Publicado pela RFI de Portugal
Por Patricia Moribe
Na França da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, o casamento gay não
existe e muito menos a adoção por casais homossexuais. Pelo menos por
enquanto. A fertilização in vitro só é permitida para casais héteros–
casados ou com certidão de união estável. Solteiros querendo ser pai ou
mãe biológicos, nem pensar.
A revista francesa Têtu, voltada ao público gay, publicou na edição de
outubro uma entrevista com a ministra da Justiça francesa, Christiane
Taubira. Ela garante que o direito ao casamento e à adoção será
legalizado em breve, concretizando promessas de campanha do atual
presidente François Hollande. Um projeto de lei a respeito está sendo
elaborado e deve ser apresentado no final do mês ao conselho de
ministros, disse a ministra. Mas, questionada a respeito da paternidade
mais abrangente, ou seja, por exemplo, da possibilidade de um casal
homossexual ter acesso à procriação artificial, ela diz que a questão
precisa de mais tempo de reflexão.
A Associação de pais e futuros pais gays e mães lésbicas (APGL) reagiu à
entrevista e faz um apelo para que o governo seja mais responsável,
para que essa “reforma em nome da igualdade” não se torne “falta de
coragem política e de respeito aos engajamentos – uma reforma da
vergonha”. Conversamos com Joel Pereira, ativista da APGL. Ele conta que
a associação foi criada há mais de 30 anos, com homens, pais, que após
um relacionamento heterossexual decidiram assumir ser gays.
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