens e mulheres policiais militares heterossexuais casam fardados também.
 
 

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