Publicado na Lado A
Marinalva Santana, 41 anos, é fundadora do Grupo Matizes, ONG LGBT
(lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), de Teresina, Piauí. Lésbica
assumida, ela lutou toda sua vida contra a homofobia e o preconceito e é
uma das finalistas do prêmio Cláudia 2012.
A premiação tem como objetivo premiar mulheres, personalidades e
iniciativas, que possam servir de inspiração para a melhoria da
sociedade. A votação segue até o dia 8 de outubro no endereço eletrônico
da revista (http://premioclaudia.abril.com.br).
O prêmio é dividido em cinco categorias: Ciências, Políticas Públicas,
Cultura, Negócios e Trabalho Social. O júri do prêmio é formado pelas
leitoras, pela direção da revista e por uma comissão de dez
personalidades.O resultado será divulgado dia 8 de outubro, em São
Paulo.
“Conseguimos tirar o debate dos guetos e trazer para a sociedade. O
Piauí é um dos estados com mais direitos conquistados nessa área, apesar
de ainda haver muito a avançar”, afirma Marialva que é servidora
pública, e formada em Direito e Letras. Ela se refere ao Disque
Cidadania Homossexual e a Delegacia Especializada de Combate às Condutas
Discriminatórias – primeira do país voltada a homossexuais, negros,
deficientes e portadores de HIV/Aids. E também da lei estadual que
estabelece sanções administrativas para quem discriminar pessoas em
razão de sua orientação sexual e uma lei municipal reconhece as uniões
estáveis entre indvíduos do mesmo sexo para fins previdenciários. Tudo
fruto do trabalho árduo do Grupo Matizes e outras entidades na luta
pelos direitos da comunidade gay.
“Sofri muito para me assumir. Por falta de informação, eu tinha
sentimento de culpa e vergonha. Minha luta é para que as novas gerações
não passem por isso e tenham seus direitos garantidos”, conta ela que
ficou surpresa com a indicação e que disputa o prêmio com outras 19
mulheres, de diversos perfis e regiões do país.
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