Visto no Diário de Pernambuco
Dica de Augusto Martins
O senador Magno Malta alertou no dia 03 de abril, para a
possibilidade de criação de “um império homossexual no Brasil”. De
acordo com ele, o país não é homofóbico e os militantes gays estariam
promovendo perseguição contra aqueles que não concordam com eles.
Ao
criticar projeto que criminaliza a homofobia (PLC 122/2006), em
tramitação no Senado, Malta reclamou que manifestações contrárias à
homossexualidade serão punidas com mais rigor que as manifestações
contrárias a qualquer outro grupo caso a proposta vire lei.
"Se
você não aluga seu imóvel para um homossexual, ou não aceita o ato
afetivo de um casal gay, pega sete anos de cadeia. Se demite ou não
admite um homossexual na sua empresa, cinco anos de cadeia. Eu posso não
alugar minha casa para um negro, eu posso demitir um portador de
deficiência, eu posso não admitir gestos afetivos de um casal
heterossexual na porta da minha casa e pedir que eles se beijem em outro
lugar, longe dos meus filhos. Mas, se eu fizer isso com um casal
homossexual, um simples boletim de ocorrência me levará para a cadeia".
Boa
parte do pronunciamento de Malta na tribuna foi dedicada ao que chamou
de “campanha contra o pastor Silas Malafaia”, um dos líderes da
Assembleia de Deus. O religioso está sendo processado por se manifestar
contra os organizadores da 15ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo, que
levaram figuras de santos católicos em posições sensuais para a Avenida
Paulista, em junho de 2011.
Em seu programa de TV, Malafaia teria
aconselhado os católicos a “baixar o porrete” e “entrar de pau” nos
participantes e organizadores. Para o procurador que atua no processo,
ele teria se comportado como “assassino de homossexuais”.
De
acordo com Magno Malta, como a acusação, tenta-se calar a posição
contrária à homossexualidade adotada pelo pastor. Ele recordou o
episódio em que um bispo da Igreja Universal chutou uma santa em um
programa de TV, e, reprovando o ato, perguntou onde estão, hoje, os
defensores da Igreja Católica que naquela época se voltaram contra os
evangélicos.
Em aparte, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse
que conhece os autos do processo e o contexto da fala de Malafaia. Para
ele, o pastor não queria incitar a violência física ao dizer “entrar de
pau”, apenas teria usado um termo comumente usado no sentido de criticar
com veemência, ou responder com forte crítica.
"Eu li tudo e acho que estão agindo com intolerância contra Malafaia, ele não estava incitando a violência física", disse.
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