Visto no Público de Portugal
O Tribunal Supremo de Moscovo não volta atrás. A celebração do orgulho
gay na capital russa está proibido nos próximos 100 anos, repetiu o
tribunal municipal nesta sexta-feira, após o recurso interposto pelo
defensor dos direitos dos homossexuais, Nikolai Alexeyev.
Apesar de “ilegal e injusta”, a decisão “não é uma surpresa, os
tribunais russos raramente falam dos direito dos gays e lésbicas”,
reagiu Alexeyev numa entrevista ao El País, garantindo que vai recorrer
da decisão.
O activista tinha solicitado autorização para a realizaçãoo de 102
manifestações para celebrar o orgulho gay, até 2112. O tribunal
respondeu proibindo-as pelos mesmos 100 anos.
Entre 2006 e 2008, as petições do jornalista e advogado já tinham
chegado à justiça europeia, depois de a Câmara de Moscovo ter proibido
as manifestações, alegando perigo de desordem pública. Em Estrasburgo,
Nikolai Alexeyev falou de uma violação ao direito da liberdade de
reunião, consagrado no artigo 11 da Convenção Europeia dos Direitos do
Homem.
A história terminou com as autoridades russas a indemnizar o activista
com 12 mil euros (mais 17.510 de despesas). Mas agora o objectivo é
outro, garante Nikolai Alexeyev: “Queremos que se garanta que podemos
celebrar o orgulho gay no futuro.”
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