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Dica de Augusto Martins
No mundo, pelo menos 76 países
mantêm leis que criminalizam as relações homossexuais ? que envolvem lésbicas,
gays, bissexuais e transgêneros, que integram o chamado grupo LGBT.
O secretário-geral da Organização
das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apelou na última quarta-feira (7) para
que a comunidade internacional combata a violência e a discriminação baseada na
orientação sexual das pessoas. No mundo, pelo menos 76 países mantêm leis que
criminalizam as relações homossexuais – que envolvem lésbicas, gays, bissexuais
e transgêneros, que integram o chamado grupo LGBT.
"Nós vemos um padrão de
violência e discriminação dirigida a pessoas só porque elas são gays, lésbicas,
bissexuais ou transgênero", disse Ki-moon, em mensagem apresentada durante
a sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU. “Essa é uma tragédia
monumental e que fere a nossa consciência coletiva. É também uma violação do
direito internacional.”
“Quaisquer ataques a vocês
[homossexuais, bissexuais e transgêneros] serão ataques aos valores universais
da Organização das Nações Unidas que jurou defender e respeitar. Apelo que
todos os países e pessoas apoiem vocês”, disse.
A alta comissária da ONU para
Direitos Humanos, Navi Pillay, acrescentou que as leis que criminalizam o
homossexualismo violam o direito internacional dos direitos humanos e causam um
“sofrimento desnecessário”, reforçando os estigmas e a violência.
"Eu sei que alguns vão
resistir ao que estamos dizendo. Eles [os líderes políticos] podem argumentar
que a homossexualidade e expressões de conflito de identidade transexual ferem
valores culturais locais, tradicionais, ensinamentos religiosos e vão
contra a opinião pública", disse Navi.
Ela lembrou ainda que as práticas
discriminatórias afetam a capacidade dos indivíduos para desfrutar seus
direitos, como trabalhar e ir à escola. Há, ainda, ressaltou ela, os riscos de
intimidação, de depressão, isolamento e suicídio em alguns casos.
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