quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Obama é reeleito e população LGBT ganha relevância nas eleições americanas



Visto no Gay1
Por Hernanny Queiroz, com Agências Internacionais 

'O melhor está por vir e não importa se você é gay ou hetero', disse em discurso.Democrata foi o primeiro presidente a apoiar os direitos de LGBTs.

O presidente dos EUA, Barack Obama, reeleito após vencer o republicano Mitt Romney na eleição da véspera, disse nesta quarta-feira (7) que, para os Estados Unidos, "o melhor ainda está por vir e não importa se você é gay ou hetero" e que ele volta à Casa Branca "mais determinado e inspirado" para o segundo mandato.

Obama, que ganhou mais quatro anos para continuar implantando seu programa de mudanças, teve dificuldades para iniciar seu discurso. A plateia gritava para o presidente: "Mais quatro anos! Mais quatro anos".

Obama - que se opôs ao 'Don't Ask, Don't Tell', que proibia lésbicas, gays ou bissexuais servindo nas Forças Armadas de anunciar publicamente sua orientação sexual, - foi o primeiro presidente americano a apoiar os direitos de LGBTs ao casamento. Ele disse que isso é uma crença pessoal, "para mim, pessoalmente, é importante seguir e afirmar que casais do mesmo sexo devem poder se casar".


Confira a parte do discurso do presidente Barack Obama:




América, eu acredito que nós podemos construir sobre o progresso que fizemos e continuamos a lutar por novos empregos e novas oportunidades e de segurança para a nova classe média. Acredito que podemos manter a promessa de nossos fundadores, a idéia de que se você está disposto a trabalhar duro, não importa quem você é ou de onde você vem ou o que você olha como ou onde você amar. Não importa se você é negro ou branco ou hispânica ou asiática ou indígena ou jovem ou velho ou rico ou pobre, capaz, deficientes, gay ou hetero, você pode fazê-lo aqui na América, se você estiver disposto a tentar.



Relevância nas eleições


Marqueteiros americanos fatiaram o país, de fato, em vários grupos de eleitores especiais: latinos, judeus, mulheres. Um deles é o eleitorado LGBT. Oito milhões de americanos se definiram como gays, lésbicas, bissexuais, travestis ou transexuais, segundo pesquisa do instituto Gallup.

O papel deles é considerado importante não tanto pelo número, mas, sobretudo, pelo ativismo e engajamento políticos. Desde que o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi autorizado pela primeira vez em um estado americano, há oito anos, 75 mil cerimônias foram realizadas, de acordo com a Marriage Equality USA.

Apesar de serem uma parcela pequena da população, LGBTs são considerados mais engajados, porque dedicam mais tempo, energia e dinheiro para as campanhas políticas. Esse espírito de mobilização começou com a busca pela igualdade de direitos. Em 1969, em um bar de Nova York, eles decidiram enfrentar a polícia e se unir para combater a homofobia. Tomaram as ruas e deram início ao movimento do 'Orgulho LGBT'.


Posição influi na opinião pública


A declaração de apoio de Barack Obama ao casamento entre pessoas do mesmo sexo pode ter levado alguns norte-americanos, especialmente negros e hispânicos, a reconsiderar sua oposição a isso, como revela uma pesquisa Reuters/Ipsos.

Em 9 de maio, Obama se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a se posicionar favoravelmente ao casamento igualitário. Democratas, ativistas e outros viram nisso um marco nos direitos civis do país.

A pesquisa pergunta aos entrevistados se eles são 'contra o casamento homossexual', se 'apoiam uniões civis homossexuais', se 'apoiam o casamento homossexual' ou se 'não têm opinião formada'.

A manifestação de Obama parece ter tido impacto particularmente entre os afroamericanos. Antes de 9 de maio, 34 por cento dos negros se opunham ao casamento igualitário. Agora, só 23 por cento são contra.

Mais quatro anos...

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