Por Gilberto Dimenstein para a Folha
Dica de William De Lucca Martinez (via Facebook)
A ideia de lançar o Museu Gay numa estação de metrô, previsto para 2013 (veja mais detalhes aqui),
não é uma boa ideia. É uma ótima ideia --ótima e ousada porque uma
iniciativa pública, especialmente vinda de um governo comandado por um
fervoroso católico.
Por ser a maior do mundo, a Parada Gay projetou internacionalmente São
Paulo como uma cidade cosmopolita e aberta à diversidade. A diversidade é
o melhor da cidade e uma das razões que nos faz atrair o capital humano
mais sofisticado do Brasil. Um museu serve como símbolo dessa essência
paulistana, onde, na mesma época, desfilam pelas ruas gays e
evangélicos.
Somos uma cidade em que um jovem (Lourenço Bustani) é escolhido como dos
empreendedores mais criativos do mundo por ensinar como empresas podem
ser associar a causas sociais. Ou que jovens do ITA, num cubículo, tentam revolucionar a educação usando novas tecnologias.
Vemos uma romaria de fundos de investimento pousarem na cidade para
financiar essas inovações, gerando toda uma comunidade de startups. É
aqui o quartel-general da América Latina do Google e do Facebook. Ou de
gente que reinventa a moda, a arquitetura e o design no Brasil,
espalhando-se pelo mundo.
Não tem um único dia (um único) que eu não conheça pelo menos um jovem com um projeto inovador.
A verdade é que estamos em uma das centralidades do mundo. Basta ver o número de personalidades que pousam aqui diariamente.
O Museu Gay é um tributo à diversidade que é a base da criatividade.
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a
jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard
(Advanced Leadership Initiative). Em colaboração com o Media Lab, do
MIT, desenvolve em São Paulo um laboratório de comunicação comunitária. É
morador da Vila Madalena.
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