Visto no Fórum Baiano LGBT 
Fonte: Solidários
Cuba se prepara para definir os direitos de lésbicas, de gays, de 
bissexuais e de transexuais em seu território, segundo informou à 
imprensa a sexóloga Mariela Castro (foto), filha do presidente de Cuba, 
Raúl Castro. Essa é uma notícia que recebo com muita alegria. A Ilha de 
Fidel, caso sejam confirmadas as palavras de Mariela, surpreenderá o 
mundo positivamente e em matéria de Direitos Humanos. 
Para Mariela Castro, a discriminação não combina com os interesses da 
Revolução Cubana, tanto por isso, será desenvolvido um trabalho que 
"demonstra a vontade política do governo cubano para enfrentar a 
homofobia como forma de discriminação, algo incoerente com o projeto 
emancipador da Revolução Cubana". 
Sobre a possibilidade de os Estados Unidos criticarem a atitude do 
governo de Cuba na rede mundial de computadores pelo feito, segundo 
anunciou a sexóloga Mariela, considero pouco provável haja vista ter a 
Secretária de Estado Americano, Hillary Clinton, anunciado em Genebra, 
no mês de dezembro, por ocasião das comemorações do Dia Internacional 
dos Direitos Humanos, a criação de fundo para auxiliar países a 
descriminarem a homossexualidade dentre outras ações positivas 
anunciadas no mesmo pacote. Espero que, apesar dos entraves políticos e 
econômicos existentes entre Cuba e o EUA, este se posicione 
favoravelmente à humana e louvável atitude daquela. Seria a mais digna 
atitude de uma país que efetivamente entreou na briga contra a homofobia
 mundial. 
Conforme Mariela, será encaminhada à Assembleia Nacional do Poder 
Popular um projeto de lei que reconhecerá a união livre entre pessoas do
 mesmo sexo. A modalidade de união denominada de livre deve ser 
semelhante ao que conhecemos por união estável, visto que no texto do 
projeto encaminhado ao Congresso não consta a palavra casamento. Isso já
 representa um gigantesco passo para os irmãos e irmãs lésbicas, gays, 
bissexuais e transexuais da Ilha de Fidel Castro. Com a decisão, se 
favorável, haverá mudanças no Código da Família de Cuba. 
Mariela acredita que esse passo significa o primeiro na adoção do que 
ela mesma chamou de “política de não-discriminação”. Resta então 
esperarmos para ver o posicionamento do Partido Comunista que se reunirá
 em conferência no dia 28 de janeiro. 
Cabe salientar que Mariela Castro dirige o Centro Nacional de Educação 
Sexual de Cuba e que sua luta em favor da aprovação de direitos aos 
homossexuais não é de hoje. Sua luta vem de longa data e tem ecoado por 
todos os continentes. 
Em face do exposto, podemos afirmar que o mundo olhará diferente para 
Cuba a partir da concretude dessa decisão. Tratar seu povo com 
humanidade, com igualdade, com liberdade e respeitar a sua dignidade é o
 maior de todos os passos para o progresso em todos os aspectos. Estou 
de olho e deverei acompanhar o progresso desse feito histórico, não só 
para Cuba, mas para o mundo. 

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