Publicado no blog do GazetaWeb
Por Nildo Correia
A Lésbica Fernanda Albuquerque passou por momentos de terror na noite do
último sábado em Maceió. A mesma foi abordada por um motoqueiro, que
invadiu sua residência e tentou estuprar a mesma, após várias mordidas,
arranhões e agressões físicas, além de afirmar que “mostraria a ela como
seria bom ser mulher”! Fernanda reagiu e conseguiu sair da casa pedindo
socorro aos vizinhos, o criminoso fugiu com medo de ser linchado. A
polícia foi chamada por dos vizinhos pelo 190, mas não apareceu no
local.
Estupro corretivo é uma prática criminosa, segundo a qual um ou mais
homens estupram mulheres lésbicas ou que parecem ser, supostamente como
forma de “curar” a mulher de sua orientação sexual.
Este é o 4º caso de violência gratuita praticada contra LGBT em Alagoas,
no mês de outubro. O primeiro foi em Delmiro Gouveia, que resultou em
assassinato, o casal Allysson e Eduardo, em Maceió sofreram tentativa de
assassinato, com 10 disparos, autoria de um suposto Policial Militar do
BPtran e por ultimo o caso de Fernanda.
O Movimento Basta de Homofobia está solicitando a Secretaria de
Segurança Publica de Alagoas, maior agilidade para identificar punir os
suspeitos de todos os crimes, além de solicitar a Secretaria da Mulher,
Cidadania e Direitos Humanos de Alagoas que acompanhe os casos através
do Centro de Referência em Cidadania e Direitos Humanos.
Para Dino Alves – Diretor Geral da Ong Pró-Vida, o “estupro corretivo” é
baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas
para “se tornarem heterossexuais”, está é uma batalha da pobreza, do
machismo e da homofobia. Acabar com a cultura do estupro requer uma
ação, para assim trazer mudanças que contribua no combata essa prática
criminosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário