Publicado pela Folha
Uma líderança gay da Russia foi condenado na última sexta-feira (4) por
propaganda homossexual por um tribunal de São Petersburgo,
convertendo-se assim na primeira pessoa condenada com base numa nova
lei, considerada homofobica pelos defensores da liberdade.
Nikolai Alexev informou à AFP ter sido condenado a uma multa de 5.000
rublos (cerca de € 128 ou US$ 169) por ter infringido este texto que
castiga os autores de qualquer "ato público que promova a
homossexualidade ante os menores ou a pedofilia".
Foi detido pela polícia no início de abril por ter se manifestado ante a
Casa de Cultura para os jovens de São Petersburgo, agitando junto a
outros militantes cartazes com dizeres como "os homossexuais também
nasceram na Terra - Não se pode mentir para as crianças", para protestar
contra a nova lei que entrou em vigor em março.
"Isso mostra o absurdo desta lei que associa homossexualidade e
pedofilia", denunciou Alexev, que vai recorrer à Corte Europeia dos
Direitos Humanos.
A homossexualidade foi considerada crime na Rússia até 1993 e doença mental até 1999.
As tentativas de organizar o Dia do Orgulho Gay desde 2006 foram proibidas pelas autoridades e dispersadas pela polícia.
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