Visto no Pernambuco. com
Com informações do O Estado de Minas
Um hotel fazenda de Poços de Caldas, no Sul de Minas, foi condenado pela
Justiça do Trabalho de Minas Gerais a indenizar uma funcionária que
sofreu preconceito por ser homossexual. De acordo com o Tribunal
Regional do Trabalho (TRT), a empregada passou por constrangimentos,
causados pelo chefe dela, o maître do hotel, que não aceitava a
orientação sexual da funcionária.
Ela ajuizou ação na Justiça por causa do assédio moral sofrido. A juíza
Ana Maria Amorim Rebouças entendeu que os depoimentos das testemunhas
não deixaram dúvidas quanto ao tratamento hostil e diferenciado do chefe
do setor em relação à trabalhadora. A discriminação era tamanha que ele
chegava a perguntar às outras empregadas se as suas mães sabiam que
elas pernoitariam com a autora da ação, nos dias em tinham que cumprir
horário noturno.
O hotel admitiu que teve conhecimento dos desentendimentos entre a
trabalhadora e o superior hierárquico e que a empregada comunicou que
estava sendo assediada pelo chefe. Segundo o TRT, depois de muito tempo
de humilhações, o hotel restringiu o horário da empregada para que ela
não se encontrasse com o maître, na tentativa de reduzir os problemas
entre eles.
A magistrada entendeu que a funcionária passou por vexame perante os
colegas. "Tudo em virtude de se tratar ela de homossexual, condição que
pertine tão-somente ao âmbito individual e íntimo da empregada",
considerou Rebouças na decisão. O hotel deverá pagar R$ 8 mil para a
empregada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário