domingo, 6 de maio de 2012

CUIDADO: Homofóbicos estão usando o Grindr para encontrar e agredir gays!


Por Homorrealidade
Não demorou para acontecer. O uso desatento do Grindr (e de outros similares) entre homossexuais, especialmente aqueles que procuram sexo fácil, acabou tornando-o um instrumento facilitador para a ação de gangues homofóbicas ou de pessoas que individualmente cometem agressões contra LGBTs.
Criado pelo americano Joel Simkhal e lançado em março do ano passado, o Grindr é o aplicativo de uma rede social que conecta homens gays e bissexuais usuários de aparelhos como o iPhone, o iPod Touch, iPad Wi-Fi, Android e BlackBerry. A versão básica do programa é grátis e sequer exige uma conta ou documento do usuário. Basta baixar o aplicativo, abri-lo, preencher os detalhes do perfil e já sair procurando homens gays que estão na região. O sistema utiliza um dispositivo de geolocalização que identifica usuários on line a poucos metros de distância, permitindo o acesso a seus dados de perfil e até fotos.
Porém, se o objetivo incial do aplicativo era facilitar o contato e o relacionamento entre homossexuais, o feitiço pode virar-se contra o feiticeiro. Grupos que pregam o ódio a LGBTs, presentes até em redes sociais como Orkut e Facebook, já sugerem o uso do aplicativo como ferramenta para facilitar a identificação e a violência contra gays. A estratégia dos agressores é simples. Eles instalam o aplicativo num celular ou tablet, geralmente alheio, e criam um perfil falso. Ao acessarem o sistema, passam a ter um mapa dos gays mais próximos, que se tornam potenciais vítimas dos agressores.
Considerando as características atuais do sistema, sequer adianta tentar se proteger acessando o aplicativo em lugares supostamente seguros. Isso porque a identificação dos homofóbicos pode ocorrer num ambiente e a agressão em outro. O risco continua presente mesmo após o uso, o que exige, além de sorte, atenção redobrada de quem pretende continuar utilizando o aplicativo (que, diga-se de passagem, tem um logotipo original macabro).
E antes que alguém comesse a acusar esse texto de estar exagerando ou divulgando a “receita do crime” para outros potenciais agressores, vale reforçar aquela velha dica básica: acorda, Poliana!
O mundo está cheio de homofóbicos, os gays ainda não tem seus direitos garantidos e a sua segurança é você quem faz! Fique esperto!

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