sábado, 6 de outubro de 2012

Homossexuais franceses querem direito à inseminação artificial


 
Publicado pela RFI de Portugal
Por Patricia Moribe
 
Na França da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, o casamento gay não existe e muito menos a adoção por casais homossexuais. Pelo menos por enquanto. A fertilização in vitro só é permitida para casais héteros– casados ou com certidão de união estável. Solteiros querendo ser pai ou mãe biológicos, nem pensar.
 
A revista francesa Têtu, voltada ao público gay, publicou na edição de outubro uma entrevista com a ministra da Justiça francesa, Christiane Taubira. Ela garante que o direito ao casamento e à adoção será legalizado em breve, concretizando promessas de campanha do atual presidente François Hollande. Um projeto de lei a respeito está sendo elaborado e deve ser apresentado no final do mês ao conselho de ministros, disse a ministra. Mas, questionada a respeito da paternidade mais abrangente, ou seja, por exemplo, da possibilidade de um casal homossexual ter acesso à procriação artificial, ela diz que a questão precisa de mais tempo de reflexão.
 
A Associação de pais e futuros pais gays e mães lésbicas (APGL) reagiu à entrevista e faz um apelo para que o governo seja mais responsável, para que essa “reforma em nome da igualdade” não se torne “falta de coragem política e de respeito aos engajamentos – uma reforma da vergonha”. Conversamos com Joel Pereira, ativista da APGL. Ele conta que a associação foi criada há mais de 30 anos, com homens, pais, que após um relacionamento heterossexual decidiram assumir ser gays.
 

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