Por Marco Aurelio Reis para O DIA
Dica de Augusto Martins
O Exército admitiu ontem que aceita militares gays em seus quartéis. “O Exército Brasileiro
não discrimina qualquer de seus integrantes, em razão de raça, credo,
orientação sexual ou outro parâmetro”, informou a Força Terrestre, por
meio de nota oficial enviada a O DIA. A informação surgiu após
questionamento sobre a posição do Exército em relação ao casamento, em
maio, de um major, lotado em hospital militar de São Paulo, com um
companheiro civil.
De acordo com o Exército, o
major não tem registro civil de matrimônio e nem de união estável, o que
lhe daria direito de reivindicar atendimento de saúde ao companheiro. O
Exército informou que está “ciente da cerimônia de caráter social (sem
efeito religioso ou civil) realizado pelo oficial”, mas nega que a união
civil feita em cartório foi para que o companheiro do militar tivesse
acesso a unidades de saúde em unidades militares. Em 5 de maio de 2011, o
Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável para casais
do mesmo sexo.
Em 2008, o ex-sargento do
Exército Fernando Alcântara assumiu a união gay com o então sargento
Lacy Gomes. Fernando afirmou que luta para ter sua relação reconhecida
pelo Exército e ter garantido o direito ao atendimento de saúde.
“Negaram (o direito), dizendo que a
união teria que ser registrada em cartório”, contou, destacando que Lacy
foi considerado incapaz para o serviço por problemas neurológicos não
relacionados à atividade militar. “Com isso, ele iria para a reserva
ganhando menos da metade do vencimento”, afirmou destacando que com isso
Lacy continua na ativa.
Os mesmos direitos dos heterossexuais
Superintendente da
Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos e
coordenador estadual do programa Rio Sem Homofobia, Claudio Nascimento
diz que os gays têm o direito de reivindicar seus direitos
constitucionais, mesmo os que pertencem às Forças Armadas.
“Se quem exerce função de comando e é
casado tem direito a morar em vilas militares, por que os homossexuais
não teriam o mesmo direito? A lei é para todos e o Exército, a Marinha e
a Aeronáutica têm que obedecer à legislação”, explica.
Casado com um marinheiro, em
cerimônia realizada no ano passado, Nascimento afirma que o fim da
intolerância só vai acontecer quando os direitos forem respeitados. “Só
queremos os mesmos direitos que os dos casais heterossexuais”, diz.
Difernça Viva: Toleram?
Como assim toleram? Que exército teríamos sem os LGBTTs? Iria faltar
quadro e sobrar sabonete... A Hipocrisia reina nas Forças Armadas...
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